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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
3O ESQUADRÃO DE CAVALARIA MECANIZADO
ESQUADRÃO GENERAL LUCIANO PHAELANTE CASALES

OM: 3o Esqd C Mec PLANO DE SESSÃO DATA: 08 Mar a 13 Mar


NR: ____ HORA: 0730h a 1730h
FASE: Instrução Individual TURMA: 3o Pel C Mec
PERÍODO: Instrução Individual Básica GRUPAMENTO: 1 Pel

MATÉRIA: 1. Armamento, munição e tiro


UNIDADE DIDÁTICA: B-102 – Montar e desmontar o fuzil
ASSUNTO: 4 - Fuzil: A. Apresentação E Características; B. Nomenclatura; C. Desmontagem E
Montagem De 1º Escalão; D. Manejo; E. Funcionamento;e F. Manutenção.

PADRÃO DE DESEMPENHO:
Realizar a desmontagem em um minuto. - Identificar as peças principais do fuzil. - Realizar a
montagem, em um minuto, deixando a arma em condições de funcionar. - Manusear as peças com
cuidado, para não danificar o armamento.

LOCAL: Garagem do 3o Pel C Mec

PROCESSO(S) DE ENSINO: Palestra e Prática controlada

MEIOS AUXILIARES: 48 Fuzis FAL 7,62mm, 12 mantas leves, lisolenes com conteúdo da instrução.

INSTRUTOR: MONITOR(ES): AUXILIAR(ES):


o
Asp Of Médici Cad De Abreu, Cad Lourenço, 3
Sgt Andrade e 3o Sgt Rhafael
Duarte

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS: Preparar o local da instrução (organização das mantas, uma para
cada dupla, instalação dos lisolenes e um fuzil desmontado pela equipe de instrução para servir de
modelo)

MEDIDAS DE SEGURANÇA: CI 32/1 Prevenção de Acidentes de Instrução

FONTES DE CONSULTA: Apostila de Armamento, Munição e Tiro Fuzil 7,62 M964 (FAL) e Fuzil
Mtr 7,62 M964 (FAP) – DECEx/EsPCEx 2a Edição 2011

ASSINATURA: VISTO:

_________________________ ________________________
Asp Of Cav Médici Cap Rodrigues
Instrutor S3 / 3o Esqd C Mec
MAI
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO E
OBS

I – INTRODUÇÃO:
1. Início da instrução:
a. Os soldados chegarão ao local de instrução e será realizada a apresentação
do grupamento;
b. Após a apresentação, os militares serão dispostos nas mesas no interior da
SIB.
c. Será realizada uma introdução abordando a importância do conhecimento
das principais causas de acidentes domésticos, no trânsito e de trabalho.

2. Apresentação dos objetivos da sessão:

a. Identificar as principais causas de acidentes:


1) Acidentes domésticos
2) Acidentes de trânsito
3) Acidentes de trabalho

b. Preservar local de acidente ou ilícito:


1) Socorro às vítimas
2) Isolamento da área
3) Preservar o local
10’ Projetor

II – DESENVOLVIMENTO:

Após a realização da introdução, com os instruendos sentados, o instrutor


apresentará:

1. Como identificar causas e prevenir domésticos:


a. De cozinha
1) Virar cabos de panelas para o interior do fogão;
2) Deixar objetos cortantes ou quebráveis fora do alcance de crianças;
3) Utilizar luva ou pano para pegar objetos quentes;
4) Verificar o estado da válvula da panela de pressão;
5) Em caso de haver panela com óleo em chamas, não jogar água, mas
abafar.
b. Eletricidade:
1) Não sobrecarregar as instalações elétricas com plugues “T”ou extensões;
2) Não deixar equipamentos elétricos conectados à tomada sem necessidade
ou fora de uso;
3) Não improvisar instalações elétricas, nem efetuar consertos em tomadas
e interruptores;
4) Não apagar incêndios elétricos com água – utilizar extintor classe C;
5) Não mexer em fiação se não for habilitado para isto.
c. Cigarro:
1) Não jogar bitucas de cigarro pela janela nem deixar sobre móveis; Projetor
2) Não fumar ao lidar com produtos inflamáveis
3) Não fumar na cama;
4) Não utilizar cestos de lixo como cinzeiros.
d. Escadas:
1) Ao utilizar uma escada móvel, verifique sua estabilidade;
2) Tenha uma pessoa para auxiliá-lo segurando a escada;
3) Não corra em escadarias;
4) Não empilhe móveis e objetos para alcançar lugares altos
e. Crianças:
1) Nunca deixar crianças sozinhas perto de ou em:
a) Lugares altos;
b) Piscina;
c) Janelas;
d) Escadas;
e) Cozinha.
2) Nunca deixar a criança brincar com:
40’ a) Sacos plásticos;
b) Objetos cortantes;
c) Produtos de limpeza;
d) Eletrodomésticos.

2. Como identificar causas e prevenir acidentes no trânsito:


a. Celular x Volante:
1) O uso de celulares ao volante aumenta em até 400% o risco de
acidente. O Código de Trânsito Brasileiro permite o uso do dispositivo
apenas quando o veículo estiver estacionado, com o motor desligado,
ou na função GPS, desde que esteja fixado no para-brisa ou no painel
dianteiro, em suporte adequado.
2) A legislação federal define que a multa para quem fala ao celular
enquanto dirige é gravíssima. O ato de conduzir com apenas uma das
mãos por segurar ou manusear o celular é uma infração de R$ 293,47 e
inserção de sete pontos na carteira.
b. Bebida x Direção:
1) Pesquisas apontam que mais de 22% dos condutores, 21,4% dos
pedestres e 17,7% dos passageiros envolvidos em acidentes de trânsito
apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram consumo de
álcool. Entre 2011 e 2016, foram aplicadas 244 mil multas sob o
código de infração de embriaguez em todo o País. Os condutores que
dirigirem embriagados ou se recusarem a fazer o teste do bafômetro
pagarão multa de quase R$ 3 mil, além de ter a carteira suspensa por
um ano.
c. Capacetes x Motos:
1) O uso obrigatório do capacete em motociclista no País é lei desde a
edição do Código de Trânsito Brasileiro, em 1997. Um estudo sobre
segurança no trânsito divulgado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) em 2009 aponta que o uso correto do capacete reduz em até
40% o risco de morte no trânsito e em até 70% as chances de
ferimentos graves na cabeça.
2) Motociclistas que não utilizarem o capacete, além de colocar a própria
vida em risco, cometem infração gravíssima e estão sujeitos à multa de
R$ 293,47 e suspensão direta do direito de dirigir.
d. Cinto x Proteção:
1) Motociclistas que não utilizarem o capacete, além de colocar a própria
vida em risco, cometem infração gravíssima e estão sujeitos à multa de
R$ 293,47 e suspensão direta do direito de dirigir.
2) Dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT) mostram que para um carro bater num objeto fixo a uma
velocidade de 60km/h, equivale a cair de um prédio de quatro andares
(em altura de aproximadamente 14 metros). Mesmo que o veículo
esteja em velocidade de 20km/h, o impacto sob um objeto fixo resulta
numa força superior a 15 vezes o peso da pessoa
e. Motoristas x Pedestres
1) A faixa de pedestre traz segurança sobretudo a quem caminha pelas
ruas do País e é essencial que cada um faça sua parte e utilize esse
dispositivo da maneira correta. Condutores devem ficar atentos e dar
preferência aos pedestres e ciclistas que quiserem atravessar na faixa.
2) Estes, por sua vez, devem parar na calçada e estender o braço,
solicitando que os veículos interrompam o tráfego para que ele possa
atravessar, gesto popularmente conhecido como “sinal de vida”. Quem
estiver de bicicleta deve descer do veículo antes de dar o sinal de vida.
Só é permitido atravessar depois que os veículos de todas as faixas da
pista estiverem completamente parados.

3. Como identificar causas e prevenir acidentes no trabalho:


a. Na instrução
1) Antes de toda instrução que envolva risco de acidente, o instrutor
realizará um “Briefing” com toda a sua equipe, tendo como foco principal
a conscientização das medidas de segurança e a participação ativa de todos
os envolvidos na instrução;
2) Nas instruções que envolvam água (Transp C Agua, Pista de Cordas,
etc) os militares não-nadadores deverão estar com coletes salva-vidas.
Além disso, deverá haver, no mínimo, 01 (um) bote conduzido por
militares nadadores, a critério do instrutor, munidos de coletes e bóias.
Haverá também militares às margens do lago conduzindo bóias;
3) Nos exercícios que envolvam munição de festim, além dos 10 (dez)
metros de distância que deverão ser respeitados, a figuração inimiga
deverá estar usando equipamento de proteção individual nos olhos (óculos
para Mot Vtr Bld);
4) É terminantemente proibido o contato físico entre a equipe de figuração
e o instruendo;
5) Estar ancorado sempre que realizar trabalhos em plano elevado
6) Em toda a instrução que envolva risco de queda ou de lesão na cabeça,
como pista de cordas e pista de progressão, deverá ser obrigatório a
utilização de capacete;
b. No serviço
1) Manter a limpeza do ambiente de trabalho, evitando a insalubridade e a
existência de materiais cortantes ou perfurantes como pregos ou farpas;
2) Sempre utilizar equipamentos de proteção nas atividades que possam
levar risco aos olhos, cabeça, membros superiores e inferiores, tais como,
corte de grama, trabalho de serraria e serralheria, trabalho de pedreiro,
poda de árvores, utilização de moto-serras, etc. A responsabilidade direta
pela fiscalização da utilização de equipamentos de proteção individual
deverá ser do comandante da fração;
3) Atentar para o manuseio de equipamentos que requerem operação por
pessoal especializado;
c. No TFM:
1) Sempre que houver corrida em forma em locais fora do
aquartelamento, deverá ser constituída uma equipe de balizadores
portando bandeirolas vermelhas, de forma que um fique na frente,
outro na retaguarda e os demais ao lado da tropa;
2) Em ocasiões de corrida externa, o efetivo mínimo que deverá estar
correndo junto é de 02 (dois) militares, caso algum militar venha a
ficar para trás e necessite diminuir o seu ritmo;
3) Em dias de prática desportiva livre, é obrigatória a utilização do
material individual adequado. Desta forma, em dias de futebol, o
militar deverá estar de chuteira apropriada e caneleira;
4) Para a utilização dos aparelhos de musculação, o militar deve seguir as
orientações estabelecidas para a prática desta atividade.
d. Rabdomiólise
1) A rabdomiólise é uma síndrome grave que ocorre devido a uma lesão
muscular direta ou indireta. É um resultado da morte das fibras
musculares, que liberam seu conteúdo para a corrente sanguínea;
2) Esse processo pode afetar principalmente os rins, que não conseguem
remover os resíduos concentrados na urina. Em casos raros, a
rabdomiólise pode até causar a morte. No entanto, o tratamento
imediato muitas vezes traz bons resultados.
e. Viaturas:
1) Os deslocamentos de viaturas blindadas devem sempre ser realizados
com motorista e chefe de viatura;
2) A viatura nunca deverá ser movimentada sem guia ou balizadores em
locais de difícil acesso, passagens perigosas ou quando houver pouca
iluminação;
3) Em terrenos sujos, alagadiços e perigosos, pelo menos um elemento
deve guiar a pé o deslocamento da viatura;
4) O balizamento das viaturas blindadas deve, sempre que possível, ser
realizado por dois elementos, sendo um na lateral e na frente e outro na
mesma lateral e à retaguarda.

4. Desmontagem em 1o Escalão – Consiste em 9 operações que permitem ao


usuário da arma executar a manutenção de 1 o escalão. O instrutor realizará a
desmontagem por partes, que deverá ser repetida, a comando, pelos instruendos.
a. Abrir a tampa da caixa da culatra:
1) Coloque a arma sobre a bancada, fazendo-a repousar sobre a face
direita;
2) Identifique a Chaveta do Trinco da Armação imediatamente à direita da
posição R do Registro de Tiro e Segurança;
3) Para abrir a caixa da culatra, empunhe a arma de modo que a mão
esquerda segure o cano-cilindro de gases logo após a alavanca de manejo,
e com a mão direita segure o delgado, com o polegar direito colocado
abaixo da chaveta do trinco da armação. Empurre com o polegar a
chaveta do trinco da armação para cima. Deslocada a chaveta, abra a arma
executando um movimento “giratório” com as duas mãos.
b. Retirar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho:
1) Retire o conjunto de seu alojamento na caixa da culatra, puxando-o
pela haste do impulsor do ferrolho..
c. Separar o ferrolho de seu impulsor:
1) Segure o conjunto com a mão direita, de modo que o impulsor fique
entre o polegar e o indicador, e com a haste para baixo. Com a mão
esquerda, segure o ferrolho de modo que o polegar comprima a cauda do
percursor e o indicador se coloque sobre a parte anterior do ferrolho.
Comprimindo a fundo o percussor, girar para fora o ferrolho, separando-o
de seu impulsor.
d. Retirar o percursor:
1) Identificar a cauda do percussor, aflorando da parte posterior do
ferrolho;
2) Identifique o pino do percussor;
3) Segure o ferrolho com a mão esquerda e comprima a cauda do
percussor de seu alojamento. Feito isto, afrouxe a pressão sobre a cauda
do percussor e, desfeita a tensão da mola do percussor, retire-o de seu
alojamento.
e. Separar o percussor de sua mola;
f. Retirar a tampa da caixa da culatra:
1) Identificar a tampa da caixa da culatra, à retaguarda, na caixa da
culatra;
2) Para retirar, puxar para a retaguarda.
g. Retirar o obturador do cilindro de gases:
1) O obturador do cilindro de gases situa-se logo à frente da maça de
mira, e acima do cano. Na sua parte anterior está gravada a letra A em
uma face e a letra G na face oposta.
2) Identificar o retém do obturador do cilindro de gases
3) Pressionar o retém;
4) Com o retém pressionado, girar o obturador no sentido horário até que
este se solte do alojamento, sem deixar que este seja ejetado pela ação da
mola do êmbolo;
5) Retirar lentamente o obturador do cilindro de gases
h. Retirar o êmbolo e mola;
i. Separar o êmbolo de sua mola.

5. Ordem das peças:


a. Carregador
b. Impulsor do ferrolho
c. Pino do percussor
d. Ferrolho
e. Mola do percusor
f. Percussor
g. Tampa da caixa da culatra
h. Obturador do cilindro de gases
i. Mola do êmbolo
j. Êmbolo
k. Conjunto armação-coronha cano-caixa da culatra

6. Montagem de 1o Escalão
a. Colocar a mola no êmbolo
b. Colocar o êmbolo e mola no cilindro
c. Montar o obturador do cilindro de gases
1) Introduzir o obturador em seu alojamento, pressionando o êmbolo
com sua mola;
2) Pressionando o retém do êmbolo, girar o obturador até que este trave
na posição com a letra A voltada para cima.
d. Montar a tampa da caixa da culatra
1) Encaixando perfeitamente as duas abas da tampa em seus trilhos,
introduzi-la de forma que a janela de ejeção fique na parte anterior
direita do fuzil.
e. Colocar a mola do percussor
f. Montar o percussor no ferrolho:
1) Colocar o percussor com sua mola no alojamento à retaguarda do
ferrolho;
2) Empurrar a cauda do percussor para o interior de seu alojamento e
travá-lo na posição com o pino do percussor.
g. Montar o ferrolho no impulsor do ferrolho
1) Encaixar a parte posterior do ferrolho na sua montagem (situada no
impulsor do ferrolho), de modo que a cauda do percussor se introduza
parcialmente no orifício de passagem da cauda do percussor, no
impulsor;
h. Colocar na arma o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho
1) Com a arma apontada para baixo, introduzir o conjunto segurando-o
pela haste, de modo que o ferrolho fique na posição mais avançada;
2) Largar o conjunto de modo que o encaixe seja feito pela ação da
gravidade.
i. Fechar a caixa da culatra

7. Medidas complementares de segurança:


a. Engatilhar a arma
1) Trazer a alavanca de manejo à retaguarda e soltá-la.
b. Destravar a arma
1) Colocar o registro de tiro e segurança na posição R.
c. Desengatilhar a arma
1) Pressionar a tecla do gatilho;
d. Travar a arma:
1) Colocar o registro de tiro e segurança na posição S.
e. Colocar o carregador
1) Encaixar primeiro a parte anterior e empurrar a parte posterior para
cima até ouvir o som de clique do retém do carregador.
III – CONCLUSÃO:
O instrutor dará ordem para que os instruendos pratiquem individualmente a
desmontagem e montagem, com as medidas preliminares e complementares. O
instrutor e os monitores estarão à disposição para realizar a retirada de dúvidas
dos instruendos durante o tempo destinado a este treinamento individual.
Ao término da instrução, os instruendos serão avaliados. Terão de desmontar Projetor
45’ o fuzil em até 30 segundos, deixando as peças na ordem correta sobre a manta. A
equipe de instrução perguntará individualmente a cada instruendo nomes de três
peças do fuzil. Terminada esta parte, os instruendos deverão montá-lo em até um
minuto.
O instrutor colocará o pelotão em forma e liberará o grupamento para a
próxima atividade.

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