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INSTITUTO EDUCACIONAL SABER


FISIOLOGIA MÉDICA
PROFª. RENATA GARANDY

BELO HORIZONTE
2019
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A HOMEOSTASE

O nosso organismo tem a capacidade de manter suas funções constantes dentro de


certos limites, chamada de homeostase ou homeostasia. Esse termo foi proposto por
Cannon (1939) e pode ser hoje discutido no nível da fisiologia celular, dos indivíduos e até
das populações. Aliás, o famoso fisiologista Claude Bernard já salientava que “a
constância do meio interno é a condição básica para a vida”.

A capacidade de homeostase depende de feedback ou retroalimentação. O aumento


ou a diminuição de uma determinada função/substãncia provoca uma alteração (física ou
química) no organismo; essa alteração desencadeia uma reação para a correção
funcional, garantindo o equilíbrio dinâmico dessa função. Podemos entender melhor com
um exemplo, o da regulação do ritmo respiratório:

Quando há um aumento da concentração de CO2 presente no sangue que passa


pelo bulbo, no encéfalo, ocorre a ativação de centro respiratório, que manda
estímulos para o diafragma e esse por sua vez aumenta o ritmo de suas contrações
e do ritmo respiratório.

Conseqüência: diminuição da concentração do CO2 no sangue, inibindo o centro


respiratório e conseqüentemente reduzindo o ritmo respiratório.

Teoria Celular

Segundo a teoria celular, todos os seres vivos são formados por células. Ela se
baseia em três premissas fundamentais:

1 – Unidades morfológicas: todos os seres vivos são formados por células e por
estruturas que elas produzem;

2 – Unidades funcionais ou fisiológicas: atividades essenciais que caracterizam


a vida ocorrem no interior das células;

3 – Reprodução celular: novas células se formam pela divisão de células


preexistentes, por meio da divisão celular.

PARTES FUNDAMENTAIS DA CÉLULA

Citoplasma: líquido viscoso que preenche as células.

Membrana plasmática: película envolvente que mantém a forma e não permite que
o citoplasma se misture com o meio externo.

Núcleo: estrutura esférica ou ovóide presente no interior da célula, sendo um


componente importante e fundamental da célula.
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Célula

Conceito: a célula é a unidade morfológica e fisiológica dos seres vivos, com exceção
dos vírus.

A descoberta da célula só foi aconteceu depois da invenção do microscópio.

Não se sabe bem quem inventou o microscópio, acredita-se que o primeiro


microscópio teria sido inventado pelo Holandês Zacharias Janssen. Entretanto, foi um
outro holandês, Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723), quem fez as primeiras
observações de materiais biológicos. Tal descoberta foi muito importante, pois permitiu
a observação e descoberta de microorganismos microscópicos.

Microscópio óptico: permite a visualização dos organismos vivos ou mortos, permite


uma ampliação de no máximo 1000 vezes.

Microscópio eletrônico: só é possível a observação de organismos mortos, pois esses


precisam ser fatiados para serem observados o que permite uma visão tridimensional do
organismo, além de permitir uma ampliação de 500 mil vezes.

• Organismos unicelulares: a célula é a “unidade da vida”.


• Organismos pluricelulares: células com funções diversas e definidas.

Classificação:

A) Célula Procariota: Não possui membrana nuclear (o núcleo é difuso). Exemplo:


bactérias e cianobactérias.
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B) Célula Eucariota: possui membrana nuclear delimitando o núcleo. Exemplo: fungos,
animais e plantas.

PROCARIOTAS X EUCARIOTAS

CARACTERÍSTICAS PROCARIOTA EUCARIOTA


Membrana nuclear Ausente Presente
Núcleo Disperso no Individualizado no citoplasma
citoplasma
Reprodução Assexuada Assexuada e Sexuada
Parede celular Presente Presente
Exemplos Bactérias Algas, Fungos, Vegetais e Animais.
Grau de evolução Primitiva Complexa
Ácidos nucléicos DNA e RNA DNA e RNA
Organelas Ribossomos Ribossomos, REL e RER, C. Golgi,
Lisossomos, Mitocôndrias,
Centríolos, etc.

PRINCIPAIS ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS

Membrana Plasmática

- limita o citoplasma, evitando seu extravasamento;


- protege a célula;
- possui permeabilidade seletiva (seleção de substâncias);
- condução elétrica de impulsos nervosos.

Retículo Endoplasmático Rugoso (RER)


- formado por sistemas de túbulos achatados;
- possui ribossomos aderidos a membrana o
que lhe confere aspecto granular;
- Participa da síntese de proteínas, que serão enviadas
para o exterior das células.

Retículo Endoplasmático Liso (REL)


- síntese de lipídios;
- condução de impulsos elétricos no interior do citoplasma;
- neutralização de substancias tóxicas.

Complexo de Golgi

- formado por várias bolsas achatadas, dispostas uma


ao lado da outra;
- as bolsas servem para receber proteínas ribossomais
em forma de vesículas, provenientes do retículo endoplasmático;
- dentro da bolsa, essas vesículas são processadas, transformadas
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e enviadas para vários lugares da célula.
- síntese de polissacarídeos.

Centríolos

- relação com cílios e flagelos;


- constituição dos centros celulares;
- definição do centro de divisão celular;
- ocorrência: em células animais e em alguns
vegetais inferiores.

Ribossomos

- síntese de proteínas tipo exportação;


- síntese de proteínas de consumo interno.

Lisossomos

- digestão intracelular de materiais de origem


externa ou interna.
- estrutura: pequenas vesículas com enzimas digestivas.
.
Mitocôndrias
- Responsáveis pela respiração celular.
- São abastecidas por pela glicose, que é convertida em energia sobre a forma de
ATP.
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Célula Eucariótica (animal):

VÍRUS: UM CASO A PARTE

Em 1950, após vários estudos sobre a estrutura dos vírus, descobriu-se que
eles são acelulares (NÃO apresentam células em sua constituição). Mas eles precisam
invadir uma célula viva para reproduzir, por isso são parasitas intracelulares obrigatórios.
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Sistema Cardiocirculatório

1.0 - Conceito e Funções

Sistema fechado (sem comunicação com o meio externo) constituído por tubos (vasos)
que circulam humores (sangue e linfa), coração (bomba contrátil propulsora), capilares
e órgãos hemapoiéticos (produtores de componentes do sangue e linfa).

A função básica do sistema circulatório é de levar material nutritivo e oxigênio às


células;
O crescimento e a manutenção da vitalidade do organismo são proporcionados pela
adequada nutrição celular;

O sangue possui células especializadas em defesa.

1.1 - Funções do sistema cardiovascular

Transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela


eliminação de dióxido de carbono, comunicam-se com os demais tecidos do corpo por
meio do sangue.
Transporte de nutrientes: no tubo digestório, os nutrientes resultantes da digestão
passam através de um fino epitélio e alcançam o sangue. Por essa verdadeira "auto-
estrada", os nutrientes são levados aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para
o líquido intersticial que banha as células.
Transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo
origina resíduos, mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los para o meio externo. O
transporte dessas substâncias, de onde são formadas até os órgãos de excreção é
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feito pelo sangue.
Transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos,
distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do
corpo. A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem
do alimento, e lançada no sangue. Um de seus efeitos é estimular a contração da
vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.
Intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em
uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. Células do fígado, por exemplo,
armazenam moléculas de glicogênio, que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o
sangue leva para outras células do corpo.
Transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de
calor pelas diversas partes do organismo, colaborando na manutenção de uma
temperatura adequada em todas as regiões; permite ainda levar calor até a superfície
corporal, onde pode ser dissipado.
Distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células
fagocitárias, componentes da defesa contra agentes infecciosos.
Coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo
celular da medula óssea (megacariócito), com função na coagulação sanguínea. O
sangue contém ainda fatores de coagulação, capazes de bloquear eventuais
vazamentos em caso de rompimento de um vaso sanguíneo.
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2.0 – Divisão

Sistema sanguíneo: vasos condutores de sangue (artérias, veias e capilares) e


coração (vaso modificado durante o desenvolvimento embrionário).
Sistema linfático: vasos condutores de linfa (capilares, vasos e troncos linfáticos) e
órgãos linfóides (linfonodos).

3.0 - Coração
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Órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba de contração.

Constituído de tecido muscular estriado cardíaco.

O coração é dividido em três camadas:


Miocárdio: tecido muscular estriado cardíaco, camada média do coração.
Endocárdio: forro interno do miocárdio (endotélio).
Epicárdio: membrana de tecido seroso que envolve o coração.

Forma: cone truncado apresentando uma base (corresponde a área ocupada pelas
raízes dos grandes vasos), ápice (voltado para a esquerda e para baixo) e face
(esternocostal, diafragmática e pulmonar).

Localização: mediastino (entre os dois pulmões, acima do diafragma, atrás do esterno


voltado para o lado esquerdo).

4.0 – Morfologia interna

A cavidade interna do coração é subdividida em quatro câmaras (dois átrios e dois


ventrículos) e entre átrios e ventrículos existem orifícios com dispositivos orientadores da
corrente sanguínea (valvas).

Septos:
Horizontal (átrio-ventricular) divide em superior e inferior.
Superior (inter-atrial) divide em átrio direito e esquerdo.
Inferior (inter-ventricular) divide em ventrículo direito e esquerdo.

Valvas: válvula tricúspide (direito), válvula mitral (esquerda).


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Sístole: contração. Diástole: relaxamento.

As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por minuto,


em média. O processo de contração de cada câmara do miocárdio (músculo
cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a
seguinte, é a diástole

5.0 – Vasos da base

Átrio direito (veia cava superior e inferior) → desemboca.


Átrio esquerdo (veias pulmonares) → desemboca.
Ventrículo direito (tronco pulmonar formado por artéria pulmonar direita e esquerda) →
sai.
Ventrículo esquerdo (artéria aorta) → sai.

6.0 – Circulação do sangue

A circulação se faz por meio de duas correntes que partem ao mesmo tempo.

6.1 – Circulação Pulmonar:

Coração → Pulmão →
Coração

O sangue sai do ventrículo direito (tronco pulmonar) → capilares pulmonares (hematose –


alvéolos pulmonares) → veias pulmonares → átrio esquerdo → ventrículo esquerdo.

6.2 – Circulação Sistêmica ou Grande Circulação:

Coração → Tecidos → Coração


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O sangue sai do ventrículo esquerdo (artéria aorta) → todo organismo → vasos → átrio
direito.
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Fatores que aumentam a freqüência cardíaca Fatores que diminuem a freqüência cardíaca
Queda da pressão arterial, inspiração
Excitação, raiva, dor Aumento da pressão arterial, expiração
Hipóxia, exercício físico, adrenalina Tristeza
Febre

7.0 Condução do Impulso Elétrico no Coração

Todo o trabalho cardíaco é controlado por impulsos elétricos. Os impulsos elétricos que
regulam o ritmo cardíaco originam-se em células do músculo cardíaco (miocárdio)
especializadas que tanto iniciam quanto propagam os impulsos elétricos através do
miocárdio como um precursor da contração do músculo cardíaco. Transitam através de
uma rede de fibras especializadas como o sistema de condução do coração. Seus
principais elementos incluem:
- o sinus ou nó sinoatrial;
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- o nó atrioventricular ou NAV;
- o feixe de Hiss;
- as fibras de Purkinje.

O nó sinoatrial ou nó sinusal ou nó SA está localizado na junção do átrio direito, uma


das câmaras superiores, e da veia cava superior. O nó sinusal é também chamado de
marca-passo natural do coração, pois ele define o ritmo no qual o coração
bate. Compreende um grupo de células especiais com habilidade de gerar atividade
elétrica por conta própria. Estas células separam partículas carregadas. Depois disso,
elas espontaneamente deixam vazar estas partículas carregadas para dentro das células.
Isto produz impulsos elétricos nas células marca-passo espalhadas pelo coração,
fazendo-o contrair. Estas células fazem isso mais de uma vez por segundo para produzir
um ritmo cardíaco normal de 70 batimentos por minuto.
O marca-passo natural do coração é uma estrutura em forma de vírgula de cerca de 1 a 2
cm de extensão e 2 a 3 mm de espessura, localizado próximo ao epicárdio na junção
entre a veia cava superior e o átrio direito. Ele é localizado no átrio direito. O coração
também contém fibras especializadas que conduzem o impulso elétrico do marca-passo
(nó SA) para o resto do coração. Se a função do marcapasso é alterada, uma outra parte
do sistema de condução pode assumir a tarefa de enviar impulsos.

O sinal elétrico se dissemina a partir do átrio direito para o átrio esquerdo e segue para os
ventrículos, que são as duas câmaras inferiores do coração. Em resposta ao sinal elétrico,
as células musculares dos ventrículos se contraem e bombeiam sangue para as artérias.
O impulso elétrico sai do nó sinusal e vai para o átrio direito e esquerdo, fazendo-os
contraírem juntos. Isso leva 4 segundos. Há então um atraso natural para permitir que os
átrios contraiam e os ventrículos se encham de sangue. O impulso elétrico então vai para
o nó atrioventricular (nó AV), que está localizado na junção entre os lados direito e
esquerdo do coração, na área onde o átrio direito e o esquerdo se encontram. A partir do
nó atrioventricular, eles viajam ao longo do feixe de Hiss e se ramifica nos feixes direito e
esquerdo onde se espalha rapidamente usando as fibras de Purkinje pelos ramos direito e
esquerdo para os músculos do ventrículo direito e esquerdo, que se contraem ao mesmo
tempo. A propagação dos impulsos elétricos através do miocárdio, faz o coração se
contrair e o sangue é pressionado a sair. Na ausência desse sinal, o coração relaxa e
volta a se expandir, permitindo que o sangue penetre no seu interior.

Qualquer tecido elétrico do coração tem a habilidade de ser um marca-passo. Porém, o


nó SA gera um impulso elétrico mais rápido do que os outros tecidos, então normalmente
é ele que controla. Se o nó SA falhar, as outras partes do sistema elétrico podem assumir
o controle, mesmo que usando uma velocidade mais lenta.
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Apesar das células marca-passo criarem o impulso elétrico que faz o coração bater,
outros nervos podem mudar a velocidade de disparo dessas células e a força de
contração do coração. Esses nervos são parte do sistema nervoso autônomo. O sistema
nervoso autônomo tem duas partes; o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso
parassimpático. Os nervos simpáticos aumentam a velocidade do coração e sua força de
contração. Os nervos parassimpáticos fazem o oposto.

O coração é o órgão encarregado de gerar a energia necessária para fazer o sangue


circular. Grande parte das suas funções se deve às propriedades fundamentais da fibra
miocárdica, que são: automatismo, condutabilidade, excitabilidade e contractilidade.

1. Automatismo = O coração é um órgão auto-excitável, pois não precisa de qualquer


estímulo externo (nervoso ou outro) para se contrair. Refere-se à capacidade que possui
a fibra miocárdica de gerar o impulso que determina sua contração;

2. Condutibilidade = é a propriedade que tem de conduzir o estímulo originado numa


fibra até outros setores do miocárdio, e se acha especialmente desenvolvida no sistema
de condução;

3. Excitabilidade = é a capacidade que o músculo cardíaco tem de responder a


determinados estímulos, gerando potenciais de ação e fazendo com que as miofibrilas do
músculo se contraiam de acordo com o estímulo. O coração pode ser excitado por
estímulos elétricos, mecânicos, químicos (adrenalina, atropina, acetilcolina) ou térmicos.

4. Contractilidade = a fibra miocárdica tem a propriedade de contrair-se, seja por


estímulos intrínsecos ou extrínsecos.
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DIFERENÇAS SEXUAIS NA ESTRUTURA E FUNÇÃO CARDÍACA

Comparando o coração de um homem e de uma mulher, o coração da


mulher tende a ser menor. Ele pesa menos e apresenta artérias
coronárias menores. Essas diferenças estruturais possuem implicações
significantes. Como as artérias coronárias de uma mulher são menores,
elas ocluem com maior facilidade a partir da aterosclerose (veja final do
sistema circulatório) tornando os procedimentos como cateterismo e
angioplastia tecnicamente mais difíceis. Além disso, a freqüência
cardíaca em repouso, o volume sistólico e a força de ejeção do coração
de uma mulher são mais elevados do que o do homem.
Outra diferença entre os sexos está associada aos hormônios femininos.
Acredita-se que as mulheres estejam protegidas contra o
desenvolvimento da doença cárdica coronariana pelos efeitos benéficos
do estrógeno natural produzido nos ovários. Esses efeitos desaparecem
após a menopausa período que o corpo pára de produzir esse hormônio.

8.0 - Tipos de vasos sanguíneos:

8.1 – Artérias

São tubos cilíndricos, elásticos nos quais circulam sangue.


Em relação ao calibre, podem ser classificadas em: A. de grande porte (7mm)
A. de médio porte (2,5 à 7mm)
A. de pequeno porte (0,5 à 2,5mm)
Arteríolas (menos que 0,5mm)
Em relação à estrutura e função, podem ser classificadas em:
Elásticas ou de grande calibre (ex: aorta)
Distribuidoras, musculares ou de médio calibre (maioria das artérias do corpo)
Arteríolas (menores ramos das artérias)

O número é variável de acordo com a importância funcional do órgão.


Podem ser superficiais ou profundas
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A Nomenclatura utiliza critérios como: Situação (ex: a. braquial)
Direção (ex: circunflexa da escápula)
Órgão irrigado (ex: a. renal)
Peça óssea continua (ex: a. femoral)

8.2 – Veias

Transporta sangue que já sofreu troca com os tecidos (pobre em O2).


Possui coloração azul escuro, forma variável (cilíndrica ou achatada).
Grande poder de distenção e menor calibre que as artérias.
O número é variável, normalmente maior que o número de artérias formando o
leito venoso (2 veias satélites para cada artéria mais veias que não correspondem
as artérias).

As veias podem ser:


→ Superficiais (cutâneas): não acompanham artérias, são utilizadas para
aplicação de injeções endovenosas.
→ Profundas: solitárias ou satélites
Possuem válvulas: pregas membranosas de camada interna da veia em forma de
bolso.

Borda livre

Seio da válvula
Figura 7: Esquema da circulação
sanguínea

Borda aderente

Em relação ao calibre, podem ser classificadas em: V. de grande calibre


V. de médio calibre
V.de pequeno calibre
Vênulas
Varizes: insuficiência da válvula, impossibilidade de impedir refluxo sangue.

Obs.: Artérias profundas + veias + nervos = feixe vásculo-nervoso


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8.3 – Capilares

Os capilares são vasos sanguíneos do sistema circulatório com forma de tubos de


pequeníssimo calibre.
Constituem a rede de distribuição e recolhimento do sangue nas células.
Estes vasos estão em comunicação, por um lado, com ramificações originárias das
artérias e, por outro lado, com as veias de menor dimensão.
Local onde ocorrem trocas gasosas
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Necessidades Circulatórias dos Tecidos e Órgãos


A quantidade de fluxo sangüíneo requerido pelos tecidos corporais muda
constantemente. O percentual de fluxo sanguíneo recebido por cada órgão ou tecido é
determinado pela taxa de metabolismo tecidual, pela disponibilidade de oxigênio e pela
função dos tecidos. Quando os requisitos metabólicos aumentam os vasos sangüíneos
dilatam-se para aumentar o fluxo de oxigênio e nutrientes para os tecidos. Quando as
necessidades metabólicas diminuem os vasos contraem-se e o fluxo para os tecidos
diminui. As demandas metabólicas dos tecidos aumentam com atividade física, aplicação
de calor e resfriamento.

Quando os vasos sangüíneos falham em se dilatar em resposta a necessidade do


fluxo aumentado, advém a isquemia tecidual (suprimento sangüíneo deficiente para uma
parte do corpo). O mecanismo pelo qual os vasos sangüíneos se dilatam e contraem-se
para se ajustara as necessidades metabólicas do corpo pressupõe que se mantém uma
pressão arterial normal. A medida que o sangue atravessa os capilares teciduais normais
o O2 é removido e o CO2 é acrescentado. A quantidade de O2 extraída por cada tecido é
diferente. Por exemplo, o miocárdio (músculo cardíaco) tende a extrair 50% do O2 do
sangue arterial em uma passada pelo seu leito capilar, enquanto os rins extraem apenas
7% do O2 do sangue que o atravessa. A quantidade media de O2 removida por todos
tecidos corporais é cerca de 25%. Isso significa que o sangue na veia cava tem 25%
menos O2 do que o sangue na aorta. Isso é conhecido como diferença arteriovenosa
sistêmica de O2. Ela aumenta quando a quantidade de O2 liberada para os tecidos esta
diminuída em relação as suas necessidades metabólicas. (ver quadro abaixo)
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Órgão Peso do Fluxo sangüíneo % do Uso de O2 pelo % do O2
órgão para o órgão DC órgão em total
(Kg) (repouso) ml/min repouso
Cérebro 1,4 750 14 45 18
Coração 0,3 250 5 25 10
Fígado 1,5 1300 23 75 30
Trato GI 2,5 1000
Rins 0,3 1200 22 15 6
Músculo 35,0 1000 18 50 20
Pele 2,0 200 4 5 2
Restante (p ex. 27,0 800 14 35 14
esqueleto, medula
óssea, tecido
adiposo)
TOTAL 70 6500 100 250 100
Fonte: SMELTZER, S. C., BARE. B.G., BRUNNER & SUDDARTH: Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica, pag 658, vol 2, 9ª
edição, Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara Koogan, 2002, 1892 paginas, 4 volumes,

Circulação sanguínea no cérebro

O sistema nervoso é formado por estruturas nobres e altamente especializadas,


que exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e
oxigênio. O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer
um fluxo sangüíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no
sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sangüíneo ao encéfalo não
são toleradas por um período muito curto. A parada da circulação cerebral por mais de
sete segundos leva o indivíduo a perda da consciência. Após cerca de cinco minutos
começam aparecer lesões que são irreversíveis, pois, como se sabe, as células nervosas
não se regeneram. O fluxo sangüíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas
pelo do rim e do fígado. Calcula-se que em um minuto circula pelo encéfalo uma
quantidade de sangue aproximadamente igual ao seu próprio peso.
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Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularização encefálica:
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Circulação Sanguínea no Fígado
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Circulação sanguínea no baço

No baço os nódulos se dispõem de modo homogêneo, envoltos pela polpa


vermelha, repleta de sangue. No baço os nódulos possuem a arteríola folicular e seu
conjunto é a polpa branca. A polpa vermelha é constituída dos cordões esplênicos e
dos seios venosos.

A PROTEÇÃO PELO SISTEMA TEGUMENTAR

Pode causar estranheza a afirmação de que a pele é o nosso maior órgão e que nem
sempre percebemos o quanto ela é importante para a nossa proteção e adaptação ao
meio. A camada córnea da pele, resistente e impermeável, faz eficiente proteção contra
agentes físico-químicos (atrito, luz, substâncias tóxicas e corrosivas) e ainda impede a
penetração de microrganismos parasitas. Ela tem estruturas sensoriais que nos permite a
percepção de pressão, frio, calor e dor. A derme, que é bastante irrigada por uma rede de
capilares, pode regular o fluxo sangüíneo periférico, com maior ou menos perda de calor,
participando, portanto, ativamente de termorregulação, que também depende da
eliminação de suor pelas glândulas sudoríparas. Já as glândulas sebáceas lubrificam a
pele e os pêlos, tornando-os mais flexíveis.

A camada pigmentar, na região profunda na epiderme, protege as camadas mais


internas da pele, pois seus melanócitos absorvem boa parte dos raios ultravioleta da luz
solar. Isso diminui o risco de lesões, como por exemplo, queimaduras e câncer de pele,
este último freqüente em casos de exposições excessiva e prolongada ao sol.
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Complementando:
Alguns Distúrbios Cardíacos

1. Sopro no coração
É uma alteração no fluxo do
sangue dentro do coração provocada
por problemas em uma ou mais válvulas
cardíacas ou por lesões nas paredes
das câmaras. Na maioria das vezes, não
existem seqüelas. No entanto, quando o
sopro é muito forte, decorrente de
lesões nas paredes das câmaras, ele
certamente precisará ser tratado, pois
um volume considerável de sangue
venoso irá se misturar com o sangue
que já foi oxigenado.
Algumas pessoas já nascem com
válvulas anormais. Outras vão
apresentar esse tipo de alteração por
causa de males como a febre reumática, Imagem: www.braile.com.br/saude/hospital1.pdf
a insuficiência cardíaca e o infarto, que
podem modificar as válvulas.
Sintomas: Sopros são caracterizados por ruídos anormais, percebidos quando o
médico ausculta o peito e ouve um som semelhante ao de um fole. O problema pode
ser diagnosticado de maneira mais precisa pelo exame de ecocardiograma, que
mostra o fluxo sanguíneo dentro do coração.
Tratamento: Como existem várias causas possíveis, o médico precisa ver o que
está provocando o problema antes de iniciar o tratamento — que vai desde simples
medicamentos até intervenções cirúrgicas para conserto ou substituição das válvulas,
que poderão ser de material biológico ou fabricadas a partir de ligas metálicas.
Prevenção: Não há uma maneira de prevenir o sopro. Mas existem formas de
evitar que ele se agrave. Para isso, é importante que você saiba se tem ou não o
problema, realizando exames de check-up.

2. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO - IAM


É a morte de uma área do músculo cardíaco (miocárdio), cujas células ficaram
sem receber sangue com oxigênio e nutrientes; ou seja, é uma lesão isquêmica do
miocárdio, que deve-se à falta de oxigênio e nutrientes.
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A interrupção do fluxo sanguíneo para o
coração pode acontecer de várias
maneiras. Os vasos sanguíneos que irrigam
o miocárdio, chamados artérias coronárias, podem
apresentar depósito de gordura e cálcio, levando a
uma obstrução e comprometendo a irrigação
do coração. A gordura vai se acumulando nas
paredes das artérias coronárias e, com o passar do
tempo, formam-se placas (calcificadas ou não),
denominadas placas de ateroma (veja o tópico
aterosclerose abaixo), impedindo que o sangue flua
livremente. Então, basta um espasmo, provocado
pelo estresse, por exemplo, para que a passagem
da circulação se feche. Também pode ocorrer da
placa crescer tanto que obstrui o caminho
sanguíneo completamente, ou seja, quando as
placas de gordura ou ateromas entopem
completamente a artéria e o sangue não passa.
Dessa forma, as células no trecho que deixou de ser
banhado pela circulação acabam morrendo. A
interrupção da passagem do sangue nas artérias
coronárias também pode ocorrer devido contração
de uma artéria parcialmente obstruída ou à
formação de coágulos (trombose).
Sintomas: O principal sinal é
a dor muito forte no peito, que
pode se irradiar pelo braço
esquerdo e pela região do
estômago.
Prevenção: Evite o cigarro, o
estresse, os alimentos ricos em
colesterol e o sedentarismo, que
são os principais fatores de risco.
Também não deixe de controlar a
pressão arterial.
Tratamento: Em primeiro
lugar, deve-se correr contra o
relógio, procurando um
atendimento imediato — a área do
músculo morta cresce feito uma
bola de neve com o passar do
tempo. Se ficar grande demais, o
coração não terá a menor chance
de se recuperar. Conforme a
situação, os médicos podem optar
pela angioplastia, em que um
catéter é introduzido no braço e
levado até a coronária entupida.
Ali, ele infla para eliminar o
obstáculo gorduroso. Outra saída é
a cirurgia: os médicos constroem
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um desvio da área infartada — a
ponte — com um pedaço da veia
safena da perna ou da artéria
radial ou das artérias mamárias
Revascularização do miocárdio: durante a cirurgia de revascularização do
miocárdio, um vaso sanguíneo, que pode ser a veia safena (da perda), a artéria radial
(do braço) e/ou as artérias mamárias (direita ou esquerda) são implantadas no
coração, formando uma ponte para normalizar o fluxo sanguíneo. O número de pontes
pode variar de 1 a 5, dependendo da necessidade do paciente.

3. Arritmia cardíaca
Toda vez que o coração sai do ritmo
certo, diz-se que há uma arritmia. Ela
ocorre tanto em indivíduos saudáveis
quanto em doentes. Várias doenças podem
dispará-la, assim como fatores emocionais
— o estresse, por exemplo, é capaz de
alterar o ritmo cardíaco.
Os batimentos perdem o compasso de
diversas maneiras. A bradicardia ocorre
quando o coração passa a bater menos de
60 vezes por minuto — então, pode ficar
lento a ponto de parar. Já na taquicardia
chegam a acontecer mais de 100
batimentos nesse mesmo período.
A agitação costuma fazê-lo tremer,
paralisado, em vez de contrair e relaxar
normalmente. Às vezes surgem novos
focos nervosos no músculo cardíaco, cada
um dando uma ordem para ele bater de um
Imagem: Revista Saúde é Vital jeito. No caso, também pode surgir a
parada cardíaca.
Sintomas: Na taquicardia, o principal sintoma é a palpitação. Nas bradicardias
ocorrem tonturas e até desmaios.
29

Imagem: www.braile.com.br/saude/hospital1.pdf

Tratamento: Em alguns casos, os médicos simplesmente receitam remédios. Em


outros, porém, é necessário apelar para a operação. Hoje os cirurgiões conseguem
implantar no coração um pequeno aparelho, o marca-passo, capaz de controlar
os batimentos cardíacos.
Prevenção: Procure um médico ao sentir qualquer sintoma descrito acima. Além
disso, tente diminuir o estresse no seu dia-a-dia.Reduzir o peso e a ingestão de
gorduras saturadas e colesterol (presente apenas em alimentos de origem animal),
parar de fumar, fazer exercícios físicos.

4. Arteriosclerose ou Arterioesclerose
Processo de espessamento e endurecimento da parede das artérias, tirando-lhes
a elasticidade. Decorre de proliferação conjuntiva em substituição às fibras elásticas.
Pode surgir como conseqüência da aterosclerose (estágios terminais) ou devido ao
tabagismo. O cigarro, além da nicotina responsável pela dependência, tem cerca de 80
substâncias cancerígenas e outras radioativas, com perigos genéticos. Investigações
epidemiológicas mostram que esse vício é responsável por 75% dos casos de
bronquite crônica e enfisema pulmonar, 80% dos casos de câncer do pulmão e 25%
dos casos de infarto do miocárdio. Além disso, segundo pesquisas, os fumantes têm
risco entre 100% e 800% maior de contrair infecções respiratórias bacterianas e
viróticas, câncer da boca, laringe, esôfago, pâncreas, rins, bexiga e colo do útero,
como também doenças do sistema circulatório, como arteriosclerose, aneurisma da
aorta e problemas vasculares cerebrais. A probabilidade de aparecimento desses
distúrbios tem relação direta com o tempo do vício e sua intensidade. O cigarro contrai
as artérias coronárias e, ao mesmo tempo, excita excessivamente o coração; também
favorece a formação de placas de ateroma (aumento de radicais livres).
Prevenção: Reduzir o peso e a ingestão de gorduras saturadas e colesterol,
parar de fumar, fazer exercícios físicos.
30
31
Sistema Linfático

Função: Auxiliar o sistema venoso (drenagem).

Capilares sanguíneos → molécula grande → capilares linfáticos → troncos


linfáticos → veias de médio e grande porte.

Capilares de fundo cego


Não possui órgão central bombeador
Associados à linfonodos (defesa do organismo)
Localizados, frequentemente, ao longo do trajeto de vasos sanguíneos, como
ocorre no pescoço e nas cavidades torácicas, abdominal e pélvica.
Órgãos linfóides (elementos de defesa para o organismo): amígdalas (tonsilas),
adenóides, baço, linfonodos (nódulos linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular
linfóide: rico em linfócitos).

1. Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem linfócitos.


2. Timo: órgão linfático mais desenvolvido no período prenatal, involui desde o
nascimento até a puberdade.
3. Linfonodos ou nódulos linfáticos: órgãos linfáticos mais numerosos do organismo,
cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que ela possa conter,
como vírus e bactérias. Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos. A
proliferação dessas células provocada pela presença de bactérias ou
substâncias/organismos estranhos determina o aumento do tamanho dos gânglios,
que se tornam dolorosos, formando a íngua.
4. Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação
sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui
grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios,
32
restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já
desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o
sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem
participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é
considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.

Funções do Baço:

• Funções hemopoéticas: mieloide e linfóide no feto, apenas linfóide no adulto.


• Armazenamento de concentrado de hemácias antes de serem fagocitadas
• Hemocaterese: destruição de hemácias frágeis pelas células fagocitárias: digestão
em - Bilirubina, pigmento sem ferro, devolvido à circulação porta, hemossiderina,
pigmento com ferro armazenado
• Função Marcial: Armazenamento do Ferro
• Função Hemodinâmica: Auxilia a regular a pressão do sangue no sistema venoso
porta.

Origem dos linfócitos: medula óssea (tecido conjuntivo reticular mielóide: precursor
de todos os elementos figurados do sangue).
1. Linfócitos T – maturam-se no timo.
2. Linfócitos B – saem da medula já maduros.
Os linfócitos chegam aos órgãos linfáticos periféricos através do sangue e da
linfa.
33
34
Sistema Respiratório

1.0 – Conceitos

Sistema Respiratório: conjunto de órgãos especiais que promovem o rápido intercâmbio


entre o ar e o sangue. É composto pelo trato respiratório superior
(TRS) e inferior (TRI). Responsável pela ventilação do organismo.

TRS: composto pelo nariz, seios paranasais, conchas nasais, faringe, laringe e traquéia.
TRI: pulmões, brônquios, bronquíolos e alvéolos

Funções:

• Transporte de oxigênio: as trocas gasosas entre O2 e CO2 ocorrem nos alvéolos


pulmonares em um processo chamado de hematose.
• Respiração: troca gasosa entre o ar atmosférico e o sangue e entre o sangue e as
células do corpo.
• Ventilação: inspiração e expiração. Fatores que interferem na mecânica da
ventilação: variações da pressão, resistência do fluxo aéreo e complacência pulmonar

CAUSA DA RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS

Os fenômenos comuns que podem alterar o diâmetro do brônquio


afetando a resistência das vias aéreas incluem:

• Contração do músculo dos brônquios. EX.: asma


• Espessamento da mucosa brônquica EX.: bronquite
• Obstrução das vias aéreas por muco, tumor ou corpo estranho
• Perda da elasticidade pulmonar como no enfisema, caracterizando
pelo tecido conectivo que envolve as vias aéreas, mantendo-as
assim abertas tanto na inspiração quanto na expiração

Respiração: absorção pelo organismo de oxigênio (O2), e a eliminação do gás carbônico


(CO2) resultante de oxidação celular.

Inspiração: entrada de ar nos pulmões (contração do diafragma, aumentando o


volume pulmonar e diminuindo sua pressão).
35
Expiração: saída de ar nos pulmões (relaxamento do diafragma, diminuindo o volume
pulmonar e aumentando sua pressão).

Figura 8: Órgãos
constituintes do S.
Respiratório

Fatores que interferem na Ventilação:

Variações da pressão do ar: o ar flui de uma região de maior pressão para a de menor
pressão. Durante a inspiração o movimento do diafragma e de outros músculos da
respiração, alarga a cavidade torácica, diminuindo assim a pressão dentro do tórax ate
um nível abaixo da pressão atmosférica. Dessa forma o ar é puxado através da traquéia e
brônquios para dentro dos alvéolos. Durante a expiração normal o diafragma relaxa e os
pulmões retraem-se, resultando na diminuição do tamanho da cavidade torácica. A
pressão alveolar então excede a pressão atmosférica e o ar flui dos pulmões em direção à
atmosfera.

Resistência da via aérea: a resistência é determinada pelo tamanho da via aérea através
da qual o ar esta fluindo. Qualquer processo que amplie o diâmetro ou a largura do
brônquio afeta a resistência da via área e afeta a velocidade do fluxo de ar para
determinada pressão durante a respiração. Com um aumento da resistência um esforço
respiratório maior por parte do paciente é necessário para obter níveis normais de
ventilação.

Complacência: o gradiente de pressão entre a caixa torácica e a atmosfera faz o ar fluir


para dentro e para fora dos pulmões. Quando alterações de pressão são exercidas no
pulmão normal, ocorre uma alteração proporcional no volume pulmonar. A medida da
elasticidade, expansibilidade e distensibilidade dos pulmões e das estruturas torácicas
são denominadas complacência. Os fatores que afetam a complacência pulmonar são a
superfície de tensão dos alvéolos (normalmente baixa com a presença de surfactante) e o
tecido conectivo (colágeno e elastina) dos pulmões.
36
Controle neurológico da respiração

A respiração em repouso é resultante da excitação cíclica dos músculos respiratórios pelo


nervo frênico. O ritmo da respiração é controlado pelos centros respiratórios no cérebro.
Os centros inspiratórios e expiratórios no bulbo e na ponte (tronco encefálico) controlam a
freqüência e a profundidade da ventilação para tender as demandas metabólicas do
corpo. O centro apnêustico na ponte inferior estimula o centro inspiratório para promover
expirações profundas e prolongadas. O centro pneumotáxico na ponte superior é
comanda o padrão da respiração.

2.0 - Divisão

a) Porção de condução: Órgãos tubulares com função de levar o ar inspirado até os


pulmões e deles conduzir o ar expirado, eliminando o CO2.

Pulmões – Brônquios – Traquéia

aeríferos
b) Porção de respiração:

• Laringe – fonação (som)


• Faringe – sistema digestório
• Nariz – olfatório

3.0 - Nariz

Raiz
Nariz externo Base → narina → cavidade nasal
Ápice
Dorso do nariz

Esqueleto: ósteo – cartilaginoso


Ossos nasais: processo maxilar, osso nasal, osso etmóide, osso vômer.
37
Cavidade Nasal

A) Narinas: Abertura anterior a cavidade nasal.


B) Coanas: Abertura posterior a cavidade nasal.
C) Septo nasal: Divide a cavidade nasal em direita e esquerda.

Epistaxe: Hemorragias nasais, (a cavidade nasal e muito vascularizada).

Conchas Nasais

Aumentam a superfície de contato do ar, aquece o ar para facilitar a troca gasosa.


Mantém contato com nervos sensitivos que detectam odores, provocam espirros para
expelir poeira.

- Concha nasal superior e média: São projeções do osso etmoidal.


- Concha nasal inferior: Osso nasal inferior.

Seios Paranasais

Cavidades presentes nos ossos: frontal, maxilar, esfenóide e etmóide.


Servem como câmara de ressonância para fala.
São locais comuns de infecção - sinusite

4.0 – Faringe

Tubo muscular associado a dois sistemas: digestório e respiratório. Conecta as


cavidades nasais e orais a laringe.
38
Divisão:

- Parte Nasal (superior): Naso - faringe (da coana até a úvula). Acima do palato mole.
Hospedam as adenóides
- Parte Bucal (média): Oro - faringe (úvula até epiglote).
- Parte Laríngea (inferior): Laringo - faringe (da epiglote até cartilagem cricóide).
- Tuba faringo timpânica: liga cavidade oral ao ouvido.

5.0 - Laringe

Órgão tubular;
Via aérea e órgão da fonação.
Protege as vias aéreas inferiores contra sustâncias estranhas e facilita a tosse
Esqueleto cartilaginoso: Tireóide (gogo), cricóide, aritenóide, epiglótica.
Pregas vocais: Constituídas pelo ligamento e músculos vocais, revestidos por
mucosa.
39
Músculos intrínsecos da laringe: Aproxima e afasta as pregas vocais, produzindo o
som.

É composta por:
Epiglote: cobre a abertura da laringe durante a deglutição
Glote: abertura entre as cordas vocais e a laringe
Cartilagem tireóide: forma o Pomo de Adão (gogó)
Cartilagem cricóide: único anel completo localizado abaixo da cartilagem tireóide.
Cartilagem aritenóide: utilizada no movimento das cordas vocais
Cordas vocais: produtores de som

6.0 - Traquéia e brônquios

Traquéia: Estrutura constituída por uma serie de anéis cartilaginosos incompletos em


forma de C. É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros
de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na
sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio
de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em
40
suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao
movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.
Brônquios: Parede membranácea da traquéia e apresenta musculatura lisa (músculo
traqueal).

TRAQUÉIA

Brônquio principal Brônquio principal Direito


Esquerdo Brônquio de 1° ordem

Brônquios lobares Esquerdo Brônquios lobares Direito


Brônquios de 2° ordem Brônquios de 2° ordem

Brônquio principal Brônquio principal Direito


Esquerdo Brônquio de 1° ordem

Segmentos broncopulmonares Segmentos broncopulmonares

Bronquíolos Bronquíolos

Alvéolos Alvéolos
41
6.0 - Pleura e pulmões

Pulmões direito e esquerdo: Principais órgãos da respiração.

Pleura: Saco seroso que envolve pulmões.

Apresenta 3 folhetos: Pulmonar (visceral): recobre os pulmões


Cavidade pleural: líquido pleural - lubrificação
Parietal: recobre o tórax

Pulmão apresenta: Ápice, base ou face diafragmática, face costal, face medial.
Divide-se em: lobos: - 3 lóbulos do lado direito: (superior, média, inferior)
- 2 lóbulos do lado esquerdo: (superior e inferior)
7.0. Mediastino: O mediastino situa-se no meio do tórax entre os sacos pleurais que
contem os dois pulmões. Ele se estende do esterno ate a coluna vertebral e contém todos
os tecidos torácicos externos aos pulmões.

ESQUEMA DA PASSAGEM DO AR:

Ar → Cavidade nasal → Farínge → Laringe → Traquéia


→ Brônquios → Bronquíolos → Alvéolos
42

8.0. Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, um fino músculo que
separa o tórax do abdômen (presente apenas em mamíferos) promovendo, juntamente
com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do
estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma.
43
44

DISTÚRBIOS CILIARES

A limpeza das vias aéreas depende do bom funcionamento dos cílios e das
características do muco produzido pelo epitélio mucociliar. Esse mecanismo de defesa
pode ser afetado por alterações ambientais, infecciosas ou hereditárias ou se ainda o
indivíduo consome de modo crônico álcool, drogas ou cigarro, podendo levar à
retenção freqüente de secreção, o que provoca tosse e infecção repetitiva.
A inalação de ar frio, por exemplo, diminui a velocidade dos batimentos ciliares
nas vias respiratórias, com prejuízo para a remoção de partículas sólidas, aumentando
a chance de aparecimento de infecções respiratórias.
Há uma doença determinada geneticamente, a doença dos cílios imóveis, que
causa alterações na síntese das proteínas que participam da estrutura de cílios e
flagelos. Com isso, o batimento dos cílios é prejudicado, predispondo o paciente a
infecções das vias aéreas, como pneumonias e sinusites. Acomete principalmente
homens e provoca também esterilidade, pela imobilidade do flagelo dos
espermatozóides.
A fumaça de cigarros diminui a eficiência dos batimentos ciliares, o que se traduz
na maior freqüência de doenças respiratórias entre os fumantes e seus filhos. A
incidência de pneumonias é três vezes maior nos filhos de mulheres fumantes que nos
filhos das não fumantes.
Se a obstrução dos bronquíolos for mais generalizada devido ao crescimento do
epitélio (devido ao cigarro), desenvolve-se, com o passar dos anos, o enfisema
pulmonar, que pode levar a morte por insuficiência respiratória. O reflexo da tosse é
também um mecanismo de defesa natural inespecífica porque remove agentes
irritantes que chegam as vias aéreas inferiores. Esse reflexo é conduzido pelo nervo
vago até o bulbo, onde é gerado o reflexo de inspiração e expiração (diafragma e
músculos intercostais) e de contração dos músculos da laringe para realizar a tosse. O
reflexo de espirro é quase semelhante ao da tosse, porém a via aferente vem das
terminações nervoras do nariz.
45

Sistema Digestivo

Função: preensão, mastigação, deglutição, digestão e absorção dos alimentos e a expulsão


dos resíduos eliminados na forma de fezes.

Digestão: redução das partículas de proteínas, gorduras e açúcares as partículas


menores, que, dissolvidas na água, são absorvidas e aproveitadas pelas células.

Tipos de digestão

Mecânica: mastigação (na boca), deglutição (na faringe), movimentos peristálticos (no
esôfago, no estômago e no intestino).
Química: na boca (insalivação), no estômago (quimificação) e no intestino (qualificação).

Sucos digestivos

Saliva: contém a enzima ptialina, que transforma o amido em maltose.

Suco gástrico: contém ácido clorídrico e a enzima pepsina, que desdobra as proteínas
em fragmentos menores (peptídeos).

Suco pancreático: contém a lipase (converte as gorduras em ácidos graxos e glicerol), a


tripsina (converte as proteínas em peptídeos), a amilase (converte o amido em maltose).

Suco entérico: contém a maltase (converte a maltose em glicose), a invertase (converte


a sacarose em glicose e frutose), a peptidase (converte peptídeos em aminoácidos), a
lactase (converte o açúcar do leite ou lactose em glicose e galactose), a lipase (digere as
gorduras, convertendo-as em ácidos graxos e glicerol).
46
1.0 - Divisão

Canal alimentar: Cavidade bucal, faringe, esôfago, estomago, intestinos, reto e anus.
Órgãos anexos: Glândulas salivares, fígado e pâncreas.
Glândulas salivares: Responsáveis pela secreção de saliva, lubrifica a cavidade oral,
digere o amido.

a) Glândula parótida: Ducto parotídeo abre-se no vestíbulo ao nível do 2º molar


superior.
Parotidite: Infecção na glândula parótida conhecida como caxumba.

b) Glândula submandibular: O ducto submandibular abre-se no assoalho da boca,


abraixo da língua.

c) Glândula sublingual: Secreção é lançada por canais que desembocam por uma
serie de orifícios no assoalho da cavidade da boca.

Figura 9: Órgãos constituintes do S. digestório


47
2.0 - Cavidade Bucal (1° etapa da digestão química)

Limitada: lateralmente pelas bochechas


superiormente pelo palato
inferiormente por músculos (assoalho da boca)

Nela estão presente: Gengivas, dentes e língua.

Palato: Palato duro (ósseo)


Palato mole (muscular)

Vestíbulo da boca ou vestíbulo oral: Entre a arcada dentaria e a bochecha.

3.0 - Língua

Órgão muscular revestido por mucosa.


Função: Mastigação, deglutição, gustação e articulação da palavra.
A língua possui papilas gustativas responsáveis pela percepção paladar.
48
4.0 - Dentes (digestão física)

32 dentes: 8 incisivos,
4 caninos,
8 pré-molares
12 molares.
Coroa (livre)
Colo (Circundado pela gengiva)
Raiz (implantado no alvéolo). Figura 10: esquema dos constituintes
dos dentes
5.0 – Faringe

Tubo muscular estriado, posteriormente continuada pelo esôfago.

6.0 - Esôfago

Tubo muscular continuado pelo estômago.


Apresenta peristaltismo que conduz o bolo alimentar para o estômago. Localizado
atrás da traquéia, atravessa o músculo diafragma e desemboca no estômago.

Dividida em três porções: cervical, torácica e abdominal.

02 – porção cervical
03 – porção torácica
05 – porção abdominal
49

7.0 – Peritônio

Membrana serosa que envolve os órgãos abdominais.

Apresenta 2 lâminas:
Peritônio parietal: Reveste as paredes da cavidade abdominal.
Peritônio visceral: Envolve as vísceras.
Cavidade parietal: Cavidade virtual entre as 2 lâminas, contém líquido.

8.0 – Estômago (2° etapa da digestão química)

Dilatação do canal alimentar, continuado pelo intestino.


Responsável pela digestão de proteínas.
Camada muscular apresenta mucosa produtora de ácido clorídrico.
Localizado abaixo do diafragma.

a) Parte cardíaca: Liga o esôfago ao estomago, válvula que controla a passagem do bolo
alimentar.
b) Fundo: Parte de cima.
c) Corpo: Maior parte.
d) Parte pilórica: Válvula anatômica, controla passagem do bolo alimentar do estomago
para o duodeno.
e) Gastrite: Fluida na parede do estomago, ponto de tensão ligado a emoção, stress.
50

9.0 - Intestino

De acordo com o calibre é denominado intestino delgado e intestino grosso.

9.1 - Intestino Delgado

Divide-se em 3 porções: Duodeno, Jejuno, íleo.

Duodeno: 1º porção do intestino delgado. Tubo muscular em forma de U, nele


desembocam os ductos coledoco (que trás a bile) e pancreático (que trás a secreção
pancreática). No duodeno ocorre a digestão de gordura.

Jejuno – íleo: Porção móvel do intestino delgado apresenta alças intestinais presas a
parede do abdome.

9.2 - Intestino grosso

Porção terminal do canal alimentar,


Mais calibroso e mais curto que o I. Delgado.
Divide-se em seis porções:
a) Cécum (absorção de minerais)
b) Cólon ascendente
c) Cólon transversal
d) Cólon descendente
e) Reto.

10 - Anexos do canal alimentar

Fígado: Órgão localizado abaixo do diafragma e a direita. O fígado e uma glândula que
desempenha importante papel nas atividades vitais do organismo: metabolismo dos
carboidratos, gorduras e proteínas, alem de secretar a bile e participar de mecanismos
de defesa.
51

Obs: A bile produzida no fígado é armazenada na vesícula biliar.

Pâncreas: Glândula anexa localizada a parede abdominal posterior. Libera 2


substâncias (insulina e glucagon), essas caem na corrente sanguínea e atuam na
quebra de açúcar.
52
Sistema Urinário

O sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina.

Órgãos do S. urinário: Rim, Ureter, Bexiga e Uretra.

Excreção: eliminação de resíduos das atividades das células e de substâncias que


estão em excesso no sangue, a fim de mantê-lo com uma composição constante.

Os resíduos podem ser eliminados através: do sistema urinário (sob a forma de urina);
da pele (sob forma de suor);
do sistema respiratório (gás carbônico).

Principais excretas contidos na urina e no suor: uréia, ácido úrico e cloreto de sódio.

Figura 13: esquema dos


constituintes do sistema
urinário
53

1.0 – Rim

Órgão par;
Responsável por filtrar o sangue e retirar os resíduos metabólicos. Saem:
H2O, Íons, Nutrientes e metabólitos.

Reabsorvidos Eliminados
Localizado à direita e a esquerda da coluna vertebral, sendo que o direito se localiza
em posição inferior em relação ao esquerdo, devido à presença do fígado a direita.

Cápsula fibrosa: cápsula que envolve os rins, quase sempre é abundante o tecido
adiposo constituindo a cápsula adiposa. Esse tecido sustenta os rins na cavidade
54
abdominal.
Obs.: pessoas que fazem regimes desordenados podem ter problemas em relação a esse
tecido adiposo, doença Epitose renal (os rins perdem a vascularidade).

Hilo: fissura por onde passam o ureter, artérias e veias renais, vasos linfáticos e
nervos. Esses elementos constituem o pedículo renal.

Seio renal: expansão do hilo na cavidade central do rim.

Pelve renal: extremidade dilatada do ureter.

Néfron: unidade funcional dos rins.

NÉFRONS

HILO
RENAL
SEIO
RENAL

CÁLICE
RENAL

2.0 – Ureter

Os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada
vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, que
deixa o rim em direção à bexiga urinária.
É um tubo muscular que une o rim à bexiga. É capaz de realizar movimentos
peristálticos para impedir o refluxo.

3.0 – Bexiga

A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja
função é acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter
mais de ¼ de litro (250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente através da uretra.
55

Figura 14: esquema dos constituintes da bexiga


4.0 – Uretra

Último segmento das vias urinárias. Tubo mediano que estabelece comunicação entre
a bexiga e o meio exterior.

A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar e, no


homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se
fechada por anéis musculares - chamados esfíncteres. Quando a musculatura desses
anéis relaxa-se e a musculatura da parede da bexiga contrai-se, urinamos.

Função: Homem → micção e ejaculação


Mulher → excreção da urina

5.0 – Pressão Arterial (PA)

Aumenta pressão → diminui


capilar
Diminui pressão → aumenta
capilar

Quem comanda a pressão é a vasoconstrição e a vasodilatação.

5.1 – Relação Rim x Pressão Arterial

Formas de controlar a PA: Curto prazo → dilatar ou contrais o vaso


Longo prazo → urina
56
Urina diluída: maior quantidade de água liberada diminui volume de sangue,
consequentemente diminui a pressão arterial.

Urina concentrada: menor quantidade de água liberada, aumenta o volume de


sangue, consequentemente aumenta a pressão arterial.

Obs.: Portanto, os rins têm a função de controle hídrico e liberação de metabólitos.

Regulação da Função Renal


A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da
quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do
corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água;
havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da
menor reabsorção de água.
O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o
hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. A
concentração do plasma sangüíneo é detectada por receptores osmóticos localizados
no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do plasma (pouca água), esses
osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Esse hormônio passa para o
sangue, indo atuar sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron,
tornando as células desses tubos mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior
reabsorção de água e a urina fica mais concentrada. Quando a concentração do
plasma é baixa (muita água), há inibição da produção do ADH e, conseqüentemente,
menor absorção de água nos túbulos distais e coletores, possibilitando a excreção do
excesso de água, o que torna a urina mais diluída.

Imagem: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1981.
57

Certas substâncias, como é o caso


do álcool, inibem a secreção de ADH,
aumentando a produção de urina.
Além do ADH, há outro hormônio
participante do equilíbrio hidro-iônico do
organismo: a aldosterona, produzida nas
glândulas supra-renais. Ela aumenta a
reabsorção ativa de sódio nos túbulos
renais, possibilitando maior retenção de
água no organismo. A produção de
aldosterona é regulada da seguinte
maneira: quando a concentração de sódio
dentro do túbulo renal diminui, o rim
produz uma proteína chamada renina,
que age sobre uma proteína produzida no
fígado e encontrada no sangue
denominada angiotensinogênio (inativo),
convertendo-a em angiotensina (ativa).
Essa substância estimula as glândulas
supra-renais a produzirem a aldosterona.
58

Sistema Endócrino
59
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como
atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são
lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando
ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou
regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.

CONSTITUIÇÃO DOS ÓRGÃOS DO SISTEMA ENDÓCRINO

Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios


glandulares formam as glândulas, que podem ser uni ou
pluricelulares. As glândulas pluricelulares não são apenas
aglomerados de células que desempenham as mesmas
funções básicas e têm a mesma morfologia geral e origem
embrionária - o que caracteriza um tecido. São na verdade
órgãos definidos com arquitetura ordenada. Elas estão
envolvidas por uma cápsula conjuntiva que emite septos,
dividindo-as em lobos. Vasos sangüíneos e nervos
penetram nas glândulas, fornecendo alimento e estímulo
nervoso para as suas funções.

Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas


corporais. Freqüentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso,
formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode
fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que o sistema
endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o
sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, atuam na coordenação e
regulação das funções corporais.

Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios


Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são a hipófise,
o hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas.

1. Hipófise ou pituitária
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Situa-se na base do encéfalo,


em uma cavidade do osso esfenóide
chamada sela túrcica. Nos seres
humanos tem o tamanho aproximado
de um grão de ervilha e possui duas
partes: o lobo anterior (ou adeno-
hipófise) e o lobo posterior (ou
neuro-hipófise).

Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-


endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela
hipófise são denominados trópicos (ou tróficos)
porque atuam sobre outras glândulas endócrinas,
comandando a secreção de outros hormônios. São
eles:

• Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina


tireóide.
• Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da
glândula endócrina adrenal (supra-renal)
• Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas
masculinas e femininas.
• Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo
o alongamento dos ossos e estimulando a síntese
de proteínas e o desenvolvimento da massa
muscular. Também aumenta a utilização de
gorduras e inibe a captação de glicose plasmática
Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia –
Uma abordagem evolutiva e ecológica. Vol. 2.
pelas células, aumentando a concentração de
São Paulo, Ed. Moderna, 1997. glicose no sangue (inibe a produção de insulina
pelo pâncreas, predispondo ao diabetes).
61

Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002

2. Hipotálamo

Localizado no cérebro diretamente


acima da hipófise, é conhecido por
exercer controle sobre ela por meios de
conexões neurais e substâncias
semelhantes a hormônios chamados
fatores desencadeadores (ou de
liberação), o meio pelo qual o sistema
nervoso controla o comportamento
sexual via sistema endócrino.
62

O hipotálamo estimula
a glândula hipófise a liberar
os hormônios gonadotróficos
(FSH e LH), que atuam
sobre as gônadas,
estimulando a liberação de
hormônios gonadais na
corrente sanguínea. Na
mulher a glândula-alvo do
hormônio gonadotrófico é o
ovário; no homem, são os
testículos. Os hormônios
gonadais são detectados
pela pituitária e pelo
hipotálamo, inibindo a
liberação de mais hormônio
pituitário, por feed-back.
Como a hipófise
secreta hormônios que
controlam outras glândulas e
está subordinada, por sua
vez, ao sistema nervoso,
pode-se dizer que o sistema
endócrino é subordinado ao
nervoso e que o hipotálamo
é o mediador entre esses Imagem: CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, Ed Saraiva, 2002

dois sistemas.

O hipotálamo também produz


outros fatores de liberação que atuam
sobre a adeno-hipófise, estimulando ou
inibindo suas secreções. Produz também
os hormônios ocitocina e ADH
(antidiurético), armazenados e
secretados pela neuro-hipófise.
63
3. Tireóide

Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da


traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a
velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo,
elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA
e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e
desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do
controle da concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos
e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.
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4. Paratireóides

São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região


posterior da tireóide. Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da
matriz óssea (o qual passa para o plasma sangüíneo), a absorção de cálcio dos
alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a
concentração de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração
muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células nervosas.

AS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS E O CÁLCIO


65
5. Adrenais ou supra-renais

São duas glândulas


localizadas sobre os rins, divididas
em duas partes independentes –
medula e córtex - secretoras de
hormônios diferentes,
comportando-se como duas
glândulas. O córtex secreta três
tipos de hormônios: os
glicocorticóides, os
mineralocorticóides e os
androgênicos.

6. Pâncreas
É uma glândula mista ou anfícrina – apresenta determinadas regiões endócrinas e
determinadas regiões exócrinas (da porção secretora partem dutos que lançam as
secreções para o interior da cavidade intestinal) ao mesmo tempo. As chamadas
Ilhotas de Langerhans são a porção endócrina, onde estão as células que secretam os
dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose.
66

Sistema Genital Masculino

Reprodução: capacidade do ser vivo de gerar outro, com as mesmas


características e da mesma espécie, para perpetuação.
Sistema reprodutor: encarregado de executar na espécie humana a reprodução
sexuada.
Gameta masculino: espermatozóide.

Figura 14: espermatozóide


1.0 – Órgãos genitais masculinos

Gônadas → órgãos produtores de gametas: testículos.


Vias condutoras dos gametas → túbulos e ductos dos testículos, epidídimo, ducto
deferente, ducto ejaculatório e uretra.

Órgãos de copula → pênis.


Glândulas anexas → produzem secreções que facilitam a progressão dos
espermatozóides nas vias genitais: vesículas seminais, próstata e glândulas bulbo-
uretrais.

Estruturas eréteis: corpo cavernoso e esponjoso do pênis.


Órgãos genitais externos: pênis e escroto (bolsa que aloja os testículos).

Figura 15: esquema dos constituintes do S.G. masculino


67
– Testículos

Produtores de espermatozóides e hormônio masculino (testosterona).


Aparecem em número de 2 e forma ovóide.
Túnica albugínea → membrana fibrosa que envolve os testículos.
Lóbulos dos testículos → formados por septos que dividem incompletamente os
testículos.
Túbulos seminíferos contorcidos → localizados dentro dos lóbulos são
responsáveis pela espermatogênese.

Túbulos seminíferos retos → os túbulos se aproximam do ápice dos lóbulos


tornando-se retilíneos.

Rede testicular → formada pelo conjunto de túbulos fora dos lóbulos.

2.0 – Epidídimo

É uma estrutura em forma de “C”, situada contra a margem posterior do testículo.


Os espermatozóides são armazenados no epidídimo até a ejaculação.
É dividido em cabeça, corpo e cauda.

Figura 16: esquema dos


constituintes do epidídimo
68
3.0 – Ducto deferente

É a continuação da cauda do epidídimo e conduz os espermatozóides ate o ducto


ejaculatório.

Possui cerca de 30 cm.


Canal inguinal → túnel existente na parede do abdome para permitir a passagem do
ducto deferente, vasos e nervos que estão localizados externamente à parede da
pelve para a cavidade abdominal.

Obs.: no canal inguinal podem ocorrer hérnias inguinais.

4.0 – Ducto ejaculatório

É formado pela junção do ducto diferente com o ducto da vesícula seminal.


Das vias condutoras de espermatozóide, é a porção de menor dimensão e de calibre
mais reduzido.

Em quase todo seu trajeto esta situado na próstata e vai desembocar na parte
prostática da uretra.

5.0 – Uretra

A uretra é um canal comum para micção e ejaculação


Se divide em 3 partes: parte prostática (atravessa a próstata), membranosa (assoalho
da pelve), esponjosa (localiza-se no corpo esponjoso do pênis).

6.0 – Vesículas seminais

São bolsas saculiformes, localizadas na parte póstero-inferior, da bexiga. Em numero


de 2.
Consiste em tubo enovelado cuja parte inferior forma um ducto chamado ducto da
vesícula seminal que se junta ao ducto deferente e constitui o ducto ejaculatório.
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Sêmem: espermatozóides mais líquidos (ativam espermatozóides e facilitam a


progressão dos mesmos através de suas vias de passagem).

Líquido da vesícula seminal tem a função de ativar os espermatozóides.

7.0 – Próstata

É um órgão pélvico, impar, situado inferiormente à bexiga e é atravessado pela uretra.


É constituído de musculatura lisa e fibrosa, também contem líquido. Produz secreção
que se junta à secreção da vesícula seminal constituindo o volume do liquido seminal,
é responsável pelo odor característico do sêmem.

Exame de toque retal para diagnóstico do CA de


próstata

8.0 – Glândulas bulbo-uretrais

São duas formações arredondadas, pequenas, localizadas nas proximidades da parte


membranosa da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa sendo na
secreção mucosa.

Glândula
bulbo uretral
70
9.0 – Pênis

Órgão masculino de copula. Basicamente é formado por três cilindros de tecido erétil.
Os corpos cavernosos e o corpo esponjoso envolvido por fáscias, túnicas fibrosas.
Glande do pênis: dilatação do corpo esponjoso.
Frênulo do prepúcio: prega mediana localizada na parte posterior da glande.
É considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois
tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e
protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis,
onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a
envolve – o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos
corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável
aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se
retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte
odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam
debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao
estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.

11.0 - Escroto

Bolsa situada atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica, que guarda os testículos. É
dividida por um septo chamado Rafi Escrotal que divide o escroto em dois
compartimentos.
7
72

Figura 17: esquema dos órgãos reprodutores masculino


73

Sistema Genital Feminino

Conjunto de órgãos encarregados da reprodução na mulher.


Gameta feminino: ovócito.

Figura 18: ovócito

1.0 Órgãos genitais femininos

Gônodas: ovários que produzem o gameta feminino.


Vias condutoras de gameta: tubas uterinas.
Órgão de cópula: vagina
Estruturas eréteis: clitóris e bulbo do vestíbulo
Glândulas anexas: glândulas vestibulares maiores e menores.
Órgãos genitais externos: monte púbico, lábios maiores, lábios menores, clitóris, bulbo
do vestíbulo e glândulas vestibulares.

Figura 19: esquema dos


constituintes do S.G. feminino
74

- Ovários

Produzem ovócitos e hormônios (estrógeno e progesterona) no final da puberdade;

Localizados entre a bexiga e o útero.

No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células


que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os
ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de
Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos
ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento
secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente
completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito
secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu
rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que
passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo
regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz
fibrosa que irá permanecer no ovário.

O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas


75
terminações das tubas uterinas - as fímbrias

2.0 – Tubas uterinas

São dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado
por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos
peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.

Transportam os ovócitos do ovário até a cavidade do útero;


A fecundação ocorre, normalmente, dentro do útero;
Dividida em quatro partes: Uterina (na parede do útero)
Istmo
Ampola
Infundíbulo → fímbrias

Gravidez ectópica: óvulo se implanta fora do útero e começa a se desenvolver.


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Figura 20: esquema da


fecundação

3.0 – Útero

Órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto,


de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido
internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.

Órgão que aloja o embrião.


Possui a forma de uma pêra invertida.
Divide-se em quatro partes: Corpo → comunica-se com as tubas
Fundo → porção que fica acima do corpo
Istmo → região estreita, inferior.
Cérvix → segue o istmo, também é chamado colo do
útero.

Apresenta três camadas:

A) Endométrio: parte interna que sofre modificações com a fase do ciclo menstrual ou na
gravidez.
B) Miométrio: camada do meio, composta de fibras musculares lisas e constitui a maior
parte da parede uterina.
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C) Perimétrio: camada externa que envolve o útero.

Menstruação: descamação do endométrio não fecundado.

Figura 21: órgãos genitais


femininos

4.0 - Vagina

Órgão de cópula feminino;


Tubo cujas paredes se tocam;
Comunica-se superiormente com a cavidade uterina através do óstio do útero e
inferiormente abre-se no vestíbulo da vagina através do óstio da vagina.

Cavidade uterina + vagina = canal do parto


Hímem: membrana de tecido conjuntivo formado por mucosa que fecha parcialmente o
óstio da vagina nas virgens.

5.0 – Órgãos genitais externos ou vulva

Monte púbico: elevação mediana à sínfise púbica constituída de tecido adiposo,


apresenta pelos após a puberdade.

Lábios maiores: pregas cutâneas alongadas que delimitam a “rima do pudendo”.


Recobertas externamente de pelos e apresenta as faces internas lisas e sem pelos.

Lábios menores: pregas cutâneas localizadas medialmente aos lábios maiores. A pele
que recobre é lisa, úmida e vermelha.

Vestíbulo da vagina: espaço entre os lábios menores, nele está presente o óstio
externo da uretra, o óstio da vagina e os orifícios dos ductos das glândulas
vestibulares.

6.0 – Estruturas eréteis

Clitóris: estrutura extremamente sensível e ligada à excitabilidade sexual feminina.


Homologo ao corpo cavernoso do pênis.
→ Ramos do clitóris: duas estruturas fixadas ao ísquio e ao púbis.
→ Corpo do clitóris: união dos ramos.
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→ glande do clitóris: dilatação terminal, parte visível.

Bulbo do vestíbulo: duas massas pares de tecido erétil, alongadas e dispostas como
uma ferradura ao redor do óstio da vagina. Não são visíveis.

7.0 – Glândulas vestibulares maiores

São duas, localizadas próximas ao vestíbulo da vagina;


Secretam muco lubrificante;
Ductos se abrem na parte inferior do vestíbulo da vagina.

8.0 – Glândulas vestibulares menores

Número variável;
Ductos se abrem no vestíbulo, entre os óstios da uretra e da vagina;
Produzem secreções nos momentos preparatórios para a relação sexual, tornando as
estruturas mais úmidas.

10.0 – Mamas

Anexos da pele de forma cônica;


Localizadas ventralmente aos músculos da região peitoral;
Formadas de glândulas especializadas em produzir leite apos a gestação;
Papila mamária: área de maior pigmentação localizada ao redor da papila. Nela
existem glândulas sudoríparas e mamárias.

Figura 22: esquema dos


constituintes da mama
79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) FATTINI, Carlo Américo; DÂNGELO, José Geraldo. Anatomia Humana Sistêmica

e Segmentar. 2. ed. São Paulo: ed. Atheneu, 2003. 671p.

2) AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de Biologia.

São Paulo, Ed. Moderna, 2001. vol. 2.

3) GYTON, M., Fisiologia Humana Básica, 7ª edição, São Paulo: ed Guanabara

Koogan, 2000, 960 páginas;

4) SMELTZER, S. C., BARE. B.G., BRUNNER & SUDDARTH: Tratado de


Enfermagem Médico Cirúrgica, 9ª edição, Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara
Koogan, 2002, 1892 paginas, 4 volumes.

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