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AULA 3
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2. A conservação da arte contemporânea;
3.1 Equipamentos;
3.2 Mobiliário;
4. Obras bidimensionais;
4.1 Acondicionamento;
5. Iluminação adequada;
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para ficar na cor prata. No caso do ferro, é comum que ocorra corrosão,
principalmente após ser escavado; o chumbo, por sua vez pode ser corroído, e
a prata, ficar manchada (Bradley, 2001). Isso significa que, independentemente
da resistência da matéria, há outros fatores que precisam ser levados em conta
para a conservação do objeto.
Ainda de acordo com Bradley (2001), objetos de pedra e cerâmica devem
ser armazenados a uma umidade relativa entre 35% e 40%, visando impedir a
migração dos sais.
Com objetos em bronze, devemos tomar muito cuidado, especialmente
devido à doença do bronze. A corrosão desse material é classificada em duas
formas:
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evitar tocar nelas sem luvas, principalmente em sua camada pictórica,
pois esta pode reagir com a oleosidade das mãos e gerar manchas de
gordura e desprender a camada;
mantê-la sempre em local adequado que não tenha luz direta, devido à
alteração da cor dos pigmentos, além da quebra das fibras do tecido ou
outros materiais utilizados na tela;
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encontrado melhores soluções, os conservadores de museus geralmente optam
por “isolar” o objeto, mas isso nem sempre é a melhor alternativa.
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2.2 A teoria de Salvador Muñoz Viñas
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aberto a diferentes situações como – por exemplo, instalações artísticas que
devem ser minuciosamente documentadas – nesse caso, não necessariamente
o documento em si deve ser preservado, mas a sua ideia, a sua proposta
pensada pelo artista, que pode ser registrada, até mesmo de forma virtual.
3.1 Equipamentos
data logger: aparelho portátil que registra dados como umidade relativa,
temperatura etc. e que permite que tais informações sejam enviadas para
um computador.
3.2 Mobiliário
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resultará em craquelamento da camada pictórica da região, além de outros
estragos. Ou seja, uma obra pode retornar de um processo de restauro e em
seguida precisar passar por uma nova intervenção em virtude do manuseio e do
acondicionamento inadequados.
Além de os móveis serem seguros, o ideal é que impeçam a proliferação
de mofo e outros agentes degradantes responsáveis pela danificação. Esse tipo
de organização colabora com o trabalho de pesquisa ao facilitar a localização da
obra dentro do espaço, ação quase impossível em um acervo composto por
muitas peças e mal organizado, sem o aproveitamento eficiente do espaço.
4.1 Acondicionamento
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embalagem, porém, caso isso seja inevitável, é necessário que haja
compartimentos separados dentro das caixas.
O acondicionamento deve ser feito em caixas que estejam marcadas e
etiquetadas de acordo com a Norma Brasileira 7500 (NBR 7500), a qual segue
a recomendação das normas internacionais.
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área de cadastramento e execução dos laudos técnicos;
área de reserva temporária.
A iluminação com a luz direta do sol está entre os agentes mais danosos
aos materiais mais sensíveis. Em espaços de alta incidência de luz solar,
devemos adequar a entrada de luz no ambiente com janelas menores
localizadas no alto ou a colocação de filtros, além do controle rigoroso da
temperatura do local. Mas é possível fazer uso da iluminação natural em casos
especiais, e um deles é quando a luz adentra o espaço, não incide diretamente
sobre o objeto e a obra é feita com material mais resistente. É o ocorre com
determinadas áreas do Museu Britânico, em Londres.
Mesmo o uso da iluminação artificial direta não é recomendado,
principalmente quando a lâmpada emite calor. Portanto, a preocupação com a
luminosidade incidente sobre a obra também está voltada para a emissão de
calor do foco, porque, embora a sala esteja devidamente climatizada, se houver
uma lâmpada incidente e inadequada, a temperatura do entorno pode ser
alterada, provocando o ressecamento e movimentos de contração ou dilatação
de materiais.
Os materiais orgânicos, como papel, madeira, tecido, pinturas a óleo,
marfim, couro, penas, são mais sensíveis à luz do que os inorgânicos, como
cerâmica, pedras, vidro, metais e ligas metálicas, concreto. Por esse motivo, os
materiais orgânicos, de forma alguma, podem receber a incidência direta de luz
solar ou mesmo de luz artificial inadequada. Além do suporte, devemos avaliar
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os materiais empregados na superfície da obra, como pigmentos aplicados sob
diferentes técnicas, impressão fotográfica, colagens, bordados etc., fator que
também influencia a quantidade adequada de luz no ambiente.
NA PRÁTICA
Com base nos conteúdos desta aula, vamos realizar uma visita em uma
exposição, a qual pode ser em um museu, galeria, espaço cultural ou mesmo um
tour virtual por algum museu na internet.
Durante a visita, observe como estão os detalhes das exposições
relacionados ao(à):
FINALIZANDO
Nesta aula vimos que cada objeto nos oferece um desafio no que se refere
a sua preservação. Embora exista um conjunto de procedimentos básicos,
devemos levar em conta alguns detalhes importantes da obra, como o material,
a técnica, o estado de deterioração etc. Isso deve direcionar as decisões de
acondicionamento, manuseio e transporte.
Outro fator importante é nos abrirmos às novas tendências da arte que
naturalmente exigem cuidados específicos. É o caso das obras contemporâneas
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que representam um grande desafio. Há, ainda, regras para acondicionamento,
manuseio e transporte, além de outras que dizem respeito aos tipos de
iluminação.
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REFERÊNCIAS
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