Aula 1 2 Introdução Apresentação Da Disciplina Estudos Dos Dielétricos

03/08/2019
Curso: Técnico em Eletrotécnica

Disciplina: Ensaios de máquinas elétricas
Professor: Adiel Silva
Introdução e apresentação da disciplina
 OBJETIVO DA DISCIPLINA: fornecer aos alunos os conhecimentos

necessários a fim de identificar as principais características e
propriedades dos dielétricos, compreender o comportamento da
resistência de isolamento, e demais características do sistema de
isolação, executar ensaios em transformadores e máquinas rotativas.
 CARGA HORÁRIA: 54 hora/aulas. (3 aulas semanais) [19:15-21:30]
 INÍCIO: 26/07/2019
 EMENTA:
 Ensaios em transformadores e motores.
 Detecção e análise das falhas de isolação;
 Identificação das causas de avarias em transformadores e máquinas
girantes;
Conteúdo do curso:
1.0 Introdução ao estudo dos dielétricos
1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos;
1.2 Circuito equivalente do dielétrico;
1.3 Comportamento do dielétrico em corrente contínua;
1.4 Comportamento do dielétrico em corrente alternada;
2.0 Descargas parciais

2.1 Descargas parciais externas;
2.2 Descargas parciais superficiais;
2.3 Descargas parciais internas;
1
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Conteúdo do curso:
3.0 Ensaios em transformadores
3.1 Sistema de isolação do transformador;
3.2 Ensaios no sistema de isolamento;
3.3 Ensaios nos circuitos elétrico e magnético;
4.0 Ensaios em máquinas rotativas

4.1 Ensaios elétricos;
4.2 Ensaios mecânicos;
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
 SCHMIDT, Walfredo. Materiais Elétricos Vol.2. São Paulo: Editora
Blucher, 2010;
 MARTIGNONI, Alfonso. Ensaios de máquinas elétricas. Porto Alegre:
Editora Globo, 1975;
 MARTIGNONI, Alfonso. Transformadores. São Paulo: Editora Globo,
1991;
 MORAN, Angel Vasques. Manutenção elétrica industrial. São Paulo:
Editora Ícone, 1996;
 MILASCH, Milan. Manutenção de transformadores em líquido isolante.
São Paulo: Editora Edgar Blucher, 1984.
 Notas de aula Prof. Heldemarcio Leite
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
 LIMA, Luciano Diniz Mendonça. Transformadores reatores reguladores;
 Normas técnicas ABNT/IEC correlatas.
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO:
1° UNIDADE (Prova + Relatórios de Prática)
2° UNIDADE (Prova + Relatórios de Prática)
PROVA FINAL
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CONCEITOS BÁSICOS DE ENSAIOS:
Ensaio: é toda a verificação ou medição realizada em equipamento,

a qual permite determinar as suas características elétricas, e detectar
possíveis defeitos. Com este procedimento, pode-se determinar possíveis
desvios entre os valores projetados (ou de referência) e os encontrados
no equipamento.
É uma prova para verificação do desempenho de algo.

Os ensaios podem ser classificados em ensaios de tipo, e ensaios de
rotina, sendo que, os de tipo são aplicados geralmente em protótipos,
ou em equipamentos recém-fabricados, pois devido aos
procedimentos utilizados, os mesmos podem ser destrutivos ou
danificar seriamente os equipamentos.
Os ensaios podem e devem ser feitos tanto na fase de aquisição do
equipamento (testes em fábrica e em campo), durante a operação
(testes de rotina), e também após um reparo.
Figura 1- Laboratório de alta tensão fabricante. Figura 2- Testes em campo.
Os ensaios podem ser realizados a princípio em qualquer equipamento

elétrico, por exemplo: disjuntores, transformadores, motores, para-raios,
cabos elétricos, transformadores de corrente, transformadores de
potencial, etc.
Figura 3- Ensaio em transformador. Figura 4- Ensaio em motor. Figura 5- Ensaio em cabos de

média tensão.
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Curso: Técnico em Eletrotécnica

Disciplina: Ensaios de máquinas elétricas
Professor: Adiel Silva
Tema 1: Introdução ao estudo dos dielétricos
1.0 introdução ao estudo dos dielétricos

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos
 Genericamente, os materiais podem ser classificados, de
acordo com sua condutividade (σ), expressa em mhos/metro
(℧/m) ou Siemens/metro (S/m), como condutores e não
condutores (dielétricos).
 A diferença principal entre condutores e isolantes (dielétricos)

reside na disponibilidade de elétrons livres, nas camadas
atômicas mais externas nos condutores. Embora as cargas em
um dielétrico não sejam capazes de se movimentar livremente,
estão presas por forças finitas e, certamente, é esperado um
deslocamento das mesmas quando submetidas a uma força
externa.

Tabela 1.1.1 Tabela periódica dos elementos
Fonte: www.infoenem.com.br
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Tabela 1.1.2 Destaque das famílias dos não metais 3A, 4A, 5A, 6A, 7A
Fonte: www.infoenem.com.br
Figura 1.1.1 a) estrutura molecular Ascarel b)estrutura molecular óleo mineral c) estrutura molecular
SF6
Fonte: IX Simpósio Internacional de Qualidade Ambiental. Propriedades dos óleos

isolantes dos transformadores e a proteção do meio ambiente.
Figura 1.1.1 d) estrutura molecular PVC b)estrutura molecular XLPE c) estrutura molecular vidro
Cloreto de Polivinila
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 Outra característica que diferencia os condutores dos isolantes

é o tamanho da banda proibida entre as bandas de valência e
de condução.
Figura 1.1.2-
 Processo de ruptura dielétrica:

Ensaios de Máquinas
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Tabela 1.1.3 Condutividade de alguns materiais
Fonte: Shadiku, Matthew N. O.. Elementos de eletromagnetismo
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 O que caracteriza um material DIELÉTRICO?
 A sua capacidade de resistir à passagem de corrente
elétrica.
Alterações no dielétrico:
E se o material dielétrico • Ruptura dielétrica

for submetido a uma • Deformação permanente
solicitação elétrica • Modificação estrutural
elevada?
Caráter da alteração:
• Isolamento regenerativo
(Reversível)
• Isolamento não
regenerativo
19 (Irreversível)
 O comportamento do dielétrico está atrelado às

condições específicas de cada material.

 Na Eletrotécnica, os materiais dielétricos têm papéis
fundamentais:
 Promover o isolamento entre condutores, entre estes
e massa ou a terra;
 Modificar o valor do campo elétrico existente num
determinado local.
20
Tabela 1.1.4 – Exemplos de aplicação dos materiais dielétricos

Isolante Aplicação
Ar Linhas de transmissão/distribuição e
subestações
Vácuo Disjuntores e chaves
Gás SF6 Disjuntores e subestações blindadas

Óleo Disjuntores e capacitores
Sólido Máquinas girantes
Óleo + Sólido Transformadores e reatores
Fonte: Notas de aula Prof. Heldemarcio Leite

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
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
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 Pode-se dizer que a constante de permissividade relativa é a razão
entre a permissividade do dielétrico e a do espaço livre.
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 Obs: Os valores apresentados abaixo são para campos elétricos estáticos
ou de baixa frequência. Estes valores podem sofrer alteração para altas
frequências. (Shadiku, Matthew N. O.. Elementos de eletromagnetismo).
Tabela 1.1.5 – Constante dielétrica de alguns materiais

Material Constante
Dielétrico Dielétrica (k)
Hélio 1,000072
Óleo mineral 2,2
Ascarel 5,2
Papel 4,0
impregnado
PE 2,2
(Polietileno)
Vidro 5-8
26
Fonte: notas de aula Prof. Heldemarcio Leite
 A constante dielétrica varia em função da polarização e da

temperatura.
 Para os gases: devido à pequena densidade, a polarização é

pequena e a constante dielétrica é praticamente igual a 1.
 Para os líquidos: a constante dielétrica varia em função da
temperatura.
Figura 1.1.3- Curva relação permissividade x temperatura do material dielétrico Ascarel.
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Classificação dos dielétricos
 Os dielétricos a depender de suas moléculas podem ser
polares ou apolares.
 Os dielétricos também podem ser classificados em lineares,

isotrópicos e homogêneos.
28
 Dielétricos apolares: as moléculas não possuem momentos

dipolares elétricos permanentes, no entanto, adquirem
momentos dipolares por indução quando são submetidas a um

campo elétrico externo.
Figura 1.1.4 – Comportamento de dielétricos apolares
Fonte: Halliday, David. Fundamentos da física vol.3
29
 Dielétricos polares: suas moléculas possuem momento dipolar

elétrico permanente, nesses materiais os dipolos tendem a se
alinhar com um campo elétrico externo. O alinhamento dos

dipolos produz um campo elétrico no sentido oposto ao do
campo elétrico aplicado e com o módulo em geral bem menor.
Figura 1.1.5.a – Comportamento de dielétricos polares
Fonte: Halliday, David. Fundamentos da física vol.3

30
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 Caso o campo elétrico mude de sentido, os dipolos magnéticos

também mudarão seu alinhamento.
Figura 1.1.5.b – Comportamento de dielétricos polares
Fonte: Notas de aula. Materiais dielétricos UFPR

31
 O que ocorre quando um campo elétrico é aplicado no

material dielétrico?
+ _
Deslocamento
reversível dos centros
de carga do
dielétrico!
Cargas positivas:
sentido do campo;
Cargas negativas:
sentido oposto ao
32 do campo
Figura 1.1.6.a) Dielétrico sem campo externo aplicado b) Dielétrico com campo externo
aplicado
Fonte: www.naturezadafisica.com
33
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 Apesar do dielétrico polarizado estar eletricamente NEUTRO,

é produzido um campo elétrico interno.
Figura 1.1.7 – Campo elétrico resultante em um dielétrico
Ei

34

CONCLUSÃO:
 A inserção de um dielétrico ALTERA a densidade de fluxo
do campo elétrico. A escolha do dielétrico é feita em
função de critérios elétricos, mecânicos, térmicos e de

estabilidade química, dentre outros.
 O campo elétrico no interior do dielétrico é menor que o

campo que seria produzido sem a presença do mesmo.
(Shadiku, Matthew N. O.. Elementos de eletromagnetismo).
 Em um material dielétrico IDEAL não haveria “cargas livres” e

sim “cargas ligadas”, que são cargas moleculares que não estão
livres para se movimentar ou para serem extraídas do material
dielétrico (dipolos).
35

Os materiais dielétricos também podem ser classificados em:
 Lineares: são materiais em que a sua permissividade não

varia com o campo elétrico aplicado.
 Isotrópicos: são materiais nos quais o vetor de densidade de

campo elétrico (D) e o vetor da intensidade de campo elétrico
(E) têm a mesma direção, ou seja, materiais que têm as
mesmas propriedades em todas as direções.
36 Fonte: Shadiku, Matthew N. O.. Elementos de eletromagnetismo
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 Homogêneos: são materiais em que sua permissividade

não varia independente das coordenadas espaciais (x, y, z).
Figura 1.1.8 – Representação estrutura homogênea.
37 Fonte: Shadiku, Matthew N. O.. Elementos de eletromagnetismo
Polarização dielétrica: é um deslocamento reversível dos

centros de carga dos dipolos magnéticos na direção do
campo elétrico aplicado.
Tipos de polarização:
 Polarização eletrônica: dielétricos sólidos, líquidos e
gasosos;
 Polarização iônica: dielétricos sólidos;
 Polarização dipolar: dielétricos líquidos e sólidos.
38
Polarização Eletrônica: consiste no deslocamento da nuvem

eletrônica em relação ao núcleo de um átomo.

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40
 Polarização dipolar ou orientacional

 Orientação das moléculas dipolares;

 Depende da temperatura e da frequência;
 É típica de materiais dielétricos fluidos;
 Ocorre apenas para dipolos permanentes.

41
 Resumo dos materiais dielétricos e as polarizações típicas

Tipo de Polarização
Materiais Dielétricos
Predominante
Parafina, enxofre, polistirol, benzol,
hidrogênio, celulose, resinas sintéticas,
Eletrônica
vidros, porcelanas, gases (hélio, oxigênio
etc.)
Iônica Quartzo, mica, sal, óxido de alumínio
Dipolar Ascarel, óleo, água, PVC, álcool
42
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Considerações sobre o comportamento dos dielétricos e a

polarização:
 Para os sólidos: devido à diversidade, o comportamento da
constante dielétrica também é diversa, pois normalmente há
diferentes tipos de polarização atuando simultaneamente;
 Os materiais dielétricos são constituídos de matéria orgânica

contendo impurezas que podem ser ionizáveis, de modo a
conduzir corrente (polarização iônica);
 Há também as moléculas polares cujos dipolos se orientam

no sentido do campo elétrico externo (polarização dipolar);
43
 ABSORÇÃO DIELÉTRICA:
 Com a penetração de umidade na superfície de um
material isolante, cria-se uma condição favorável para a

passagem de corrente elétrica. Este fenômeno é
conhecido como absorção dielétrica.
44
 Suscetibilidade elétrica: é aproximadamente a medida de

quanto um dado dielétrico é suscetível (sensível) aos campos
elétricos. É a resposta do material ao campo aplicado.
 A intensidade de polarização P varia diretamente com o campo

elétrico aplicado E, e a suscetibilidade do material Xe.
 A suscetibilidade expressa uma relação entre o grau de

polarização e o campo elétrico aplicado.
45
15
03/08/2019
 Ruptura dielétrica: quando um campo elétrico no interior de um

dielétrico é suficientemente elevado, ele começa a “arrancar” os
elétrons das moléculas e o dielétrico torna-se condutor. A ruptura
ocorre em todos os tipos de materiais dielétricos (gases, sólidos
e líquidos), e depende da natureza do material, da temperatura,
da umidade e do tempo em que o campo elétrico é aplicado.
 Rigidez dielétrica: segundo as normas da ABNT, é a

propriedade de um dielétrico de se opor a uma descarga
disruptiva, medida pelo gradiente de potencial, sob o qual se
produz essa descarga. Também pode ser conceituado como
sendo, o máximo valor de campo elétrico que um dielétrico pode
suportar sem que haja ruptura dielétrica.
46

 Mecanismo de ruptura dielétrica:
GASES: a ionização por colisão é iniciada por elétrons
livres presentes no gás, seguida por uma avalanche
elétrica;
Figura 1.1.9.b – Característica de ionização
e ruptura nos gases. Lei de Paschen.
Figura 1.1.9.a – Ruptura dielétrica ar atmosférico.
47
 Mecanismo de ruptura dielétrica:

 LÍQUIDOS: em óleos ultra puros, íons e elétrons livres é

que iniciam o processo de ionização. Em óleos bons, as
impurezas contribuem para o processo de ionização.
Ex: Óleo com impureza: 30 kV/cm
Óleo sem impureza: 200 kV/cm
Figura 1.1.10 – Ruptura dielétrica em óleo isolante.
48
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 SÓLIDOS - Podemos citar alguns mecanismos de ruptura:
 Descargas parciais: ionização superficial e interna do isolante que
é destruído internamente por descargas ionizadas na superfície e
dentro das lacunas internas;
 Ruptura elétrica intrínseca: as altas solicitações no interior do

sistema isolante separam elétrons externos dos átomos. A corrente
crítica acontece repentinamente, resultando em uma alta descarga
de arco;
 Ruptura Térmica: ocorre quando um pequeno elemento não

homogêneo do sistema isolante tiver uma resistividade menor que o
restante do sistema. O aumento local da corrente é acentuado pela
temperatura alta e pelo coeficiente de resistência, e baixa
condutividade térmica. A energia de aquecimento desenvolve-se
rapidamente causando a degradação térmica.
49
 Alguns materiais dielétricos: constante dielétrica e rigidez

dielétrica
Material Dielétrico Constante Rigidez
Dielétrica (k) dielétrica
(kV/cm)
Ar 1,0 30
Óleo mineral 2,1 80-200
Água 80,0 -
Quartzo fundido 3,9 600
Mica 5,4 600
Vidro 4-10 75-300
50 Ensaios de Máquinas
Característica de tensão aplicada:

 Ensaios em amostras de diversos materiais têm

mostrado que a curva de envelhecimento acelerado por
tensão em CC em função do tempo é relativamente
horizontal quando comparada com a de tensão em CA.
 Conclusão: Ensaio com CC é menos prejudicial que o
mesmo realizado com a tensão em CA.
 Fator de equivalência para sólidos: Vcc = 1,7 Vca. (√3)
 Fator de equivalência para gases e líquidos: Vcc = 1,42
Vca. (√2)
51
17
03/08/2019

Fatores que influenciam a rigidez dielétrica
 Tempo de duração do ensaio
 Ensaios de tensão aplicada submetem os dielétricos a
esforços significativos de fadiga.
 Se o tempo for prologando pode ocorrer perfuração.
 Quanto maior for a tensão aplicada, menor será o tempo
suportado pelo dielétrico sem que ele sofra perfuração.
 Espessura do material
 A rigidez não é proporcional à espessura do material.
 À medida que a espessura aumenta, a rigidez dielétrica
média é reduzida.
 Influência de temperatura
 Em geral, a rigidez diminui com o aumento de temperatura.
52

Figura 1.1.12 – Tensão de ruptura em função da espessura do dielétrico.
53
Fonte: UNIOESTE. Notas de aula laboratório de materiais.
Introdução ao estudo dos

dielétricos compostos
k1 k2
E1 E2
V
k1 k2 k3 ......
kn
E1 E2 E3
54 En
d1 d2 d3 ..... dn (espessura)
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Exercícios- introdução ao estudo dos dielétricos
 EXERCÍCIO 1
 Explique o que ocorre com um capacitor de placas
paralelas a ar, submetido a uma tensão externa de
valor conhecido, ao se introduzir outro material
dielétrico entre as placas, nas seguintes condições:
 Mantendo-se a fonte de tensão nos terminais.
 Retirando-se a fonte de tensão e conectando um voltímetro.
Sugestão: Considere o novo material com constante dielétrica

maior que a do ar.
55
 EXERCÍCIO 2
O que podemos afirmar sobre o valor resultante do

campo elétrico no interior de um material dielétrico em
relação a sua intensidade se o meio fosse o vácuo, e
se o meio fosse um material diferente do vácuo.
Sugestão: Considere a existência de dipolos no interior

do material.
56

 EXERCÍCIO 3
 Um isolamento é composto de dois isolantes dispostos conforme
apresentado no figura abaixo. Considerando que o isolante A
apresenta uma constante dielétrica 3 e rigidez dielétrica de 20

kV/mm e o isolante B tem constante 5 e rigidez dielétrica de 15
kV/mm. Determine o maior valor de tensão suportável pelo
isolamento.
V
57
19
03/08/2019

 EXERCÍCIO 4 (UNIOESTE)
Um condensador simples de duas placas paralelas tem a
capacidade de armazena 6,5x10-5 C com um potencial de 12000 V.
Se a área das placas for 3 x10-5 m2 e a distância entre as placas
for 0,18mm, qual deve ser a constante dielétrica do material
colocado entre as placas?
58

Um capacitor de placas paralelas que utiliza um material dielétrico
com uma εr de 2,5 tem entre placas um espaçamento de 1mm. Se

for usado um outro material, porém com uma constante dielétrica de
4,0 e a capacitância não for alterada, qual deve ser o novo
espaçamento entre placas?
59

Considere um capacitor de placas paralelas que possui uma
área de 2500mm² e uma separação ente placas de 2mm, e que

contém um material com constante dielétrica de 4,0 posicionado
entre as placas. a) Qual é a capacitância desse capacitor?
b) Calcule o campo elétrico que deve ser aplicado para que
uma carga de 8,0x10-9 C seja armazenada em cada placa.
60
20
03/08/2019
Aplicações
Alguns exemplos de materiais dielétricos:
Sólidos
Figura 1.1.13 a) Porcelana, vidro, polímeros. b) Baquelite c) papel isolante
61
Aplicações
Alguns exemplos materiais dielétricos:
Gasosos Líquidos
Figura 1.1.14 a)Gás SF6 para SE blindadas b) Óleo isolante para transformadores
vernizes isolantes para enrolamentos
62
21

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03/08/2019

Curso: Técnico em Eletrotécnica

 OBJETIVO DA DISCIPLINA: fornecer aos alunos os conhecimentos

 CARGA HORÁRIA: 54 hora/aulas. (3 aulas semanais) [19:15-21:30]

2.0 Descargas parciais

4.0 Ensaios em máquinas rotativas

1° UNIDADE (Prova + Relatórios de Prática)

2° UNIDADE (Prova + Relatórios de Prática)

CONCEITOS BÁSICOS DE ENSAIOS:

Ensaio: é toda a verificação ou medição realizada em equipamento,

CONCEITOS BÁSICOS DE ENSAIOS:

CONCEITOS BÁSICOS DE ENSAIOS:

Os ensaios podem ser realizados a princípio em qualquer equipamento

Figura 3- Ensaio em transformador. Figura 4- Ensaio em motor. Figura 5- Ensaio em cabos de

Curso: Técnico em Eletrotécnica

1.0 introdução ao estudo dos dielétricos

 A diferença principal entre condutores e isolantes (dielétricos)

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

Fonte: IX Simpósio Internacional de Qualidade Ambiental. Propriedades dos óleos

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

 Outra característica que diferencia os condutores dos isolantes

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

 Processo de ruptura dielétrica:

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

Fonte: Shadiku, Matthew N. O.. Elementos de eletromagnetismo

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

E se o material dielétrico • Ruptura dielétrica

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

 O comportamento do dielétrico está atrelado às

condições específicas de cada material.

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

Tabela 1.1.4 – Exemplos de aplicação dos materiais dielétricos

Gás SF6 Disjuntores e subestações blindadas

Fonte: Notas de aula Prof. Heldemarcio Leite

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

Tabela 1.1.5 – Constante dielétrica de alguns materiais

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

 A constante dielétrica varia em função da polarização e da

 Para os gases: devido à pequena densidade, a polarização é

Figura 1.1.3- Curva relação permissividade x temperatura do material dielétrico Ascarel.

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

Classificação dos dielétricos

 Os dielétricos também podem ser classificados em lineares,

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

 Dielétricos apolares: as moléculas não possuem momentos

momentos dipolares por indução quando são submetidas a um

Fonte: Halliday, David. Fundamentos da física vol.3

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

 Dielétricos polares: suas moléculas possuem momento dipolar

alinhar com um campo elétrico externo. O alinhamento dos

Fonte: Halliday, David. Fundamentos da física vol.3

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

 Caso o campo elétrico mude de sentido, os dipolos magnéticos

Fonte: Notas de aula. Materiais dielétricos UFPR

1.1 Características e propriedades dos materiais dielétricos

 O que ocorre quando um campo elétrico é aplicado no