Você está na página 1de 16

Trovadorismo

Momento histórico:

Os historiadores costumam limitar o Trovadorismo entre os anos de 1189 (ou 1198?) e


1385. Mais importante que essas datas convencionais é saber que o Trovadorismo
corresponde à primeira fase da história portuguesa ao período da formação de Portugal
como reino independente. É o período literário que reúne basicamente os poemas feitos
pelos trovadores para serem cantados em feiras, festas e nos castelos durante os últimos
séculos da Idade Média. É contemporâneo às lutas pela independência e ao surgimento
do Estado português e à dinastia de Borgonha, subdivide-se em três categorias: cantigas
de amigo, cantigas de amor e cantigas de escárnio e maldizer. Chegaram até nós três
coletâneas de poesias: o Cancioneiro da Vaticana, o Cancioneiro da Biblioteca Nacional
e o Cancioneiro da Ajuda, todos eles contendo composições que vão do século XII ao
século XIV. Os trovadores mais famosos foram o rei Afonso X de Castela e o rei D.
Dinis de Portugal.

Primeira fase da história de Portugal - séculos XII a XIV

1095 : O rei Afonso VI, de Leão e Castela, concede o condado Portucalense a seu
genro Henrique de Borgonha

1109-1385 : Dinastia de Borgonha. Declínio do Feudalismo

1139 : D. Afonso Henriques, filho e sucessor de Henrique de Borgonha, após vencer os


mouros em batalha declara a independência de Castela (tratado de Zamora).

1143: Reconhecimento da independência de Castela (tratado de Zamora )

1385: Fim da Dinastia de Borgonha. Revolução de Avis; D. João I é aclamado rei de


Portugal; início da dinastia de Avis.

Trovadorismo

É o conjunto das manifestações literárias contemporâneas à primeira dinastia - a


dinastia de Borgonha (1109-1385) Alguns aspectos da história da Península Ibérica são
importantes para entendermos certas características das manifestações literárias desse
período:

a) O feudalismo, já em declínio, terá reflexos até mesmo na linguagem da poesia


amorosa, como veremos adiante. As cortes dos reis e dos grandes senhores feudais são
os centros de produção cultural e literária.

b) A reconquista do território, dominado pelos árabes desde o século VIII, faz


prolongar, na nobreza ibérica, o espírito guerreiro e aventureiro das Cruzadas. Daí o
gosto tardio em Portugal pelas novelas de cavalaria.

c) Por último, o profundo espírito religioso medieval e teocêntrico refletirá tanto nas já
citadas novelas de cavalaria como na poesia de temática religiosa (Cantigas de Santa
Maria, de D. Afonso X) e nas hagiografias (vidas de santos) e obras de devoção.
Cronologia do Trovadorismo

Início: 1189 (ou 1198?) Provável data da Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de
Taveirós. Supõe-se que esta seja a mais antiga das composições conservadas nos
cancioneiros. Outras cantigas disputam essa primazia.

Término: 1385 Fim da dinastia de Borgonha

Cantiga da Ribeirinha

No mundo non me sei parelha


mentre me for como me vai,
ca ja moiro por vós e ai!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia

quando vos eu vi em saia.


Mao dia me levantei
que vos entom nom vi fea!
E, mia senhor, des aquelha
me foi a mi mui mal di’ai!
E vós, filha de Dom Paai
Moniz, e bem vos semelha
d’aver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d’alfaia
nunca de vós ouve nem ei
valia d’ua correa.

Glossário:

non me sei parelha: não conheço ninguém igual a mim.


mentre: enquanto.ca: pois.
branca e vermelha: a cor branca da pele, contrastando com o rosado do rosto.
retraia: pinte, retrate, descreva.
en saia: sem manto.
que: pois
dês: desde
semelha: parece
d’aver eu por vós: receber por seu intermédio.
guarvaia: manto luxuoso, provavelmente vermelho, usado pela nobreza.
alfaia: presente
valia d’un correa: objeto de pequeno valor.

Considerada por alguns como a mais antiga galego-portuguesa, este texto desafia a
interpretação dos estudiosos. Seu sentido continua bastante obscuro. Não se pode
concluir nem mesmo se trata de uma cantiga de amor ou de escárnio.
A poesia no período trovadoresco
Ao ler um texto poético desse período, não podemos ter em mente a tradição moderna e
o que hoje entendemos por poesia. A poesia não era escrita para ser lida por um leitor
solitário. Era poesia cantada (daí o nome de cantiga, que passaremos a usar de agora em
diante), geralmente era acompanhada por um coro e por instrumentos musicais. Seu
público não era, portanto, constituído de leitores, mas de ouvintes. Assim, devemos
sempre considerar as cantigas como poesia intimamente ligada à música, própria para
apresentações coletivas. Chamamos de poesia trovadoresca à produção poética, em
galego-português, do final do século XII ao século XIV. Seu apogeu ocorre no reinado
de Afonso III, pelos meados do século XIII.

Os cancioneiros

Só tardiamente (a partir do final do século XIII) as cantigas foram copiadas em


manuscritos chamados cancioneiros. Três desses livros, contendo aproximadamente 1
680 cantigas, chegaram até nós.São eles:

• Cancioneiro da Ajuda
• Cancioneiro da Vaticana
• Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa

Os autores

Os autores das cantigas são chamados trovadores. Eram pessoas cultas, quase sempre
nobres, contando-se entre eles alguns reis, como D. Sancho I, D. Afonso X, de Castela e
D. Dinis. Nos cancioneiros que conhecemos, estão reunidos as cantigas de 153
trovadores.

Os intérpretes

As cantigas compostas pelos trovadores eram musicadas e interpretadas pelo jogral,


pelo segrel e pelo menestrel, artistas agregados às cortes ou perambulavam pelas
cidades e feiras. Muitas vezes o jogral também compunha cantigas.

Características das cantigas

• Língua galego-português
• Tradição oral e coletiva
• Poesia cantada e acompanhada por instrumentos musicais colecionada em
cancioneiros
• Autores trovadores
• Intérpretes: jograis, segréis e menestréis.
• Gêneros: lírico (cantigas de amigo, cantigas de amor) e satírico (cantigas de escárnio,
cantigas de maldizer).

Os gêneros

Podemos classificar as cantigas podem ser classificadas em:

• gênero lírico: cantigas de amigo, cantigas de amor


• gênero satírico: cantigas de escárnio e de maldizer
GÊNERO LÍRICO

CARACTERÍSTICAS DAS CANTIGAS DE AMOR

•Eu lírico masculino


• Tratamento dando à mulher: mia senhor.
• Expressão da vida da corte.
•Convenções do amor cortês:
a) Idealização da mulher;
b) Vassalagem amorosa;
c) Expressão da coita.
•Origem provençal

CARACTERÍSTICAS DAS CANTIGAS DE AMIGO

•Eu lírico feminino


•Tratamento dado ao namorado: amigo
•Expressão da vida campesina e urbana
• Amor realizado ou possível - sofrimento amoroso
•Simplicidade - pequenos quadros sentimentais
•Paralelismo e refrão
•Origem popular e autóctone (isto é, na própria Península Ibérica)

AS CANTIGAS DE AMOR

Canção de amor
D. Dinis

Quer’eu em maneira de proença!


fazer agora um cantar d’amor.
Trovadorismo
Designa-se por Trovadorismo o período que engloba a produção literária de Portugal
durante seus primeiros séculos de existência (séc. XII ao XV). No âmbito da poesia, a
tônica são mesmo as Cantigas em suas modalidades; enquanto a prosa apresenta as
Novelas de Cavalaria.

Contexto Histórico
Momento final da Idade Média na Península Ibérica, onde a cultura apresenta a
religiosidade como elemento marcante.

A vida do homem medieval é totalmente norteada pelos valores religiosos e para a


salvação da alma. O maior temor humano era a idéia do inferno que torna o ser
medieval submisso à Igreja e seus representantes.

São comuns procissões, romarias, construção de templos religiosos, missas etc. A arte
reflete, então, esse sentimento religioso em que tudo gira em torno de Deus. Por isso,
essa época é chamada de Teocêntrica.

As relações sociais estão baseadas também na submissão aos senhores feudais. Estes
eram os detentores da posse da terra, habitavam castelos e exerciam o poder absoluto
sobre seus servos ou vassalos. Há bastante distanciamento entre as classes sociais,
marcando bem a superioridade de uma sobre a outra.

O marco inicial do Trovadorismo data da primeira cantiga feita por Paio Soares
Taveirós, provavelmente em 1198, entitulada Cantiga da Ribeirinha.

Características
A poesia desta época compõe-se basicamente de cantigas, geralmente com
acompanhamento de instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.). Quem escrevia e
cantava essas poesias musicadas eram os jograis e os trovadores. Estes últimos deram
origem ao nome deste estilo de época português.

Mais tarde, as cantigas foram compiladas em Cancioneiros. Os mais importantes


Cancioneiros desta época são o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.

As cantigas eram cantadas no idioma galego-português e dividem-se em dois tipos:


líricas (de amor e de amigo) e satíricas (de escárnio e mal-dizer).

Do ponto de vista literário, as cantigas líricas apresentam maior potencial pois formam a
base da poesia lírica portuguesa e até brasileira. Já as cantigas satíricas, geralmente,
tratavam de personalidades da época, numa linguagem popular e muitas vezes obscena.
Cantigas de amor

Origem da Provença, região da França, trazidas através dos eventos religiosos e


contatos entre as cortes. Tratam, geralmente, de um relacionamento amoroso,
em que o trovador canta seu amor a uma dama, normalmente de posição social
superior, inatingível. Refletindo a relação social de servidão, o trovador roga a
dama que aceite sua dedicação e submissão.

Eu-lírico - masculino

• Cantigas de amigo

Neste tipo de texto, quem fala é a mulher e não o homem. O trovador compõe a
cantiga, mas o ponto de vista é feminino, mostrando o outro lado do
relacionamento amoroso - o sofrimento da mulher à espera do namorado
(chamado "amigo"), a dor do amor não correspondido, as saudades, os ciúmes,
as confissões da mulher a suas amigas, etc. Os elementos da natureza estão
sempre presentes, além de pessoas do ambiente familiar, evidenciando o caráter
popular da cantiga de amigo.

Eu-lírico - feminino

• Cantigas satíricas

Aqui os trovadores preocupavam-se em denunciar os falsos valores morais


vigentes, atingindo todas as classes sociais: senhores feudais, clérigos, povo e
até eles próprios.

o Cantigas de escárnio - crítica indireta e irônica


o Cantigas de maldizer - crítica direta e mais grosseira

A prosa medieval retrata com mais detalhes o ambiente histórico-social desta


época. A temática das novelas medievais está ligada à vida dos cavaleiros
medievais e também à religião.

A Demanda do Santo Graal é a novela mais importante para a literatura


portuguesa. Ela retrata as aventuras dos cavaleiros do Rei Artur em busca do
cálice sagrado (Santo Graal). Este cálice conteria o sangue recolhido por José de
Arimatéia, quando Cristo estava crucificado. Esta busca (demanda) é repleta de
simbolismo religioso, e o valoroso cavaleiro Galaaz consegue o cálice.


As origens do trovadorismo

Os trovadores medievais escreviam em pergaminhos, como por exemplo o pergaminho


Vindel

São admitidas quatro teses fundamentais para explicar a origem dessa poesia: a tese
arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese folclórica, que a
julga criada pelo próprio povo; a tese médio-latinista, segundo a qual essa poesia teria
origem na literatura latina produzida durante a Idade Média; e, por fim, a tese litúrgica,
que a considera fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma época. Todavia,
nenhuma das teses citadas é suficiente em si mesma, deixando-nos na posição de aceitá-
las conjuntamente, a fim de melhor abarcar os aspectos constantes dessa poesia.

A mais antiga manifestação literária galaico-portuguesa que se pode datar é a cantiga


"Ora faz host'o senhor de Navarra", do trovador português João Soares de Paiva ou João
Soares de Pávia, composta provavelmente por volta do ano 1200. Por essa cantiga ser a
mais antiga datável (por conter dados históricos precisos), convém datar daí o início do
Lírica medieval galego-portuguesa (e não, como se supunha, a partir da "Cantiga de
Guarvaia", composta por Paio Soares de Taveirós, cuja data de composição é
impossível de apurar com exactidão, mas que, tendo em conta os dados biográficos do
seu autor, é certamente bastante posterior). Este texto também é chamado de "Cantiga
da Ribeirinha" por ter sido dedicada à Dona Maria Paes Ribeiro, a ribeirinha. De 1200,
a Lírica galego-portuguesa se estende até meados do século XIV, sendo usual referir
como termo o ano de 1350, data do testamento do Conde D. Pedro, Conde de Barcelos|
D. Pedro de Barcelos, filho primogênito bastardo de D. Dinis, ele próprio trovador e
provável compilador das cantigas (no testamento, D. Pedro lega um "Livro das
Cantigas" a seu sobrinho, D.Afonso XI de Castela).

Trovadores eram aqueles que compunham as poesias e as melodias que as


acompanhavam, e cantigas são as poesias cantadas. A designação "trovador" aplicava-
se aos autores de origem nobre, sendo que os autores de origem vilã tinham o nome de
jogral, termo que designava igualmente o seu estatuto de profissional (em contraste com
o trovador). Ainda que seja coerente a afirmação de que quem tocava e cantava as
poesias eram os jograis, é muito possível que a maioria dos trovadores interpretasse
igualmente as suas próprias composições.

A mentalidade da época baseada no teocentrismo serviu como base para a estrutura da


cantiga de amigo, em que o amor espiritual e inatingível é retratado.As cantigas,
primeiramente destinadas ao canto, foram depois manuscritas em cadernos de
apontamentos, que mais tarde foram postas em coletâneas de canções chamadas
Cancioneiros (livros que reuniam grande número de trovas). São conhecidos três
Cancioneiros galego-portugueses: o "Cancioneiro da Ajuda", o "Cancioneiro da
Biblioteca Nacional de Lisboa" (Colocci-Brancutti) e o "Cancioneiro da Vaticana".
Aspectos Culturais da Região Sul

A região Sul do Brasil é composta pelos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa
Catarina. Apresenta grande diversidade cultural, as maiores influências culturais são dos
imigrantes europeus.

Rio Grande do Sul


Os gaúchos dos pampas, ou das cidades, formam um povo alegre e rico em tradições.
Grande parte dos seus aspectos culturais é oriunda dos imigrantes alemães, que habitaram a
região por volta de 1824. Os italianos, espanhóis e portugueses também contribuíram para a
riqueza cultural desse Estado.

O gaúcho, que não dispensa a bombacha, o lenço e o poncho, aprecia o chimarrão e o


churrasco

Grande parte das danças gaúchas é de origem portuguesa, se destaca também as danças
espanholas, como a tirana e o anu.

A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto


Alegre no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis
devotos participam da procissão fluvial. É também chamada pelo povo de festa das
Melancias.
Algumas cidades do Sul ainda celebram as tradições dos antepassados em festas típicas,
como a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).

Paraná
Os migrantes chegaram a partir de 1850: alemães, italianos, poloneses, ucranianos,
holandeses, etc. Eles influenciaram fortemente a cultura da região. Além dos colonizadores
portugueses, que deixaram sua marca nos usos e costumes e no linguajar cantado dos
paranaenses.

No Paraná, a culinária inclui o barreado, um cozido de carne. É um prato caboclo típico do


litoral. Ele é preparado com carne bovina, toucinho e temperos colocados em uma panela de
barro. Ela é enterrada e acende-se por cima uma fogueira. Após 12 horas de cozimento, a
iguaria está pronta.

Santa Catarina
Os colonos imigrantes chegaram a partir do século XIX. No entanto, mais tarde o Estado
recebeu grande influência dos colonos italianos e alemães.

Nesta região do Brasil há uma grande quantidade de casas com arquitetura tipicamente
europeia.

Os imigrantes se adaptaram facilmente ao clima subtropical da região e muito contribuíram


na cultura vinhateira, na triticultura (cultura com trigo), linho, algodão, cânhamo e mandioca.

Alguns eventos culturais são marcantes, e mobilizam várias pessoas. O boi-de-mamão, por
exemplo, vai do Natal ao Carnaval. Começa com as prendas e pedidos de ajuda e termina
com a morte e ressurreição do boi.

A dança de fitas é uma tradição milenar. É uma dança ariana antiquíssima. É feito um pau de
fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem
pares de fita. Executam as figurações segurando a ponta das suas fitas, dançando, traçando
as fitas em torno do mastro central.

Em Santa Catarina o boi na vara ainda é praticado. É uma espécie de tourada praticada. O
boi, preso numa vara com uma corda, investe num boneco; até o esgotamento. Outras vezes
soltam os animais e os homens saem correndo, derrubam o boi e despedaçam-no.

Outro evento cultural no estado é a Oktoberfest, em Blumenau (SC), tradicional festa da


cerveja.

A culinária é marcada pelo pirão de peixe, no sul do Estado; e os pratos alemães e a


marreca, no norte. Na capital, o destaque é o camarão.
História da Região Sul do Brasil

Os primeiros e milenares habitantes da região Sul do Brasil são os povos indígenas


naturais da terra, principalmente os guaranis (mbyás), os kaingangs e os carijós.

Posteriormente, vieram os padres jesuítas espanhóis para catequizar os índios e a


dominar a terra. Esses religiosos fundaram aldeias denominadas missões ou reduções.
Os índios que habitavam as missões criavam gado, ou seja, dedicavam-se à pecuária,
trabalhavam na agricultura e aprendiam ofícios.

Os bandeirantes paulistas atacaram as missões para aprisionar os índios. Com isso, os


padres jesuítas e os índios abandonaram o lugar e o gado ficou solto pelos campos.
Muitos paulistas foram aos poucos se fixando no litoral de Santa Catarina. Eles
fundaram as primeiras vilas no litoral.

Os paulistas interessaram-se também pelo comércio do gado. Os tropeiros, isto é, os


comerciantes de gado, reuniam o gado espalhado pelos campos. Eles levavam os
animais para vender nas feiras de gado, em Sorocaba. No caminho por onde as tropas
passavam sugiram povoados. Os tropeiros também organizaram as primeiras estâncias,
ou seja, fazendas de criação de gado.

Para defender as estâncias que tinham sido criadas, o governo português mandou
construir fortes militares na região. Em volta dos fortes surgiram povoados. Durante
muitos anos, os portugueses e os espanhóis lutaram pela posse de terras do Sul. As
brigas continuaram e apenas foram resolvidas com a assinatura de tratados. Esses
tratados determinaram os limites das terras localizadas no sul do Brasil.

A população da região Sul aumentou muito com a chegada dos primeiros imigrantes
europeus. Os primeiros imigrantes foram os açorianos. Depois vieram principalmente os
alemães (1824, São Leopoldo, Rio Grande do Sul), e os italianos (1870). Outros grupos
(árabes, poloneses e japoneses) também procuraram a região para morar. Os imigrantes
fundaram colônias que se tornaram cidades importantes.

As terras do norte e oeste do Paraná e do oeste de Santa Catarina foram as últimas


regiões a serem povoadas. O norte do Paraná foi povoado com a criação de colônias
agrícolas financiadas por uma companhia inglesa. Pessoas de outros Estados do Brasil e
de mais de 40 países vieram para a região trabalhar como colonos no plantio de café e
de cereais. No oeste catarinense, desenvolveram-se a pecuária, a exploração da erva-
mate e da madeira.
História do Rio Grande do Sul

Herrmann Rudolf Wendroth: Mapa da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul em
1852.

A história do Rio Grande do Sul, o estado mais ao sul do Brasil, inicia com a chegada
do homem à região cerca de 11 mil anos atrás, mas suas mudanças mais dramáticas
ocorreram nos últimos cinco séculos, depois do descobrimento do Brasil. Esse percurso
mais recente transcorreu em meio a diversos conflitos armados, externos e internos,
alguns de grande violência. Guilhermino César dizia que essa história "é um dos
capítulos mais recentes da história brasileira", e justificadamente, pois quando no
punhado de povoados e estâncias de gado portuguesas no centro-litoral, e o sul-sudeste
era uma "terra de ninguém" onde frequentemente incursionavam tropas espanholas
ascensão e uma rica classe burguesa, mas ainda era um estado dividido por sérias
rivalidades políticas, e houve mais crises sangrentas. Nessa época o Positivismo
delineava o programa de governo, criando uma dinastia de políticos herdeiros de Júlio
de Castilhos que governou até os anos 1960 e influiu em todo o Brasil, especialmente
através de Getúlio Vargas, que em sua origem fora castilhista. No período da ditadura
militar o Rio Grande do Sul enfrentou muitas dificuldades no que diz respeito à
liberdade de expressão, como enfrentou todo o país, mas o crescimento econômico do
Milagre Brasileiro propiciou investimentos na infraestrutura. No final do ciclo, porém, o
estado havia acumulado enorme dívida pública. Nas últimas décadas o estado vem
consolidando uma economia dinâmica e diversificada, ainda que bastante ligada ao setor
agropecuário, e vem ganhando fama como tendo uma população politizada e educada.
Ainda que existam muitos desafios a serem vencidos e grandes diferenças regionais, em
geral melhorou sua qualidade de vida alcançando índices superiores à média nacional,
projetou-se culturalmente em todo o Brasil e iniciou um processo de abertura para
outros cenários em face da globalização, enquanto que passava a prestar mais atenção às
suas raízes históricas, à sua diversidade interna, aos excluídos e minorias, e ao seu
ambiente natural
Economía

Produz na agricultura permanente, fumo, cana de acúcar e deliciosas uvas, na temporária, arroz de várzea,
trigo, soja, batata inglesa, milho, feijão, mandioca e erva-mate.

Sua extração mineral é de cobre e carvão. A indústria do Estado inclui: siderúrgica, metalúrgica, refino do
petróleo, cimento, mecânica e elétrica, téxtil, alimentar, química, madeireira, de calçados e tratamento do
couro de boi. A área metropolitana de Porto Alegre é a mais desenvolvida de toda a região Sul.

Folclore e Cultura

A colonização européia deixou sua marca e os "gauchos", como são chamados, falam nosso idioma com
forte influência portenha e alguns ainda usam as calças largas, "bombachas", como os homens dos
pampas Argentinos.

As senhoritas, chamadas "prendas" usam seus trajes especiais em danças e festas folclóricas, quando
todos participam do famoso e saboroso churrasco, carne de boi assada em espetos, na brasa, já difundido
em todo o Brasil e prato principal da cozinha típica gaúcha, acompanhado do típico chimarrão.

Mas essencialmente o Rio Grande do Sul até o fim do século XVIII era uma região
virgem habitada por povos indígenas.[1] Os únicos focos importantes de civilização e
cultura européias em todo o território até esta altura eram um brilhante grupo de
reduções jesuítas fundado no noroeste, destacando-se entre elas os Sete Povos das
Missões. Entretanto, sendo de criação espanhola, até há pouco tempo as Missões eram
vistas como que sendo um capítulo à parte, e tanto mais por não terem deixado
descendência cultural direta significativa, mas em anos recentes vêm sendo assimiladas
à historiografia integrada do estado.[2]

Na primeira metade do século XIX, após muitos conflitos e tratados, obtendo Portugal a
posse definitiva das terras que hoje compõem o estado, expulsos os espanhóis e
desmanteladas as reduções, e massacrados ou dispersos os índios, se estabeleceu uma
sociedade de matriz claramente portuguesa, e uma economia baseada principalmente no
charque e no trigo, iniciando um florescimento cultural nos maiores centros do litoral -
Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. Esse crescimento contou com a contribuição de
muitos imigrantes alemães, que desbravaram novas áreas e criaram culturas regionais
significativas e economias prósperas, bem como com a força de muitos braços escravos.
Em 1835 iniciou um dramático conflito que envolveu os gaúchos numa guerra
fratricida, a Revolução Farroupilha, de caráter separatista e republicano. Finda a guerra
a sociedade pôde se reestruturar. No final do século o comércio se fortaleceu, chegaram
imigrantes de outras origens como italianos e judeus, e na virada para o século XX o
Rio Grande do Sul havia se tornado a terceira maior economia do Brasil, com uma
indústria em
Região Sul do Brasil

A região Sul é a mais européia do Brasil, com um clima subtropical e as temperaturas mais
baixas do país, chegando a nevar nas serras. A imigração alemã, italiana e polonesa nesta
região é marcante, onde os traços europeus predominam, tanto no físico com olhos claros e
cabelo loiro, como na arquitetura, culinária, cultura e estilo de vida.

No estado do Paraná, com seus imensos Pinheiros (Araucárias) temos a capital Curitiba, que é
a cidade exemplo de modernidade e qualidade de vida, com grandes e cuidadas áreas verdes,
planejamento urbano, transportes e educação.

As "Cataratas do Iguaçu", uma das mais belas quedas de água do mundo, com cerca de 300
metros de altura, também esta localizada neste estado.

O estado de Santa Catarina, está marcado pelas lindas praias e cidades tipicamente alemãs.
Sua capital, na bela ilha de Florianópolis, são famosos pelos restaurantes especializados em
frutos do mar, onde são servidos rodadas de camarões e na badalada praia da Joaquina, são
realizados campeonatos internacionais de surfe.

O folclore e a tradição alemã são manifestados em festas típicas nas cidades de Joinville e
Blumenau. Na pequena Pomerode é comum encontrar Brasileiros que só sabem o idioma
alemão.

Já no estado do Rio Grande do Sul, o espírito regionalista oferece um folclore rico na música e
dança com uso de trajes típicos e costumes próprios, como o churrasco gaúcho feito no espeto
e o hábito de beber "chimarrão" , um chá de ervas, sorvido em cuia especial, nas rodas de bate
papo.

A maior influência dos italianos está presente nas cidades serranas, com muito vinho e
comidas típicas das aldeias italiana
O turismo na Região Sul

Cataratas do Iguaçu, a maior atração turística do Sul

A Região Sul possui uma variedade de lindas paisagens naturais, além disso, sua composição
arquitetônica, herdada dos imigrantes lá estabelecidos, cria uma verdadeira atração turística,
uma vez que foge da realidade dos outros estados e regiões.

Outros atrativos são as tradicionais festas nas colônias européias, como danças, culinária e
todas as formas de manifestações culturais preservadas pelos imigrantes europeus.

No entanto, a natureza é o que mais encanta, nesse sentido o sul tem muito a oferecer, a
seguir alguns dos pontos turísticos naturais mais conhecidos e visitados.

- Parque Nacional do Iguaçu, no qual está localizado as Cataratas do Iguaçu, considerada


como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

- Balneário Camboriú

- Parque Nacional de Aparados da Serra

- Ruínas Jesuítico-Guaranis

A seguir, de forma sintetizada e regionalizada, a apresentação dos pontos turísticos dos três
estados que compõe a Região Sul.

Paraná

Ilhas dos Currais


Parque Nacional do Superagui
Rio Nhundiaquara
Ilha do Itacolomi
Salto Parati
Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso
Curitiba, uma cidade planejada.
Cataratas do Iguaçu
Rio Grande do Sul

Cânion do Itaimbenzinho
Cânion Malacara
Cânion Faxinalzinho
Cânion Fortaleza
Parque Nacional da Serra Geral
Porto Alegre, uma cidade moderna.
Praia da Solidão
Praia do Arroio Teixeira
Praia do Balneário Mostardense
Praia Nacional da Lagoa do Peixe

Santa Catarina

Florianópolis
Encantos do Sul Catarinense
Praia do Buraco
Praia de Zimbros
Praia do Canto-Grande
Praia do Esteleiro
Praia de Perequê
Praia do Araçá
Praia do Cardoso
Praia do Mariscal
Morro da Igreja
Rio Sete Quedas
Cascatas Véu da Noiva
Serra do Corvo Branco
Cachoeira do Avencal pedra furada
Pedaço de Mim
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

Volta Meu Amor


Marisa Monte
Composição: Manacéa & Áurea Maria 1972
Foi embora o meu grande amor
Fiquei tão sozinho, sem um carinho
Neste mundo senhor
Não deixe criador eu sofrer assim
Faça voltar este amor pra mim
Volta, volta, meu amor
Quero sentir novamente seu calor
Volta, volta, meu amor
Quero sentir novamente o seu calor
Vem para os meu braços não me diga mais adeus
Eu só quero ouvir amor dos lábios teus
O teu perfume quero sentir
Entre os meus braços o teu calor
Tão forte quanto o meu amor

Você também pode gostar