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Fonte: http://educacionadistancia21.blogspot.com/2017/04/que-es-la-educacion-distancia.html
ÁGUA BRANCA-PI
2017
2
Diretor Geral
Eloan Coimbra Lima
Diretora Acadêmica
Eloane Coimbra Lima
Secretária Acadêmica
Ginoã das Graças Coimbra Lima
Coordenação do Curso
Brisdete Sepúlveda Coelho Brito
Coordenação do Nead
Tiago Soares da Silva
Ficha Catalográfica
Bibliografia
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5
O estudo autônomo trás grandes desafios, mas você não ficará sozinho
nessa jornada. Durante o decorrer desta disciplina e de todo o curso você conhecerá
quem está envolvido em cada uma das etapas e processos e como você deve
desempenhar o seu papel de modo cooperativo na construção do conhecimento na
Educação a Distância. Por isso é que o seu curso se inicia com a disciplina
Introdução à Educação a Distância.
Lembre-se que este livro-texto é apenas um dos elementos didáticos desta
disciplina que também contempla um encontro presencial para discussões e tirar
dúvidas, materiais audiovisuais, e ainda fóruns e atividades no AVEA - Ambiente
Virtual de Ensino e Aprendizagem.
Encerrando este momento de apresentação, sugerimos que você se
organize para seus estudos conforme esta proposta:
Leitura com pausas entre as unidades. Assistir aos conteúdos audiovisuais
É interessante que você tenha um disponíveis no AVEA. Esses recursos
momento de pausa entre a leitura de um auxiliam na exemplificação e
capitulo ou seção e procure refletir sobre esclarecimentos das temáticas da
as propostas apresentadas; disciplina;
Realização de atividades práticas, Seja um participante ativo do curso.
fóruns e exercícios dentro dos prazos Envolva-se intensamente exercendo uma
estabelecidos. Isso fortalecerá o seu comunicação permanente com os colegas
aprendizado e ainda faz parte da e professores, expondo seus pontos de
avaliação geral da disciplina; vistas, dúvidas, solicitando maiores
Buscar leituras que complementam o esclarecimentos quando necessário;
tema. Além das obras indicadas no +Leia Interaja constantemente nos fóruns de
Mais no final de cada unidade, você pode discursões virtuais e nos chats de bate-
pesquisar também em outras fontes como papo. Assim seus vínculos ficaram
livros, revistas, materiais da internet, etc. e fortalecidos com os outros membros da
compartilhar com os seus colegas e equipe e seus estudos serão ampliados
professores; através do cooperativismo.
Faça uso dessas sugestões, elabore uma agenda norteadora dos seus
estudos, providencie um local agradável sem ruídos ou interferências e dê inicio à
sua aprendizagem.
1
UNIDADE 01
Conceitos Fundamentais
Sobre Tecnologias
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31514
9
Introdução
Bons estudos!
_________________
1
Simbiose é a relação interespecífica (de espécies diferentes) que ocorre entre dois ou mais organismos de espécies
diferentes, de forma mutuamente vantajosa. Essa associação íntima entre organismos ocorre em plantas, animais, fungos,
bactérias, etc., onde cada um contribui positivamente beneficiando a sobrevivência do outro e a de si próprio.
10
forma, servissem para serem usados nas tarefas de caça e defesa. Em seguida,
algumas dessas peças que o homem descobriu prestarem-se ao uso específico
foram sendo recolhidas e guardadas para serem utilizadas posteriormente. Por fim,
chegou-se à própria fabricação dos instrumentos, a princípio como meras cópias dos
instrumentos originais e, mais tarde, segundo modelos padronizados, o que permitiu
uma gradual diferenciação das ferramentas.
Capitulo 2 - O Fogo
Já falamos bastante sobre tecnologia, mas, até agora, você deve estar se
perguntando o que significa a palavra, certo? Pois bem: você deve ter um significado
próprio para o termo, não é mesmo? Então comece por escrever sua definição do
que vem a ser tecnologia. Em seguida, procure, no dicionário, o verbete “tecnologia”.
Depois compare as duas definições e repare quais elementos novos o dicionário
acrescenta ao seu conceito ou que definição dada pelo autor complementa ou
contradiz a sua. Observou que a palavra “tecnologia” é polissêmica? Que tem vários
significados?
UNIDADE 02
As tecnologias da
Informação e Comunicação
nos dias Atuais
Fonte: http://www.noticias.unsl.edu.ar/04/06/2018/herramientas-tics-para-trabajo-
colaborativo/
18
Introdução
Bons estudos!
19
1.1 História
Existe uma tendência cada vez mais acentuada de adoção das tecnologias
de informação e comunicação não apenas pelas escolas, mas por empresas de
diversas áreas, sobretudo com a disseminação dos aparelhos digitais no cotidiano
contemporâneo. Há uma variedade de informações que o tratamento digital
proporciona: imagem, som, movimento, representações manipuláveis de dados e
sistemas (simulações), todos integrados e imediatamente disponíveis, que oferecem
um novo quadro de fontes de conteúdos que podem ser objeto de estudo.
A comunicação é também a responsável por grandes avanços. Devido à
troca de mensagens e consequente troca de experiência, dessa forma, grandes
descobertas foram feitas. A história humana, sem os desenhos das cavernas, os
hieróglifos egípcios e o enorme acervo de informação que nos foi deixado através da
escrita, não teria a emoção sentida hoje a se ver o avanço desses meios. Todos os
21
exemplos citados acima são formas de deixar mensagens, ou seja, passar adiante
uma informação, uma experiência, um fato ou uma descoberta. A comunicação é
algo complexo, uma vez que existem várias formas de se comunicar. O objetivo aqui
é mostrar o quanto a troca de mensagens, a informação e o relacionamento humano
são importantes para a evolução de novos conceitos, como por exemplo, o trabalho
colaborativo (trabalho em equipe), a gestão do conhecimento, o ensino a distância
(e-learning), que promovem uma maior democracia nos relacionamentos entre
pessoas e a diminuição do espaço físico/temporal.
Num ambiente corporativo, onde um grupo de pessoas percorre objetivos
comuns, a necessidade de comunicação aumenta consideravelmente. Em uma
corporação, existem barreiras culturais, sociais, tecnológicas, geográficas,
temporais, dentre outras, que dificultam às pessoas se comunicarem, portanto um
dos desafios de uma corporação é transpor essas barreiras.
Atualmente, os sistemas de informação e as redes de computadores têm
desempenhado um papel importante na comunicação corporativa, pois é através
dessas ferramentas que a comunicação flui sem barreira. Segundo Lévy (1999),
novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das
telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a
própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de
dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação
e aprendizagem são capturadas por uma informática cada vez mais avançada.
A tecnologia da informação teve uma gigantesca evolução e, com a
tendência do mundo moderno, inovações e facilidades ainda hão de surgir. A
internet e, em consequência, o e-mail e a agenda de grupo online, são componentes
de um grande marco e um dos avanços mais significativos, pois através deles vários
outros sistemas de comunicação foram criados.
Nos dias atuais, encontramos várias tecnologias que viabilizam a
comunicação, porém o que vai agregar maior peso a essas tecnologias é a interação
e a colaboração de cada uma delas. Dentro desse cenário, é importante frisar uma
interessante observação feita por Lévy (1999):
A maior parte dos programas computacionais desempenha um papel de
tecnologia intelectual, ou seja, eles reorganizam, de uma forma ou de outra,
a visão de mundo de seus usuários e modificam seus reflexos mentais. As
redes informáticas modificam circuitos de comunicação e de decisão nas
organizações. Na medida em que a informatização avança, certas funções
são eliminadas, novas habilidades aparecem, a ecologia cognitiva se
22
Não somente ter uma grande quantidade de informação, mas sim que essa
informação seja tratada, analisada e armazenada de forma que todas as pessoas
envolvidas tenham acesso sem restrição de tempo e localização geográfica e que
essa informação agregue valor às tomadas de decisão.
É importante que o desenvolvimento de um determinado projeto seja
organizado e disponibilizado para uma posterior consulta e fonte de pesquisa para
projetos futuros, ou seja, é necessário criar um meio que resgate. A memória é o
bem maior de qualquer organização, é o conhecimento gerado pelas pessoas que
fazem parte desta.
A Tecnologia da Informação (TIC) tem um papel significativo na criação
desse ambiente colaborativo e, posteriormente, em uma Gestão do
Conhecimento. No entanto, é importante ressaltar que a tecnologia da
informação desempenha seu papel apenas promovendo a infraestrutura,
pois o trabalho colaborativo e a gestão do conhecimento envolvem também
aspectos humanos, culturais e de gestão (SILVA, 2003).
pode ser uma ferramenta eficaz para o alcance desse objetivo. Entendendo a escola
como um espaço de criação de cultura, esta deve incorporar os produtos culturais e
as práticas sociais mais avançadas da sociedade em que nos encontramos. Espera-
se, assim, da escola uma importante contribuição no sentido de ajudar as crianças e
os jovens a viver em um ambiente cada vez mais “automatizado”, através do uso da
eletrônica e das telecomunicações. O horizonte de uma criança, hoje em dia,
ultrapassa claramente o limite físico da sua escola, da sua cidade ou do seu país,
quer se trate do horizonte cultural, social, pessoal ou profissional.
_________________
2
Trecho retirado do texto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologias_da_informa%C3%A7%C3%A3o_e_comunica%C3%A7%C3%A3o
26
1. Faça uma pesquisa na internet sobre algumas TIC´s, após discuta qual a influência
destas tecnologias em nosso dia a dia.
UNIDADE 03
Ambientes Virtuais
de Aprendizagem
Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/educa%C3%A7%C3%A3o-dist%C3%A2ncia-como-
ferramenta-de-democratiza%C3%A7%C3%A3o-do-vilar
28
Introdução
Bons estudos!
29
Buscar a origem histórica do termo EaD, vai nos levar aos pioneiros do
estudo dessa modalidade. Um desses pioneiros foi o sueco Börje Holmberg, que
comentou com Niskier (2000) sobre ter tido o contato com esse termo na
universidade alemã de Tübingen. O autor Holmberg (apud NISKIER, 2000), diz que
os alemães ao invés de dizer “estudo por correspondência” eles se referiam nos
termos “Fernstudium (Educação a Distância) ou Fernunterricht (Ensino a Distância)”.
O autor espanhol Aretio (1996), estudioso do ensino a distância, diz que
existem diferentes tipos de denominações generalizadas aceitas hoje para
Educação a Distância. O mesmo autor (1997, p. 15) define a terminologia da
seguinte forma:
Poderia, portanto, ser descrita como um sistema tecnológico de
comunicação bidirecional, que pode ser massivo e que desvia da sala de
aula a preferência da interação entre docentes e estudantes, pela ação
sistemática e conjunta de diversos recursos educacionais e de apoio de
uma organização tutorial que incentiva a aprendizagem independente e
flexível dos alunos. Isto é, nesta modalidade de ensino não há dependência
direta e supervisão sistemática do docente, mas o aluno recebe o apoio de
uma equipe multidisciplinar que é responsável pelo planejamento do
material, seu desenvolvimento, produção e distribuição, além de guiar a
aprendizagem dos estudantes através das diversas formas existentes de
tutoria, que garante uma comunicação fluida em duas vias, ao contrário da
comunicação de sentido único, suposta por alguns.
proporciona diminuir a distância geográfica e uma vez que trás o conteúdo até o
aluno e ainda possibilita a organização do tempo e local de estudo conforme as
condições desse aluno.
O autor Pedro Demo, pesquisador brasileiro, ressalta como é importante
essa modalidade de educação, quando distingue os termos Ensino e Educação a
Distância:
A educação à distância será parte natural do futuro da escola e da
universidade. Valerá ainda o uso do correio, mas parece definitivo que o
meio eletrônico dominará a cena. Para se falar em educação à distância é
mister superar o mero ensino e a mera ilustração. Talvez fosse o caso
distinguir os momentos, sem dicotomia. Ensino à distância é uma proposta
para socializar informação, transmitindo-a de maneira mais hábil possível.
Educação à distância, por sua vez, exige aprender a aprender, elaboração e
consequente avaliação. Pode até conferir diploma ou certificado, prevendo
momentos presenciais de avaliação. (DEMO, 1994, p. 60).
A EaD será entendida, portanto, conforme Demo (1994), como “uma modalidade de
realizar o processo de construção do conhecimento de forma crítica, criativa e
contextualizada, no momento em que o encontro presencial do educador e do
educando não ocorrer, promovendo-se, então, a comunicação educativa através de
múltiplas tecnologias”.
Não se admite então como definição para EaD a educação que se molda de
forma distante, na qual o aluno é isolado, pois se entende que este mantém a
constante interação com seus colegas, e professores, e alimenta um diálogo aberto
e dinâmico. Ainda que exista a possibilidade do ensino a distância e perceber o
aluno como simples recebedor de informações educacionais, recorre-se ao que
expressa o autor Aretio (1996, p.47) quando diz que “para existir educação deve se
estabelecer comunicação completa, de mão dupla, com a possibilidade de feedback3
entre docente e discente e a possibilidade de diálogo é consubstancial ao processo
de otimização que comporta o fazer educativo”.
_________________
3
Feedback: Palavra em inglês que significa “realimentação”. É como se fosse um processo de conferência da informação, em
que o emissor busca certificar-se de que a mensagem foi codificada por ele e decodificada pelo interlocutor da forma desejada.
Para Berlo (1999), é um “bom” efeito na comunicação humana, pois, ao se comunicar, a pessoa constantemente procura o
feedback.
32
Refletindo sobre o que se viu até agora sobre EaD sobre o seu papel
instrumental na modificação social, na visão no internacionalmente renomado
educador brasileiro de Paulo Freire (1979, p.78):
[...] um momento de reflexão rigorosa e coletiva sobre a realidade em que
se vive, de onde emergirá o projeto de ação a ser executado. Uma
compreensão de educação como um processo permanente, porque a ação
depois de executada deverá novamente ser discutida, donde surgirá um
novo projeto, uma nova reflexão e, assim, ininterruptamente. A educação
como prática da liberdade não é transferência ou a transmissão do saber
nem da cultura; não é a extensão de conhecimentos técnicos; não é o ato
de depositar informes ou fatos nos educandos; não é a perpetuação dos
valores de uma cultura dada; não é o esforço de adaptação do educando a
seu meio. Para nós, a educação como prática da liberdade é, sobretudo e
antes de tudo, uma situação verdadeiramente gnosiológica. Aquela em que
o ato cognoscente não termina no objeto cognoscível, visto que se
comunica a outros sujeitos, igualmente cognoscentes.
_________________
3
O construtivismo é uma teoria do conhecimento que tem sua fundamentação no contexto em que a aprendizagem acontece.
Em síntese, para a proposta construtivista, o conhecimento nunca está pronto ou finalizado, pois ele se constrói
continuamente, em um processo dialético. Volte no comentário anterior, se você ainda não entendeu o significado da palavra
dialética. O construtivismo tem sua base principalmente nos estudos de Jean Piaget e Lev Vygotsky.
33
A EaD também pode ser chamada de Comunicação Educativa, uma vez que ela é
auxiliadora do aluno na sua construção de conhecimento através do diálogo auxiliado por
múltiplos meios, sendo o docente o mediador desse processo. Com isso é imprescindível
à existência de ferramentas tecnológicas que funcionem como auxilio ao aluno na
formação construtiva desse conhecimento através da comunicação dialógica.
_________________
5
Mass-media: A palavra em inglês mass-media é uma forma utilizada por alguns autores para se referir ao conceito de meios
de comunicação de massa. Alguns exemplos de meios de comunicação de massa: cinema, jornal, revista, rádio, televisão, etc.
35
1. Pesquise na internet e produza uma síntese de no mínimo 15 linhas sobre o que houve dentro da
atualidade nas escolas e nos currículos dos docentes quanto ao uso das Tecnologias de
Informação.
UNIDADE 04
A modalidade de
Educação a Distância
Fonte: https://www.theodysseyonline.com/week-of-silence
37
Introdução
Que grande viagem é essa o mundo da EaD, não é verdade? Você já foi lá
ao inicio da história da humanidade quando o homem vivia exclusivamente dos
recursos naturais até a introdução do computador no nosso cotidiano.
Agora nessa etapa da sua viagem no mundo da EaD, será apresentada uma
visão histórica da EaD em diversos países até chegar ao Brasil. Nesta Unidade 4,
você terá acesso à evolução de diferentes estratégias de ensinar e aprender na
modalidade a distância em diferentes contextos culturais e sociais.
A primeira parte desta unidade faz uma comparação entre o ensino
presencial e o ensino a distância, e o surgimento do ensino por correspondência
com os serviços postais.
Em seguida é apresentada a instituição educacional que trabalha há mais
tempo com a educação superior a distância no mundo: a University of South África
(Universidade da África do Sul), atuante desde 1946.
Seguimos nossa viagem agora para Nova Iorque nos Estados Unidos que,
com a finalidade de aumentar o acesso ao ensino superior de adultos que
trabalham, das donas de casa e de grupos étnicos, o estado de Nova Iorque nos
Estados Unidos, através do seu Ministério da Educação, criou o Empire Estate
College em 1971.
Em seguida vamos para a Alemanha, com a instalação da Fernuniversität no
ano de 1974, que teve a finalidade de atenuar a superlotação nas universidades de
ensino presencial.
Continuando nossa viagem, agora veremos quais os objetivos do governo do
Japão ao fundar a University of the Air em 1983.
Seguiremos ainda para o Canadá quando iniciou em 1986 o experimento
Contact North, em forma de consórcio entre universidades nos estados de Ontário.
Nossa viagem pelo mundo da EaD continua até a Espanha em 1995 quando
iniciou o uso de computadores para fins educacionais.
Nosso último porto é aqui no Brasil em 1996 quando se iniciou a
regulamentação dos estudos a distância.
estudos de Peters (2001) e Hack (2009), “os países foram escolhidos por se
caracterizarem como precursores nos estudos da área, ao utilizarem diferentes
métodos e tecnologias no processo de ensino e aprendizagem à distância”.
_________________
6
Mídia: A palavra mídia se origina do latim media, plural de medium, que significa “meio”. O conceito está
relacionado aos meios de comunicação social, como os materiais impressos, o rádio, a TV, o cinema, a internet,
entre outros veículos de comunicação.
40
De acordo com Peters (2001), são estas as etapas que os docentes utilizam
na mediação dos cursos da University of South Africa:
redação do material para o curso;
correção das tarefas enviadas;
compilação das tarefas para exame;
atribuição de nota aos trabalhos de exame;
prestação de assistência e aconselhamento aos alunos;
mediação de grupos de discussão.
Peters (2001) destaca que a University of South Africa foi o lugar onde
houve maior amadurecimento do estudo por correspondência, a ponto de
alcançar um método aceitável pela comunidade internacional. A concepção
e as estratégias de estudo por correspondência ainda determinavam a
estrutura didática e as práticas comunicacionais a distância da universidade
até o momento em que se escrevia o presente livro – ano de 2010.
A procura pela Open University (Universidade Aberta) foi grande, desde sua
fundação: no primeiro ano se admitiram 24 mil estudantes, e o número de
candidatos era maior que o número de vagas. No início do século XXI, 30
anos após a fundação da universidade, havia 210 mil estudantes
matriculados (HACK, 2009).
O desafio era motivar o estudante à aprendizagem autônoma. A tarefa seria assumida por
professores e monitores, que se adequariam às situações iniciais e necessidades dos
estudantes. Como consequência, o diálogo se tornou o principal fundamento do processo
de ensino e aprendizagem no Empire State College, criando-se uma estrutura de
aconselhamento e ajuda no estudo autodirigido.
43
Acessar é University of the Air não é totalmente livre uma vez que é exigido
o ensino médio completo. Há, no entanto, uma possibilidade de ingresso na
condição de estudante especial para aqueles que não concluíram o ensino médio,
estes alunos precisam conseguir completar com êxito dezesseis créditos nessa
47
condição (o equivalente a um ano letivo) para dai efetivar sua matricula com
estudante de ensino superior.
WEB: Palavra utilizada para designar a World Wide Web (www), chamada no Brasil
de Rede Mundial de Computadores. A web é um sistema computadorizado que
funciona sobre a internet e, para “navegar” e visualizar informações na rede, é
preciso a utilização de um software denominado browser, conhecido em nosso país
como navegador. Dois exemplos de navegadores para a web são o Internet
Explorer, da Microsoft, e o Mozilla Firefox, da Fundação Mozilla.
UNIDADE 05
Equipe Multidisciplinar e
Polo de Apoio Presencial
Fonte: http://muviepix.tk/ligij/curso-de-cinema-digital-a-distancia-202.php
63
Introdução
Bom estudo!
64
modo que a não presença – ou pelo menos a rarefação dela – do professor cria
problemas para o desenvolvimento de relações intersubjetivas mais ricas entre os
estudantes.
José Manuel Moran Costas: Hoje muitos cursos presenciais podem ser ampliados
com formas de comunicação a distância. E a tendência no ensino presencial é para
incorporar processos de educação e comunicação a distância. Por outro lado, os
cursos a distância também estão transformando-se de cursos “a la carte”, onde cada
pessoa acessa individualmente quando quiser para aproveitar todas as formas de
interação que a internet propicia para que tenhamos muito maior participação dos
alunos, para que trabalhem em projetos colaborativos, conversem com professores,
tutores e colegas. Tanto o ensino convencional como o a distância começam a
experimentar mudanças substanciais que se tornarão mais visíveis nos próximos
anos.
Davi Betts: Responder a esta pergunta já foi e é tema para muitas dissertações e
teses. Sinteticamente respondendo, creio que as novas tecnologias de comunicação
66
Tânia Maria Esperon Porto: Acredito que em muito podem contribuir, como um
elemento a mais, não como único e exclusivo caminho de ensino. As novas
tecnologias estão presentes na educação e na escola em geral, não apenas na
forma de recursos auxiliares, mas nas diferentes formas de expressão que compõem
o universo sociocultural de professores e alunos. Em minha atual pesquisa, observo
que as tecnologias, apesar de fazerem parte do cotidiano dos cidadãos professores,
não constam das falas dos professores como objeto de estudos ou de trabalho.
Aparecem, esporadicamente, em comentários aleatórios sobre acontecimentos
mostrados na televisão e comentados pelos alunos nas salas de aula. A maioria das
escolas públicas do Brasil recebeu do Governo Federal equipamentos (TV,
videocassete e antena parabólica) para gravação, organização de videoteca e
posterior utilização pelos professores. As pesquisas indicam que, mesmo depois de
dois anos de implantação do Projeto denominado TV Escola (educação a distância),
este kit tecnológico encontra-se esquecido num canto, sem um plano de trabalho
efetivo que auxilie o professor a lidar com as tecnologias que estão na escola ou na
sociedade em geral. Eu trabalho com mídias como formas de aprendizagem tanto
como portadoras de conteúdo em si mesmas, como veiculadoras de mensagens que
precisam ser analisadas segundo a concepção de quem as vê (consome) e de quem
as produz e como formas de satisfação e envolvimento emocional, que nos indicam
caminhos a serem desbravados. E acredito que a qualificação para que o
profissional amplie suas visões, adquira consciência de seu papel sociopedagógico
e modifique suas atitudes, implica, assim, uma ação voltada para a (re) construção
de conhecimentos a partir de investigações na prática, discussão de teorias e
narrativas por nós vividas como indivíduos pesquisadores ou como grupo de
estudos.
Adilson Citelli: Você está colocando um problema que não diz respeito primeira e
imediatamente às novas tecnologias, senão a uma estrutura societária desigual e
com aspectos dramáticos que conhecemos. No entanto, creio que, mesmo no
contexto que você corretamente indica, seria possível, através de políticas públicas
mais compromissadas socialmente, implementar alternativas capazes de
disponibilizar os novos sistemas para a rede escolar ou entidades compromissadas
com a formação educacional dos grupos marginalizados.
Davi Betts: As pesquisas que eu tenho visto não indicam um diferencial qualitativo
significativo entre as duas modalidades. Eu creio que falta talvez uma compreensão
melhor da tecnologia disponível e sua utilização, tanto por parte do docente quanto
do discente e das próprias instituições educacionais. É outro paradigma.
Quinta questão: Existe algum perfil de aluno e professor ideal para que a EaD
funcione? Por quê?
Davi Betts: Não poderia definir o que seria o perfil ideal de aluno, mas creio que
existem alguns fatores que certamente contribuem para uma experiência bem-
sucedida. A autodisciplina e a capacitação para o uso das tecnologias são
fundamentais. Além destas características existem as necessárias a qualquer aluno,
tais como: ter metodologia de estudo, vontade de aprender, disponibilidade de
tempo, etc.
Peters (2001) ainda faz menção de destaque sobre prática autônoma ser
muito mais que um estudo dirigido ou característica técnica de uma dessa
configuração de ensino. Para o autor,
[...] os estudantes são autônomos quando conseguem reconhecer suas
necessidades de estudo, formulam objetivos de aprendizagem, selecionam
conteúdos, planejam estratégias de estudo, selecionam materiais didáticos,
identificam fontes adicionais de pesquisa e fazem uso delas, bem como
quando eles ordenam, conduzem e avaliam o processo da aprendizagem. A
autonomia é uma característica muito importante àquela pessoa que
pretende gerenciar seu próprio estudo, mas ao mesmo tempo deseja
trabalhar de forma cooperativa na construção do conhecimento a distância
(PETERS, 2001).
• Participação efetiva em atividades nos ambientes virtuais (fórum, sala de bate-papo, exercícios online,
etc.). Alguns alunos do EaD fazem apenas comentários superficiais ou apenas reproduzem um
determinado conteúdo. Isso não caracteriza construção de conhecimento. O aluno deve envolver-se de
modo efetivo no processo, permitindo que seja desenvolvida uma dinâmica que realmente o levará a
construir conhecimento a distância;
• Administração do tempo das atividades rotineiras com a pretensão de poder interagir e alcançar um
relacionamento com os envolvidos: colegas, tutores e professores. Essa ação promove aproximar os
integrantes da EaD formando uma relevante comunidade virtual;
• Fazer a seleção adequada das várias informações midiatizadas em que o aluno será submetido com o
uso de múltiplos meios tecnológicos presentes do dia-a-dia. Sujeitar os meios tecnológicos às
necessidades ao invés de ser sujeitado, é premissa que se requer aos envolvidos no estudo a distância,
assim construindo a compreensão critica do mundo editado pelas mídias.
74
Em uma de suas obras, Vigneron (1997) aponta que a sociedade precisa de docentes
com uma nova postura comunicacional, que objetivem ajudar o educando a mudar as
suas percepções, suas atitudes, e a chegar a uma compreensão mais ampla da
sociedade em que vive e das tecnologias que o rodeiam.
Hack (2009, 2010c) aponta que outro aspecto da essencial de quem quer o
desenvolvimento da sua autonomia e cooperação em um processo educacional a
distância, é a criatividade. A consultora de Gestão de Pessoas Lobo (2002), trás a
atual definição para ser criativo:
Criatividade é o que também está na em moda, inclusive ouvimos por aí:
“temos que ser criativos”. Nós não temos, nós somos, todos nós já
nascemos equipados para isto. O período mais criativo e rico de nossas
vidas se encontra quando temos entre quatro e cinco anos de idade. É a
idade em que estamos curiosos, que fuçamos, que perguntamos, que
mexemos procurando fazer algo diferente. Qual criança que já não
desmontou seu brinquedo para tentar conhecê-lo e modificá-lo? Pelo lúdico,
pela liberdade de ação e pelo livre pensar, a criança cresce, aprende e
amadurece. Com a idade, ficamos com medo de sermos audaciosos, medo
das críticas e acabamos nos transformando em uma grande massa,
patinando em conceitos antigos, alterando apenas os designers, e não
gerando novos conceitos. Criatividade é se utilizar da espontaneidade e da
visão holística, e dar vazão a loucuras de idéias, que lapidadas podem se
tornar grandes cúmplices e aliadas de nosso desenvolvimento.
Enfim, relembrando o que Freire (1975) fala sobre criatividade, tem-se que:
[...] com uma boa e criativa base humana, poderá se instituir uma dinâmica
no processo educativo, que permitirá a todos um maior envolvimento no
sistema de EaD para a construção do conhecimento de forma cooperativa,
mesmo longe fisicamente. É dessa forma que se tornará possível enunciar a
ação dialógica da comunicação educativa como um processo que é ao
mesmo tempo construção criativa do conhecimento, cultura e prática da
liberdade (FREIRE, 1975).
Destaca-se que o verbo CRIAR sugere uma ação de buscar alguma coisa
nova ou inovadora. Ao longo da vida, as pessoas são “empurradas” a uma
criatividade superficial encontrada em conteúdos prontos e fechados,
pensamentos que não agregam valores nesse contexto dinâmico e mutável.
Mesmo assim, até para os que estão fixados a essas velhas amarras há a
possibilidade de inicio de um processo novo e criador, devido à criatividade
ser um exercício que na medida da sua utilização melhor será os resultados.
Basta apenas dar inicio!
Lembre-se que o docente na educação a distância, pode ser entendido como sendo o
professor regente da disciplina, que conduz a produção dos materiais didáticos
midiatizados, e ainda o tutor que nesse contexto desenvolve a mediação entre aluno e
instituição, orientando à produção de conhecimento. Nesse processo de
desenvolvimento construtivo de conhecimento através de múltiplos meios tecnológicos,
na maioria das vezes sem o contato presencial, sem ouvir e perceber de imediato o
aluno, o professor deve amplificar a comunicação de modo a fomentar a cooperação, a
dialogicidade, ser cumplice e ainda promover afeição entre os envolvidos.
1.2 A Afetividade
Como visto na Unidade A, o tutor presencial da UAB é aquele que desenvolve suas
atividades nos polos de apoio presencial, localizados em várias cidades.
Conforme os resultados dos estudos de Hack (2010a, 2010b, 2010c), foi possível
formar uma linha de pensamento sobre os fundamentos que levam à instituição da
comunicação dialógica em um processo educativo a distância de modo equilibrado e
orientado pela afetividade: habilidade de convivência com pessoas diferentes, ter
assiduidade na comunicação virtual, identificação de interesses e afinidade com os
demais envolvidos, momentos de descontração e recreativos, e a maturidade do
individuo.
O termo “clean” refere-se a limpo. Por tanto, um ambiente caracterizado limpo requer
que seja leve, sóbrio, e funcional. Para a construção de um ambiente virtual de ensino
aprendizagem limpo, é preciso o cuidado com a quantidade de informações que serão
geradas com múltiplas ferramentas e que estas não podem propiciar um estado de
poluição visual.
A equipe responsável pela produção dos materiais didáticos midiatizados deve ser
formada multidisciplinar, especialista em cada conteúdo que se pretende abordar e
ainda por técnicos em informática e designe gráfico para o planejamento do visual da
plataforma. O importante é que esta equipe esteja ciente que o foco de suas
atividades é o aluno e suas necessidades cognitivas.
89
Ainda que envolto por materiais de boa qualidade, apoiado por tutores
eficientes e com a disponibilidade de um centro de apoio presencial, iniciar um curso
na modalidade EaD é um desafio, devido à necessidade de adaptarem-se a uma
nova proposta de metodologia e comportamento dos docentes, tutores e de alunos,
e ainda pela falta de habilidade da maioria desses alunos no que se refere à
organização de um cronograma de estudos e de dispor de um ambiente adequado
para os seus estudos.
É fato que apenas ao ingressar em um curso de EaD alguns alunos percebem que
eles precisam estudar e participar de sua formação efetivamente, pois uma EaD
com qualidade não é sinônimo de educação facilitada. Em nossa experiência com
ensino superior a distância já encontramos estudantes que desistiram de sua
formação nas primeiras semanas do curso e posteriormente justificaram sua
atitude dizendo que tinham pensado que não seria necessário estudar para ter o
diploma (HACK, 2009).
Sugerimos a leitura dos seguintes materiais para um maior aprofundamento nos temas:
1. Produza uma síntese de no máximo 15 linhas sobre o perfil dos alunos de EAD, e a importância
da mídia para o EAD.
.
UNIDADE 06
Comunicação à
Distância
Fonte: https://mundoadistancia.wordpress.com/tag/comunicacao-a-distancia/
98
Introdução
Mesmo que a tradição oral e a interação face a face continuem a desempenhar um papel
importante na elaboração da compreensão do passado, a compreensão pessoal do
mundo parece ser construída cada vez mais por conteúdos midiatizados. Tais conteúdos
dilatam os horizontes espaciais, pois não é mais preciso estar presente fisicamente aos
lugares onde os fenômenos observados ocorrem. (THOMPSON, 1998)
Pode se dizer então que a vida de modo geral foi modificada a partir da
revolução digital. Como exemplo cita-se o caso de moradores de uma comunidade
carente que precisa aprender a utilizar máquinas de autoatendimento em bancos
utilizando cartões magnéticos para o recebimento de benefícios sociais.
Muita coisa até agora não é mesmo? Sugerimos agora que você faça uma
pausa e pesquise na internet sobre o que vimos no começo desta unidade.
Você pode utilizar a nossa biblioteca virtual para ter acesso a diversas obras
sobre o tema EaD. Quando concluir a sua pesquise compartilhe um pouco
sobre o que você encontrou com os seus colegas e professores.
Desse modo, estudar os meios sociais de comunicação pode ser visto sobre
vários ângulos: tecnológicos, linguísticos, históricos, educacionais, entre outros.
Na retrospectiva histórica sobre a introdução da mídia nos processos
educativos em nosso país, fica notório que o método que se utiliza da
correspondência assincrônica precedeu a forma sincrônica conseguida por
meio do surgimento e da utilização de mídias, como a televisão e o rádio.
Entretanto, é certo que atualmente tanto a sincronia quanto a assincronia
nos estudos via tecnologia são permitidas com o computador (HACK, 2009,
2010).
1.1.1 Cinema
Schvarzman (2004) relembra que em 1961 o INCE passou a ser dirigido por
Flávio Tambellini que removeu o aspecto educacional do instituto e o transformou
em Instituto nacional de Cinema no ano de 1966, deixando de lado as produções de
filmes com temáticas educacionais.
Hoje, o rádio é pouco utilizado como opção de cursos em EaD, mas ele faz
parte das diversas alternativas que permitem aos alunos o alcance do conhecimento
midiatizado. Na história do EaD no Brasil, há relatos de momentos em que foram
produzidos materiais exclusivos para disseminação através desse veiculo de áudio
com bons resultados, tais como radionovelas com conteúdos didáticos.
Encerrando esse capitulo, ressalta-se que hoje o acesso ao rádio ou
arquivos de áudio pode ser feito por diversos aparelhos muito pequenos, inclusive
pelo celular, facilitando a sua locomoção para lugares diversos em que você pode
executar a sua tarefa e ouvir os conteúdos simultaneamente, como quando estiver
se exercitando ou no ônibus, o estudante pode ouvir o áudio de determinado
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Este capítulo trouxe um breve histórico sobre como o radio foi inserido
no contexto educativo da EaD no Brasil. Esses casos relatados servem
como ponto de reflexão sobre o uso de múltiplas formas tecnológicas
no processo de ensino aprendizagem. Você pode ir mais além nos seus
estudos sobre o uso do rádio e arquivos de áudio na EaD pesquisando
diversos projetos governamentais e privados que utilizam esses meios.
O site do Ministério da Educação é um excelente ponto de partida
(www.mec.gov.br).
Boa pesquisa!
1.1.3 A Televisão
Os brasileiros, em sua maioria, tem muita estima pela televisão desde muito
pequenos. No arranjo das casas a televisão é instalada em local de destaque e em
muitas casas há mais de um aparelho, distribuídos por diversos cômodos. Quando o
seu programa predileto está sendo exibido, muitos brasileiros cancelam outros
compromissos para poder assisti-lo. Isso é característica que define como a
televisão está inserida no cotidiano das pessoas e por esse motivo há grande
possibilidade de sucesso nas investidas do seu uso em EaD, se utilizada de forma
adequada.
Na interpretação do autor Hack (2009), o uso da televisão no processo
educativo, tanto privado quanto no público, deve estar envolvido sobre um olhar
critico e criativo para assim poder resultar em experiências construtivas.
Para Litto (1986),
Aqui no Brasil foi lançada uma proposta que faz uso de um canal de
televisão exclusivamente para transmissão de conteúdos educacionais que é a TV
Escola, implantada em 1995 com a distribuição de equipamentos e materiais para as
escolas públicas com mais de 100 alunos. Esses materiais foram denominados de
kit tecnológicos composto de: televisor, antena parabólica, videocassete e fitas VHS.
Inicialmente, previa-se que as programações iriam partir de um canal de
televisão em circuito fechado, voltado para a escola brasileira. O intuito era
que cada instituição de ensino público, dotada do kit tecnológico, gravaria
os programas repassados pela TV Escola e utilizaria esse material como
uma biblioteca audiovisual. Entretanto, em matéria publicada pela Folha de
S. Paulo no dia 23 de fevereiro de 1997, o então secretário de Educação a
Distância do MEC, Pedro Paulo Poppovic, reconheceu que o projeto TV
Escola cometeu alguns equívocos. O principal deles foi o envio dos kits
tecnológicos antes mesmo de preparar os professores e sem ter
informações precisas sobre as condições das escolas para adequar o
projeto às realidades específicas (HACK, 2009).
Dados do MEC constam que até 2010, 75 mil escolas públicas já receberam o kit DVD
Escola, com cerca de 150 horas de gravações de programas educacionais.
1.1.4 O Computador
Teleconferência
Videoconferência
Webconferência
Esse contexto apresenta, em sua maioria, uma mediação do conhecimento por parte
do professor sem poder sentir as reações imediatas do aluno como: visualização,
audição, expressões, etc. O docente deve então incentivar a comunicação para que
seja estabelecido um relacionamento dialógico incentivador ao estudante nessa
construção do conhecimento em EaD. Esse formato exige ações estratégicas e
metodologias distintas, pois em um contexto virtual os envolvidos adquirem
conhecimento por múltiplas formas e sensações bem além da simples leitura. Nesse
sentido a comunicação deve fluir de forma dinâmica, facilitada, constante e bilateral.
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1. Faça um resumo de pelo menos (uma) lauda sobre o relacionamento da comunicação e as novas
tecnologias, não deixando de mencionar os tipos de softwares utilizados no âmbito educacional.
Considerações Finais
BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. 6. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
LOBO, O. de O. O que devo fazer para ser criativo? Jornal Carreira & Sucesso. 131.
ed., 27 maio 2002. Coluna do Leitor. Disponível em:
<http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=4244 >. Acesso em: 10 jun.
2009.
______. Tecnologia educacional: uma visão política. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.
SILVA, M. EAD on-line, cibercultura e interatividade. In: ALVES, L.; NOVA, C. (Org.).
Educação a distância: uma nova concepção de aprendizado e interatividade. São
Paulo: Futura, 2003. p. 51-73.