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TRABALHO DE GRADUAÇÃO
2006
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Agradeço aos amigos que me ajudaram a produzir este projeto desde da idéia
inicial até a conclusão. A força que os professores da FCA, Faculdade de Comunicação e
Artes, me deram foi fundamental para o desenvolvimento de cada uma das etapas do
trabalho. Deixo um agradecimento especial à Profª. Msc.Celeste M. Manzanete Ribeiro
que me orientou e me ajudou nos momentos de onde eu mais precisei.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha filha,
Jade Almeida Gomes. Que teve que
suportar a minha ausência durante o
desenvolvimento deste projeto.
TÍTULO
Este trabalho trata-se de um estudo para viabilizar uma campanha publicitária para o Studio
Týptein, estúdio de design especializado em tipografia. Através deste estudo buscaremos
encontrar no mercado de São José dos Campos a possibilidade de praticar a prestação de
serviços de design em um nicho ainda não explorado. Será utilizado o diferencial do estúdio
para divulgar e valorizar a qualidade dos serviços de design, que muitas vezes é confundido
com outras profissões como: arquitetura, publicidade e amadores, por não haver uma
fronteira bem definida entre elas. Depois de analisar e estudar este mercado será criada
uma solução de comunicação apropriada ao investimento proposto pelo cliente. Trazendo
retorno do investimento com resultados positivos em relação às expectativas da empresa
Studio Týptein.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 01
CAPÍTULO II – TIPOGRAFIA 06
2.1 Introdução 06
2.2 Classificação dos Tipos 08
2.3 História da Tipografia no Mundo 11
2.4 Tipografia no Brasil 23
2.5 Tipografia tradicional e experimental 27
2.6 Importância da tipografia na comunicação 27
2.7 O tipo e seus nomes 29
2.7.1 Raio “X” do tipo 29
2.7.2 Tipo do tipo – Variações nas formas e estilos do tipo 33
2.7.3 Família do tipo 34
2.7.4 Utilização do tipo no projeto gráfico 35
2.8 Tipografia bitmap: uma atual evolução 28
2.9 Tipografia no Design Gráfico 37
2.10 Análise da Tipografia aplicada no Design Gráfico 38
CONSIDERAÇÕES FINAIS 66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 67
ANEXOS 69
RELAÇÃO DE FIGURAS
Este trabalho foi iniciado com uma pesquisa com o cliente Sérgio Peixoto Junior,
diretor do Studio Týpitein. Foram levantadas informações relevantes sobre a empresa, onde
se detectou o diferencial que ela possuía e o anseio que o responsável pela empresa tem
em resolver os problemas de comunicação do estúdio.
Como o diferencial da empresa é tipografia no capítulo II foi realizado uma
pesquisa bibliográfica com o intuito de identificar a importância desse assunto na evolução
tecnológica da imprensa e na comunicação. Foram encontrados, em enorme quantidade,
criadores de fontes no mundo inteiro que influenciaram vários países e marcaram a história
da tipografia em diversas épocas. C Brasil não ficou de fora, foram estudados os trabalhos
dos principais tipógrafos brasileiros e os eventos de tipografia que aconteceram no país, que
já não são raros.
Feito o estudo da tipografia, partiu-se para as pesquisas de mercados sobre as
relações entre as agências de propaganda, estúdios de design e as empresas da região do
Vale do Paraíba para ser identificado qual o melhor mercado para iniciar às ações de
comunicação.
Definido o mercado, colocou-se em prática a estratégia de comunicação segundo
os problemas identificados em pesquisa. Foram criadas peças publicitárias de objetivos
específicos que juntas têm como objetivo geral solucionar os problemas de comunicação do
Stúdio Týptein.
1
CAPÍTULO I
ESTÚDIO DE DESIGN E TIPOGRAFIA
O estúdio conta hoje com três funcionários: diretor, que produz e vende os
serviços de design; assistente de arte, que produz os serviços de design com a orientação
do diretor; uma atendente, que atua na própria empresa dando assistência aos clientes e
funcionários.
Serviços de redação, correção e outros são contratados esporadicamente para
fins específicos.
O estúdio conta com três micros computadores, “PC’s”. Sendo que dois desses
são equipados para desenvolverem os serviços de design. O estúdio ainda conta com
scanner de mesa, impressora equipamentos de telefone e Internet banda larga e um veículo
para fazer o atendimento às empresas.
2
1.1.4 Estrutura da instalação
O estúdio tem duas salas: recepção e sala de criação. Conta também com
banheiros e uma simples cozinha, onde é preparado café e lanches naturais para servir para
os clientes.
1.2 Briefing
3
Preço: Os preços dos serviços são abaixo do mercado de São Paulo, porém
competitivo na região, quando se trata de concorrentes legais, não comparando com os
preços dos “micreiros”, que não têm as mesmas despesas.
1.2.2 Mercado
1.2.3 Concorrência
Os principais concorrentes são as próprias agências que às vezes por ganhar uma conta de
empresas que investem em televisão, chegam a cobrar o valor muito baixo pelos serviços
de design. Sem contar a mão-de-obra desqualificada que atrapalha muito a negociação com
os clientes.
4
1.2.5 Objetivos da empresa em relação a seus serviços
5
CAPÍTULO II
TIPOGRAFIA
2.1 Introdução
FIGURA 01: Johannes Gutemberg e parte da página da bíblia, impressa por sua invenção.
Antes dessa invenção a produção de livros era feita pelos “escribas”, artistas que
escreviam com a técnica de caligrafia os manuscritos da época. Esse processo era
totalmente artístico com uma produção muito pequena, por isso, eram poucos que tinham
acesso a esses documentos. O tipo de letra que dominava esse período era o “Gótico”,
letras com vários enfeites que dava um aspecto pesado, porém artístico ao texto.
Apesar da escrita ser identificada desde milênios a.C., a escrita latina tem
descendência direta das inscrições romanas, datadas em cerca dos anos 50 e 120 d.C..
Dessa época a inscrição que mais influenciou foram as inscrições da Coluna de Trajano em
6
Roma,113. Onde foi feito o mais perfeito alfabeto da época, surpreendendo vários
estudiosos e pesquisadores do nosso tempo.
“Cada linha sem utilidade ou sentido foi eliminada. As curvas não seguem
linhas matemáticas precisas, como se fossem feitas por um compasso, e
sim quantidades cuidadosamente consideradas, que se comunicam com as
7
formas das letras, cuja construção mecânica não poderia jamais alcançar.
Mesmo as linhas retas, das quais não se espera nenhum interesse
especial, quando analisadas em detalhe, revelam curvaturas sutis, como
segmentos de um arco de grandes proporções, que se juntam
graciosamente com as serifas. Em aspectos gerais, a beleza das letras se
define pela forma como cada parte se adapta às outras, de maneira
proporcional, chegando a um resultado estético agradável. Harmonia,
graça, beleza e simetria são obtidas com a combinação de linhas retas e
curvas em relações apropriadas, e não pela mera combinação de
quantidades geométricas.”
(ROCHA, depoimento de GOUDOY, 2006, p. 95)
Nessa época o alfabeto não era como nos dias de hoje, e sim, formado apenas
por letras maiúsculas e não continha as letras “H”, “J”, “K”, “U”, “W”, “Y” e “Z”. A vogal “U” se
diferenciou da consoante “V” no século X; a consoante “J”, da vogal “i” no século XV; Já a
consoante “W” surgiu na Inglaterra no século XIII, como o duplo “U”, ou duplo “V”. 1
Por causa das variações do alfabeto e a falta de um padrão para a produção das
escrituras por todo território Europeu, Carlos Magno, no ano de 789, padronizou o alfabeto
ocidental que passou a ser conhecido como Carolíngea. Algumas dessas mudanças
utilizamos até hoje, como a diferenciação das maiúsculas das minúsculas e também o
espaço em branco entre as palavras.
1
Fonte: PEREIRA, Aldemar A. Tipos - Utilização de Letras no Projeto Tipográfico. Quartet, 2004
2
NIEMEYER, Lucy. Tipografia: Uma Apresentação – Coleção Base Design. Rio de Janeiro: 2AB, 2004
8
FIGURA 03 – Tipos Romanos: na seqüência os tipos Humanistas, Garaldos, Transacionais,
Modernos e Mecanizados.
Os tipos Lineares (sem serifas) podem ser divididos em quatro sub classes:
grotescos, geométricos, neogrotescos e humanísticos;
9
A classe dos tipos Incisos não tem subclasse;
10
Por último estão os tipos não latinos.
3
BRINGHURST, Robert. Elementos do Estilo Tipográfico. Cosac & Naify, 2005
4
Gótico era o tipo de letras que os escribas utilizavam na época da invenção de Gutemberg para fazer os seus manuscritos,
mais à frente, no século XX, aparece equivocadamente na América um tipo sem serifas com o nome de Alternate Gothic
(Gótico Alternativo), ficando conhecido como tipo gothic. Esse estilo não tem nada a ver com o estilo gótico feito na Alemanha
no século XV. Segundo PEREIRA, Tipos - Desenho e Utilização no Projeto Gráfico, 2004.
11
FIGURA 10 – Página de livro impressa com o tipo gótico
Fonte: (http://www.ibiblio.org/expo/vatican.exhibit/exhibit/c-humanism/Ciceronianism.html,2006)
5
Em 1990 Robert Slimbach, da Adobe, redesenhou o tipo Jenson, acrescentando-lhe a versão itálica, não existente na época
de 1470.
12
As características do tipo romano veneziano são os poucos contrastes entre as
hastes grossas e finas, as extremidades arredondadas das serifas e a acentuada inclinação
do eixo dos caracteres redondos.
Ainda em Veneza, em 1501, Aldus Manutius reduziu o formato dos livros, com
objetivo de reduzir o custo de produção, nessa época foi encomendada a primeira fonte
cursiva, por ela ocupar menos espaço e, com isso, aumentar a quantidade de letras por
página. O habilidoso gravador Francesco Griffo, de Bolonha, desenvolveu o tipo baseado na
escrita cursiva (itálica), essa era mais condensada, por isso ocupava menos espaço, uma
ótima solução para época.
Como consta no livro “Projeto Tipográfico”, de Cláudio Rocha, a partir da criação
do alfabeto cursivo, no ano de 1501, a produção de livros em toda a Itália era basicamente
feita com o novo alfabeto. Essa proliferação da letra cursiva influenciou tipógrafos de vários
países da Europa. Na França, no século XVI, foi caracterizada pela beleza das páginas dos
livros que eram claras e luminosas, com ilustrações delicadas e sofisticadas. Os tipos
romanos produzidos por Claude Garamond foram os mais representantes da época. Com o
enorme sucesso dos tipos de Claude, suas matrizes foram exportadas para vários países da
Europa, dando início à era barroca das letras.
Fonte: (http://www.fyrisfonts.com/artiklar/garamond/default.asp,2004)
Hoje temos várias versões da fonte que Garamond desenhada no século XVI,
dessas fontes algumas tem maior ou menor semelhança com a original.
Anos mais tarde, no final do século XVII, foi a vez da Holanda se destacar com
seus tipos. O holandês van Dijck desenvolveu um tipo romano baseado no desenho de
Garamond, porém acrescentando-lhe mais peso às letras e mais corpo às caixas-baixas
(minúsculas).
13
FIGURA 13 – Fonte Garamond redesenhada pela empresa ADOBE, 1990
Fonte: (http://www.fontscape.com,2006).
Fonte: (http://www.fontscape.com,2006)
.
Apenas no século XVIII a Inglaterra viria por fim ao domínio dos tipos holandeses
na Europa, quando o estilo romano antigo chegou ao ponto mais elevado da história, com os
desenhos de Willian Caslon (1692-1766), os tipos Caslon vieram a ser um dos mais
preferidos da Europa, até o século XIX, que se tornou marca do império britânico, Na
Inglaterra, nesta mesma época, surgiu a primeira type foundry6 comercial da história.
6
Nome dado as produtoras de matrizes dos tipos, hoje esse nome ainda é utilizado para as empresas que criam e
comercializam fontes digitais, Informação obtida da revista Tupigrafia, edição 6, na matéria de Foudries brasileiras, por
Henrique Nardi.
14
FIGURA 15 – Alfabeto de Wiliam Caslon
Fonte: (http://www.fyrisfonts.com/artiklar/baskerville/default.asp).
15
Outro tipo romano de transição que ficou conhecido, tardiamente, foi o
Cheltenhan, de Bertang. Goodhue, de 1896. Esse tipo foi desenhado para texto, e
modificado se transformou em um display type7, sendo utilizado recentemente no projeto
gráfico de Milton Glaser nos títulos das seções do Jornal o Globo, em 1995.
7
Display type é o nome dado para os tipos de letras utilizados para títulos, por terem mais impacto e peso. Segundo Aldemar
A. Pereira, no livro Tipos.
8
BRINGHURST, Robert. Elementos do Estilo Tipográfico. Cosac & Naify, 2005, pág. 145.
16
FIGURA 18 – Tipo Bodoni, Itália,1790
Fonte: http://www.fyrisfonts.com/artiklar/bodoni/default.asp
17
primeiro tipo a ter o seu direito autoral registrado, pela lei inglesa, mesmo assim foi muito
plagiado.
O século XIX foi o início da Era do Estilo Linear, ou sans sérif, termo em francês
que representa os tipos sem serifas. Primeiramente criado pela fundidora Caslon, por Willian
Caslon IV no ano de 1816, esse tipo foi utilizado para títulos e pequenos textos e depois
pela Thorowgood, em 1832 como Grotesque, no sentido de incomum. Na Europa esse tipo
ficou conhecido como Grotesk, na França como Antique e erroneamente nos Estados
Unidos ficou conhecido como Ghothic, que não tem nada a ver com o tipo gótico produzido
pelos escribas antes da invenção de Gutemberg. Em 1889 foi criado o tipo Akzidenz-
Grotesk, redesenhada no ano de 1970, por Günter Gerhard Lange, um sem serifa clássico e
atual, vinte anos depois da sua criação foi muito utilizado pelo movimento da arte e design
De Stijl, Dada e na Bauhaus nos anos 50 e 60. Considerado recentemente por Wolfgang
Weingart, em suas aulas na Basiléia, o melhor sans sérif. (PEREIRA, 2005, p.35).
Este século ficou marcado pela proliferação de tipos ornamentados e enfeitados,
mais conhecidos por tipo manual fantasia.
O movimento da escola De Stijl, fundado na Holanda, em 1917 e da Bauhaus,
em 1919, na Alemanha, trouxeram uma nova proposta para a utilização tipográfica,
eliminando a utilização dos tipos ornamentados e alavancando a utilização dos tipos sem
serifa. Em 1925, Herbert Bayer, da Bauhaus, chegou praticar o seu radicalismo ao criar uma
tipografia que eliminava as maiúsculas, propondo um novo alfabeto universal. Com
influência da escola Bauhaus, Bradbury Thompson, em 1945, utilizou seus
experimentalismo na revista Westvaco Inpirations, com um alfabeto, formado pelo tipo
18
Futura, onde eliminava todas as maiúsculas utilizando as minúsculas ampliadas para
representá-las, mesmo com essa diferenciação ele ainda propôs deixá-las em negrito, para
realçar o começo da frase. 9
Os tipos dessa época são conhecidos como Lineares, que é um advento da
revolução industrial, é dividido em Grotescos, Geométricos, Neogrotescos, Humanístico.
As fontes citadas acima como Grotesque, Akzidenz-Grotesk e Franklin Gothic
são pertencentes à família dos tipos Grotescos. 10
9
Informações coletadas do livro de Richard Hollis, Design Gráfico – Uma História Concisa da editora Martins Fontes.
10
Segundo a classificação da Vox/AtpyI
11
Segundo Aldemar A. Pereira, no livro Tipos da editora Quartet.
19
FIGURA 22 – Capa da primeira revista Avantgarde, 1970.
Em meados dos anos 50, foi difundido o tipo Neogrotescos, derivando-se dos
tipos grotesco, mas com um menor contraste entre o grosso e fino das hastes, mas não
monolineares como os geométricos. Alguns tipos que marcaram esse grupo foram: Arial,
Folio, Helvetica e Univers.
O tipo de letra Humanístico é o último do grupo dos Lineares, ele tem pouca
influência sobre os tipos grotescos e mais influencia aos tipos romanos venezianos, mas
ainda sendo um sem serifa. Essa categoria de tipos é bem mais delicada que os grotescos,
geométricos e neogrotescos, pelo seu contraste nas hastes e também o gancho da letra “a”
minúscula. Os grandes expoentes deste grupo são: Adrian Futiguer com o tipo desenvolvido
para o Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, em 1970 e 1975, o Frutiger; Herman Zap, o
grande tipógrafo ainda vivo com a criação do Optima, em 1958; e também o alfabeto Gil
Sans, de Eric Gill, desenvolvido em 1928.
20
FIGURA 23 – Sinalização do aeroporto Charles de Gaulle
21
FIGURA 24 – Gil Sans, de Eric Gill, desenvolvido em 1928.
No período atual, surgiram vários tipos entre eles os que pertencem ao grupo dos
Incisos, que romperam a fronteira entre o os tipos romanos, com serifas, e os tipos lineares,
sem serifas. O Tipo Inciso é considerado um semi-serifa, que tem a estrutura de um linear e
a elegância do tipo romano veneziano, porém com uma insinuação de serifa, que não chega
a destacar tanto como as serifas romanas. O tipo Albertus, de Berthold Holpe, em 1932, e o
tipo Friz Quadrata, do Ernst Friz, em 1973, são alguns entre vários tipos que hoje são
produzidos com essa característica.
Os tipos das classes Manuais, Manuscritos e Góticos são tipos que devem ser
utilizados com cautela, feitos apenas para serem utilizados em rotulagem e títulos, quando
usado sem uma preocupação ou atenção pode deixar os trabalhos de design gráficos
pesados e confusos. Por se tratar de tipos de forma mais complexa.
Já os tipos manuais imitam a escrita manual, porém não ficam em sua forma
corrida, ao contrário disso, a classe dos manuscritos imitam as escritas caligráficas, unindo-
se uma letra na outra. Esse tipo dá uma certa elegância ao design onde são aplicados.
22
Segue algumas fontes e seus produtores: Brush Scrip, de Robert E. Smith, 1942; Dom
Casual, de Peter Dombrezian, 1952 e Tekton, David Siegel, 1990.
E por último os tipos não latinos, formados por tipos que o nome mesmo diz, não
pertencentes ao alfabeto latino.
Em 4 de janeiro de 1808 o Brasil passou por uma virada cultural, onde no Rio de
Janeiro, já com mais de 50 mil habitantes, precisou abrigar mais de 15 mil novos europeus.
Nessa época começou a circular os primeiros impressos pela colônia, a princípio pelas
mãos da corte com a Imprensa Régia e logo depois com a instalação do primeiro jornal, “A
Gazeta do Rio de Janeiro”. Oficialmente essa é a primeira data de instalação de uma
tipografia no Brasil, que por muito tempo veio utilizando tipos produzidos na Europa.
O Brasil ainda não conquistou o seu lugar na história da tipografia mundial, mas
vêm sendo crescente o número de tipógrafos e trabalhos brasileiros reconhecidos mundo a
fora. Hoje podemos contar com grandes pessoas e movimentos que abriram importantes
portas para o desenvolvimento da tipografia nacional.
Uma dessas pessoas é Aloísio Magalhães, um dos idealizadores do Gráfico
Amador, Movimento incentivador à produção de livros artesanalmente, e ter por
característica a utilização de experiências em tipografia. Esse movimento aconteceu em
Recife, em 1954 a 1962. Durante esse período foram produzidos um total de vinte e sete
livros, três volantes, dois boletins e um programa de teatro. O gráfico amador foi criado por
Gastão de Holanda, José Laurenio de Melo e Orlando da Costa Ferreira e Aloísio
Magalhães com sua tipografia moderna experimental.
23
Segue um depoimento de José Laurenio de Melo, extraído do livro “O Gráfico
Amador – Origens da Moderna Tipografia Brasileira”, de Guilherme Cunha Lima, Editora
UFRJ.
“O que todos desejavam era pôr em prática o manifesto que nenhum deles
escrevera mas pairava no ar e era aceito pelos três {Orlando, Gastão e Aloísio}.
Para não fugir à natureza mesma dos manifestos, este se notabilizava, sobretudo
pelos propósitos de destruição. Era necessário destruir a noção de que o livro,
sob o aspecto material, está dispensado de ser obra de arte. Era necessário
destruir a perniciosa associação da idéia de beleza gráfica com as edições de
luxo, associação alimentada no Brasil pelo equívoco de alguns editores e
também pela esperteza de outros. Era preciso desfazer uma infinidade de mal-
entendidos em vigor no ambiente editorial brasileiro e que, por ignorância ou por
desleixo, ou por ambos os motivos, se estendem num livro desde a folha de rosto
até o colofon. Era preciso, inclusive, banir de uma vez a errata, hoje fora de
moda, mas cuja supressão ainda não foi de todo justificada no Brasil, ressalvadas
as possíveis exceções. Era, enfim, necessário atentar para uma série de
interminável de enormes minúcias, só na aparência desprezíveis, que não são
tomadas em consideração pelos editores nacionais. Na verdade, é por observá-
las rigorosamente que editores de outros países conquistaram o respeito e a
admiração do mundo inteiro”.
(LAURÊNIO, 2001, p.sem número)
Apesar do Brasil não ter uma tradição em tipografia, hoje contamos com vários
representantes da tipografia do Brasil no mundo, que possuem estilos variados, desde o
experimentalismo a alfabetos institucionais. Em 2000, foi realizada em São Paulo, na
Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), organizada pela designer Cecília Consolo,
uma amostra da produção tipográfica brasileira “Tipografia Brasilis” o evento contou com
trabalhos expostos dos nossos designers tipográficos. Trabalhos como o do designer
Eduardo Bacigalupo, um dos pioneiros da tipografia brasileira, que criou os alfabetos
institucionais da VASP, em 1985. O evento contou com a participação de vários
profissionais da área, tais como: Simone Mattar com a suas fontes “Mack Light” e “Mach
Bold”, criadas para a comunicação do colégio da Universidade Mackenzie; Fernanda Martins
que estudou na escola da Basiléia, na Suíça, que desenvolveu o alfabeto Brasília e sua
fonte recém criada Alphanumer, que embaralha os conceitos de algarismos e letras. O
24
evento também contou com as presenças de Rubens Matuck que é artista plástico e
também desenha tipos, Cláudio Rocha, criador juntamente com Tony de Marco, da Revista
Tupigrafia, o carioca Billy Bacon, criador de fontes que rasgam as regras da boa legibilidade,
entre outros designers brasileiros de tipos. 12
Fora o evento Tipografia Brasilis, existem vários outros meios em que a tipografia
brasileira está sendo divulgada, como nos eventos DNA tipográfico, Tipocracia e a Revista
Tupigrafia que está na sexta edição e quase todos os exemplares esgotados.
Billy Bacom, de 36 anos é designer gráfico formado pela Rock Moutain College of
Art & Design (RMCAD), EUA. É professor da PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro, e da Kabum! Escola de Artes e Tecnologia. É coordenador da regional Rio
da Associação de Designers Gráficos (ADG) e diretor de criação e design da NÚ-Dës desde
1996. Em 1997 criou a Subvertaipe – a primeira font-house genuinamente brasileira a
comercializar e distribuir fontes originais. Suas fontes já foram publicadas nas mídias
impressas nacionais e estrangeiras, e também em vinhetas eletrônicas de canais de
televisão.
Bruno Cacinho nasceu em 1981, na cidade de Recife, aos cinco anos chega ao
Rio de Janeiro, onde atualmente vive e trabalha como free-lancer. Formou-se em Desenho
Industrial, com Habilitação em Programação Visual, pela UFRJ - Universidade Federal do
Rio de Janeiro, em 2004. Seu primeiro contato com a tipografia foi em 2002, até desenvolver
12
Fonte: www.arcoweb.com.br/design/designt.asp, no dia 23 de abril de 2006. Texto resumido a partir de original do designer
gráfico Paulo Moreto, Publicada originalmente em PROJETODESIGN, edição 244 de 2000.
13
Para conhecer a organização Tipos do aCaso, visite o site: www.tiposdoacaso.com.br.
14
Essa lista foi retirada do livro Tipos e Grafias de Isabella Perrotta, foram excluídos alguns nomes deixando apenas os
profissionais de mais representatividade, para conhecer o catalogo completo dos profissionais de tipografia é só procurar no
livro Fontes Digitais Brasileiras de 1989 a 2001, da ADG Brasil produzido pela Editora Rosari em 2001.
25
a fonte Lvdica, no seu projeto final de graduação, baseado em estudos e viagens à região
das cidades coloniais de Minas Gerais.
Cláudio Rocha é brasileiro de 1957. Vive e trabalha em São Paulo como designer
gráfico e tipógrafo com fontes disponíveis no mercado internacional. Leciona tipografia, é co-
editor da revista “Tupigrafia”, e autor dos livros “Tipografia Comparada” e “Projeto
Tipográfico”.
Esses são apenas alguns profissionais. Se fosse para listar todos teria que
escrever um livro inteiro de profissionais que levam o nome do Brasil ao mundo da
tipografia.
26
2.5 Tipografia tradicional e experimental
A evolução da linguagem tipográfica não foi umas das mais rápidas, ela só foi ter
uma grande mudança na sua linguagem no século XIX, na produção de jornais, antes disso,
as fontes eram apenas para a produção de livros, levando em consideração apenas a
legibilidade. Para a adaptação em jornais os tipos foram condensados para caber mais
informações dentro da página. Foi necessário utilizar essas fontes para que a mancha de
15
O livro “Tipografy now two” explica a importância da tipografia experimental nos dias de hoje.
27
texto se adaptasse melhor as colunas. Outra modificação foi a utilização de fontes com as
ascendentes e descendentes menores obtendo uma entrelinha menor, sobrando assim,
mais espaço para inclusão de textos.
A segunda grande mudança foi na revolução industrial, onde aconteceu uma
grande movimentação tipográfica na propaganda, esses tipos precisavam ganhar mais
destaques para chamarem atenção, essa época foi marcada pela variedade de criação de
tipos em todo o mundo. Uma outra mudança foi a criação de fontes para sinalização, duas
fontes que se destacaram para essa área foram a de Johnston Underground Sans,
produzida por Edward Johnston, em 1916, para o metrô londrino e a fonte Frutiger, criada
para a sinalização do aeroporto de Paris, por Adrian Frutiger, em 1977. Essas fontes têm
como objetivo uma legibilidade perfeita para as situações onde elas são aplicadas, levando
em consideração a longa distância, a iluminação externa e condições do tempo. Esses
objetivos eram bem diferentes das antigas fontes feitas para leitura em livro.
Houve também uma grande mudança na produção e utilização de fontes na
aplicação em revistas de públicos específicos. A tipografia experimental ganhou um grande
espaço nos periódicos aproveitando a aceitação do público jovem. Um dos expoentes que
mais se destacou foi David Carson, utilizando as mais variadas formas, deixando de lado
várias regras de legibilidade. O seu texto tem o objetivo de chamar a atenção e prender o
leitor a decifrá-lo, diferente dos antigos textos que eram diagramados para que o leitor
tivesse uma perfeita e tranqüila leitura. 16
Com o avanço da tecnologia e a massificação da Internet, os criadores de tipos
tiveram que adaptar mais uma vez a tipografia. Por esse avanço começou a produção de
fontes para telas, com o objetivo de melhorar a legibilidade nos computadores e televisões.
Essas fontes são feitas para se adaptarem aos pixels, pontos que formam a imagem na tela
do monitor.
Veja mais informações sobre as fontes de tela no tópico, 2.8, deste projeto - Tipografia
bitmap: uma atual evolução.
16
Informação retirada do artigo “Tipografia na Comunicação Visual” por Cláudio Rocha, designer e Delegado brasileiro da
associação tipográfica internacional – AtypI, da revista Publish, Nº 67, edição de julho e agosto de 2003, da Editora Dabra.
28
2.7 O tipo e seus nomes
Nos próximos tópicos serão mostradas as nomenclaturas das partes dos tipos,
essas nomenclaturas serão apresentadas nas línguas portuguesa e inglesa, já que muitos
sites e livros abordam os termos da tipografia na língua inglesa.
Barra (arm): É o traço horizontal que aparecem nas letras “A”, “E”, “F”, “L”, “T”,
“e”, “f”, “t”.
29
FIGURA 27 – Ascendente e Descendente
Eixo (axis ou stress): É o ângulo de inclinação característico das letras “b”, “c”,
“e”, “g”, “o”, “p” e “q”. O eixo definido pela inclinação resultante da escrita manual é chamado
de eixo humanista e o eixo vertical é conhecido como eixo racionalista.
30
Terminais (terminal): São formas em semicírculo encontradas no final das letras,
“a”, “c”, “f”, “j”, “r”, “s” e “y”.
Haste (stem): É o troço vertical das letras a diagonal principal da letra “N”.
31
Espora (spur): É uma pequena projeção (não chega a configurar uma serifa) na
haste de algumas letras, como: “G”, “d”, “l”, “h”, “b”.
32
Caixa-Alta (uppercase) e Caixa-Baixa (lowercase): É a denominação das
maiúsculas e minúsculas.
17
Fonte: Coleção WebDesigner, volume01 – Design e Internet, no capítulo “Projetando Websites”. Livro da Editora Terra.
18
Informações sobre as variações da fonte foram retiradas do livro Projeto tipográfico, Cláudio Rocha.
33
Algumas variações relacionam-se ao peso e largura da fonte, que são auto-
explicáveis, já na variação de estilo é preciso entender um pouco mais sobre o a
nomenclatura específica.
Gothic: São letras sem serifas e não devem ser confundidas com as blackletters,
a escrita dos escribas. As fontes Gothic caracterizam os tipos sem serifas produzidos no
século XIX.
Alternative ou expert set: Costuma incluir caracteres Swach, com suas letras
rebuscadas que simulam as terminações típicas da caligrafia clássica e geralmente são em
caixa-alta e em itálico. Um expert set inclui também as frações, ligaturas, alguns
ornamentos, caracteres alternativos e oldstyle figures (os numerais elzeviriano, com
ascendentes e descendentes, feitos para serem inseridos em textos corridos).
As famílias tipográficas são formadas por fontes com variações em seu estilo
largura e peso. Formando alfabetos parecidos um com os outros, mas tendo a diferença de
sua variação, proporcionando uma utilização diferenciada de acordo com seu objetivo.
As explosões das famílias tipográficas vieram depois da revolução industrial, que
nessa época faziam a divulgação dos produtos e, com isso, a necessidade de aplicar em
várias situações diferentes tipos de letras. Diferente da realidade de antigamente, onde os
tipos eram utilizados apenas na produção de livros, havendo pouca necessidade de
variações.
Hoje temos várias fontes com famílias grandes, com variações entre peso,
largura e estilo. Com o novo formato de fonte digital, o Open Type, pode incluir num único
arquivo de fonte mais de 60 mil caracteres.
34
2.7.4 Utilização do tipo no projeto gráfico
Kern: Kern, kerning, kerned diz respeito ao ajuste do espaço em branco entre
uma letra e outra. Diferente da entreletra, que é a alteração proporcional entre um caractere
e outro. O Kern é o ajuste de pares das letras, que são diferentes de uma para outra. por
exemplo: o espaço em branco entre a letra “n” e “m” é diferente do espaço das letras “L” e
“y”, que nesse caso, tem que ter uma aproximação maior. Esse ajuste tem que ser analisado
cuidadosamente por vários pares de caracteres de todo o alfabeto, incluindo principalmente
aspas, pontos, virgulas entre outros.
35
2.8 Tipografia bitmap: uma atual evolução
Fontes bitmap são as fontes para utilização em mídias eletrônicas, como nas
telas de televisão e monitor de computadores. Essas fontes são criadas para ter uma boa
legibilidade levando em consideração os menores pontos que formam as telas, esses
pontos são chamados de pixels.
Na matéria, “Universo bitmap em evolução”, da revista Tupigrafia número 5,
assinada por Gustavo Ferreira, explica sobre a mais recente evolução da tipografia, que
vem acontecendo nos dias de hoje por causa da utilização das mídias eletrônicas. 19
“Dois mil e quatro já pode ser considerado um ano significativo para a tipografia
bitmap, com o lançamento simultâneo da Ultrafontes, da tecnologia Gray-Cell e
do sistema tipográfico Elementar”.
(FERREIRA, Universo bitmap em evolução, Revista Tupigrafia,
nº5, 2004, p. sem número).
19
Designer formado pela escola ESDI e mestre “Communication Planning and design” na HfG Schwäbisch Gmünd, Alemanha.
20
Termo utilizado para o recurso de suavização de contornos através de tons intermediários
21
programação tipográfica embutidas em fontes TrueType para instruir a geração de bitmaps em baixa resolução.
36
Com esse sistema a tipografia de tela possui finalmente múltiplas variações de
tamanho, largura de caracteres e espessura de traço. O sistema ainda possui diversas
variações de estilo e acabamento tipográfico (com serifa, itálica, mono-espaçada etc). A
flexibilidade deste método faz com que recursos de interatividade das mídias digitais
possam finalmente ser utilizados em nível tipográfico.
Concordante: ocorre quando utilizamos fontes da mesma família, com poucas variações.
Um projeto concordante tende a conferir uma aparência calma ou formal, às vezes este
projeto costuma a ficar pouco atraente, por não chamar atenção do leitor. Esta aplicação de
variação é muito utilizada na produção de livros.
Conflitante: ocorre quando combinamos fontes similares em estilo, tamanho e peso. Quando
essas variações de similares não se distinguem muito umas das outras, cria-se um conflito
entre elas. O leitor não consegue identificar as partes do texto no projeto prejudicando o
entendimento da mensagem.
37
2.10 Análise da Tipografia aplicada no Design Gráfico
Fonte: (www.nescafé.com,2003).
38
Nessas três imagens acima existe uma semelhança muito utilizada no projeto de
design, ambas utilizam uma variação concordante na tipografia, porém nos outros
elementos da página foram criados alguns contrastes, o principal é na direção dos tipos,
variando na horizontal e também na vertical.
39
FIGURA 37 – Cartaz de Armin Hofmann, Suíça, 1950.
40
Nas FIGURAS 37 e 38, existe um grande contraste na tipografia utilizada nos
projetos, na FIGURA 37 o contraste foi realizado pela variação no estilo e no tamanho das
fontes, foram utilizadas uma fonte Linear e uma fonte Script de corpo maior e cor clara
acentuando o contraste com o fundo escuro. Na imagem de David Carson, FIGURA 38, o
contraste é total, no tamanho, na direção, no estilo e também no peso, o texto nessas
aplicações ficam profusos e quase ilegível, porém prende o leitor a observar a página. Este
tipo de trabalho é conhecido como tipografia experimental, que bate de frente com a
tipografia tradicional que leva em consideração a maior legibilidade do texto.
Na FIGURA 39, é um tipo de trabalho que deve ser evitado, nenhum elemento
está em evidência, existe uma dificuldade em encontrar as informações, exatamente pelo
mau uso da tipografia. A aplicação de uma variação conflitante resulta num trabalho mal
elaborado.
41
CAPÍTULO III
CAMPANHA PUBLICITÁRIA “STUDIO TÝPTEIN”
3.1 Pesquisa
Público alvo
Agências de propaganda e publicidade de São José dos Campos e empresas de médio e
grande porte da Região do Vale do Paraíba.
Mercado alvo
O universo de Agências de propaganda em São José dos Campos, segundo o CENP em
2003, é constituído por 26 agências cadastradas.
O universo de indústrias da Região do Vale do Paraíba, é de 1.235 mil e empresas
prestadoras de serviços é de 10.793 mil, segundo o site da prefeitura de São José dos
Campos. Serão entrevistadas cinqüenta empresas que tenha potencial para o estúdio
prestar seus serviços.
42
GRÁFICO 01 – Quantos clientes ativos a agência possui?
No gráfico acima vemos que 70% das agências pesquisadas não costumam
contratar serviço de design gráfico.
43
GRÁFICO 03 – Qual a maior dificuldade em contratar um estúdio de design gráfico?
O gráfico acima mostra que 60% das agências não conseguem repassar o valor
cobrado para os seus clientes, impossibilitando negociações entre agência e estúdio de
design.
44
GRÁFICO 05 – Qual a maior dificuldade em contratar um estúdio de design gráfico?
45
Calçados, Oxtig Usinagem, Planevale Planejamento e Consultoria, Proxion Solutions, Rede
Imobiliária São José, RP Consultoria, Satel Telecomunicações, Sematécnica, Unimed
Uniodonto, Unitau, Vale Sul Shoping, Valestruz, Verde Vale, Viação , Jacareí, Vinac
Consórcios, Yázigi.
46
No GRÁFICO 07, vemos que 0% das empresas contratam serviços de criação de
fonte e 28% contratam serviços de design para criação de marcas.
No GRÁFICO acima, mostra que 60% das empresas entrevistadas não sabem o
que é tipografia, e apenas 16% conhecem sobre a importância da tipografia para a sua
empresa.
GRÁFICO 09 – Caso você fosse convencido dos resultados que a tipografia traz a sua marca, você
pagaria mais por isso?
47
De acordo com a pesquisa, 86% dos entrevistados pagariam mais pelos serviços
de design, caso fossem convencidos dos benefícios que a tipografia proporciona a sua
marca.
3.2.1 Diagnóstico
Oportunidade
Mercado regional com muitas indústrias e pequenas empresas de produtos de
consumo;
Variedade de veículos de comunicação na região: revistas, jornais, editoras;
Falta de conhecimento do mercado sobre o resultado que um design de
qualidade agrega no produto e empresa.
Ameaças
Falta de conhecimento do mercado sobre tipografia;
Falta de costume do mercado em contratar mão de obra especializada;
Forte concorrência dos amadores, conhecidos como “micreiros”, na produção de
trabalhos relacionados a design.
48
Pontos fortes
Ter um diferencial claro que é o design baseado na tipografia personalizada para
cada projeto.
Não ter na região um concorrente direto com esse diferencial, facilitando assim, o
posicionamento do estúdio no mercado.
Ter uma opção de prestação de serviço diferenciada, propiciando para o cliente a
locação de mão de obra trabalhando in-loco (no cliente). Assim o cliente tem uma
proximidade maior com o projeto podendo interferir quando necessário. Este módulo de
prestação de serviço é realizado em alguns serviços específicos: comunicação interna,
gerenciamento de website.
Pontos fracos
Quadro de funcionários pequeno;
Escritório sem condições de atender muitas empresas.
3.2.2 Prognóstico
Ser reconhecido no mercado como um estúdio de design com o diferencial de
tipografia; Atuar no mercado onde as empresas reconheçam a importância do serviço de
design e a importância da construção de uma marca com a utilização da tipografia; Prestar
serviços com a maior flexibilidade e proximidade com o cliente, para satisfazer os seus
anseios e ao mesmo tempo trazer resultados positivos com os serviços prestados.
Atender empresas da região que realmente necessitem das soluções apresentadas pelo
estúdio.
Público alvo
Empresas da região que produzam produtos de consumo, prestadoras de
serviços.
Objetivo de Comunicação
Objetivo Geral: Posicionar-se no mercado da região com o diferencial de
tipografia agregando valor aos negócios dos clientes.
49
Objetivos específicos: Educar o mercado em relação à importância da mão de
obra qualificada de design; Divulgar ao mercado o valor que a tipografia personalizada
agrega na marca.
3.2.4 Posicionamento
50
O e-mail marketing terá um link para o site, onde o cliente encontrará todas as
informações necessárias para que ele conheça a importância do serviço prestado do estúdio
à sua empresa.
51
FIGURA 41 – Pasta Portfólio
52
E-mail marketing: Chamar a atenção do cliente para que entre no site e conheça
as soluções oferecidas pelo estúdio.
53
Site: Informar para que o cliente tenha o conhecimento sobre o diferencial do
estúdio e os benefícios que esse diferencial propicia à sua empresa. Colocar um case de
sucesso do estúdio.
54
FIGURA 44 – Site, página Empresa
55
FIGURA 45 – Site, página Sua empresa diferente.
A página do site “Sua empresa diferente” tem um jogo para que o cliente entenda
como a tipografia se destaca das outras marcas. Neste jogo o cliente tem que adivinhar as
marcas que estão na página. Três dessas marcas foram criadas com tipografia
personalizada e as outras três restantes foram criadas com tipografia comum. O cliente
notará que as marcas de tipografia personalizada são muito mais fáceis de serem
identificadas.
56
Folder: Explicar ao cliente os benefícios da tipografia para a construção de uma
marca e mais informações sobre os serviços do estúdio.
Formato fechado: 20x15cm / Papel: coche 170 g/m²
Cores: 4x4 no processo CMYK / Acabamento: Faca especial e plastificação.
Páginas: 12 páginas
57
FIGURA 47 – Folder página 02 e página 03.
58
FIGURA 48 – Folder página 04 e página 05.
59
FIGURA 49 – Folder página 06 e página 07.
60
FIGURA 50 – Folder página 08 e página 09.
61
FIGURA 51 – Folder página 10 e página 11.
62
Apresentação Institucional: Expor as empresas o quão é importante a tipografia
para sua marca no mundo competitivo, identificar para o cliente onde a tipografia e design
podem ajudar na comunicação de sua empresa. Essa apresentação será montada com
informações previamente pesquisada pelo estúdio sobre a empresa que estiver sendo
apresentada. Será entregue ao estúdio uma máscara com o layout da apresentação para
que sejam inseridas as informações dos respectivos clientes.
63
Frota: Divulgar a marca na região e identificar a frota.
64
3.4 Orçamentos
65
CONSIDERAÇÕES FINAIS
66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros
BRINGHURST, Robert. Elementos do Estilo Tipográfico. Cosac & Naify, 2005
EUSTACHIO, José & RIBEIRO, Julio. Entenda Propaganda. São Paulo: Senac, 2003
HOLLIS, Richard. Design Gráfico – Uma História Concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2000
MARTINS, Zéca. Redação Publicitária – Prática na Prática. São Paulo: Atlas, 2003
NIEMEYER, Lucy. Tipografia: Uma Apresentação – Coleção Base Design. Rio de Janeiro:
2AB, 2004
PERROTTA, Isabella. Tipos e Grafias. Rio de Janeiro: Viana & Mosley, 2005
STRUNCK, Gilberto. “Viver de Design”. Rio de Janeiro: 2AB, 2004 (4ª edição, atualizada)
VILLAS-BOAS, André. O que é [e o que nunca foi] design gráfico. Rio de janeiro: 2AB, 2002
WILLIAMS, Robin. Designer para quem não é Designer. São Paulo: Editora Callis, 1995
Revistas
TUPIGRAFIA, Revista, ano 5º. nº 1, 2, 3, 4, 5 e 6, 1999 à 2005.
ADG. Associação Design Gráfico do Barsil, Revista, nº 19, 23, e 25. 2000 à 2006.
Sites
Disonível em <site:www.tipografia.com.br> Acessado em: <25 de outubro>
Disonível em <http://www.ibiblio.org/expo/vatican.exhibit/exhibit/chumanism/Ciceronianism.html,2006
Acessado em: <25 de outubro>
68
ANEXOS
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PROBLEMA DE PESQUISA
70
OBJETIVO GERAL
Desenvolver uma campanha publicitária para o Studio Týptein, que tem como
objetivo posicionar a sua marca com o diferencial da tipografia.
OBJETIVO ESPECÍFICO
71
JUSTIFICATIVA
22
Entrevista cedida por e-mail por Carlos Magno, na data de 28 de abril de 2006, à respeito do mercado de design gráfico em
São José dos Campos.
72
REVISÃO DE LITERATURA
73
“Todos os tipógrafos deveriam estudar este livro, Não se trata de apenas mais uma
publicação sobre tipografia, como tantas outras no mercado. É, ao contrário, item
obrigatório para qualquer pessoa no mundo das artes gráficas, em especial para os
nossos novos amigos que estão ingressando na área. Escrito por um especialista, o livro
de Robert Bringhurst é particularmente bem-vindo numa época em que o design
tipográfico é às vezes erroneamente interpretado pelos designers como uma forma de
auto-expressão. Como define Robert Bringhurst: “A boa tipografia é como o pão: pronto
para ser admirado, louvado e repartido antes de ser consumido”.
Espero que esse livro se torne a bíblia dos tipógrafos.”
HERMANN ZAPF, 2005
74
METODOLOGIA
Esse trabalho será dividido por quatro etapas: A primeira será apoiada numa
pesquisa bibliográfica, onde será estudada a evolução do design e da tipografia no Brasil e
no mundo.
A segunda etapa será feita uma pesquisa documental juntamente com o cliente
para saber informações sobre a empresa e também informações importantes sobre o
mercado do Stúdio Týptein, para isso, será necessário elaborar um briefing acadêmico.
Na terceira parte do trabalho será necessária uma pesquisa quantitativa com os
públicos alvos: agências de propaganda e empresas da região de São José dos Campos,
para descobrir qual mercado alvo que deva ser o foco das prestações dos serviços do
estúdio.
Na quarta e última fase do trabalho será fundamentado através de pesquisa
bibliográfica todo o desenvolvimento da campanha publicitária do Stúdio Týpten.
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