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ILUSTRAÇÕES DA CAATINGA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA

APROVADOS NO PNLD-2015
O livro didático (LD) ainda é o principal material de apoio de muitos professores da
educação básica, ocupando um relevante papel na formação dos alunos e na construção
de seus conhecimentos. Em razão do LD ser uma ferramenta de transmissão e
divulgação de conhecimentos científicos no espaço educativo, sendo um recurso
consolidado na educação, dado como verdadeiro e correto, estabelecendo certa
centralidade, trazendo consigo ideias, crenças, valores e informações que serão
ensinadas aos alunos e à comunidade na qual a escola está inserida. Atentando-se para a
importância do livro didático no processo de aprendizagem dos alunos, esta pesquisa
teve por finalidade analisar as ilustrações referente a Caatinga nos livros didáticos de
Biologia aprovados na edição de 2015 do Programa Nacional do Livro Didático
(PNLD). O trabalho foi delineado com aspectos de pesquisa do tipo qualitativa. Para
alcançar o objetivo proposto utilizou-se a metodologia de pesquisa documental, prática
na qual se examina materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que
podem ser reexaminados com vistas a uma interpretação nova ou complementar. Para
que os pontos de análise do conteúdo acerca da Caatinga fossem estabelecidos, fez-se
inicialmente uma leitura exploratória somente do conteúdo referente ao estudo nas nove
coleções aprovados no PNLD-2015. Em seguida, foi estabelecido dois critérios para a
analise: (1) se traziam ilustrações; (2) a que se referiam quando apresentadas. Nas nove
coleções de Biologia aprovadas no PNLD-2015 foram verificadas se as mesmas traziam
ilustrações para representar a Caatinga, uma vez que, as ilustrações é um recurso muito
presente em livros didáticos (LD) de Biologia, 88,8% das coleções de analisadas haviam
predomínio de imagens, com uma média de quatro imagens por coleções, porém 11,2%
dos livros não traziam nenhuma ilustração. É indiscutível o papel das imagens nos LD,
visto que, esta ferramenta fornece subsídios para um melhor entendimento e avaliação
da natureza. Dado que, o processo de ensino/aprendizagem de Ciências e Biologia, o
uso de imagens é indispensável na aquisição desses conhecimentos que muitas vezes
estão distantes de sua realidade. Quanto a representatividade das ilustrações analisadas
nos livros didáticos, elas retratam basicamente a vegetação, os animais ou a sua
localização da Caatinga. Os livros que trazem poucas ilustrações se restringem a
vegetação, muitas vezes retratando um ambiente seco e sem vida, outros distinguem a
Caatinga na estação seca e chuvosa, mostrando que ocorre uma transformação na
paisagem com a advento das chuvas ou a falta dela. Depois de analisar a Caatinga em
nove coleções de Biologia aprovadas no PNLD-2015, ficou perceptível na maioria das
coleções que a quantidade das ilustrações é ineficiente, pois na maioria dos LD
analisados, a vegetação da Caatinga foi exemplificada de maneira generalista, dispondo
de figuras que ilustram apenas árvores “sem vida” com galhos retorcidos e
representados com exemplos de cactáceas, sem haver referências às outras formações
fisionômicas que a Caatinga possui. Além disso, este trabalho foi capaz de detectar que,
na maioria das coleções analisadas, o conteúdo sobre a Caatinga necessita ser
complementado pelos professores.
Palavras-chave: Caatinga. Livros didáticos de Biologia. Ilustrações.
FAUNA DA CAATINGA REPRESENTADA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE
BIOLOGIA APROVADOS NO PNLD-2015
É perceptível o grande destaque que o livro didático (LD) tem ocupado e continua
ocupando no processo de ensino e aprendizagem, assim como sua forte presença
alicerçada no meio educacional, pois ele auxilia, orienta e direciona o ensino do
professor. Na atualidade, estamos constantemente diante de questões desafiadoras
(aquecimento global, crescimento desordenado da população humana, manipulação
gênica, aumento das espécies em risco de extinção, desmatamento, queimadas e entre
outros). Nesse contexto, a escola tem papel crucial na problematização destas questões,
nessa perspectiva este estudo buscou averiguar nos livros didáticos de Biologia
aprovados no Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) representantes da Fauna da
Caatinga. O trabalho foi delineado com aspectos de pesquisa do tipo qualitativa. Para
alcançar o objetivo proposto utilizou-se a metodologia de pesquisa documental, prática
na qual se examina materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que
podem ser reexaminados com vistas a uma interpretação nova ou complementar. Para
que os pontos de análise do conteúdo acerca da Caatinga fossem estabelecidos, fez-se
inicialmente uma leitura exploratória somente do conteúdo referente ao estudo nas nove
coleções aprovados no PNLD-2015. Em seguida, foi estabelecido três critérios para a
análise: (1) número de exemplos; (2) se acompanha o nome científico e/ou popular; (3)
traz espécies ameaçadas de extinção. Nas nove coleções de Biologia aprovadas no
PNLD-2015 observou-se a predominância de exemplos da fauna da Caatinga na forma
de texto, inclusive a sua utilização em ilustrações. Das coleções analisadas 88,8%
traziam exemplos para representar a fauna da Caatinga, em média 8,3 representantes por
volume. Entretanto 11,2% das coleções não traziam nenhum exemplo. A maioria das
coleções averiguadas citavam apenas exemplos que envolvessem os nomes populares
das espécies ocorrentes no local, somente duas das nove coleções informaram os nomes
científicos. Tal fato, aliado a falta de referência dos nomes científicos das espécies,
contribui para o uma formação deficiente acerca da Caatinga na medida em que uma
espécie pode receber o nome popular de acordo com cada região. Com relação ao
tratamento das espécies ameaçadas de extinção, três coleções traziam a ararinha-azul
(Cyanopsitta spixii) como extinta/quase extinta da natureza e o tatu-bola (Tolypeutes
tricinctus) foi citado em uma coleção, talvez por ter sido referência como o mascote da
copa do mundo de 2014. Depois de analisar a Caatinga em nove coleções de Biologia
aprovadas no PNLD-2015, ficou perceptível que de fato a Caatinga é tratada de maneira
acrítica quanto à sua situação de perca de espécies e importância para a manutenção da
biodiversidade mundial. Além de poucas coleções trazerem o número de espécies
endêmicas da Caatinga, contribuindo dessa forma para uma visão estereotipada, ou seja,
ser “pobre” em endemismo, uma vez que a Caatinga é rica em biodiversidade, mas
ainda carecerem estudos e divulgação sobre sua diversidade biológica.
Palavras-chave: Caatinga. Fauna. Livros didáticos de Biologia.

FLORA DA CAATINGA REPRESENTADA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE


BIOLOGIA APROVADOS NO PNLD-2015
O estudo da Biologia fragmenta-se em diferentes áreas do conhecimento biológico, uma
dessas áreas é a ecologia, que trata de compreender as relações mútuas que os seres
vivos estabelecem entre si e com o ambiente a qual se encontram. Segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, é essencial que o ensino de
Biologia propicie ao aluno lidar com informações, elaborá-las, refutá-las, quando
pertinente, e compreender questões afins como ocupação humana e degradação
ambiental. Muitas dessas informações são advindas do livro didático (LD), sendo estes
objetos pedagógicos importantes no ensino e, presentes na maioria das escolas. Estudos
na área demonstram que o LD exerce papel determinante na organização curricular,
ocupando um relevante papel na formação dos alunos e na construção de seus
conhecimentos. Atentando-se para a importância do LD neste processo, esta pesquisa
teve o intuito de averiguar nos livros didáticos de Biologia aprovados no Plano Nacional
do Livro Didático (PNLD) a flora da Caatinga. Para isso, o trabalho foi delineado com
aspectos de pesquisa do tipo qualitativa. Para alcançar tal objetivo utilizou-se a
metodologia de pesquisa documental, prática na qual se examina materiais que ainda
não receberam um tratamento analítico ou que podem ser reexaminados com vistas a
uma interpretação nova ou complementar. Para que os pontos de análise do conteúdo
acerca da Caatinga fossem estabelecidos, foram criados dois critérios de análise: (1)
número de exemplos; (2) se trazia aspectos conservacionistas. Depois de analisar as
nove coleções de Biologia aprovadas no PNLD-2015, observou-se a predominância de
exemplos da flora da Caatinga na forma de texto, inclusive a sua utilização em
ilustrações. Das coleções analisadas todas traziam exemplos de espécies para
exemplificar a sua flora, em média cinco exemplos por coleção. Os tipos de espécies
vegetacionais mais corriqueiros nos LD foram as cactáceas, visto que, estas espécies são
muito comum na Caatinga, contudo, a flora da Caatinga não se restringe apenas a este
tipo vegetacional, os LD retratam na maioria das vezes apenas um tipo restrito de
Caatinga, contribuindo assim para uma visão estereotipada, além do que, a Caatinga
está inserida no semiárido brasileiro e umas das características desse clima é a seca
prolongada, logo, a vegetação é adaptada para suportar os meses de seca, perdendo suas
folhas, permanecendo somente algumas espécies com folhas, como o juazeiro (Ziziphus
joazeiro Mart). Quanto a questão da conservação da Caatinga, alguns livros levaram em
consideração apenas o desmatamento, produção de lenha e as queimadas que muitas
vezes são feitas para o cultivo de plantações. Ficou perceptível que a flora da Caatinga
exemplificada nos LD ainda é vista como sendo de um ambiente “pobre” em espécies e
com plantas de galhos retorcidos “sem vida”, não levando em consideração em ser uma
vegetação tão heterogênea e exclusiva do Brasil. Além de não tratarem com devido
cuidado sua conservação, muitas vezes sendo abordada de maneira acrítica quanto à sua
situação de degradação e relevância para a manutenção da biodiversidade mundial.
Palavras-chave: Caatinga. Livros Didáticos. Vegetação.

A CAATINGA DENTRE OS PRINCIPAIS “BIOMAS” BRASILEIROS NOS


LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA APROVADOS NO PNLD-2015
Uma educação que contribua para que o indivíduo conheça o seu ambiente nas suas
múltiplas dimensões torna-se de extrema relevância para a formação do cidadão no
mundo contemporâneo, ainda mais quando estamos constantemente diante de questões
desafiantes como: aquecimento global, crescimento desordenado da população humana,
manipulação gênica, aumento das espécies em risco de extinção, desmatamento,
queimadas e entre outros. Considerando o papel que o livro didático (LD) desempenha
como instrumento difusor de ideias e sua relevância no processo educacional, torna-se
necessário analisar a abordagem Caatinga dentre os principais “biomas” brasileiros. O
trabalho foi delineado com aspectos de pesquisa do tipo qualitativa. Para alcançar tal
objetivo utilizou-se a metodologia de pesquisa documental, prática na qual se examina
materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que podem ser
reexaminados com vistas a uma interpretação nova ou complementar. Foi feita uma
verificação do número de páginas dedicadas ao conteúdo de cada “bioma” brasileiro e
em seguida feita a média de cada um. Após a análise de páginas para cada um dos
principais “biomas” brasileiros chegamos as seguintes médias: Floreta amazônica (1,7);
Cerrado (1,03); Caatinga (1,02); Mata atlântica (1,15); Mata das araucárias (0,61);
Complexo do Pantanal (0,97) e Campos sulinos/Pampas gaúchos (0,59). Percebe-se que
a quantidade de páginas destinadas a abordagem da Caatinga analisadas nos LD é
limitada, em média uma página por coleção, uma quantidade muito próxima para o
Cerrado. Constata-se que o número reduzido de páginas está aquém de tratar do assunto
que envolve uma fitofisionomia tão heterogênea e representativa. Uma vez que, a
riqueza biológica da Caatinga é grande, embora ainda carecerem muitos grupos
taxonômicos a serem estudados. Se observou ainda que, os LD analisados não trazem
uma abordagem concisa sobre as fitofisionomias brasileiras, ora denomina bioma,
outras vezes domínios morfoclimáticos. Batalha, em O Cerrado não é bioma chamou a
atenção sobre o conceito de bioma no Brasil, que vem sendo adotado de maneira
equivocada, adquirindo uma conotação florística. Usado dessa maneira errônea por
biólogos, não por acaso passou a ser usado equivocadamente por um público mais
amplo, como agências governamentais e organizações não governamentais. No caso dos
LD perpetuar esse erro poderá levar o aluno a se apropriar desses conhecimentos
equivocadamente. Em relação ao conceito de domínios morfoclimáticos usado pelo
geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, o objetivo era fazer um levantamento da diversidade
paisagística do território brasileiro. Esse conceito estabelece uma associação ou
integração entre diferentes elementos, como: tipos de solo, relevo, hidrologia, clima e as
formas de vegetação. Desse modo, podemos afirmar que não é errado conceituar os
grandes ecossistemas brasileiros dessa maneira, porém muitas coleções mesmo
utilizando o conceito domínio, acaba denominando de bioma no texto. Esses conceitos
ora domínio e outras vezes bioma pode confundir o aluno, se o LD não deixar claros
esses conceitos. Depois de analisar a Caatinga em nove coleções de Biologia aprovadas
no PNLD-2015, ficou perceptível na maioria das coleções que o espaço dedicado para a
abordagem da Caatinga não é o suficiente, por ser uma fitofisionomia tão heterogênea e
exclusiva do Brasil.
Palavras-chave: Caatinga. Livros Didáticos. Biomas.

A Caatinga ocupa uma área de 734.478km², correspondendo a 10% do território nacional e entre
as regiões semiáridas da américa latina, a caatinga se destaca em biodiversidade e
exclusividade. Mas que Caatinga afinal? A Caatinga enquanto domínio fitogeográfico? A
caatinga enquanto bioma? A caatinga enquanto tipo vegetacional? A Caatinga enquanto
fitofisionomia? Ou a Caatinga enquanto uma das grandes ecorregiões brasileiras. Deste modo, o
intuito desta pesquisa foi averiguar como a Caatinga se encontra nos livros didáticos (LD) de
Biologia aprovados no Plano Nacional do Ensino Médio referente ao ano 2015. O trabalho foi
delineado com aspectos de pesquisa do tipo qualitativa. Para alcançar o objetivo
proposto utilizou-se a metodologia de pesquisa documental, prática na qual se examina
materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que podem ser
reexaminados com vistas a uma interpretação nova ou complementar. O único critério
de análise foi verificar quais das definições a seguir as coleções traziam sobre a
Caatinga, se era: (I) Bioma; (II) Domínio morfoclimático; (III) Tipo vegetacional; (IV)
Fitofisionomia; (V) Ecorregiões brasileiras. A partir das análises nas nove coleções de
Biologia aprovadas no PNLD-2015, observou que há a predominância de caracterizar a
Caatinga como “bioma” em oito coleções, uma dessas oito coleções os autores
caracterizam como fitogeografia, mas acabaram chamando de bioma ao longo do texto.
Em 11,2% das coleções a Caatinga é caracterizada como “domínio morfoclimático. No
Brasil o conceito de bioma vem sendo adotado de maneira equivocada, adquirindo uma
conotação florística. Usado dessa maneira errônea por biólogos, não por acaso passou a
ser usado equivocadamente por um público mais amplo, como agências governamentais
e organizações não governamentais. Não diferentemente esse equívoco está presente
nos livros didáticos, perpetuar esse equívoco poderá levar o aluno a se apropriar desses
conhecimentos de forma errada. Com relação ao conceito de domínio morfoclimáticos,
foi usado pela a primeira vez pelo o geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, com o objetivo
de fazer um levantamento da diversidade paisagística do território brasileiro. Esse
conceito estabelece uma associação ou integração entre diferentes elementos, como:
tipos de solo, relevo, hidrologia, clima e as formas de vegetação. Sendo assim, não é
errado conceituar as fitofisionomias brasileiras desta forma, porém é necessário deixar
claro esses conceitos para o aluno nos livros didáticos.

O “BIOMA” CAATINGA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

O globo terrestre possui um padrão complexo de climas, os quais, por sua vez, têm um
papel crucial na constituição dos padrões complexos de vegetação e tipos de
comunidades que nele encontramos. Os ecólogos dividem esses padrões de grande
escala em unidades designadas de ‘biomas’, as mais amplas comunidades bióticas
reconhecidas em nível geográfico, definidos como subdivisões biológicas que refletem
as características funcionais e fisionômicas da vegetação. Inexiste um consenso do
número exato de biomas terrestres; entretanto, pode-se afirmar que são reconhecidos
onze padrões de biomas diferentes que costumam variar de acordo com a faixa
climática. É dentro desses padrões complexos de vegetação, que a caatinga se distingue,
suas características se enquadram dentro do bioma savana estépica ou arbusto
tropical/bosques de espinhos. Desse modo, o trabalhou buscou analisar em sites de indexação
como a Caatinga era retratada. Para a realização deste estudo, foram utilizados, artigos e revistas
científicas, a fim de possibilitar pesquisas bibliográficas. No Brasil o conceito de bioma vem
sendo adotado de maneira equivocada, adquirindo uma conotação florística. Usado
dessa maneira errônea por biólogos, não por acaso passou a ser usado equivocadamente
por um público mais amplo, como agências governamentais e organizações não
governamentais. Dos grandes tipos de fitofisionomia do Brasil, a caatinga sem dúvida, é
a mais heterogênea, englobando um grande número de formações e associações vegetais
fisionômica e floristicamente distintas. Admitida a variedade de termos locais a ela
aplicados, muitos autores optaram por se referir a caatinga no plural, caatingas, devido à
multiplicidade de fisionomias apresentadas. A Caatinga ocupa uma área de 734.478km²,
correspondendo a 10% do território nacional e entre as regiões semiáridas da américa
latina, a caatinga se destaca em biodiversidade e exclusividade. Isso significa que
grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em nenhum outro
lugar do mundo, além do nordeste brasileiro. Esse destaque único entre as
fitofisionomias brasileiras não foi suficiente para garantir à Caatinga o destaque que
merece. Ao contrário, a Caatinga tem sido sempre colocada em segundo plano quando
se discutem políticas para o mapeamento e a conservação da biodiversidade do país. A
representação popularmente construída da caatinga é a de um ecossistema pobre em espécies
animais e vegetais, caracterizado pela escassez de água e de nutrientes do solo e pela presença
de plantas com galhos retorcidos e secos. Essas informações estereotipadas podem estar sendo
divulgadas nos livros didáticos, colaborando com um distanciamento da realidade. Deste modo,
é importante uma análise aprofundada da qualidade das informações acerca da caatinga em
livros didáticos de Biologia do ensino médio, pois o seu conhecimento não pode se limitar a
uma breve descrição física associada à imagem de um ambiente seco e sem vida. Nos dias
atuais, o equívoco em tratar a Caatinga como um bioma ainda persiste, muitas vezes
utilizado de forma errônea nos meios educacionais nos casos dos livros didáticos, desse
modo, o aluno pode se apropriar desses saberes equivocadamente.
Além disso, o LD é uma ferramenta de transmissão e divulgação de conhecimentos
científicos no espaço educativo, sendo um recurso consolidado na educação, dado como
verdadeiro e correto, estabelecendo certa centralidade, trazendo consigo ideias, crenças,
valores e informações que serão ensinadas aos alunos e à comunidade na qual a escola
está inserida. É nesta perpesctiva, que o conteúdo sobre a Caatinga deve estar
adequados para que os alunos compreendam seu habiat e o proteja contra a degradação.

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