Você está na página 1de 23

Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Arquitetura e Urbanismo


# DAUUFS #

Conforto Lumínico (Slide 4)

Laboratório de Conforto Ambiental - ARQUI0053


Prof. Italo César Montalvão Guedes
E-mail: italomontalvao@yahoo.com.br

Laranjeiras, 2018.2
1. Aspectos gerais
Conforto visual “é entendido como a existência de um conjunto
de condições, num determinado ambiente, no qual o ser humano
pode desenvolver suas tarefas visuais com o máximo de
acuidade e precisão visual, com o menor esforço, com o menor
risco de prejuízos à vista e com reduzidos riscos de acidentes.
(LAMBERTS, et al. 1997)

A Iluminação objetiva fornecer boas condições de


visibilidade.

Níveis de iluminância (E); Distribuição de iluminância pelo


local, evitar ofuscamento, considerando também os aspectos
psico-estético como fundamentais na concepção do espaço.

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
1. Aspectos gerais
Um ambiente bem iluminado deve:

Garantir iluminância suficiente;


Boa distribuição de iluminância;
Contraste adequado (proporção de luminâncias);
Bom posicionamento de luminárias conforme local da
atividade, evitando sombras indesejadas;
Ter um sistema de iluminação artificial eficiente.
Como atingir o conforto visual?

Sistema de Iluminação Natural


Recursos Sistema de Iluminação Artificial
Sistema integrado de Iluminação Natural e Artificial
Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)
Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
1. Aspectos gerais

Radiação eletromagnética

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
1. Aspectos gerais

A parcela da radiação
eletromagnética compreendida
entre os comprimentos de onda
de 380 a 780 nm é conhecida
como luz, sendo a faixa do
espectro que o olho humano
consegue perceber.
Fonte: OSRAM, 2007
Dependendo do comprimento de onda será a cor da luz percebida pelo olho humano. Nos
comprimentos de onda de 380 a 440 nm tem-se a cor violeta, de 440 a 500 nm a cor azul,
de 500 a 570 nm a cor verde, de 570 a 590 nm a cor amarela, de 590 a 630 nm a cor
laranja e finalmente de 630 a 780 nm a cor vermelha.

Radiação ultravioleta, responsável pelo desbotamento dos objetos a ela expostos.

Radiação infravermelha, que só pode ser percebida sob a forma de calor.

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural
Segundo Mascaró (1983) é toda luz proveniente do Sol, seja em forma direta,
através dos raios solares, ou indireta devida à reflexão da atmosfera com ou sem
nuvens (luz difusa), da vegetação, dos edifícios ou outros objetos existentes na
superfície da Terra (luz refletida).

A luz do dia varia em função: Da época do ano.


Hora do dia.
Presença maior ou menor de vapor d’água.
Existência de poluentes em suspensão no ar.
Latitude e altitude local.
Estado do Céu.
Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)
Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural – Tipos

Iluminação Lateral (Janelas) e Iluminação Zenital.


A sua correta escolha vai depender da forma e disposição do ambiente, tipo de
tarefa visual a ser realizado, bem como, aspectos técnicos e econômicos.

Iluminação Lateral:

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural – Tipos

Iluminação Lateral (Janelas) e Iluminação Zenital.


A sua correta escolha vai depender da forma e disposição do ambiente, tipo de
tarefa visual a ser realizado, bem como, aspectos técnicos e econômicos.

Iluminação Lateral:

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural – Tipos

Fonte: Adaptado de Iluminação Natural. Disponível em:


www.usp.br/.../disciplinas/aut0262/007_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategias_de_Projeto.pdf. Acesso em
01/02/07.

Fonte: Adaptado de Iluminação Natural. Disponível em:


www.usp.br/.../disciplinas/aut0262/007_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategias_de_Projeto.pdf. Acesso
em 01/02/07.
Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)
Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural

Características da Iluminação Lateral:

- Não uniformidade da distribuição da luz


pelo ambiente.

- Diminuição rápida do nível de


iluminação com o afastamento da
janela.

- Recomendação de projeto: A
profundidade não deve exceder a 2,5 H
(H: altura do piso a verga da janela).

Considera-se como zona de eficiência a


distância de 1,5 H da janela

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural
Influência da altura da Janela:

Janela Alta:

- Penetração mais profunda da luz no ambiente.


- Boa captação de luz sem direcionamento à linha de visão.
- Boa iluminação do forro ou teto, possibilitando melhor distribuição
luminosa no ambiente.
- Apropriada para ambientes que possuem atividades sensíveis ao
ofuscamento. Por exemplo: Sala de computação.
- Perda ou redução do contato visual com o ambiente externo.
Janela Baixa:

- Iluminação mais próxima da área da janela.


- Permite visão do ambiente exterior.
- Pode provocar ofuscamento direto ou reflexivo.
- Facilidade de manutenção e operação.
Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)
Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural

Iluminação Zenital:

Tipos: Sheds, lanternins, clarabóias,


domus, átrios.

Fonte: LAMBERTS et al, 1997

Fonte: LAMBERTS et al, 1997

Fonte: LAMBERTS et al, 1997

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural

Iluminação Zenital:

Sheds Clarabóia

Lanternins
Domus
Fonte: Adaptado de Iluminação Natural. Disponível em:
www.usp.br/.../disciplinas/aut0262/007_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estrategias_de_Projeto.pdf. Acesso em
01/02/07.
Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)
Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural
Iluminação Zenital:

Átrio

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
2. Iluminação natural
Características da Iluminação Zenital:

- Maior uniformidade da iluminação no ambiente.

- Custo inicial mais alto comparada à iluminação


lateral.

- Maior necessidade e dificuldade de manutenção.

- Maior dificuldade para a localização dos


elementos de controle e proteção solar e de
ventilação.

- Tipo de iluminação adequada para locais


profundos.
Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)
Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
3. Iluminação Artificial – Grandezas Fotométricas

Fluxo Radiante e Fluxo Luminoso

Fluxo radiante é a potência [W] da radiação


eletromagnética emitida ou recebida por um corpo. O
fluxo radiante pode conter frações visíveis e não visíveis.

Por exemplo, quando uma lâmpada é ligada não


existente apenas a radiação visível, a radiação
térmica (infravermelho) também é sentida.

O componente de qualquer fluxo radiante que gera uma resposta visual é


chamado de fluxo luminoso - φ. A unidade no SI para fluxo luminoso é lúmen
[lm].

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
3. Iluminação Artificial – Grandezas Fotométricas

Iluminância:
Quando a luz emitida por uma fonte atinge uma superfície, esta superfície será
iluminada. Assim, iluminância (E), é a medida da quantidade de luz incidente numa
superfície por unidade de área. Sua unidade no sistema internacional é lumen/m2 ou lux
[lx].

Foto: Luxímetro Tenmars


TM-202

Fonte: OSRAM, 2007

Fonte: OSRAM, 2007


Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)
Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
3. Iluminação Artificial – Grandezas Fotométricas
Luminância:

Luminância pode ser considerada como uma medida física do brilho de uma
superfície iluminada ou fonte de luz, sendo através dela que os seres humanos
enxergam. A luminância é uma excitação visual e a sensação de brilho é a
resposta visual desse estímulo.

Fonte: OSRAM, 2007 Fonte: OSRAM, 2007


A luminância “L”, é definida como a intensidade luminosa por unidade de
superfície aparente de uma superfície iluminada numa dada direção e sua
unidade no SI é candela/m2 [cd/m2]. A superfície aparente é a área que a
superfície parece ter do ponto de vista do observador.

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
3. Iluminação Artificial – Grandezas Fotométricas
Temperatura de cor – é a aparência ou tonalidade de cor da luz emitida pela lâmpada. È
medida em Kelvin (K). Trata-se de uma escala criada através da comparação de uma barra de
metal. À medida que a temperatura de uma barra vai aumentando, esta vai modificando de cor.

Índice de reprodução de cor (IRC)- indica a


capacidade que uma fonte luminosa tem de reproduzir
fielmente a cor do objeto por ela iluminado. O IRC
varia de 0 (zero) a 100, sendo 85 considerado bom.

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
3. Iluminação Artificial - ANEXOS

Fonte: LAMBERTS et al, 1997

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
3. Iluminação Artificial - ANEXOS

Diferença relativa entre a luminância (brilho) de determinado objeto


e a luminância do entorno imediato deste objeto.

C = (Lobjeto – Lfundo) / Lfundo,

Onde:
C : Contraste

Lobjeto: Luminância de determinado


objeto

Lfundo: Luminância do entorno


Fonte: LAMBERTS et al, 1997
imediato deste objeto.
Fonte: VIANNA e GONÇALVES, 2001

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
3. Iluminação Artificial - ANEXOS

- Desconfortável ou pertubador
- Inabilitadores (LAMBERTS et al, 1997)

- Direto
- Indireto ou reflexivo
(OSRAM,2007) Fonte: LAMBERTS et al, 1997

Fonte: OSRAM, 2007


O ofuscamento pode ocorrer devido:

(LAMBERTS et al, 1997)


Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)
Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes
Referências:

Iluminação Natural. Disponível em:


www.usp.br/.../disciplinas/aut0262/007_Cecace_2006_Iluminacao_Zenital_Estr
ategias_de_Projeto.pdf. Acesso em 01/02/07.

LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano & PEREIRA, Fernando Oscar


Ruttkay. Eficiência energética na arquitetura. 2. ed. São Paulo: ProLivros, 1997.

OSRAM. Manual Luminotécnico Prático. Disponível em: www.osram.com.br.


Acesso em: maio de 2007.

VIANNA, Nelson Solano & GONÇALVES, Joana Carla Soares. Iluminação e


arquitetura. São Paulo: Geros, 2001.

Laboratório de Conforto Ambiental (ARQUI0053)


Conforto lumínico Prof. Italo César Montalvão Guedes

Você também pode gostar