O diodo convencional é composto por dois blocos de material semicondutor um do tipo N outro do tipo P.
A sua sua representação esquemática é a seguinte:
Características de um Díodo
O díodo é um componente electrónico fundamental que tem como característica mais importante, permitir
que a corrente circule apenas num sentido.
Podemos comparar um díodo a uma válvula hidráulica que possibilite passar a água num sentido e
impedindo no sentido contrário.
Barreira de Potencial
A região próxima da superfície de separação torna-se deficiente de lacunas do lado P da junção, e deficiente
de electrões do lado N. O resultado final é uma acumulação de cargas positivas do lado N da junção,e de
cargas negativas do lado P. Estas cargas são constituídas por iões positivos e negativos. Quando o dipolo
formado por estas duas cargas atinge alguns décimos de volt., os electrões do lado N não conseguem passar
para o lado P por serem repelidos pela barreira de iões negativos. Do mesmo modo as lacunas do lado P não
conseguem passar para o lado N por serem repelidas pelos iões positivos. A barreira que ocupa o espaço
contíguo junção e se opõe aos deslocamentos das cargas de um e para o outro lado da junção é designada por
1
barreira de potencial, a zona onde surge esta barreira denomina-se zona de depleção.
Para saber a polaridade do díodo, no díodo tem uma marca de uma flecha que indica a extremidade
correspondente ao cátodo.
Comprovador de díodos
Simbologia Díodos
Designação
Simbolo
Designação
Simbolo
Díodo Rectificador
Diodo Zener
Diodo varicap
Diodo túnel
Diodo Schottky
Fotodíodo
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Diodo emissor de luz (LED)
Diodos Gunn
Diodo PIN
Um díodo é um dispositivo constituído por uma junção de dois materiais semicondutores (em geral silício ou
germânio dopados), um do tipo n e o outro do tipo p, ou de um material semicondutor e de um metal, sendo
usualmente representado pelo símbolo da Figura 1. Aos terminais A e K dão-se respectivamente os nomes
de Ânodo e Cátodo.
Este dispositivo permite a passagem de corrente, com facilidade, num sentido, e oferece uma grande
resistência à sua passagem no sentido contrário.
Assim, quando o Ânodo (A) estiver a um potencial positivo em relação ao Cátodo (K), o díodo conduz e a
corrente terá o sentido (convencional) indicado pela seta. Nestas condições diz-se que o díodo está
directamente polarizado. Quando o Ânodo estiver a um potencial negativo em relação ao Cátodo, o díodo
não conduz e a corrente, que teria o sentido contrário ao da seta, não é autorizada a passar. Nestas condições
diz-se que o díodo está inversamente polarizado.
3
Figura 2: Característica I(V) de um díodo de silício. Note-se as escalas diferentes no 1º e 3º quadrantes.
A origem destas designações deve-se ao facto de este dispositivo ter um comportamento semelhante aos do
díodos termoiónicos (válvula díodo), cujos terminais recebem estes nomes.
Na Figura 2 pode ver-se um gráfico típico da corrente no díodo em função da tensão nos seus terminais, que
resulta do comportamento físico da junção p-n. A tensão e a corrente são consideradas positivas quando o
dispositivo se encontra directamente polarizado. A variação da corrente do díodo semicondutor com a tensão
aos seus terminais tem uma forma quase exponencial: em boa aproximação a corrente I é dada por:
onde q é a carga do electrão,(≈ 1,6 10-19 C) V a tensão aos terminais do díodo, k a constante de Boltzman (≈
1,38 10-23 J /K), T a temperatura absoluta e Is uma constante designada por corrente de saturação. À
temperatura ambiente (300 K) tem-se:
Este comportamento pode ser aproximado, em certas aplicações, pelo de um díodo ideal ou por uma
característica linearizada (ver Figura 3).
Figura 3: Curvas características e correspondentes modelos eléctricos do díodo. Da esquerda para a direita:
díodo ideal; díodo com comportamento ideal mas com uma tensão limiar de condução; díodo com
característica linearizada. (V D - tensão limiar de condução, RD - resistência de condução directa).
4
Polarização Diodo
A tensão direta aplicada(VD) vai reduzir, ou mesmo eliminar, o campo elétrico na zona de carga
espacial(zona de deplexão), a sua largura vai diminuir e a barreira de potencial desaparece
facilitando/permitindo a passagem de corrente.
Consideremos a aplicação de uma diferença de potencial às extremidades do conjunto PN, de modo que o
lado P da junção fique ligado ao polo positivo, e o lado N ao polo negativo. O estabelecimento deste campo
eléctrico tende a diminuir o efeito da barreira de potencial ou até a anulá-la. Do lado N o polo negativo da
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fonte repele os electrões de N para P com uma força maior do que a exercida pela barreira de potencial que
os mantinha em N. Do mesmo modo as lacunas deslocam- se mais facilmente de P para N: a junção torna-se
passante.
Para tornar a junção passante é preciso anular a barreira de potencial. É por conseguinte necessário aplicar
aos terminais da junção, uma tensão suficiente para chegar a este resultado. Algumas junções de germânio
necessitam de um mínimo de 0,1 ou 0,2 Volt para se tornarem passantes. As junções de silício só se tornam
passantes a partir de 0,6V.
A tensão inversa aplicada (VR) vai reforçar o campo elétrico na zona de carga espacial(zona de deplexão), a
sua largura vai aumentar criando uma barreira forte à passagem de corrente.
Liguemos agora o terminal positivo da fonte exterior à extremidade N do conjunto PN. Este sentido de
ligação reforça a barreira de potencial.Os electrões livres da região N e as lacunas da região P, isto é, os
portadores principais, passam a ter ainda maior dificuldade em atravessar a junção. Diz-se então que a
junção está bloqueada.
No entanto, alguns portadores minoritários conseguem passar através da junção. Uma vez passada a junção
o seu movimento é facilitado, por um lado pelas cargas principais que constituem a barreira de potencial, e
por outro, pelos potenciais aplicados nas extremidades. A corrente devida aos portadores minoritários pode
ser evidenciada através de um microamperimetro, intercalado no circuito exterior. A corrente, de sentido
convencional, passa de N para P.
A tensão inversa aplicada às extremidades de uma junção PN não pode ser aumentada indefinidamente. Com
efeito, o aumento da d.d.p.(diferença de potencial) no sentido inverso provoca uma aceleração dos
portadores minoritários. A partir de uma certa tensão inversa os portadores secundários adquirem uma
velocidade suficiente para arrancarem por choques electrões aos átomos. O fenómeno é cumulativo e
provoca um rápido decréscimo da resistividade. Este efeito é utilizado em um tipo especial e díodos para
regular a tensão diodo zener
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Corrente diodo PN
Existem actualmente diferentes tipos de díodos que, apesar de apresentarem características eléctricas
semelhantes, tem-nas adaptadas à execução de determinadas funções. O símbolo introduzido anteriormente
(Figura 1) representa o díodo normalmente utilizado para rectificação (transformação de corrente
bidireccional em corrente unidirecional) e processamento de sinal nela baseado. Pretende-se que a sua zona
de avalanche esteja suficientemente afastada para nunca ser atingida, e que a sua corrente de fuga inversa
seja desprezável.
Díodo Zener
Funciona na zona de avalanche, e é utilizado como referência de tensão (a tensão varia pouco com a corrente
nessa zona).
Varistor ou varicap
Todos os díodos apresentam uma capacidade que é variável com a tensão aplicada. Os varistores são díodos
especialmente desenhados para se obter uma capacidade fortemente dependente da tensão. São usados em
osciladores cuja frequência é controlada por tensão (VCO).
Fotodíodo
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Quando a zona da junção recebe luz, geram-se pares de portadores de carga (electrão-vazio) que geram uma
tensão ou uma corrente no dispositivo. Existe, assim, conversão opto-electrónica. Estes dispositivos são
utilizados como detectores de luz, nas mais diversas aplicações.
LED
Para certos tipos de materiais semicondutores, quando é injectada uma corrente na junção do díodo, é gerada
radiação electromagnética na zona do visível ou infravermelho próximo (conversão electro-óptica). Existem
componentes em que vários LED estão dispostos sob a forma de traços ou pontos numa matriz, permitindo a
apresentação de algarismos e letras (displays).
O díodo é um componente não-linear. Assim, o cálculo da corrente que atravessa um circuito com um díodo
torna-se um pouco mais complicado que no caso de circuitos lineares. A título de exemplo, vamos
determinar a corrente no circuito indicado na figura.
Se o díodo estiver bem dentro da zona de condução, a sua tensão é aproximadamente constante, neste caso
~0.65V (ver na secção 1.1 as características aproximadas de um díodo). Assim, podemos substituir o díodo,
nos cálculos, por uma fonte de tensão de 0,7 V (VD=0,7 V), e tratar o circuito como um circuito linear,
obtendo-se a equação:
Este processo simplificado, útil em muitas situações, não pode ser utilizado quando se pretenda um rigor
mais elevado, ou quando o díodo não esteja em condução franca. Para estas situação, dispõe-se de duas
equações: a que define a característica do díodo (equação (1)) e a que resulta das equações de Kirchoff:
Estas duas equações permitem-nos determinar o ponto de funcionamento. A solução é laboriosa em virtude
de envolver uma equação transcendente (pressupõe-se o conhecimento da equação V(I) para o díodo em
consideração):
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No entanto, a solução pode achar-se facilmente Esta última equação pode ser resolvida de forma gráfica se
dispusermos da curva característica do díodo:
1º membro: curva característica Idíodo (V), não linear
A solução corresponde ao ponto de intersecção das duas linhas (em que I=I Díodo e V=V díodo), obtendo-se
I = 44 mA.
Consideremos o circuito da Figura 4, ao qual é aplicada uma tensão sinusoidal v i; queremos determinar a
tensão de saída v o
Para simplificar, vamos supor que se trata de um díodo ideal, isto é, durante as arcadas positivas da
sinusóide é um interruptor fechado, e um interruptor aberto durante as arcadas negativas, Figura 5
Somando, obtemos:
9
Figura 6: Resultado da rectificação de meia-onda.
E não será possível aproveitar as duas? É, utilizando por exemplo os circuitos das Figura 7, o qual é costume
designar por rectificador de onda completa.
É fácil verificar que numa alternância conduz um par de díodos (colocados em posições diametralmente
opostas do losango) e na outra o segundo par, de modo que a corrente através da resistência tem sempre o
mesmo sentido; a tensão de saída tem pois a forma indicada.
No caso da Figura 7, a entrada pode ser por transformador, ou directamente da rede. Existem pontes que
contêm já os quatro díodos ligados. Se a fonte de tensão alternada tiver um terminal à massa, a carga, RL,
ficará flutuante; caso contrário, isto é, se a fonte de tensão alternada estiver flutuante, podemos ligar
qualquer dos terminais de RL à massa. É sempre necessário ter o
cuidado de ver em que caso se está para evitar curto-circuitos. Está dado o primeiro passo para obter, a partir
de uma tensão alternada, uma tensão contínua, elemento essencial nas fontes de alimentação dos circuito
electrónicos.
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Este é um circuito bastante utilizado em diversas aplicações, que vão da rectificação de sinais alternados à
descodificação de um sinal de rádio AM (amplitude modulada). Apliquemos uma tensão sinusoidal ao
seguinte circuito:
Figura 8
Quando se liga o circuito, começando vi em zero, a tensão vc irá acompanhar a tensão de entrada porque,
sendo a díodo ideal, logo que vi = 0 o díodo conduz passando a funcionar como curtocircuito. Quando vi
atinge o máximo (Vp) e começa a descer, se a constante de tempo t=RC for grande relativamente ao período
do sinal de entrada, então a tensão vc vai tender a manter-se enquanto vi baixa e, consequentemente o díodo
entra em corte (pois vc = vi ). A partir deste momento o condensador descarrega sobre a resistência segundo
uma exponencial. Enquanto a tensão vc decresce, a tensão de entrada vai evoluir, descendo até ao seu valor
mínimo e depois subindo, até que acontece um instante em vi iguala o valor de vc e continua a subir. A partir
desse instante vi > vc, o díodo começa a conduzir e vc acompanha de novo vi , repetindo-se este processo daí
em diante, enquanto subsistir vi . Teremos assim o seguinte gráfico das tensões do circuito:
Figura 9
Ao fenómeno de oscilação da tensão de saída chama-se Ripple (ou ondulação residual) e ao valor dessa
oscilação chama-se tensão de Ripple (vr). No caso da tensão de entrada apresentada na Figura 9, a tensão de
Ripple dá-nos uma ideia da maior ou menor aproximação da tensão de saída a uma tensão contínua.
Como é óbvio, o valor v r, depende só da relação entre o tempo de descarga do condensador (a constante de
tempo do circuito de descarga é RC), e o período do sinal de entrada. Para um período constante do sinal de
entrada, quanto maior for a constante de tempo t=RC , menor será vr já que mais próximo de Vp estará v'.
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Comutar significa fechar ou abrir circuitos, tal como se faria manualmente com comutadores. Polarizando os
diodos no sentido directo ou inverso, podem-se realizar facilmente um grande numero de comutações;
Estes diodos são caracterizados pelo seu reduzido tempo de recuperação. o tempo de recuperação, que vai de
2 ms nos diodos mais lentos a menos de 10 µs nos diodos mais rápidos, é o tempo necessário para que se dê
a recombinação dos portadores. O tempo necessário para que se inicie a condução de um diodo é
essencialmente dependente da capacidade apresentada pela barreira de potencial nos diodos de ponta esta
capacidade é bastante inferior à dos diodos de junção.
Figura 10
A fig. 10 mostra um dos casos mais frequentemente utilizados. Com o contato fechado, o diodo está
polarizado no sentido inverso, bloqueando por conseguinte a passagem de corrente. Quando o contacto abre,
a extra corrente de ruptura polariza o diodo no sentido directo, estabelecendo-se uma corrente de circulação.
Parâmetros Díodos
Na prática os díodos têm diversos parâmetros, geralmente fornecidos pelos dos fabricantes.
Alguns parâmetros são ou estão dependentes de outros, especialmente a temperatura. Por isso, os fabricantes
costumam informar as condições de cada valor ou fornecem gráficos.
Capacitância típica da junção (CJ - Typical Junction Capacitance): na polarização inversa, a região
de depleção atua como um isolante, formando um pequeno capacitor. Isso pode ter influência
significativa em freqüências mais altas.
Corrente direta de pico máxima (IFSM - Maximum Peak Forward Current): limitada pela dissipação
térmica do diodo.
Corrente direta média máxima ( IF(AV) - Maximum Average Forward Current): é limitada
basicamente pelas características de dissipação térmica do componente (tamanho, etc).
Corrente inversa máxima (IRM - Maximum Reverse Current): a corrente inversa se aplicada a
tensão inversa contínua máxima (VR). Seria nula em um diodo ideal. Nos dispositivos práticos, é
bastante pequena em relação à corrente direta. É desprezível na maioria dos casos.
Faixa de temperatura de armazenagem (TSTG - Storage Temperature Range): em vários casos, a
temperatura máxima de armazenagem é igual à máxima de operação.
Potência dissipada (PD - Power Dissipation): a máxima potência dissipada pelo diodo.
Resistência térmica (Thermal Resistance): dada para junção-ambiente (RJA) ou junção-condutores
(RJL). Indica a oposição que o conjunto oferece à dissipação do calor gerado na junção. Seria nula em
um dispositivo ideal.
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Temperatura de operação da junção (TJ - Operating Junction Temperature): a máxima temperatura
de trabalho do diodo. Diodos de alta potência em geral usam dissipadores para manter a temperatura
abaixo da máxima especificada.
Tempo de recuperação inverso (trr - Reverse Recovery Time): o tempo decorrido para o diodo
deixar de conduzir, após a mudança de polarização de direta para inversa. Seria nulo para um diodo
ideal. Diodos comuns apresentam tempos na faixa de microssegundos e diodos rápidos (para
freqüências mais altas), na faixa de nanossegundos.
Tensão direta (VF - Forward Voltage): a queda de tensão, em geral especificada para a corrente
nominal. Seria zero em um diodo ideal.
Tensão inversa de pico (PIV - Peak Inverse Voltage): no gráfico da Figura 1.4 podemos notar que a
tensão inversa é limitada por um máximo absoluto, acima do qual há ruptura e destruição da junção.
O fabricante especifica um valor máximo seguro, para operação sem ocorrência da ruptura.
Tensão inversa contínua máxima (VR ou VDC - Maximum DC Reverse Voltage): a máxima tensão
contínua de operação. Seria infinita para um diodo ideal.
Tensão inversa repetitiva máxima (VRRM - Maximum Repetitive Reverse Voltage): a tensão inversa
máxima de operação em forma de pulsos repetidos. Seria infinita para um diodo ideal.
Tipos de Díodos
Um díodo é um dispositivo de dois terminais, tendo dois elétrodos ativos, entre os quais se permite a
transferência de corrente em apenas um sentido. Díodos são conhecidos pela sua propriedade de corrente
unidirecional, em que, a corrente elétrica é deixado fluir numa direção. Basicamente, os díodos são
utilizados para criar formas de onda o caso dos retificadores, pode ser usada dentro de fontes de alimentação
ou dentro de detetores de rádio. Podem também ser usados em circuitos onde o efeito de circulação em
apenas um sentido é necessário.
A maioria dos díodos são semicondutores de silício, no entanto, o germânio é também por vezes usado.
Díodos, vamos chamar mais especializados, executam funções especificas tais como variação da capacidade
em função da tensão(varicap), regulação de tensão(zener), emissão de luz (LED) para além de outros menos
usados mas com funções muito especificas. Alguns dos diferentes tipos de diodos são os seguintes:
Simbologia Díodos
Designação
Simbolo
Designação
Simbolo
Díodo Retificador
Diodo Zener
Diodo varicap
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Diodo túnel
Diodo Schottky
Fotodíodo
Diodos Gunn
Diodo PIN
Diodo Varicap
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Um diodo inversamente polarizado pode funcionar como um capacitor(condensador), cuja capacitância varia
de acordo com a tensão aplicada.
Fotodíodo
Símbolo Fotodiodo
Uma junção PN pode emitir luz sob ação de uma corrente elétrica (díodo LED). E o processo inverso
também é possível, ou seja, a luz pode gerar uma corrente elétrica em uma junção PN.
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No modo fotocondutor, o fotodiodo é polarizado por um potencial de uma fonte externa.
Os dois circuitos (sem inversão e com inversão de pulso) mostram a utilização com amplificadores
operacionais.
fotodiodo deve trabalhar com polarização inversa.
Diodos schottky
Nos díodos schottky utiliza-se em vez de material semicondutor tipo P um metal, não haverá lacunas que
possam armadilhar eletrões vindos dos outros materiais durante a corrente direta.
Diodos de junção metálica e semicondutor não são recentes. Os primitivos rádios de galena, do início do
século XX, usavam um fio metálico e um cristal de galena (sulfeto de chumbo) para formar um diodo
detetor de radiofrequência.
Diodos de metal/semicondutor (diodos schottky), são obtidos pela deposição, por evaporação ou por meios
químicos, de uma camada metálica sobre a superfície de um semicondutor. Normalmente há uma camada de
óxido na borda para evitar efeitos indesejáveis do campo elétrico mais intenso nessa zona.
O principal destaque do diodo schottky é o menor tempo de recuperação, pois não há recombinação de
cargas do diodo de junção.
Outra vantagem é a maior densidade de corrente, o que significa uma queda de tensão direta menor que a do
diodo comum de junção. A contrapartida é uma corrente inversa maior, o que pode impedir o uso em alguns
circuitos.
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São usados principalmente em circuitos de alta frequência, de alta velocidade de comutação.
Díodos Túnel
São diodos de junção PN com elevadas concentrações de impurezas (dopagem) em ambas as camadas. Nesta
situação, a região de depleção é muito estreita, na faixa de "algumas dezenas de átomos" de espessura.
Diodo Gunn
O diodo GUNN é usado como oscilador local cobrindo as frequências de microondas de 1Ghz a mais de
100Ghz.
O diodo Gunn tem uma característica bastante particular: é construído apenas com semicondutor tipo N, ao
contrário do par PN. Na realidade, é um oscilador de microondas.
Denominado-se Diodo Gunn em homenagem a J Gunn que, em 1963, descobriu o efeito de produção de
microondas por semicondutores N.
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São construídos com três camadas. A camada central tem um nível de dopagem menor. O dispositivo exibe
característica de resistência negativa. O material semicondutor pode ser arsenieto de gálio (GaAs) ou nitreto
de gálio (GaN), este último para frequências mais elevadas.
Diodo PIN
Quando diretamente polarizado, buracos e elétrões são injetados na camada intrínseca I e as cargas não se
anulam de imediato, ficam ativas por um determinado período. O efeito resulta numa carga média na
camada que possibilita a condução. Na polarização nula ou inversa, não há carga armazenada e o diodo
comporta-se como um condensador(capacitor) em paralelo com a resistência própria do conjunto.
Com tensão contínua ou de baixa frequência, o diodo PIN tem um comportamento próximo do diodo de
junção PN. Em frequências mais altas, de períodos inferiores ao tempo de duração das cargas, a resistência
apresenta uma variação característica com a corrente. Isso dá ao componente aplicações variadas em altas
frequências (atenuadores, filtros, limitadores).
Díodo Zener
Para além da denominação Díodo Zener, é também conhecido por diodo de ruptura, diodo de tensão
constante, díodo regulador de tensão ou diodo de condução reversa.
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Diodo Zener
Símbolo Zener
O díodo zener quando polarizado inversamente (ânodo a um potencial negativo em relação ao cátodo) permite
manter uma tensão constante aos seus terminais (V Z) sendo por isso muito utilizado na estabilização/regulação da
tensão nos circuitos.
Zener no circuito
O gráfico de funcionamento do zener mostra-nos que, directamente polarizado (1º quadrante), ele conduz por volta
de 0,7V, como um díodo comum. Porém, na ruptura (3º quadrante), o díodo zener apresenta um joelho muito
pronunciado, seguido de um aumento de corrente praticamente vertical. A tensão é praticamente constante,
aproximadamente igual a Vz em quase toda a região de ruptura. As folhas de dados (data sheet) geralmente
especificam o valor de Vz para uma determinada corrente IZT;
Funcionamento Zener
Nas especificações do fabricante inclui-se também a corrente máxima que um diodo pode suportar, em
função da máxima potência que o mesmo pode suportar.
IZMax = PZM / VZ
IZMax = máxima corrente de zener especificada
PZM = potência especificada
VZ = tensão de zener
Regulação tensão
Para que ocorra o efeito regulador de tensão é necessário que o diodo zener funcione dentro da região de
ruptura, respeitando as especificações de corrente máxima.
A corrente que circula por RS que é a corrente que circula pelo diodo zener é dada pela fórmula:
Para entender como funciona a regulação de tensão, suponha que a tensão VE varia entre 9V e 12V
respetivamente. Devemos então obter o ponto de saturação (interseção vertical), fazendo com que VZ = 0.
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Para obter o ponto de rutura (interseção horizontal), IZ = 0.
q1 (IZ = 0), temos: VZ = 9V
q2 (IZ = 0), temos: VZ = 12V
Regulação tensão
Analisando o gráfico, observa-se que embora a tensão VE varie entre 9V e 12V respectivamente, haverá
mais corrente no díodo zener. Portanto embora a tensão VE tenha variado de 9 a 12V, a tensão zener ainda é
aproximadamente igual a 6V.
Resultados:
R Limitador Zener
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ZENER ZENER TENSÃO VOLTS POTÊNCIA WATTS
1N4740A BZX81C10 10 1
1N4741A BZX81C11 11 1
1N4742A BZX81C12 12 1
1N4743A BZX81C13 13 1
1N4744A BZX81C15 15 1
1N4745A BZX81C16 16 1
1N4746A BZX81C18 18 1
1N4747A BZX81C20 20 1
1N4748A BZX81C22 22 1
1N4749A BZX81C24 24 1
1N4750A BZX81C27 27 1
1N4751A BZX81C30 30 1
1N4752A BZX81C33 33 1
Fontes:
Hambley, Allan R., Electrónica, Prentice-Hall, 2000.
Irwin, J.David, Análisis básico de circuitos en ingeniería,1997.
Clóvis Antônio Petry, Circuitos com diodos e diodos Zener,2007-Centro Federal de Educação Tecnológica
de Santa Catarina.
Philips Databook, 1998.
A luz é monocromática e é produzida pelas interações energéticas dos eletrões. A sua utilização era, até à
bem pouco tempo, exclusiva dos indicadores de funcionamento de outros aparelhos(ligado, desligado por
exemplo), sinalizadores luminosos(relógios ou mostradores) passou a ser usado em iluminação direta
substituindo a iluminação convencional e as telas de tv e monitores à medida que a relação entre
luminosidade e consumo vai sendo melhorada.
O processo de emissão de luz pela aplicação de uma fonte elétrica de energia é chamado
eletroluminescência. Em qualquer junção P-N polarizada diretamente, dentro da estrutura, próximo à
junção, ocorrem recombinações de lacunas e eletrões.
Díodos LED
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Funcionamento LED
LED SMD
LED SMD funciona da mesma forma que um convencional a diferença é que fabricado para montagem em
superfície. Especificamente, é um díodo emissor de luz que é montado e soldado sobre a placa de circuito.
Uma vez que não tem ligações as suas dimensões são mais reduzidas que um LED convencional. O calor
emitido pelo componente é muito reduzido tornando-os particularmente úteis em espaços de reduzida
dimensão.
Interior LED
Os leds podem ficar danificados por ligação incorreta ou na soldadura. O risco a soldar é baixo exceto se
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demorar demasiado tempo. Não são necessárias precauções especiais para soldar a maior parte dos leds
Simbolo LED
Cor do Led
Os leds estão disponíveis nas cores, Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul e Branco. As cores branca e
azul são mais caras que as restantes cores.
A cor da luz emitida pelo LED é determinada pelo material semicondutor não pela cor da cápsula plástica
que o rodeia. LEDs coloridos estão disponíveis com cápsulas brancas, difusas ou transparentes. Em função
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do material semicondutor utilizado o LED produz uma ou outra cor:
Tensão Fwd
Comp. Onda Intensidade
Ang° LED Material
(nm) Cor 5mm LEDs
(Vf@20ma)
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I/V em função Cor LED (Figura 5)
Tipos de LEDs
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Terminal A
LED AC
+ –
LED 1 ON OFF ON
LED 2 OFF ON ON
Bicolores
Um díodo emissor luz bicolor tem dois LEDs ligados em anti-paralelo em uma única cápsula. LED de dupla
cor pode produzir qualquer uma das três cores, por exemplo, cor vermelha é emitida quando o dispositivo
está ligado em um sentido e verde quando em sentido inverso.
Este tipo de ligação bidirecional é útil para dar indicação de polaridade, por exemplo, a ligação correta de
baterias ou fontes de alimentação. Além disso, uma corrente bidireccional produz ambas as cores misturadas
em conjunto, se o componente for ligado (através de uma resistência adequada) a uma tensão alternada de
baixo valor e baixa frequência.
Corrente
0 5mA 9.5mA 15mA
LED1
Corrente
10mA 6.5mA 3.5mA 0
LED2
Tricolores
São compostos por dois leds ligados com cátodo comum. O mais comum é composto por um LED vermelho
e um verde combinados em uma cápsula com os terminais ligados em cátodo comum. Denominam-se
tricolores, porque podem dar uma única cor, ligando apenas o vermelho ou apenas o verde. Ligando ambos
projeta uma mistura de cor.
Estes dispositivos tricolores ou multicor podem gerar tons adicionais a partir das suas cores primárias (a
terceira cor), como o laranja ou amarelo, ligando os dois LEDs com diferentes valores de corrente, como
mostrado na tabela, possibilita 4 cores diferentes a partir de apenas dois díodos junções.
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LED RGB
Em apenas um componente são combinados 3 LEDs um de cada cor R(red), G(green), B(blue). Esta
combinação permite que, em função da intensidade de cada um individualmente, criar praticamente todo o
espetro visível de cor.
Mistura de cores
Como estão muito próximos uns dos outros, nossos olhos vêem o resultado da combinação das cores, em
vez das três cores individualmente.
Intermitentes
Usam um circuito integrado interno que provoca a intermitência.
Display 7
31
Segmentos
Display 7 segmentos
Um display de sete segmentos é composto por 8 LED, 7 formam o algarismo a apresentar e 1 para gerar o
ponto decimal. A sua ligação pode ser feita com o ânodo ou cátodo comum a todos os LED, dependerá do
tipo de ligação interna.
A sua utilização é efetuada por um circuito integrado driver que converte a informação para ser visualizada,
pode ser utilizado com conversores BCD (Ver contadores Binários) ou com microcontroladores
brilhante
Standard 30mA 2.0V 2.5V 5V 80mcd @ 10mA 60° 625nm
vermelho
Alta intensidade Azul 30mA 4.5V 5.5V 5V 60mcd @ 20mA 50° 430nm
Super brilho Vermelho 30mA 1.85V 2.5V 5V 500mcd @ 20mA 60° 660nm
Baixa corrente Vermelho 30mA 1.7V 2.0V 5V 5mcd @ 2mA 60° 625nm
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Testar Led
Um led deverá ter uma resistência em série para limitar os parâmetros de funcionamento para valores
corretos, no entanto, se desejar testar um led sem aparelho de medida, pode utilizar uma resistência de 1K se
a alimentação for até 12 volts.
Para calcular o valor correto da resistência limitadora, use a calculadora mais em baixo.
Ligações de um Led
Ligação de Leds em paralelo
Ligar leds em paralelo com apenas uma resistência de carga, não é uma boa ideia.
Se os led's tiverem uma tensão(volts) de funcionamento diferente, apenas o led de menor tensão acenderá e
possivelmente ficará destruído.
Se os leds forem idênticos, podem ligar-se em paralelo, raramente este tipo de ligação oferece benefícios, é
preferível e aconselhável usar cada um dos leds com a sua resistência limitadora ou uma ligação em série
com vários leds.
Ligação em Série
de um LED
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Os leds podem-se ligar em série, para uma correta ligação deve ser usado um resistor(resistência) em série,
esta resistência tem como função limitar a corrente do LED para que não fique com um valor que exceda a
corrente máxima permitida.
A ligação entre os vários leds é efetuada ligando o cátodo de um led ao ânodo do LED seguinte.
Para calcular a resistência limitadora as tensões dos leds são somadas.
O led e a resistência estão em série, a tensão no led é o somatório da tensão sobre o resistência será igual a
tensão da fonte (Vfonte)(Vf). Para calcular precisamos saber o valor da tensão sobre a resistência.
Potência resist:
Pres. = Vres. * iled
Pres. = 7,3 * 0,015 = 0,1095W (usa-se 1/8W)
Ligar a 9, 12 ou 24V
Para ligar um corretamente o díodo emissor de luz, ter-se-á que usar uma resistência adequada para cada
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tipo, ou seja, vai depender da tensão e consumo do díodo. Como sei as características?
Cada fabricante ao produzir o componente, emite uma ficha com os valores normais de funcionamento,
estes valores têm alguma tolerância, no entanto, existem alguns valores padrão.
Para efeito de cálculo, pode-se considerar para um díodo emissor de luz mais comum (5mm) os valores da
figura 5.
Para 12V vermelho (1,8V, 20mA) - (12-1,8)/0,020 = 510 (valor mais próximo 560Ω)
mas se for o verde (3,5V, 20mA) - (12-3,5)/0,020 = 425 (valor mais próximo 470Ω)
O mesmo processo é usado para calcular tensões de 9V ou qualquer outra.
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Led está ligado quando a saída do CI é baixa
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Retificação com Díodos
RETIFICADORES MEIA ONDA RETIFICADORES ONDA COMPLETA PONTE RETIFICADORA TESTAR RETIFICADOR
Usando díodos como retificadores
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Supondo que se trata de um diodo ideal, comportando-se por isso como um interruptor fechado nas arcadas
positivas da sinusóide, e como um interruptor aberto nas negativas.
Concluí-se que o circuito elimina as alternâncias negativas da tensão de entrada, verificando-se na saída
apenas metade do sinal de entrada.
A frequência da corrente contínua pulsante é igual a da tensão alternada de entrada, onde a tensão média e a
corrente média se obtém com as seguintes fórmulas.
Im = Imax / 3,14
Vm = Vmax / 3,14
Im = corrente média (Ampere)
Imax = corrente de pico (Ampere)
Vm = tensão média (Volts)
Vmax = tensão máxima (Volt)
p= 3,14.
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Colocando uma ponte retificadora de 4 diodos, obtemos uma retificação de onda completa, com as arcadas
positivas.
Como podemos observar, para obter uma corrente contínua temos de preencher os espaços entre as
sinosóides. Para isso temos de filtrar a corrente alterna usando um condensador.
Esta é a base dos circuitos retificadores usados para transformar corrente elétrica alternada em corrente
contínua.
Ponte Retificadora
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Denomina-se ponte retificadora ao conjunto de quatro díodos que ao receberem tensão alterna nos díodos de
entrada separa os pulsos positivos e negativos na saída permitindo retificação de onda completa. A entrada
de CA (corrente alterna) tem uma saída polarizada.A ponte retificadora é fundamental em qualquer
dispositivo eletrónico e está presente em quase todos os equipamentos na fonte de alimentação.
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