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Momento histórico:
1095 : O rei Afonso VI, de Leão e Castela, concede o condado Portucalense a seu
genro Henrique de Borgonha
Trovadorismo
c) Por último, o profundo espírito religioso medieval e teocêntrico refletirá tanto nas já
citadas novelas de cavalaria como na poesia de temática religiosa (Cantigas de Santa
Maria, de D. Afonso X) e nas hagiografias (vidas de santos) e obras de devoção.
Cronologia do Trovadorismo
Início: 1189 (ou 1198?) Provável data da Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de
Taveirós. Supõe-se que esta seja a mais antiga das composições conservadas nos
cancioneiros. Outras cantigas disputam essa primazia.
Cantiga da Ribeirinha
Glossário:
Considerada por alguns como a mais antiga galego-portuguesa, este texto desafia a
interpretação dos estudiosos. Seu sentido continua bastante obscuro. Não se pode
concluir nem mesmo se trata de uma cantiga de amor ou de escárnio.
A poesia no período trovadoresco
Ao ler um texto poético desse período, não podemos ter em mente a tradição moderna e
o que hoje entendemos por poesia. A poesia não era escrita para ser lida por um leitor
solitário. Era poesia cantada (daí o nome de cantiga, que passaremos a usar de agora em
diante), geralmente era acompanhada por um coro e por instrumentos musicais. Seu
público não era, portanto, constituído de leitores, mas de ouvintes. Assim, devemos
sempre considerar as cantigas como poesia intimamente ligada à música, própria para
apresentações coletivas. Chamamos de poesia trovadoresca à produção poética, em
galego-português, do final do século XII ao século XIV. Seu apogeu ocorre no reinado
de Afonso III, pelos meados do século XIII.
Os cancioneiros
• Cancioneiro da Ajuda
• Cancioneiro da Vaticana
• Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa
Os autores
Os autores das cantigas são chamados trovadores. Eram pessoas cultas, quase sempre
nobres, contando-se entre eles alguns reis, como D. Sancho I, D. Afonso X, de Castela e
D. Dinis. Nos cancioneiros que conhecemos, estão reunidos as cantigas de 153
trovadores.
Os intérpretes
• Língua galego-português
• Tradição oral e coletiva
• Poesia cantada e acompanhada por instrumentos musicais colecionada em
cancioneiros
• Autores trovadores
• Intérpretes: jograis, segréis e menestréis.
• Gêneros: lírico (cantigas de amigo, cantigas de amor) e satírico (cantigas de escárnio,
cantigas de maldizer).
Os gêneros
AS CANTIGAS DE AMOR
Canção de amor
D. Dinis
Contexto Histórico
Momento final da Idade Média na Península Ibérica, onde a cultura apresenta a
religiosidade como elemento marcante.
São comuns procissões, romarias, construção de templos religiosos, missas etc. A arte
reflete, então, esse sentimento religioso em que tudo gira em torno de Deus. Por isso,
essa época é chamada de Teocêntrica.
As relações sociais estão baseadas também na submissão aos senhores feudais. Estes
eram os detentores da posse da terra, habitavam castelos e exerciam o poder absoluto
sobre seus servos ou vassalos. Há bastante distanciamento entre as classes sociais,
marcando bem a superioridade de uma sobre a outra.
O marco inicial do Trovadorismo data da primeira cantiga feita por Paio Soares
Taveirós, provavelmente em 1198, entitulada Cantiga da Ribeirinha.
Características
A poesia desta época compõe-se basicamente de cantigas, geralmente com
acompanhamento de instrumentos (alaúde, flauta, viola, gaita etc.). Quem escrevia e
cantava essas poesias musicadas eram os jograis e os trovadores. Estes últimos deram
origem ao nome deste estilo de época português.
Do ponto de vista literário, as cantigas líricas apresentam maior potencial pois formam a
base da poesia lírica portuguesa e até brasileira. Já as cantigas satíricas, geralmente,
tratavam de personalidades da época, numa linguagem popular e muitas vezes obscena.
Cantigas de amor
Eu-lírico - masculino
• Cantigas de amigo
Neste tipo de texto, quem fala é a mulher e não o homem. O trovador compõe a
cantiga, mas o ponto de vista é feminino, mostrando o outro lado do
relacionamento amoroso - o sofrimento da mulher à espera do namorado
(chamado "amigo"), a dor do amor não correspondido, as saudades, os ciúmes,
as confissões da mulher a suas amigas, etc. Os elementos da natureza estão
sempre presentes, além de pessoas do ambiente familiar, evidenciando o caráter
popular da cantiga de amigo.
Eu-lírico - feminino
• Cantigas satíricas
•
As origens do trovadorismo
São admitidas quatro teses fundamentais para explicar a origem dessa poesia: a tese
arábica, que considera a cultura arábica como sua velha raiz; a tese folclórica, que a
julga criada pelo próprio povo; a tese médio-latinista, segundo a qual essa poesia teria
origem na literatura latina produzida durante a Idade Média; e, por fim, a tese litúrgica,
que a considera fruto da poesia litúrgico-cristã elaborada na mesma época. Todavia,
nenhuma das teses citadas é suficiente em si mesma, deixando-nos na posição de aceitá-
las conjuntamente, a fim de melhor abarcar os aspectos constantes dessa poesia.
Grande parte das danças gaúchas é de origem portuguesa, se destaca também as danças
espanholas, como a tirana e o anu.
Paraná
Os migrantes chegaram a partir de 1850: alemães, italianos, poloneses, ucranianos,
holandeses, etc. Eles influenciaram fortemente a cultura da região. Além dos colonizadores
portugueses, que deixaram sua marca nos usos e costumes e no linguajar cantado dos
paranaenses.
Santa Catarina
Os colonos imigrantes chegaram a partir do século XIX. No entanto, mais tarde o Estado
recebeu grande influência dos colonos italianos e alemães.
Nesta região do Brasil há uma grande quantidade de casas com arquitetura tipicamente
europeia.
Alguns eventos culturais são marcantes, e mobilizam várias pessoas. O boi-de-mamão, por
exemplo, vai do Natal ao Carnaval. Começa com as prendas e pedidos de ajuda e termina
com a morte e ressurreição do boi.
A dança de fitas é uma tradição milenar. É uma dança ariana antiquíssima. É feito um pau de
fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem
pares de fita. Executam as figurações segurando a ponta das suas fitas, dançando, traçando
as fitas em torno do mastro central.
Em Santa Catarina o boi na vara ainda é praticado. É uma espécie de tourada praticada. O
boi, preso numa vara com uma corda, investe num boneco; até o esgotamento. Outras vezes
soltam os animais e os homens saem correndo, derrubam o boi e despedaçam-no.
Para defender as estâncias que tinham sido criadas, o governo português mandou
construir fortes militares na região. Em volta dos fortes surgiram povoados. Durante
muitos anos, os portugueses e os espanhóis lutaram pela posse de terras do Sul. As
brigas continuaram e apenas foram resolvidas com a assinatura de tratados. Esses
tratados determinaram os limites das terras localizadas no sul do Brasil.
A população da região Sul aumentou muito com a chegada dos primeiros imigrantes
europeus. Os primeiros imigrantes foram os açorianos. Depois vieram principalmente os
alemães (1824, São Leopoldo, Rio Grande do Sul), e os italianos (1870). Outros grupos
(árabes, poloneses e japoneses) também procuraram a região para morar. Os imigrantes
fundaram colônias que se tornaram cidades importantes.
Herrmann Rudolf Wendroth: Mapa da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul em
1852.
A história do Rio Grande do Sul, o estado mais ao sul do Brasil, inicia com a chegada
do homem à região cerca de 11 mil anos atrás, mas suas mudanças mais dramáticas
ocorreram nos últimos cinco séculos, depois do descobrimento do Brasil. Esse percurso
mais recente transcorreu em meio a diversos conflitos armados, externos e internos,
alguns de grande violência. Guilhermino César dizia que essa história "é um dos
capítulos mais recentes da história brasileira", e justificadamente, pois quando no
punhado de povoados e estâncias de gado portuguesas no centro-litoral, e o sul-sudeste
era uma "terra de ninguém" onde frequentemente incursionavam tropas espanholas
ascensão e uma rica classe burguesa, mas ainda era um estado dividido por sérias
rivalidades políticas, e houve mais crises sangrentas. Nessa época o Positivismo
delineava o programa de governo, criando uma dinastia de políticos herdeiros de Júlio
de Castilhos que governou até os anos 1960 e influiu em todo o Brasil, especialmente
através de Getúlio Vargas, que em sua origem fora castilhista. No período da ditadura
militar o Rio Grande do Sul enfrentou muitas dificuldades no que diz respeito à
liberdade de expressão, como enfrentou todo o país, mas o crescimento econômico do
Milagre Brasileiro propiciou investimentos na infraestrutura. No final do ciclo, porém, o
estado havia acumulado enorme dívida pública. Nas últimas décadas o estado vem
consolidando uma economia dinâmica e diversificada, ainda que bastante ligada ao setor
agropecuário, e vem ganhando fama como tendo uma população politizada e educada.
Ainda que existam muitos desafios a serem vencidos e grandes diferenças regionais, em
geral melhorou sua qualidade de vida alcançando índices superiores à média nacional,
projetou-se culturalmente em todo o Brasil e iniciou um processo de abertura para
outros cenários em face da globalização, enquanto que passava a prestar mais atenção às
suas raízes históricas, à sua diversidade interna, aos excluídos e minorias, e ao seu
ambiente natural
Economía
Produz na agricultura permanente, fumo, cana de acúcar e deliciosas uvas, na temporária, arroz de várzea,
trigo, soja, batata inglesa, milho, feijão, mandioca e erva-mate.
Sua extração mineral é de cobre e carvão. A indústria do Estado inclui: siderúrgica, metalúrgica, refino do
petróleo, cimento, mecânica e elétrica, téxtil, alimentar, química, madeireira, de calçados e tratamento do
couro de boi. A área metropolitana de Porto Alegre é a mais desenvolvida de toda a região Sul.
Folclore e Cultura
A colonização européia deixou sua marca e os "gauchos", como são chamados, falam nosso idioma com
forte influência portenha e alguns ainda usam as calças largas, "bombachas", como os homens dos
pampas Argentinos.
As senhoritas, chamadas "prendas" usam seus trajes especiais em danças e festas folclóricas, quando
todos participam do famoso e saboroso churrasco, carne de boi assada em espetos, na brasa, já difundido
em todo o Brasil e prato principal da cozinha típica gaúcha, acompanhado do típico chimarrão.
Mas essencialmente o Rio Grande do Sul até o fim do século XVIII era uma região
virgem habitada por povos indígenas.[1] Os únicos focos importantes de civilização e
cultura européias em todo o território até esta altura eram um brilhante grupo de
reduções jesuítas fundado no noroeste, destacando-se entre elas os Sete Povos das
Missões. Entretanto, sendo de criação espanhola, até há pouco tempo as Missões eram
vistas como que sendo um capítulo à parte, e tanto mais por não terem deixado
descendência cultural direta significativa, mas em anos recentes vêm sendo assimiladas
à historiografia integrada do estado.[2]
Na primeira metade do século XIX, após muitos conflitos e tratados, obtendo Portugal a
posse definitiva das terras que hoje compõem o estado, expulsos os espanhóis e
desmanteladas as reduções, e massacrados ou dispersos os índios, se estabeleceu uma
sociedade de matriz claramente portuguesa, e uma economia baseada principalmente no
charque e no trigo, iniciando um florescimento cultural nos maiores centros do litoral -
Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande. Esse crescimento contou com a contribuição de
muitos imigrantes alemães, que desbravaram novas áreas e criaram culturas regionais
significativas e economias prósperas, bem como com a força de muitos braços escravos.
Em 1835 iniciou um dramático conflito que envolveu os gaúchos numa guerra
fratricida, a Revolução Farroupilha, de caráter separatista e republicano. Finda a guerra
a sociedade pôde se reestruturar. No final do século o comércio se fortaleceu, chegaram
imigrantes de outras origens como italianos e judeus, e na virada para o século XX o
Rio Grande do Sul havia se tornado a terceira maior economia do Brasil, com uma
indústria em
Região Sul do Brasil
A região Sul é a mais européia do Brasil, com um clima subtropical e as temperaturas mais
baixas do país, chegando a nevar nas serras. A imigração alemã, italiana e polonesa nesta
região é marcante, onde os traços europeus predominam, tanto no físico com olhos claros e
cabelo loiro, como na arquitetura, culinária, cultura e estilo de vida.
No estado do Paraná, com seus imensos Pinheiros (Araucárias) temos a capital Curitiba, que é
a cidade exemplo de modernidade e qualidade de vida, com grandes e cuidadas áreas verdes,
planejamento urbano, transportes e educação.
As "Cataratas do Iguaçu", uma das mais belas quedas de água do mundo, com cerca de 300
metros de altura, também esta localizada neste estado.
O estado de Santa Catarina, está marcado pelas lindas praias e cidades tipicamente alemãs.
Sua capital, na bela ilha de Florianópolis, são famosos pelos restaurantes especializados em
frutos do mar, onde são servidos rodadas de camarões e na badalada praia da Joaquina, são
realizados campeonatos internacionais de surfe.
O folclore e a tradição alemã são manifestados em festas típicas nas cidades de Joinville e
Blumenau. Na pequena Pomerode é comum encontrar Brasileiros que só sabem o idioma
alemão.
Já no estado do Rio Grande do Sul, o espírito regionalista oferece um folclore rico na música e
dança com uso de trajes típicos e costumes próprios, como o churrasco gaúcho feito no espeto
e o hábito de beber "chimarrão" , um chá de ervas, sorvido em cuia especial, nas rodas de bate
papo.
A maior influência dos italianos está presente nas cidades serranas, com muito vinho e
comidas típicas das aldeias italiana
O turismo na Região Sul
A Região Sul possui uma variedade de lindas paisagens naturais, além disso, sua composição
arquitetônica, herdada dos imigrantes lá estabelecidos, cria uma verdadeira atração turística,
uma vez que foge da realidade dos outros estados e regiões.
Outros atrativos são as tradicionais festas nas colônias européias, como danças, culinária e
todas as formas de manifestações culturais preservadas pelos imigrantes europeus.
No entanto, a natureza é o que mais encanta, nesse sentido o sul tem muito a oferecer, a
seguir alguns dos pontos turísticos naturais mais conhecidos e visitados.
- Balneário Camboriú
- Ruínas Jesuítico-Guaranis
A seguir, de forma sintetizada e regionalizada, a apresentação dos pontos turísticos dos três
estados que compõe a Região Sul.
Paraná
Cânion do Itaimbenzinho
Cânion Malacara
Cânion Faxinalzinho
Cânion Fortaleza
Parque Nacional da Serra Geral
Porto Alegre, uma cidade moderna.
Praia da Solidão
Praia do Arroio Teixeira
Praia do Balneário Mostardense
Praia Nacional da Lagoa do Peixe
Santa Catarina
Florianópolis
Encantos do Sul Catarinense
Praia do Buraco
Praia de Zimbros
Praia do Canto-Grande
Praia do Esteleiro
Praia de Perequê
Praia do Araçá
Praia do Cardoso
Praia do Mariscal
Morro da Igreja
Rio Sete Quedas
Cascatas Véu da Noiva
Serra do Corvo Branco
Cachoeira do Avencal pedra furada
Pedaço de Mim
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus