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Disciplina: Direito Processual Civil

Professor: Murilo Sechieri


Aula: 40| Data: 16/05/2019

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

PROCESSO DE CONHECIMENTO
7. Fase Probatória / Instrutória
7.1. Teoria Geral da Prova
7.2. Produção Antecipada da Prova
7.3. Meios Típicos/Provas em Espécie

PROCESSO DE CONHECIMENTO

7. Fase Probatória / Instrutória


7.1. Teoria Geral da Prova
7.2. Produção Antecipada da Prova

7.3. Meios Típicos/Provas em Espécie

I- Ata Notarial (art. 384, do CPC);


II- Depoimento Pessoal (Arts. 385 a 388, do CPC);
III- Confissão (Arts. 389 a 395, do CPC);
IV- Exibição de Documento ou Coisa (Arts. 396 a 404, do CPC)
V- Prova Documental (arts. 405 a 441, do CPC)

VI- Prova Testemunhal (Arts. 442 a 463, do CPC) - Continuação

Observações finais sobre o procedimento:

Obs.1: De ofício ou a requerimento, o juiz pode determinar: a- A oitiva das testemunhas referidas (ocorre quando,
durante o depoimento de uma testemunha arrolada, ela faça referência a uma outra pessoa, que não foi arrolada
por ninguém); b- A acareação entre testemunhas ou entre testemunha e parte, quando houver divergência
relevante nos depoimentos (por exemplo, porque apresentaram versões distintas para o mesmo fato).

Obs.2: O depoimento é considerado serviço público e, por isso, não pode haver desconto de salário ou tempo de
serviço.

Obs.3: A testemunha tem o direito de exigir o reembolso com as despesas para o comparecimento. O juiz deverá
arbitrar o valor que deverá ser pago no ato ou em até 3 dias.

VII- Prova Pericial (Arts. 464 a 480, do CPC)

 Conceito de Perícia: é o meio de prova que tem por objetivo esclarecer fatos que dependem de conhecimentos
técnico ou científico que o juiz não tem. - Ainda que ele tenha, não pode dispensar a perícia.

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CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
 Espécies de Perícia:

(i) Exames: quando a prova recai sobre pessoas ou coisas móveis;


(ii) Vistoria: quando recai sobre imóveis;
(iii) Avaliação: é a indicação de um valor de mercado a um bem, direito ou obrigação.

 Hipóteses em que não tem cabimento:

São hipóteses que têm a ver com o fato de ela ser inútil ou impraticável:

a- Quando o fato não depender de conhecimento técnico;


b- Quando for desnecessária em razão de outras provas produzidas;
c- Quando a verificação do fato for impraticável.

Obs.1 - Prova técnica simplificada (parágrafos 1º, 2º e 4º, do art. 464, do CPC): quando o ponto controvertido for
de menor complexidade, a perícia será substituída pela oitiva de especialista em audiência. – É semelhante ao JEC,
onde não há perícia, mas pode haver a prova técnica simplificada.

Obs.2 (art. 472, do CPC): é dispensada a perícia quando as partes trouxerem na Petição Inicial e na Contestação
pareceres técnicos ou documentos elucidativos suficientes. – Ex.: quando na ação de reparação de danos por
acidente de trânsito, o autor já traz três orçamentos de oficinas de renome e o juiz já se convence, dispensando a
perícia.

- Perito (arts. 156 a 158, do CPC)

O que é? Qual a natureza? R.: Perito é um dos sujeitos do processo. É órgão auxiliar do Judiciário (tal como os
serventuários, oficial de justiça, etc.); Ele exerce função pública.

Quem é o perito: R.: É o profissional legalmente habilitado ou o órgão técnico/científico inscrito em cadastro
mantido pelo Tribunal.

Obs.1: Caso na localidade não haja inscrito, será profissional de confiança do juízo.

Obs.2: Será de preferência pertencente a estabelecimento comercial quando a perícia for médica ou de documento
– mas é mera preferência.

Obs.3 do art. 471, do CPC – Perícia Consensual (Novidade): o perito pode ser escolhido de comum acordo pelas
partes, desde que: a- sejam plenamente capazes; b- a causa possa ser resolvida por autocomposição.

Escusa do Perito: o perito presta serviço público e não pode se recusar sem motivo. Assim, no prazo de 15 dias, a
contar da nomeação, o perito poderá se escusar do encargo, alegando motivo legítimo.

Recusa do Perito: quem nomeia é o juiz, mas ele deve ser impessoal. Assim, pode ser alegada pelas partes pelos
mesmos motivos de impedimento ou suspeição do juiz.

Honorários Periciais:

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I – Quem fixa? R.: é o juiz, após dar oportunidade para que o perito apresente a proposta de honorários (caso em
que as partes podem se manifestar em 5 dias) –> Essa decisão não é recorrível;

II – Quem paga? R.: é o vencido ao final;

III – Quem é responsável pelo adiantamento dos honorários e despesas? R.: Art. 95, do CPC: a- regra geral: a parte
que requereu a perícia; b- o valor será rateado entre elas, se a prova foi requerida por ambas ou determinada de
ofício pelo juiz; c- quando requerida pelo beneficiário de gratuidade será realizada por órgão público ou será paga
com recursos alocados no orçamento da União ou do Estado (fundo específico para tanto).

Obs.1: o juiz pode determinar o depósito de até 50% dos honorários antes do início dos trabalhos.

Obs.2: quando a perícia for inconclusiva ou deficiente o valor inicialmente fixado poderá ser reduzido pelo juiz.

Obs.3: o perito tem título executivo judicial para exigir o remanescente de seus honorários.

- Procedimento da Perícia:

(I) – Deferimento no saneador; nomeação do perito e fixação de prazo para entrega do laudo (não pode ser inferior
a 20 dias de antecedência da audiência);
(II) – Indicação de assistentes técnicos e formulação de quesitos no prazo de 15 dias. (Assistente técnico é o
profissional de confiança da parte);
(III) – Intimação das partes sobre data, horário e local dos trabalhos;
(IV) – Apresentação do laudo (que tem requisitos);
(V) – 15 dias para manifestação das partes e apresentação dos pareceres técnicos pelos assistentes;
(VI) – As partes podem requerer que o perito preste esclarecimentos por escrito ou em audiência (deve ser intimado
com 10 dias de antecedência para a audiência).

Obs.: A perícia não vincula o juiz. Nenhuma prova vincula (em razão do Princípio da Livre Persuasão/do Livre
Convencimento Motivado que incide, até mesmo sobre a prova técnica).

 VII- Inspeção Judicial (Arts. 481 a 484, CPC)

Conceito: É a prova que consiste no exame direto pelo juiz sobre coisas, pessoas ou lugares relacionados com o
litígio.

Obs.1: trata-se de prova considerada complementar e, por isso, será realizada ou não a critério do juiz
(discricionariedade);

Obs.2: Para que tenha valor de prova: a- as partes deverão ser intimadas previamente à sua realização; b- deverá
ser lavrado auto circunstanciado da diligência (embora o juiz tire suas conclusões, deve ser documentado – até
porque ele não é o único que julga o processo – há possibilidade de recurso).

Fim de Provas em Espécie e da Fase Probatória/Instrutória.

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