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E-Book - Inquérito Policial PDF
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Policial
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Direito Processual
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APRESENTAÇÃO:
Após um levantamento das últimas provas das Polícias Civis do país, bem como da
Polícia Federal, nos diversos cargos destas (com especial atenção aos cargos de
Delegado, Escrivão, Investigador e Perito Criminal), separamos os temas que são
mais cobrados nestes concursos na matéria de direito processual penal, os quais estão
sendo abordados na referida apostila.
Bons estudos!!
Desse modo, A atividade policial no Brasil pode ser analisada em duas espécies:
● Polícia Administrativa (Ostensiva)
A polícia administrativa, enquanto exerce atividade policial, é aquela que tem
natureza preventiva do ilícito penal e possui uma característica ostensiva,
como a Polícia Militar (PM) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia
Ferroviária Federal (PFF).
● Polícia Judiciária
A polícia judiciária atua quando a polícia administrativa não funciona. A sua
natureza é repressiva, ocorrendo a sua atuação quando o ilícito penal já
ocorreu. A polícia judiciária dos Estados e do Distrito Federal é a Polícia Civil
(PC), e a Polícia Federal (PF) é exclusiva da União. A Polícia Civil e a Polícia
Federal são polícias judiciárias não subordinadas ao Poder Judiciário. A Polícia
Civil é subordinada aos governadores dos Estados e do Distrito Federal, e a
Polícia Federal, ao Presidente da República, ou seja, ambas ao Poder Executivo.
Atividade Policial
→ Polícia Civil
→ Polícia Federal
Não obstante, vale lembrar que a atividade investigatória que antecede uma
ação penal NÃO é exclusiva da Polícia Judiciária. Com efeito, o próprio
Código de Processo Penal, em seu art. 4°, parágrafo único, acentua que a
atribuição para a apuração das infrações penais e de sua autoria não excluirá a
de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.
Ou seja, existem outros instrumentos que investigam infrações penais que
Estabelecidos quais os órgãos que podem instaurar IP, cabe agora estabelecer
quando será a competência de cada um destes para exercer tal função.
A lei a que se refere o dispositivo é a Lei n° 10.446/02, cujo art. 1º preceitua que, quando
houver repercussão interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o
Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo da responsabilidade
dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição Federal, em especial
das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das
seguintes infrações penais: I - sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro, se
o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado em razão da função
pública exercida pela vítima; II - formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4° da
Lei n° 8.137/90); III - relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa
do Brasil se comprometeu a reprimir em decorrência de tratados internacionais de que seja
parte; IV - furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas em
operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de quadrilha ou
bando (associação criminosa – art. 288, CP) em mais de um Estado da Federação; V -
falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou
medicinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do produto falsificado,
corrompido, adulterado ou alterado (art. 273 do- Código Penal).- este inciso V foi incluído
pela Lei no 12.894/13; VI - furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo
agências bancárias ou caixas eletrônicos, quando houver indícios da atuação de associação
criminosa em mais de um Estado da Federação (Incluído pela Lei no 13.124/15).
Ademais, segundo o art. 1°, parágrafo único, da Lei no 10.446/02, verificada a repercussão
interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, o Departamento de Polícia
Federal procederá à apuração de outros casos, desde que tal providência seja autorizada ou
determinada pelo Ministro de Estado da Justiça.
Importante não perder de vista que, por força do art. 11 da Lei Antiterrorismo (Lei n°
13.260/16), a Polícia Federal também passou a ter atribuições investigatórias para apurar os
delitos previstos no referido diploma normativo: terrorismo propriamente dito (art.
2°),organização terrorista (art. 3°), preparação de terrorismo (art. 5") e financiamento ao
terrorismo (art. 6°).
» Inexistência de partes
2.3.3 Discricionário
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2.3.5 Oficioso
2.3.6 Sigiloso
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→ Finalidade do sigilo
→ Classificação do sigilo
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Assim sendo, caso o advogado seja impedido de ter acesso aos autos do IP,
ele poderá se valer de duas ferramentas contra essa ilegalidade: o Mandado de
Segurança ou uma Reclamação Constitucional, que é a ferramenta eficaz para
combater o desrespeito a uma súmula vinculante.
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2.3.8 Dispensável
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Importante ressaltar, todavia, que o próprio art. 155 do CPP faz ressalvas em
relação às provas cautelares, não repetíveis e antecipadas, as quais, portanto,
ainda que produzidas durante o inquérito, podem ser utilizadas exclusivamente
para fundamentar uma sentença condenatória.
Provas cautelares,
PODEM, isoladamente, embasar uma
não repetíveis ou
sentença condenatória
antecipadas
Valor Probatório
do IP NÃO podem, isoladamente, embasar uma
sentença condenatória
Elementos de
informação Difere de prova, uma vez que não precisa
observar o contraditório e a ampla defesa
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Como regra geral, para os crimes da atribuição da polícia civil estadual, o prazo
para a conclusão do inquérito é de 10 dias, estando o indiciado preso, prazo
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Cumpre salientar que só caberá prisão temporária quando se tratar dos crimes
previstos no rol do art. 1º da Lei 7.960/89 e/ou quando se tratar de crimes
hediondos ou equiparados (OBS: prisão temporária será mais bem abordada em
tópico específico).
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2.6 Vícios
Tem prevalecido tanto nos tribunais como na doutrina que, sendo o inquérito
dispensável, algo que não é essencial ao processo, não tem o condão de, uma
vez viciado, contaminar a ação penal. Em outras palavras, os males ocorridos
no inquérito não têm a força de macular a fase judicial. A irregularidade-
ocorrida durante o inquérito poderá gerar a invalidade ou ineficácia do ato
inquinado, todavia, sem levar à nulidade processual. Ex.: havendo prisão em
flagrante ilegal durante o inquérito, ela deve ser relaxada; todavia, este fato não
leva à nulidade do futuro processo contra o suposto autor do fato. Nesse sentido:
STF- Primeira Turma- HC 111094; STJ- Sexta Turma- HC 216.201.
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Notícia do Crime
Autoridade Policial Inicia as investigações
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2.8.1 Início
→ Envolvidos.
2.8.2 Desenvolvimento
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2.8.2.1 Indiciamento
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2.8.2.1.2 Desindiciamento
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● Magistrados
● Assim sendo, para que seja instaurado IP contra autoridades com foro por
prerrogativa de função NO STF, bem como para que a autoridade policial (Delegado
de Polícia) possa indiciar essas autoridades, é necessária a autorização do respectivo
tribunal (especificamente do Ministro Relator responsável).
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Não obstante, cumpre salientar que o STF passou a entender que as normas
da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por
prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente,
aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o
exercício do cargo e em razão dele.
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Esse entendimento que restringe o foro por prerrogativa de função vale para
todas as hipóteses de foro privilegiado? Até o presente momento, NÃO!
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» O delegado NÃO deve emitir opinião no relatório, ressalva feita à Lei n.º
11.343/2006 (Lei de Drogas), prevendo que, na elaboração do relatório, a
autoridade policial deva justificar as razões que a levaram à classificação do
delito (art. 52).
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Aqui há, até o presente momento, uma divergência entre o STJ e o STF
quanto a esta possibilidade:
STJ: Não é ilegal a portaria editada por Juiz Federal que, fundada na
Res. CJF n. 63/2009, estabelece a tramitação direta de inquérito policial
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MP promove
arquivamento
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→ A ação penal privada subsidiária da pública poderá ser intentada dentro do prazo
decadencial de 6 meses, contados do dia em que se esgotar o prazo do MP (art. 38,
CPP).
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Nas demais razões utilizadas para promover o arquivamento do IP, este não será
definitivo, fazendo somente coisa julgada formal, e podendo haver o a retomada
das investigações quando existirem novas provas.
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1) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018
- Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal)
Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma
assertiva a ser julgada com relação à competência para requerer o arquivamento
de autos de IP e às consequências da promoção desse tipo de arquivamento.
2) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018
- Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal)
Em cada item seguinte, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma
assertiva a ser julgada com relação à competência para requerer o arquivamento
de autos de IP e às consequências da promoção desse tipo de arquivamento.
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Comentários: A – Incorreta. CPP, art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos
que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito (O qual é remetido ao PODER
JUDICIÁRIO, e não ao MP – art. 10, §1º, do CPP).
B – Correta. CPP, art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à
autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
C – Incorreta. CPP, art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre
que servir de base a uma ou outra.
D – Incorreta. CPP, art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: I - fornecer às autoridades
judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; II - realizar as
diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; IV - representar acerca da prisão
preventiva.
E – Incorreta. CPP, art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. Art. 13.
Incumbirá ainda à autoridade policial: III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas
autoridades judiciárias (não é necessário o acompanhamento do oficial de justiça).
Gabarito B
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Comentários: A – Correta. CPP, art. 10º. §1º A autoridade fará minucioso relatório do que
tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
B – Incorreta. CPP, art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos,
desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
C – Incorreta. CPP, art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,
reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
D – Incorreta. CPP, art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver
solto, mediante fiança ou sem ela.
E – Incorreta. CPP, art. 10º §2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não
tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. §3º Quando o fato
for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo
juiz.
Gabarito A
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Comentários: Lei 11.343/06 (Lei de Drogas), art. 51. O inquérito policial será concluído no
prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
Gabarito E
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Comentários: O indiciamento é ato privativo do Delegado de Polícia (art. 2º, §6º, da Lei
12.830/13). Ou seja, não pode o magistrado, nem o membro do MP, requisitar que o Delegado
de Polícia faça o indiciamento (nesse sentido: STF- Segunda Turma- HC 115015). Gabarito E
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Comentários: A – Incorreta. STF e STJ têm admitido a denúncia anônima para embasar
um IP apenas quando precedida de diligências preliminares que atestem a verossimilhança
dos fatos noticiados (STJ- Sexta Turma, HC 237.164; STF- Segunda Turma- HC 105484.), ou
seja, a denúncia anônima não pode, por si só, autorizar meios invasivos de investigação,
constituindo como fonte de informação.
B – Incorreta. Por força do art. 5º, §2º, do CPP. Do despacho que indeferir o requerimento de
abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
C – Incorreta. O Parquet (titular da ação penal) possui independência funcional entre vários de
seus princípios norteadores. Tal princípio se caracteriza como o próprio nome elucida pela total
independência de seus membros, tanto em relação uns dos outros e seus entendimentos ao fato
concreto, como em relação a outros órgãos como, por exemplo, o Poder Judiciário.
D – Correta. De fato o IP é um procedimento administrativo pré-processual destinado à apuração
da infração penal e sua autoria.
E – Incorreta. O inquérito policial é procedimento de caráter administrativo dispensável para
posterior propositura da ação penal da qual é titular, desde que o Parquet já possua elementos de
convicção para pleitear a posterior ação penal. Um exemplo seria no caso da ação penal pública
a qual é proposta com base de investigações realizadas pelo próprio Ministério Público.
Gabarito D
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11) (Ano: 2018 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: UEG - 2018 - PC-GO -
Delegado de Polícia)
Quando o inquérito policial é instaurado a partir de um auto de prisão em
flagrante delito, diz-se haver:
A) notitia criminis inqualificada.
B) delatio criminis postulatória.
C) notitia criminis de cognição imediata.
D) notitia criminis de cognição mediata.
E) notitia criminis de cognição coercitiva.
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Comentários: A – Correta. CPP, art. 39: O direito de representação poderá ser exercido,
pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral,
feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
B – Incorreta. Segundo o STF e o STJ, os vícios do IP NÃO contaminam o processo, afinal, a
investigação é dispensável. Os vícios do IP são ENDOPROCEDIMENTAIS (dentro do próprio
inquérito ).
C – Incorreta. CPP, art. 25: A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Lembrando que se a questão tivesse abordado a Lei Maria da Penha, a questão estaria correta,
haja vista que lá a "A representação da ofendida é irretratável depois de recebida a denúncia."
D – Incorreta. CPP, art. 5º §2º: Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de
inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
E – Incorreta. Se o investigado estiver preso em flagrante, o extrapolamento do prazo de
conclusão NÃO tem o condão de gerar a nulidade da investigação. O que irá acarretar é a soltura
do preso cautelarmente.
Gabarito A
13) (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 -
PC-SP - Delegado de Polícia)
A respeito do inquérito policial, assinale a alternativa correta.
A) Para saber qual é a autoridade policial competente para um certo inquérito
policial, utiliza-se o critério ratione loci ou ratione materiae.
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Comentários: A – Correta. Utiliza-se o critério ratione loci (em razão do lugar) e ratione
materiae (em razão da matéria).
Em razão da matéria: critério segundo o qual o inquérito poderá ser “tocado” pela PF, PC ou
ainda Polícia judiciária Militar.
Em razão do Lugar: segundo os critérios de fixação de competência do art. 70 do CPP (teoria do
resultado, em regra).
B – Incorreta. CPP. Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de
inquérito.
C – Incorreta. CPP. Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
D – Incorreta. CPP. Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que
servir de base a uma ou outra.
CPP. Art. 39. § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a
representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste
caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. Ou seja, o IP é peça dispensável.
E – Incorreta. O inquérito policial é um procedimento administrativo, de natureza inquisitiva,
escrito e sigiloso.
Gabarito A
14) (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 -
PC-SP - Escrivão de Polícia Civil)
A respeito do Inquérito Policial, tendo em conta o Código de Processo Penal, é
correto afirmar:
A) o arquivamento do inquérito policial somente se dará por decisão da
autoridade judiciária.
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Comentários: A – Correta. Quem arquiva o IP é o juiz, mas desde que provocado pelo MP,
ou seja, o juiz não pode arquivar o IP de ofício.
B – Incorreta. CPP, art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
C – Incorreta. CPP, art. 5º, §4º. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.
D – Incorreta. CPP, art. 10 § 3º. Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver
solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que
serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
OBS: só é possível a prorrogação quando o indiciado estiver solto.
E – Incorreta. O IP é prescindível (dispensável) e não imprescindível (indispensável). Na leitura
do artigo 27 do CPP é possível fundamentar sobre a sua prescindibilidade, in verbis “Art. 27 -
Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que
caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção”.
Gabarito A
15) (Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC - 2018 -
PC-MG - Delegado de Polícia Substituto)
Sobre o ato de indiciamento realizado no âmbito de investigação criminal
conduzida por delegado de polícia, é CORRETO afirmar:
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16) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-
MA - Delegado de Polícia Civil)
De acordo com as legislações especiais pertinentes, o inquérito policial deve ser
concluído no
A) prazo comum de quinze dias, estando o indiciado solto ou preso, nos casos de
crimes de tortura.
B) mesmo prazo estipulado para a apreciação das medidas protetivas, nos casos
de crimes previstos na Lei Maria da Penha.
C) prazo comum de dez dias, estando o indiciado solto ou preso, nos casos de
crimes contra a economia popular.
D) prazo de trinta dias, se o indiciado estiver solto, e de quinze dias, se ele
estiver preso, de acordo com a Lei de Drogas.
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Comentários: A – Incorreta. A Lei de Tortura (Lei 9.455/97) não prevê prazo especial para o
término do inquérito policial. De Igual modo, a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) também
não prevê prazo especial para o término do IP para os crimes hediondos ou equiparados (tortura
é crime equiparado a hediondo), salvo no caso de prisão temporária.
Assim sendo, aplica-se aos crimes de tortura o prazo geral previsto no CPP, qual seja, 10 dias
(improrrogável), se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão, ou no prazo de 30 dias (prorrogável), quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela
(CPP, art. 10, caput). Caso o agente esteja preso preventivamente, este prazo será de 30 dias
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade (Lei 8.072/90, art.
2º, §4º).
B – Incorreta. Não há previsão de prazo especial na Lei Maria de Penha (Lei 11.340/06), razão
pela qual se aplica a regra geral prevista no CPP, qual seja, 10 dias (improrrogável), se o
indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo,
nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias
(prorrogável), quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela (CPP, art. 10, caput).
C – Correta. É o que prevê o §lº do art.10 da Lei n.º 1.521/1951. Importante ressaltar que os
referidos prazos são IMPRORROGÁVEIS.
D – Incorreta. Na Lei de Drogas (Lei 11.343/06), o prazo para o término do IP está regulado no
art. 51, vejamos: Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o
indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.
E – Incorreta. O Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/13) não prevê prazo especial para o
término do IP. Desse modo, aplica-se a regra geral prevista no CPP, qual seja, 10 dias
(improrrogável), se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão, ou no prazo de 30 dias (prorrogável), quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela
(CPP, art. 10, caput).
Cumpre ressaltar, entretanto, que o crime de porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito
é crime hediondo, de modo que, se o agente estiver preso temporariamente, o referido prazo
será de 30 dias prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade
(Lei 8.072/90, art. 2º, §4º).
Gabarito C
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18) (Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2017 - DPU -
Defensor Público Federal)
A respeito de coisa julgada e inquérito policial, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Lino foi indiciado por tentativa de homicídio. Após remessa
dos autos ao órgão do MP, o promotor de justiça requereu o arquivamento do
inquérito em razão da conduta de Lino ter sido praticada em legítima defesa, o
que foi acatado pelo juízo criminal competente. Assertiva: Nessa
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19) (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-
MA - Delegado de Polícia Civil)
Em inquérito policial para apurar a prática de crime de furto, a autoridade
policial reuniu provas suficientes de que o indiciado teria adquirido imóveis e
veículos — todos registrados em seu nome — com recurso proveniente do
crime.
Nessa situação, a autoridade policial poderá
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20) (Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: PJC-MT Prova: CESPE - 2017 -
PJC-MT - Delegado de Polícia Substituto)
O requerimento de arquivamento do inquérito policial formulado pelo MP
A) está sujeito, exclusivamente, a controle interno do próprio MP, de ofício ou
por provocação do ofendido.
B) não poderá ser indeferido, em respeito aos princípios da independência
funcional e do promotor natural.
C) não está sujeito a controle jurisdicional nos casos de competência originária
do STF ou do STJ.
D) está sujeito a controle jurisdicional, devendo o juiz do feito, no caso de
considerar improcedentes as razões invocadas, designar outro membro do MP
para o oferecimento da denúncia.
E) defere ao ofendido, quando acolhido pelo juiz, o direito de ingressar com
ação penal subsidiária por via de queixa-crime.
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