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15/01/2020 AVA UNINOVE

Farmacologia do Sistema Nervoso


Autônomo Simpático
AQUI DISCUTIREMOS OS FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO

AUTOR(A): PROF. LUCIANA VISMARI

AUTOR(A): PROF. VIVIANI MILAN FERREIRA RASTELLI

Revisão do Sistema Nervoso Periférico:

 
O sistema nervoso periférico é dividido em duas partes:

Aferente: sensitiva, os neurônios estão ligados a baroceptores, receptores de superfície, receptores táteis
que levam a informação da periferia para o sistema nervoso central.
Eferente: motora, as informações processadas e enviadas pelo sistema nervoso central chega à periferia e
excuta uma função. A divisão eferente é composta pelo sistema nervoso autônomo e Somático.
Sistema Nervoso Somático:
A ativação é voluntária e consciente, é a inervação dos nossos músculos esqueléticos, por exemplo, o
levantar do braço, uma caminhada é realizada de forma consciente.

Sistema Nervoso Autônomo:


A ativação não depende da nossa vontade, é a inervação dos nossos órgãos e vísceras, vasos sanguíneos.

Esse sistema que controla os processos de contração da musculatura lisa, os batimentos cardíacos, a
secreção de hormônios e os processos metabólicos.
Esse sistema é controlado por centros localizados no tronco cerebral, na medula e no hipotálamo. É

dividido em Simpático e Parassimpático.

Sistema Nervoso Autônomo Simpático:


Prepara o organismo para a luta e para a fuga, o neurotransmissor envolvido é a noradrenalina que ativa os

receptores adrenérgicos alfa e beta.

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Legenda: ORGANIZAçãO E EFEITOS DO SISTEMA NERVOSO AUTôNOMO SIMPáTICO

Fármacos que atuam no sistema Nervoso Simpático:


 

Classificação dos fármacos Agonistas Adrenérgicos:

Estrutura Química:

Catecolaminas:

Adrenalina
Noradrenalina
Dopamina
Isoprenalina
Não Catecolaminas:

Efedrina
Anfetamina
Fenilefrina
Metoxamina

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Mecanismo de ação:

Ação indireta:
São fármacos que não atuam em receptores adrenérgicos, mas aumentam a síntese e a liberação de
noradrenalina.

Tiramina
Anfetamina

Aumenta a liberação de noradrenalina pelo neurônio adrenérgico


Inibidores da Monoaminoxidase (MAO)

Inibem a degradação das catecolaminas, aumentando os níveis de noradrenalina na fenda


sináptica.

Moclobenida
Seleginida

Ação direta:
São fármacos que ativam os receptores adrenérgicos, seja de forma seletiva ou não seletiva.
 

Seletividade Agonistas Adrenérgicos:

FÁRMACO RECEPTOR

  alfa1 alfa2 beta1 beta2

Noradrenalina +++ +++ ++ +

Adrenalina ++ ++ +++ +++

Isoproterenol 0 0 +++ +++

Clonidina 0 +++ 0 0

Salbutamol 0 0 + +++

Terbutalina 0 0 + +++

Dobutamina 0 0 +++ +

Usos clínicos dos Agonistas Adrenérgicos:

FÁRMACO RECEPTOR ENVOLVIDO USO CLÍNICO

Asma aguda
Adrenalina alfa 1 e 2 / beta 1 e 2 Choque anafilático

Associado à anestésicos locais

Noradrenalina alfa 1 e 2 / beta 1  Tratamento do choque

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FÁRMACO RECEPTOR ENVOLVIDO USO CLÍNICO

Tratamento do choque
Dopamina Dopaminérgico / beta 1
Insuficiência cardíaca

Dobutamina beta 1 Insuficiência cardíaca congestiva

Fenilefrina alfa 1 Descongestionante nasal

Clonidina alfa 2 antihipertensivo

Terbutalina Broncodilatador
beta 2
Salbutamol Prevenção do trabalho de parto

Anfetamina alfa 1 e 2 / beta 1 e 2 Estimulante do SNC

Asma
Efedrina alfa 1 / beta 1 e 2
Descongestionante nasal

Classificação dos fármacos Antagonistas Adrenérgicos:

A maioria dos antagonistas adrenérgicos é seletivo para receptor beta ou receptor alfa, e muitas vezes

seletivos também para os subtipos.

Ação Direta:

Bloqueadores alfa:

Reversíveis
Irreversíveis
Bloqueadores beta:

Seletivos
Não seletivos
 

Antagonistas alfa:

Não seletivos: Bloqueia receptores alfa 1 e alfa 2.

Fentolamina
Fenoxibenzamina
Utilizados principalmente no tratamento do feocromocitoma, um tumor na glândula adrenal com aumento

da produção de adrenalina.

Seletivo alfa 1:

Prazosina
Doxazosina

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Nos vasos a noradrenalina ativa receptores alfa-1 levando a vasoconstrição, o bloqueio desses receptores

leva vasodilatação que diminui a resistência vascular periférica diminuindo assim a pressão arterial. Essa

vasodilatação pode causar uma taquicardia reflexa. Esses fármacos podem causar hipotensão ortotástica,

causando tontura.

São utilizados como anti-hipertensivos e também no tratamento da hiperplasia prostática benigna.

Seletivos alfa 2:

Ioimbina
Idazoxano
Utilizados como estimulantes sexuais.

Antagonistas beta:

Não seletivos: Inibem beta 1 e beta 2

Propranolol
Alprenolol
Timolol
Naldolol
Pindolol
 

Quando inibem a contração e frequência cardíaca, diminuem a pressão arterial, porém inibem também

receptores beta 2, inibem a vasodilatação e aumentam a resistência vascular periférica o que pode diminuir

o efeito antihipertensivo. Além do efeito na pressão arterial os beta bloqueadores não seletivos podem

causar broncoconstrição.

Seletivos Beta 1:

Atenolol
Metoprolol
Acebutol
São também chamados de cardioseletivos, esses fármacos tem um efeito terapêutico melhor e menor

incidência dos efeitos colaterais.

Usos clínicos dos beta-bloqueadores:

Cardiovascular:

Angina de peito
Infarto do miocárdio
Arritmias
Insuficiência cardíaca
Hipertensão
Outros usos:

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Glaucoma
Ansiedade
Profilaxia da enxaqueca
Tremor essencial benigno
 

Ação Indireta:

São fármacos que não atuam diretamente sobre os receptores adrenérgicos, mas interferem na síntese e

liberação da noradrenalina.

Fármacos que reduzem a síntese de Noradrenalina:

Alfa-metiltirosina:

Inibe e tirosina hidroxilase


Utilizado no tratamento do feocromocitoma
Alfa-metildopa:

Entra na cascata de síntese de noradrenalina, formando um falso neurotransmissor a alfa-metil-


noradrenalina que não tem efeito biológico.
Carbidopa:

Bloqueia a dopa descarboxilase, aumentando a quantidade de dopa e diminuindo a quantidade de


dopamina e noradrenalina. Utilizado na doença de Parkinson
 

Fármacos que reduzem a liberação de Noradrenalina:

Reserpina:

Inibe o transporte de noradrenalina para o interior da vesícula sináptica impedindo assim sua
liberação.

ATIVIDADE

O mecanismo de ação do propranolol é:

A. Antagonista não seletivo de receptor beta-adrenérgico

B. Agonista de receptor alfa-adrenérgico tipo 2

C. Antagonistas seletivo de receptor alfa-adrenérgico tipo 1

D. Agonista de receptor beta-adrenérgico

ATIVIDADE

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Na insuficiência cardíaca congestiva são utilizados fármacos para


aumentar a contração e diminuir a frequência cardíaca, qual fármaco
pertence a essa classe sendo agonistas de receptor beta-adrenérgico?

A. Ramipril

B. Clortalidona

C. Dobutamina

D. Atenolol

ATIVIDADE

A adrenalina é frequentemente utilizada associada a anestésicos locais


porque:

A. A adrenalina é um antagonista de receptores alfa-1 e desta forma,

produz vasoconstrição e reduz a circulação sanguínea no local de

aplicação e possíveis sangramentos em procedimentos odontológicos

B. Devido a vasodilatação produzida pela adrenalina, há redução da

absorção de agentes anestésicos causando aumento na duração de

anestesia 

C. A adrenalina é um agonista de receptores alfa-1 e desta forma, produz

vasoconstrição e reduz a circulação sanguínea no local de aplicação e

possíveis sangramentos em procedimentos odontológicos

D. A adrenalina é um agonista de receptor ?-2 e desta forma, produz

vasodilatação e reduz a circulação sanguínea no local de aplicação e

possíveis sangramentos em procedimentos odontológicos

REFERÊNCIA
BRUTON, L. L. et al. Goodman e Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 11ª ed., Rio de Janeiro:

MacGralHill, 2007.

RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 6ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

FUCHS, F.D; Wannmacher, L.;Ferreira, M.B.C. Farmacologia clinica : fundamentos da terapêutica racional.

3ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

KATZUNG, B.G. (Ed.). Farmacologia: básica & clínica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

ZANINI, A. C.; OGA, S. Farmacologia Aplicada. 5ª ed., São Paulo: Atheneu. 1994.

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