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ANO II • Nº 20

FEVEREIRO DE 2011

Velas de Ignição
O que são?
A vela de ignição, apesar de sua aparência simples, é
uma peça que requer em sua fabricação a aplicação de
tecnologia sofisticada, pois ao seu perfeito desempenho
está diretamente ligado o rendimento do motor, níveis
de consumo, emissão de poluentes e a durabilidade do
motor.

Qual a sua função? Velas de 1, e 2 eletrodos e de 1 eletrodo com corte em V:


A função da vela de ignição é conduzir a corrente elétrica cada uma delas projetada para atender as necessidades
de maneira totalmente isolada para o interior da câmara de de um veículo específico.
combustão convertendo-a em uma centelha, assegurando
assim, uma queima ideal da mistura ar/combustível para a As Velas Genuínas são fabricadas sob tecnologia
locomoção do veículo. avançada, atendendo as mais exigentes especificações
mundiais de qualidade. Sua qualidade assegura o bom
rendimento e durabilidade do motor, contribuindo para os
Características e Benefícios baixos níveis de consumo de combustível e ao controle da
emissão de poluentes.
das Velas Genuínas As velas Genuínas atendem veículos com motores à
gasolina, álcool, GNV e bicombustíveis.
Bordas arredondadas: evitam a descarga elétrica externa.
Cerâmica com alto teor de alumina: permite eficiente
dissipação térmica, maior isolação elétrica e resistência
aos choques térmicos e mecânicos.
Castelo metálico bi cromatizado: proteção contra a
oxidação e corrosão.
Eletrodo central de cobre: melhor dissipação térmica e
evita o perigo de superaquecimento do motor.
Calafetagem: feita com pó especial e anéis metálicos,
diminuindo a possibilidade de escape de gases,
proporcionando grau térmico uniforme.
Espaço maior entre o isolador e a parte metálica: evita
depósito de resíduos.
Ponta do eletrodo central e o eletrodo lateral em liga de
níquel: resistência ao desgaste e à corrosão.
02 Velas de Ignição

Composição das Velas Genuínas


1. Barreira contra fugas de corrente: impede fugas
de alta tensão e, com isso, falha de ignição.
2. Isolador de cerâmica: feito predominantemente de
óxido de alumínio, tem a função de isolar o pino
de conexão e o eletrodo central da carcaça. As
velas apresentam alto teor de alumina, melhoran-
do a dissipação térmica e a isolação elétrica.
3. Pino de conexão: perfeito encaixe no cabo de vela.
4. Anel de vedação: para fixar e vedar o isolador.
5. Carcaça: a carcaça em aço é niquelada para ofe-
recer maior proteção contra corrosão. É utilizada
para fixar a vela à cabeça do cilindro.
6. Massa de vidro: é elétrica e termicamente con-
dutiva. Sua função é também conectar o pino de
conexão ao eletrodo central.
7. Arruela interna de vedação: para fixar e vedar o Recomendações de Manuseio e
isolador.
8. Eletrodo central: o eletrodo central consiste em Manutenção
uma liga de níquel-cromo com núcleo de cobre.
9. Eletrodo massa. Como escolher a Vela de Ignição:
A escolha da vela de ignição deve ser feita de acordo
com o comprimento da rosca do cabeçote e deve
seguir sempre as especificações do fabricante do
motor, lembrando que a não observância desse item
poderá causar danos ao motor.

Grau Térmico
O motor em funcionamento gera na câmara de
combustão uma alta temperatura que é dissipada
em forma de energia térmica, parte pelo sistema de
refrigeração e parte pelas velas de ignição. A capa-
cidade de absorver e dissipar o calor é denominada
grau térmico.

Como existem vários tipos de motores com maior ou


menor carga térmica são necessários vários tipos de Ajuste da Folga
velas com maior ou menor capacidade de absorção e
dissipação de calor. Esta capacidade é indicada pelo Ajustar a folga dos eletrodos de acordo com o ma-
número presente no centro do código da vela. nual do proprietário do fabricante do motor.
Velas de Ignição 03

Montagem da Vela
A vela de ignição com assento plano deve ser ros-
queada manualmente até que o anel de vedação
encoste-se ao cabeçote. Em seguida, utilizar a
chave de vela adequada e aplicar o torque especi-
ficado por tabela. A falta de aperto pode causar a
pré-ignição, pois não há dissipação de calor e, em
contrapartida, o excesso de aperto pode danificar
a vela ou a rosca do cabeçote;
Já as velas de assento cônico não possuem anel
de vedação e sua instalação também deve ser ini-
ciada com o rosqueamento manual até onde for
possível. Posteriormente, aplicar a chave de vela e
seguir o mesmo procedimento das velas de assen-
to plano. A chave de vela deve ser encaixada perfei- Revisão das velas
tamente no hexágono e não pode ter contato com A revisão e, se necessário, a troca devem ser feitas
o isolador, pois poderá trincá-lo, inutilizando a vela; conforme as recomendações do plano de manuten-
A pós instalar velas novas, faça um test-drive e ve- ção preventiva do veículo, em média entre 10.000 km
rifique o funcionamento do motor. Acelerar brus- e 15.000 km, principalmente para veículos com GNV.
camente de forma a aumentar o “giro” do motor Os principais sintomas que podem representar a ne-
não é recomendado, pois podem criar depósitos cessidade de troca das velas são:
prematuros de carbono, reduzindo a vida útil;
Dificuldade em ligar o veículo;
Verifique e utilize a folga correta entre eletrodos Falha do motor em marcha lenta ou em baixa
conforme a recomendação do fabricante. confor-
velocidade;
me a recomendação do fabricante.
Obs.: Instalar a vela de ignição, de preferência Falha nas acelerações;
com o motor frio. Falha do motor em altas velocidades ou com
sobrecarga;
Perda de potência do motor;
Aumento do consumo de combustível;
Aumento da emissão de poluentes.
04 Velas de Ignição

Diagnóstico de falhas do motor


Velas de Ignição
FINAL DE VIDA ÚTIL DESGASTE EXCESSIVO
ASPECTO DA VELA ASPECTO DA VELA
Coloração marrom, cinza, castanho, levemente amarelada. Folga entre os eletrodos aumentada; Eletrodos com desgaste acentuado;
Eletrodos levemente arredondados; PROBLEMA
PROBLEMA Dificuldade na partida;
Dificuldade na partida; Perda de desempenho do motor e aumento de elementos poluentes nos gases de escape;
Perda de desempenho do motor e aumento de elementos poluentes nos gases de escape; Aumento de consumo de combustível; maior voltagem para centelhamento podendo sobrecarregar ou
Aumento no consumo de combustível; danificar os componentes do sistema de ignição;
Maior voltagem para centelhamento, podendo sobrecarregar o sistema de ignição; Retorno de chama (estouro no coletor) em veículos convertidos a GNV;
Retorno de chama (estouro no coletor) em veículos convertidos a GNV; Flash over nas velas e cabos;
SOLUÇÃO PRINCIPAIS CAUSAS
Substituir as velas por tipo correto (indicado no manual do veículo); Uso excessivo da vela acima da quilometragem recomendada pelo fabricante.
Em caso de utilização no GNV, as velas e os cabos devem ser substituídos na metade da vida útil reco- SOLUÇÃO
mendada pelo fabricante. Substituir as velas pelo tipo correto (indicado no manual do veículo).
Substituir componentes danificados do sistema de ignição.
CARBONIZAÇÃO SECA / ÚMIDA
ISOLADOR TRINCADO
ASPECTO DA VELA
ASPECTO DA VELA
Ponta ignífera da vela totalmente coberta com resíduos de carvão;
Quebras, trincas ou inclinação na parte superior do isolador cerâmico das velas de ignição e/ou marcas no
A ponta ignífera da vela apresenta brilho oleoso, úmido e preto;
sextavado, que podem caracterizar trinca interna (não visível).
PROBLEMA PROBLEMA
Dificuldade na partida. O motor falha, principalmente em marcha lenta; Motor falha nas acelerações ou em baixas rotações com cargas elevadas.
PRINCIPAIS CAUSAS PRINCIPAIS CAUSAS
Mistura ar/gasolina demasiadamente rica; Posicionamento incorreto da chave de vela;
Ignição atrasada / deficiência de energia para a ignição; Uso de chave de vela inadequada;
Funcionamento do motor em marcha lenta ou baixa velocidade durante longo tempo;
SOLUÇÃO
Falta compressão;
Utilizar a chave adequada ao sextavado do castelo metálico, cobrindo-o completamente. O espaço interno
Folga entre eletrodos da vela fora do padrão (fechada demais);
deve ser suficiente para evitar o contato com o isolador cerâmico.
Vela de ignição muito fria;
Problema no combustível; EXCESSO DE TORQUE
Filtro de ar obstruído; ASPECTO DA VELA
Má conexão dos cabos de ignição; Ruptura na rosca ou na canaleta e deformações excessivas tanto na arruela de vedação quanto no sextavado;
SOLUÇÃO PROBLEMA
Efetuar os reparos necessários ou substituir os componentes afetados; Dificuldade na remoção da vela de ignição do cabeçote do motor;
Substituir as velas pelo tipo correto (indicado no manual do veículo); PRINCIPAIS CAUSAS
Utilizar o combustível adequado. Aplicação de torque excessivo no aperto;
Instalação ou retirada com motor quente;
SUPERAQUECIMENTO E PRÉ-IGNIÇÃO Presença de oxidação, devido à presença de água no combustível (álcool molhado);
ASPECTO DA VELA SOLUÇÃO
A ponta do isolador apresenta-se esbranquiçada, vitrificada com grânulos ou pontos pretos na superfície. Substituir as velas pelo tipo correto (indicado no manual do veículo;
Em casos extremos (Pré-ignição), os eletrodos podem se fundir ou desaparecer completamente, levando A instalação deve ser realizada com o motor frio;
também a fusão do isolador, podendo inclusive furar o pistão; Para as velas com dificuldade na retirada (excesso de torque, instalação com motor quente, oxidação devi-
PROBLEMA do ao álcool molhado, etc), deve-se proceder com muito cuidado para evitar danos ao cabeçote.
O motor pode estar batendo pino e apresentar perda de desempenho em altas velocidades, em subidas
ou com cargas elevadas. Há perda de potência do motor. A temperatura na câmara de combustão sobe
ENCHARCAMENTO
rapidamente, podendo ainda causar danos ao pistão e ao motor; ASPECTO DA VELA
Ponta ignífera da vela encharcada de combustível;
PRINCIPAIS CAUSAS
Ponto de ignição adiantado ou excessivamente adiantado; PROBLEMA
Taxa de compressão alta; Dificuldade na partida, marcha lenta irregular ou falha no motor;
Sensor danificado ou com problemas (detonação, temperatura da água, ar, etc); PRINCIPAIS CAUSAS
Deficiência no sistema de arrefecimento do motor; Pressão na linha de combustível acima do especificado;
Falta de torque de aperto na instalação da vela; Nível de bóia do carburador excessivamente alto, bóia encharcada, agulha da bóia emperrada aberta;
Vela de ignição muito quente; Problema no sistema de ignição;
Mistura de ar/combustível muito pobre; Folga entre os eletrodos da vela fora do padrão;
Combustível com baixa octanagem ou alterado; Problema no combustível;
Presença de água no sistema de alimentação ou no combustível;
SOLUÇÃO Trinca interna no isolador;
Efetuar os reparos necessários ou substituir os componentes afetados;
Substituir as velas pelo tipo correto (indicado no manual do veículo); SOLUÇÃO
Utilizar o combustível adequado. Verificar e corrigir a(s) anormalidade(s), e caso as velas estiverem em boas condições, secar as mesmas
e utilizá-las novamente.

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