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TEORIAS DO CURRÍCULO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 02
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47
Currículo
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Caro(a) graduando(a)
Alguns estudos realizados sobre currículo a partir das décadas 1960 a 1970
destacam a existência de vários níveis de currículo: formal, real, oculto. Esses níveis servem
1. CURRÍCULO FORMAL
Refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino, é expresso em
diretrizes curriculares, objetivos e conteúdos das áreas ou disciplina de estudo. Este é o que
traz prescritos institucionalmente os conjuntos de diretrizes como os Parâmetros
Curriculares Nacionais.
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2. CURRÍCULO REAL
É o currículo que se materializa dentro da sala de aula com professores e alunos a
cada dia em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino.
3. CURRÍCULO OCULTO
É o termo usado para denominar as influências que afetam a aprendizagem dos
alunos e o trabalho dos educadores. O currículo oculto representa tudo o que os educandos
aprendem diariamente em meio às várias práticas, atitude, componentes, gestos,
percepções, que vigoram no meio social e escolar. O currículo está oculto porque ele não
aparece no planejamento do professor.
Yurgo Santomé (1995),
considera o “currículo oculto” (“implícito”, “latente”, “escondido” ou
“paralelo”), uma dimensão relacionada com os processos de socialização relativos
às diversas experiências escolares, acadêmicas ou sociais, que traz consigo
valores, cujos princípios influenciam na formação, sem que cheguem,
intencionalmente, a se explicitar como objetivos educativos, propriamente.
É relevante destacar que os conteúdos escolares no Brasil, até então, tinham uma
forte ligação com a concepção jesuítica do período colonial em relação à educação, ou seja,
reinava absolutamente o currículo tradicional na primeira metade do século XX.
Currículo
Anísio Teixeira, ou seja, pela primeira vez, disciplinas escolares foram consideradas
instrumentos de determinados fins. Assim, o currículo foi entendido como o intermédio entre
a escola e a sociedade.
A reforma de Anísio Teixeira, na Bahia, representou algumas das inovações que iriam
mais tarde caracterizar a abordagem escolanovista do currículo e do ensino. Segundo
Moreira (1990, p.68) “Anísio Teixeira defende o currículo centrado na criança e vê a
educação como crescimento e, conseqüentemente, educação como vida”.
Como Dewey, Teixeira define currículo como um conjunto de atividades em que as
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crianças se engajarão em sua vida escolar. Propõe também que o planejamento curricular
deve centrar-se em atividades envolvendo projetos e problemas.
A reforma de Minas Gerais, organizada por Francisco Campos e Maria Casassanta,
redefiniu o papel da escola elementar. Enfatizou-se que as crianças não eram adultos em
miniatura, isto é, tinham seus próprios interesses e precisavam ser respeitadas e
estimuladas.
Partindo destes pressupostos o currículo na perspectiva do Manifesto dos Pioneiros
tem como finalidade desenvolver na criança as habilidades de observar, pensar, julgar, criar,
decidir e agir.
Na reforma do Distrito Federal, a interação entre escola e sociedade foi mais bem
explorada do que nas reformas anteriores, ou seja, a escola primária, nessa reforma, era
permanente para fins sociais, em contato com a comunidade.
As três reformas apresentadas trouxeram um importante rompimento com a escola
tradicional.
Assim, caro educando a nossa intenção é mostrar para você a necessidade de estar
lendo, refletindo e buscando sedimentar conhecimentos que devem permear a sua ação de
educador critico e reflexivo.
Nos anos 70, os brasileiros foram influenciados por vários tipos de abordagens
teóricas, às vezes até contraditórias. De um lado, chegam até nós tanto as correntes
psicológicas, de cunho behaviorista, como a teoria do capital humano, de cunho
funcionalista, proposta pelo economista T. W. Schultz, de Chicago que vinha ao encontro da
preocupação, nos países desenvolvidos, com o gigantismo dos sistemas educacionais no
pós-guerra, que oneravam cada vez mais os cofres públicos.
De outro lado, apareceram na mesma época estudos críticos norte-americanos e
europeus sobre o problema da desigualdade de oportunidades entre os indivíduos
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1. 2 - ABORDAGENS CURRICULARES
1. 2.1- Currículo Acadêmico
1. 2. 2- Currículo Humanístico
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Na ênfase humanista, segundo McNeil (2001 b) a atenção do conteúdo disciplinar se
desloca para o indivíduo. O aluno é visto como um ser individual dotado de uma identidade
pessoal que precisa ser descoberta, construída e ensinada; e o currículo tem a função de
propiciar experiências gratificantes, de modo a desenvolver sua consciência para a libertação e
auto-realização. A educação é um meio de liberação, cujos processos, conduzidos pelos
próprios alunos, estão relacionados aos ideais de crescimento, integridade e autonomia.
A auto-realização constitui o cerne do currículo humanístico. Para consegui-la, o
educando deverá vivenciar situações que lhe possibilitem descobrir e realizar sua
individualidade, agindo, experimentando, errando, avaliando, reordenando e expressando.
Tais situações ajudam os educandos a integrar emoções, pensamentos e ações.
1. 2. 3 - Currículo Tecnológico
Sob a perspectiva tecnológica, ainda segundo McNeil (2001 d), a educação consiste na
transmissão de conhecimentos, comportamentos éticos, práticas sociais e habilidades que
propiciem o controle social.
O comportamento e o aprendizado são moldados pelo externo. Ou seja, ao professor,
detentor do conhecimento, cabe planejar, programar e controlar o processo educativo; ao aluno,
agente passivo, compete absorver a eficiência técnica, atingindo os objetivos propostos.
O currículo tecnológico, concebido fundamentalmente no método, tem, como função,
identificar meios eficientes, programas e materiais com a finalidade de alcançar resultados
predeterminados.
É expresso de variadas formas: levantamento de necessidades, plano escolar sob o
enfoque sistêmico, instrução programada, seqüências instrucionais, ensino prescritivo
individualmente e avaliação por desempenho.
O desenvolvimento do sistema ensino-aprendizagem, segundo hierarquia de tarefas,
constitui o eixo do planejamento do ensino, proposto em termos de uma linguagem objetiva,
esquematizadora e concisa.
Currículo
O caráter de processo indica que um plano prévio é um roteiro para a prática, ele 14
antecipa mentalmente a prática, prevê os passos a seguir, mas não pode determinar
rigidamente os resultados, pois estes vão se delineando no desenvolvimento do trabalho,
implicando em permanente ação, reflexão e deliberação dos educadores sobre a prática em
curso. Planejando e registrando o trabalho, os educadores podem curar uma memória que
contribua não só para a sua prática em particular, mas para a possibilidade de troca de
experiências com outros parceiros que também se encontram em sala de aula.
A partir do registro do planejamento das ações futuras e de seus resultados é que
poderemos criar a possibilidade de troca e de diálogo com outras experiências. Ao planejar
não só antecipamos as ações, mas também criamos permanência para a nossa prática/
palavra como educadores/autores. Apropriando-se do hábito de registro e sistematização de
seu trabalho, o educador pode sair do anonimato e colocar a sua experiência acumulada a
serviço da construção de uma pedagogia partilhada por um grupo maior de pessoas.
Esse registro/memória de nossas ações é uma das formas do nosso trabalho.
No decorrer da História, podemos constatar que o homem, através do seu
pensamento (reflexão), desenvolve níveis cada vez mais aprimorados de discernimento,
compreensão e julgamento da realidade, o que lhe favorece uma conduta comprometida
com novas situações de vida. Sendo assim, pelo planejamento, o homem organiza e
disciplina a ação, tornando-a mais responsável, partindo sempre por ações mais complexas,
produtivas e eficazes.
Dessa forma, o objetivo deste texto é explicitar o significado do planejamento em
relação às implicações no contexto de sala de aula, pois as idéias que envolvem o
planejamento são amplamente discutidas nos dias atuais, mas um dos complicadores para o
exercício da prática de planejar parece ser a compreensão de conceitos e o uso coerente
deles. Para tanto, segue uma seqüência de definições.
Segundo GANDIN (1993: 18, 19)
Planejar é transformar a realidade numa direção escolhida;
Planejar é organizar a própria ação (de grupo, sobretudo);
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Portanto, planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem
como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos
que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o
acompanhamento e a avaliação da própria ação, pois planejar e avaliar andam juntas.
Em se tratando de planejamento, não podemos nos esquecer do planejamento
curricular, pois é através dele que reiniciamos o “processo de tomada de decisões, sobre a
dinâmica da ação escolar”. E a previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do
aluno (VASCONCELOS, 1995, p.56). Portanto, essa modalidade de planejar constitui um
instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta
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geral das experiências de aprendizagem que a escola deve – as condições de execução tornam-
se confusa nas situações a seguir:
a) As regras de decisão são imprecisas; Não há políticas nem procedimentos para resolver
problemas e conflitos.
b) Autoridade e responsabilidade estão indefinidas;
c) As atividades não são coerentes com o objetivo; isso pode ocorrer mesmo quando o problema e
o objetivo são coerentes.
d) A previsão de recursos é incoerente com as atividades. Podem ter sido subestimado ou
superestimados.
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e) A atividade avança muito sem que pelo menos as intenções básicas do projeto estejam
bem definidas.
quanto vai gastar e de onde saíra o dinheiro. A existência de um coordenador é também uma
providência necessária para que um projeto seja bem implementado e atinja o objetivo definido.
São inúmeras as atividades humanas nas quais, atualmente, a idéia de projeto está
colocada como uma nova forma de organizar e realizar as atividades profissionais.
Profissionais dotados de maior autonomia para tomar decisões, valorização do trabalho
em grupo, desenvolvimento de vínculos de solidariedade e aprendizado constante são algumas
das características incentivadas pela realização de projetos de trabalho. Em equipe que trabalha
com vista a realizar um projeto, são importantes a solidariedade e o cuidado com a contribuição
de cada um. A questão não é “quem manda em quem”, mas se o projeto está se tornando 17
realidade.
Portanto, Projeto é uma atividade organizada, que tem por objetivo resolver um
problema, ou resolver uma seqüência de ações articuladas e com o propósito de atingir alguns
objetivos bem definidos. Vejamos, então, a forma da elaboração de projeto de trabalho,
destacando os seguintes procedimentos, apresentados abaixo.
2. 2. 1 - CONTEÚDOS
Tudo aquilo que o professor considerou necessário trabalhar com seus alunos para
alcançar o objetivo previsto, deve atender às necessidades atuais de nossa sociedade com a
finalidade de informar e desenvolver capacidades que possam transformar-se e adaptar-se às
novas realidades deve está adequado ao nível de desenvolvimento do aluno, deve levar em
conta os aspectos epistemológicos da disciplina, a possibilidade de articulação entre os
conteúdos, evitando sobreposição e rupturas nele está contido não só os conceitos e fatos, mas
também valores, normas, atitudes e procedimentos.
O conteúdo deverá ser dividido em:
fatos – informações necessárias para a construção de um conceito sobre o tema
a ser estudado.
conceitos – tudo aquilo que nos permite organizar a realidade, envolvendo a
construção ativa das capacidades para operar com símbolos, idéias, imagens e representações,
pressupõe o conhecimento dos fatos que estão envolvidos na construção do conceito, a
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2. 2. 2 – PROCEDIMENTOS
2. 2. 3 - SITUAÇÃO COMUNICATIVA
Situação onde aquilo que foi apreendido vai ser mostrado à sociedade.
Como – quem – para quem – quando – o quê.
2. 2. 4 - RECURSOS
Todo material (aula prática/livros/atividades) previsto pelo professor que vai
ser usado durante o projeto.
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2. 2, 5 - AVALIAÇÃO
Avaliação do aluno
Avaliação do projeto
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determinado pelos educandos, sendo assuntos a estudar organizados por um tema geral, tem-se
uma unidade de trabalho ou projeto.
3) PLANO DE AULA – é desenvolvido em cada dia de aula, planejando-se
detalhadamente as atividades previstas. O plano diário é a seqüência do planejamento de todas
as atividades de dia letivo.
As primeiras atividades de cada dia de aula são constituídas pelas rotinas de classe,
palestra inicial/introdução e planejamento cooperativo de trabalho a ser desenvolvido com os
educandos.
As rotinas envolvem: a freqüência e a avaliação da freqüência da turma com os 24
5. Fechamento do Projeto
Atividades de fechamento de um projeto devem ter como intenção:
- Reunir e organizar os dados, interpretá-los e responder ao problema inicialmente
proposto, articulando as soluções parciais encontradas no decorrer do processo.
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6. Avaliação
- Organizar apresentações ao público interno e externo à classe. Dependendo do
tema e do ciclo que realizou o projeto, as apresentações podem incluir elaboração de
folhetos, jornal, cartazes, dramatizações, maquetes, exposições orais e seminários ou
exposição de experimentos.
Existem várias avaliações envolvidas na execução de projetos:
Exemplificando Projeto de Intervenção
- Avaliações voltadas a dar acompanhamento aos grupos que realizam o projeto, 26
Etapa 1
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Etapa 2
Por que a água é tão importante para os seres vivos?
O estudo de uma das propriedades da água vai ajudá-lo a aprofundar essa
investigação, Peça aos alunos que providenciem com os colegas os seguintes materiais:
Três copos americanos, um conta-gotas, uma colher (chá), detergente, água, álcool, óleo de
cozinha, anilina, um canudo de refresco, sal e açúcar.
Peça aos alunos que anotem no caderno as observações de cada experimento:
a) Ponha água em dois copos, óleo em outro e álcool no terceiro. Coloque só até a
metade. Acrescente cinco gotas de anilina em cada copo e verifique o que aconteceu com o
corante em cada um dos líquidos. Que diferença você percebeu?
b) Lave os copos usando detergente e enxágüe bem. Ponha água em dois copos até
a metade. Coloque uma colher (chá) rasa de sal no primeiro copo e uma rasa de açúcar no
segundo. Misture e observe.
Aconteceu com o sal e o açúcar o mesmo que ocorreu com o corante? Por quê?
c) Volte a lavar os copos e coloque a água em dois deles. Coloque o canudo em um
dos copos e assopre-o.
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Etapa 3
Um das características da água é que pode ser encontrada na natureza em diferentes
estados físicos.
Quais são esses estados?
Pense e escreva, onde encontramos na natureza os diferentes estados físicos da
água?
a) Coloque um cubo de gelo num copo e observe. O que acontece?
b) Faça o seguinte experimento:
- Quebre alguns cubos de gelo em pedaços pequenos. Coloque-os numa vasilha.
Adicione ao gelo picado duas colheres de sal, mexa bem. Dentro dessa mistura, coloque um
copinho descartável com água até a metade.
- Aguarde por dez minutos e observe.
- O que aconteceu com a água que estava no copinho?
- Á água do copinho representa, agora. Qual mudança de estado físico?
- Como ocorre o ciclo da água na natureza? Pesquise.
Etapa 4
Quando você precisa de água, basta abrir uma torneira e lá está ela. Pronta para ser
consumida!
Você já pensou em quais os caminhos essa água percorre para chegar à sua casa?
Por quantos processos ela passa para chegar limpa à sua casa?
De onde a água é retirada?
Faça uma pesquisa e descubra todo o caminho que a água percorre até chegar às
torneiras das casas.
Interdisciplinaridade:
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Etapa 5
A poluição é um dos grandes problemas do nosso planeta. Faça uma pesquisa sobre
poluição dos rios, lagos e do solo.
O que essa poluição pode causar às plantas e aos animais?
Para responder a essa questão, faça o seguinte experimento:
Poluição do solo
Consiga algumas sementes de feijão e plante-as em copinhos descartáveis com um
pouco de terra. Numere os copinhos com os números de 1 a 3.
Durante uma semana, dê o seguinte tratamento às sementes: regue o copo 1 com
solução de vinagre e água; regue o copo 2 com detergente e água; regue o copo 3 somente
com água.
Quais sementes germinaram?
Quais sementes se desenvolveram?
A que conclusão você chega sobre a ação do vinagre e do detergente sobre as
plantas?
Poluição da água
Consiga três ramos de uma planta aquática chamada elódea. Separe três copos, um
com água, um com detergente e água e outro com vinagre e água.
Dentro de cada copo mergulhe um ramo de elódea. Observe durante uma semana.
Quais os produtos que representam os poluentes na nossa experiência?
Por que são considerados poluentes?
Após uma semana, quais ramos das plantas aquáticas sobreviveram?
A que conclusão você chega?
Interdisciplinaridade
Na disciplina de Português, os alunos poderão criar histórias em quadrinhos sobre
poluição da água; o lixo no meio ambiente; a importância da higiene na saúde das pessoas,
utilizando gibis velhos, que poderão ser recortados e colados numa folha em branco. Esses
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gibis deverão ser expostos para que outras turmas possam também conhecer os problemas
da poluição.
Etapa 6
O professor apresenta, nessa etapa, um esquema do corpo humano, mostrando
como os nutrientes e o gás oxigênio são distribuídos por todo o corpo para garantir o
crescimento e a manutenção da vida, mas várias substâncias tóxicas são produzidas e
precisam ser mantidas.
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a) Observe a figura e leia com atenção a função de cada órgão e escreva o caminho
que a água pode fazer por meio desses órgãos, para que eles exerçam cada um das
funções;
b) Explique como o transporte de água no corpo pode estar relacionado à
propriedade de solubilidade da água.
A água que está presente no sangue dissolve os gases, os nutrientes e as
substâncias tóxicas, facilitando o transporte dessas substâncias pelo corpo.
c) Explique sobre a eliminação de água pelo organismo, por exemplo, urina e
transpiração.
A água auxilia na manutenção da temperatura do corpo. Com a evaporação da água
que existe no suor, a temperatura do corpo diminui. Quando estamos suados e nos
abanamos, temos a sensação de frescor. O que acontece é o esfriamento da pele por causa
da evaporação.
Podemos demonstrar também que as plantas transpiram: consiga um vaso de
gerânio ou qualquer outra flor. Cubra com um saco plástico transparente toda a planta e
amarre-o bem. Coloque o vaso ao sol por alguns minutos. Observe.
O que você nota dentro do saco plástico? O que isso significa?
Etapa 7
Após realizar todas as etapas do Projeto, os alunos devem tirar suas conclusões
sobre a importância da água para a sobrevivência dos seres vivos e do planeta, e colocá-las
no papel.
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É nas escolas e nas salas de aula que se verifica, por exemplo, que
64% dos alunos de 5ª série não aprenderam a ler e a escrever, conforme dados do
SAEB, mas é nelas [também] que podem ocorrer mudanças qualitativas no
desenvolvimento da aprendizagem. (LIBÂNEO, 2006, p. 72).
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O papel da teoria pedagógica ou de uma teoria curricular é explicitar o que se espera da escola, ou seja,
que saberes, que experiências, que práticas esperam que os alunos interiorizem para fazer uso deles
diante de demandas e de exigências da vida e da sociedade. (LIBÂNEO, 2006, p. 106).
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3 De acordo com Vorraber Costa, representação é o resultado de um processo de produção de significados pelo
discurso, e não como conteúdo que é espelho e reflexo de uma “realidade” anterior ao discurso que a nomeia.
Representação, então, são noções que se estabelecem discursivamente, instituindo significados de acordo com
critérios de validade e legitimidade estabelecidos segundo relações de poder. (...) são mutantes, não fixas, e não
expressam, nas suas diferentes configurações, aproximações a um suposto “correto”, “verdadeiro”, “melhor”.
(VORRABER, 2005, p. 40-41).
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A tendência atual considera imprescindível uma integração entre currículo e didática, que
precisa estar articulada no sentido de favorecer o trabalho docente de forma contextualizada
tornando o ensino e a aprendizagem eficientes.
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6. 1. 1 – TENDÊNCIAS
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4 As políticas educacionais pressupõem políticas para a escola, e estas devem basear-se em necessidades e
demandas originadas nos contextos concretos de ensino e na aprendizagem das escolas e das salas de aula. Chamo
de políticas para a escola a definição de objetivos sociais e culturais para a escola, as capacidades de formar, as
competências cognitivas e habilidades, os formatos curriculares, as metodologias de ensino, as práticas de
organização e de gestão da escola, as condições profissionais que asseguram os objetivos e os melhores resultados
de aprendizagem, os níveis esperados de desempenho escolar dos alunos. (LIBÂNEO, 2006, p. 82).
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Fonte: SACRISTÁN, Gineno J. O currículo: uma refl exão sobre a prática, Porto Alegre: ArtMed (2000. p. 36).
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5 A concepção liberal de democratização de ensino traz ecos da ideologia do liberalismo: ampliação da escola para
todos. (O que não ocorreu no Brasil até o século XX). Essa concepção tem sua formulação no seio das conquistas da
humanidade – em conseqüência da Revolução Francesa e da Revolução Industrial, bem como no início da
composição do capitalismo. A expansão da escolaridade afirma como pressuposto que a escola é para todos – é um
direito de todos (art. 227, CF). Mas a escola é um direito de todos não significa dizer que efetivamente é de direito de
todos. A escola que se oferece para todos não está desenraizada das questões sociais. Desta forma, é interessante
pensar que a escola “está” oferecida para todos. No entanto, se as pessoas não têm condições de ter acesso a ela e
de nela permanecer, isto é interpretado como um problema delas. Ou seja, pela ótica liberal, as pessoas não
conseguem galgar os degraus que a escola oferece porque nasceram com incapacidade para tal.
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