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EXEMPLOS DE IMPLEMENTAÇÕES
Lucas Gremonini
Eduardo Vicentini
www.unicentro.br
RESUMO
Autômatos Celulares são modelos matemáticos propostos inicialmente para simular a
evolução da vida (Game of life). Por expressar, em sua evolução, comportamentos
característicos dos sistemas naturais, os Autômatos Celulares difundiram-se e sua
formalização e implementação computacional ganhou força nos últimos anos. Vários
sistemas biológicos, físicos e sociais servem de estímulo para as simulações, utilizando as
técnicas dos Autômatos Celulares. A evolução de um Autômato Celular mostra semelhança
com padrões encontrados na natureza. Os modelos implementados são delimitados por
uma malha contendo células de mesmo tamanho e forma e que são identificadas por
estados. Os estados evoluem através de regras de interação locais e com evolução
temporal discreta. Neste trabalho, apresenta-se alguns dos aspectos gerais que
caracterizam os Autômatos Celulares e diferentes implementações, utilizando como base
sistemas reais que evoluem no tempo, mostrando, assim, o potencial de aplicabilidade dos
Autômatos Celulares.
Palavras-chave: Autômatos Celulares; Aplicações e Implementações de Autômatos
Celulares; Sistemas Complexos
ABSTRACT
Cellular Automaton are mathematic models proposed initiately to simulate the evolution of
life (Game of life). For express, in its evolution, characteristics behaviors of the natural
systems, the Automaton Celullars diffused and its formalization and computational
implementation earn power in the latest years. Various biologics systems, physicist and
socials are used of stimulate to the simulations utilizing the technicals of the Automaton
Celullars. The evolution of one Automaton Celullar display similarity with standards met in
the nature. The models implemented are delimitated for one trap contain cells of the same
size and way and that are identified for states. The states develop through of rules of local
interations and with temporal evolution discreet. In this work present some general aspects
that characterize the Automaton Celullars and different implementations utilizing with base of
real systems that develop at the time, displaing like the potential of applicable of the
Automaton Celullars.
Key-words: Cellular Automaton; Apliations and Implementations of Automaton Celullars;
Complicated Systems.
Ed. 6 Ano: 2008 Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO ISSN: 1980-6116
AUTÔMATOS CELULARES: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E EXEMPLOS DE IMPLEMENTAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
2 MÁQUINA DE TURING
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mecanismo simples que formaliza a idéia de uma pessoa que realiza cálculos. Possui, no
mínimo, o mesmo poder computacional de qualquer computador de propósito geral, mas
não é uma máquina real, mas sim um modelo formal para uma máquina universal.
A Máquina de Turing consiste no controle de estados finitos (por exemplo, se
existir dois estados eles podem ser: estado inicial e estado final) em uma fita infinita, em
ambas as direções, dividida em células [8]. Cada célula contém um número finito de
símbolos de fita, e apenas uma célula está na posição atual da cabeça da fita. As Máquinas
de Turing permitem estudar a decidibilidade, ou seja, a questão do que pode ou não ser feito
por um computador. Embora uma Máquina de Turing não se pareça em nada com um
microcomputador pessoal ela é reconhecida há muito tempo como um modelo preciso
daquilo que qualquer dispositivo físico de computação é capaz de fazer. [12]
Podemos visualizar uma Máquina de Turing como na Figura 1. A máquina
pode se encontrar em qualquer estado, de um conjunto finito de estados. Os estados
representam situações do funcionamento da máquina.
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3 AUTÔMATOS CELULARES
3.1 Autômatos
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3.2.2 Geometria
3.2.2.1 Dimensão
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3.2.2.2 Formato
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consiste das células vertical, horizontal e diagonalmente adjacentes à célula dada como
mostra a Figura 5, aleatória e arbitrária como na Figura 6. Sendo as duas primeiras
vizinhanças as mais usadas.
Vizinhança de Von Neumann:
Vizinhança de Moore:
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Seja uma condição inicial que consiste em um único valor local igual a 1,
enquanto o valor dos locais restantes é igual a 0 e que evoluem de acordo com uma das
regras de Wolfram, expressa na Eq. 1.
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a i( t + 1 ) = a it - 1 + a it + 1 mod 2 (1)
De acordo com esta regra, o valor de cada célula é a soma dos valores
módulo 2 de seus dois vizinhos mais próximos, dados a cada passo de tempo em função do
estado anterior. Conforme explicado na Seção 2.2.7, esta é a Regra 90, uma das 256 regras
possíveis para os autômatos estudados por Wolfram, em que a regra de evolução do
sistema, representado pela Eq. 1, pode ser representada pelo número 90 na base 2,
conforme mostra a Figura 8. O padrão gerado pela evolução para algumas etapas de tempo
é mostrado na Figura 9.
111 110 101 100 011 010 001 000 a nt -1ait ait+1
ß ¬F
¬ a i(t +1)
0 1 0 1 1 0 1 0
7 6 5 4
0x2 +1x2 +0x2 +1x2 +1x2 +0x2 +1x2 +0x2
3 2 1 0
= 90 ¬ número da regra
FIGURA 8 – Representação de como o número 90, na base 2, representa a regra expressa pela Eq.
1. Crédito [18].
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FIGURA 9 – A Fig.9-a mostra a evolução de um autômato celular no tempo, após algumas interações
definidos pela Eq. 1 (Regra 90), iniciando de uma condição inicial contendo um único valor local não
nulo. A Fig.9-b mostra a evolução após 250.000 interações utilizando a Eq. 1, onde se observa a
formação dos padrões de “auto-similaridade”. O padrão tem auto-similaridade característica de uma
dimensão fractal. Crédito [18].
FIGURA 10 - A evolução do autômato celular definido pela Eq. 1, o estado inicial é aleatório,
no qual cada célula tem valor 0 ou 1 com iguais probabilidades. Na Fig.10-a a evolução
do autômato celular com estado inicial aleatório produz estruturas simples. Na Fig.10-b
uma imagem de uma concha marinha (búzio) mostrando seu padrão natural de
auto-similaridade. Crédito das Fig. 10-a [18] e Fig.10-b [20].
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· Se num certo instante uma célula está no estado verde (árvore viva) e
uma das células vizinhas está no estado vermelho (árvore queimando),
existe uma probabilidade não nula de, no instante seguinte, a célula
mudar para o estado vermelho. Se existir vento numa certa direção, a
probabilidade de transição verde → vermelho é maior nessa direção.
Assim, define-se o caráter não-determinístico na evolução do autômato
celular.
· Quando uma célula está no estado vermelho, ela vai manter-se nesse
estado durante um tempo finito.
· Se uma célula da malha está no estado preto (árvore queimada), então
ficará nesse estado indefinidamente.
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particular desse modelo, sua evolução temporal pode ser representada por um Autômato
Celular numa malha com células quadrangulares [4]. A versão simplificada proposta [4]
assume que o espaço de configurações é um conjunto de todos os estados de uma malha n
× n para o intervalo de [−1, 1]. Para as condições de fronteira, assume-se que essas são
periódicas. Tal implementação considera o modelo de Ising para magnetos, em que se
considera uma malha n × n tal que cada célula representa um spin que pode tomar o valor
de 1 ou -1 e interagir com os seus vizinhos. As considerações de contorno impostas para a
vizinhança representam, para a implementação, a vizinhança de Von Neumann. A
atualização de cada célula é dada pela regra:
J
f n+1 = f n - G(l. f n3 - f n ) + Soman (2)
T
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( m -1)
22 (3)
5 CONCLUSÕES
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BIBLIOGRAFIAS
[3] SILVA, H. S.; MARTINS, M. L. A cellular automata model for cell differentiation. Physica
A. Holanda, v. 322, p. 555-566. 2003.
[5] MAROTTA, S. M. Living and critters’ world. Revista Ciências Exatas e Naturais. Vol. 7
nº 1, Página 9-34. 2005.
[8] HOPCROFT, J.; ULLMAN, J. Formal Languages and their Relation to Automata.
Addison-Wesley, 1969.
[11] LEITE, I., O. B.; LINS, J., C., S., CERQUEIRA, M., G., C. Autômatos Celulares.
Disponível em: <http://www.di.ufpe.br/~iobl/monografia/especificacoes.htm>. Acesso em: 21
de jun. 2007.
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[18] WOLFRAM, S. The Nature of Cellular Automata and a Simple Example. Disponível
em: <http://www.stephenwolfram.com/publications/articles/general/83-cellular/2/text.html>
Acesso em: 16 de out. de 2006.
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