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net/publication/278392428
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Sofia Vale
Faculty of Law of Agostinho Neto University, Luanda, Angola
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All content following this page was uploaded by Sofia Vale on 16 June 2015.
Sofia Vale
Outubro de 2012
Nos termos do artigo 2.º, n.º 2, da Lei das Parcerias Público-Privadas, consideram-se
parceiros públicos o Estado e as autarquias locais (que, apesar de constitucionalmente
previstas estão ainda em processo de criação), os fundos e serviços autónomos e as
entidades públicas empresariais. A Lei das Parcerias Público-Privadas também se aplica
aos casos em que o parceiro privado é uma cooperativa ou uma entidade de fim não
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lucrativo (artigo 2.º, n.º 3, da Lei das Parcerias Público-Privadas). Note-se, contudo, que
ficam excluídos do âmbito de aplicação da Lei das Parcerias Público-Privadas (i) as
empreitadas de obras públicas, (ii) os contratos públicos de aprovisionamento, (iii) as
parcerias público-privadas cujo valor seja inferior a 500,000,000 kwanzas e (iv) todos os
demais contratos de fornecimento (de bens e serviços) cujo prazo seja igual ou inferior a
três anos (artigo 2.º, n.º 6, da Lei das Parcerias Público-Privadas).
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A identificação da entidade pública responsável pela realização dos pagamentos
que devam ser feitos no âmbito da parceria público-privada e a identificação da
origem dos recursos financeiros necessários à realização desses pagamentos;
Resulta do artigo 9.º da Lei das Parcerias Público-Privadas que, antes de ser submetida à
apreciação do Executivo, uma parceria público-privada deve ser avaliada, em primeiro
lugar, pela Comissão Ministerial de Avaliação das Parcerias Público-Privadas (CMAPP).
A Comissão Ministerial de Avaliação das Parcerias Público-Privadas é composta pelo
Ministro da Economia, Ministro das Finanças e Ministro do Planeamento. Para projectos
relativos a um sector específico, admite-se a participação do Ministro da tutela
responsável.
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termos da parceria (artigo 12.º, n.º 1, da Lei das Parcerias Público-Privadas). A Comissão
Ministerial de Avaliação das Parcerias Público-Privadas pode, após proposta do Ministro
responsável, decidir suspender ou cancelar o processo se os resultados das negociações
não observarem os fins de interesse público que a referida parceria visa promover, não
tendo as partes envolvidas direito a qualquer indemnização (artigo 12.º, n.º 3, da Lei das
Parcerias Público-Privadas). O processo também terminará se apenas um candidato
estiver disponível, salvo de a Comissão Ministerial de Avaliação das Parcerias Público-
Privadas decidir expressamente o contrário (artigo 12.º, n.º 4, da Lei das Parcerias
Público-Privadas).
Antes do contrato de parceria ser celebrado, é necessário, nos termos do artigo 13.º da Lei
das Parcerias Público-Privadas, constituir uma sociedade de fim específico. O objectivo
dessa entidade, que poderá assumir qualquer dos tipos legais previstos para as sociedades
comerciais, será responsável pela implementação e pela gestão do projecto. Caso a receita
anual da sociedade de fim específico exceda o montante que venha ser determinado pela
Comissão Ministerial de Avaliação das Parcerias Público-Privadas, essa sociedade deve
adoptar a forma de sociedade anónima – que poderá, inclusivamente, emitir valores
mobiliários admitidos à negociação em mercado nacional ou internacional. Se a receita
anual desta sociedade de fim específico ultrapassar um outro montante definido pela
Comissão Ministerial de Avaliação das Parcerias Público-Privadas, ela será obrigada a
adoptar normas de contabilidade constantes do padrão IFRS (International Finance
Report Standard).