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Percebemos que discipular é a forma de ser da Igreja, assim foi para Jesus e para a
Igreja primitiva: Discipular não é uma opção a mais de trabalho na vida das igrejas
locais. Discipular é uma ordem de Jesus, as quais devermos obedecer. Principalmente
quando ele diz: “E ensinando-os a guardar todas as coisas”.
Objetivo da pastoral: Essa pastoral visa despertar o povo de Deus para que sejamos
verdadeiramente discípulos e realizemos a Vida em Missão que nos são dadas pelo
Deus revelado em Jesus Cristo, agindo com maturidade cristã.
André por exemplo deixa de ser discípulo de João para ser discípulo de Jesus: Ao
assim fazer ele continuou a acompanhar e colaborar com o agir histórico de Deus.
Outro exemplo é que a mensagem do Reino é pregada por João Batista e por Jesus,
que é uma lição de continuidade, principalmente, se sublinharmos que Jesus, ao enviar
os seus discípulos ordena: "à medida que seguirdes pregai que está próximo o Reino
dos Céus” (Mateus 10.7).
É dentro dessa visão de prosseguimento da missão, que Jesus toma para seu
ministério, homens para aprenderem com ele, ministrarem com ele e tornando-se
seus discípulos.
Isso revela o grau de importância que Jesus dava ao ministério de fazer discípulos. O
futuro de seu próprio ministério dependia disso.
Mas na pregação de Jesus vemos que Ele veio para que tenhamos vida plena, em
abundância, aqui e agora. Não faria sentido sua pregação sobre o Reino caso, este não
fosse uma realidade da qual pessoa não pudessem desfrutar já ao se converter. Isso
está evidente em frases como: ”Buscai em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça, e
as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Então, discipular deve constituir algo prático e anúncio do Reino (conteúdo da Boa-
Nova), com um padrão de vida e ação compatível com o Evangelho.
Hoje seguidamente pensamos em ter templos cheios, mas nossa seleção tem sido
falha, estamos, muitas vezes, barateando a graça preciosa do Evangelho movida pela
busca de crescimento numérico, que é importante, mas sob as condições bíblicas do
discipulado. Devemos desejar o crescimento numérico, mas sem sacrificar o conteúdo
do Evangelho do Reino de Deus. É fato que o Evangelho inclui vitórias e vida
abundante, mas também é desafio à santidade e à vida nova.
Exemplo disso é que centenas de pessoas entraram em contato com Jesus. Os
Evangelhos relatam que várias delas quiseram segui-lo e caminhar com ele, mas nem
todas possuíam condições para tal. Percebemos isso no texto que diz que dentre os
setenta, Jesus selecionou doze.
A bíblia e a experiência nos mostram: são muitos que se aproximam com interesses.
Por isso a necessidade dos grupos pequenos de discipulado, pois ali podemos conhecer
melhor os novos convertidos.
Isso chama-nos a atenção à seriedade com que Jesus atribui ao ensino e treinamento,
no processo do discipulado.
A autoridade de Jesus se baseava no fato de que ele vivia aquilo que ensinava.
Um dos textos que diz respeito a pratica de discipulado de Jesus é o do lava pés (Jo
13). Os discípulos chamam Jesus de Rabi, cujo nome pode ser traduzido por “meu
Senhor” sendo uma posição de alto destaque e importância social. Jesus pegou uma
toalha – como faziam os servos na época– e, tomando água, passou a lavar-lhes os pés
uns dos outros. Pedro reagiu dizendo “Nunca me lavarás os pés.”O sentido de
“autoridade” deveria ser entendido de modo diferente, buscando mudar esta visão
Jesus não fez uma série de palestras a respeito do sentido da palavra “autoridade”,mas
“Por que vos dei o Exemplo, para que ,como eu voz fiz, façais vós também ”( Jo 13.14-15).
Aqui está a ação chave da Ação de discipular: Todo o ensino que se transmite aos
discípulos tem que ter um sentido prático e um exemplo concreto na nossa vida, é
necessário pratica. Isso não quer dizer que devemos passar uma imagem idealizada e
perfeccionista ás pessoas que estão sendo discipuladas. Elas devem entender que o
erro faz parte da vida do cristão, mas que a graça nos redime e nos orienta a uma vida
justa, santa e vitoriosa, como foi do mestre Jesus.
Na relação existente entre Jesus e seus discípulos havia uma delegação de autoridade
e tarefas.
Deixando de ser expectadores, ao se tornarem ministros, agentes do Reino. Um dos
grandes problemas da Igreja hoje é que a maioria dos ”cristãos” são meros
expectadores, não foram preparados a ser discípulos atuantes.
Fica claro que a consequência do ser discípulo para Jesus é fazer discípulo para ele.
Apóstolo quer dizer enviado; enviado com a missão de fazer outros discípulos. Esse é o
fruto esperado por Jesus. Além disso, a perseguição há de acompanhar o ministério do
verdadeiro discípulo. Portanto, o crescimento vai ocorrer por meio da fidelidade e da
luta do dia-a-dia.
Uma característica do discipulado de Paulo é o amor profundo para com aqueles que
Deus lhe dera para discipular. Uma relação semelhante à de um Pai e seu filho. Uma
criança não gera outra criança, precisa primeiro, ser alimentada, crescer e quando
estiver madura estará em condição de dá frutos através de algum ministério.
Paulo sabia que grande parte dos problemas que ele enfrentara nas igrejas fora
consequência de atitudes de cristãos imaturos em Cristo. E ele sabia que para
expansão do Reino de Deus, é importante que os obreiros sejam maduros em Cristo.
Ser ministro é ser servidor, diz Paulo, e não aproveitar-se da condição de líder para agir
em proveito próprio. Outra característica importante, na condição do servo: ele ajuda
e serve a todos, mas visando, antes de tudo, a agradar o Senhor.
4.3 “(...) Jamais deixando de vos anunciar causa alguma proveitosa, e de vo-la ensinar publicamente e também
de casa em casa...” (At 20.20); ou ainda: ”Portanto, vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de
todos; porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus”
O segundo nível é aquele que Paulo denomina “de casa em casa”. Trata-se de um nível
pessoal de ensino no qual se avalia o crescimento, a realidade familiar, as lutas e
progressos das famílias dos discípulos. Outra lição nesses versículos é o caráter de
ação. O ir de “casa em casa” requer muita ação prática. Não se realiza tais ministérios
apenas com a proclamação de boas intenções, “papo”, desacompanhados de ações de
disponibilidade de tempo.
4.4 “(...) Testificando tanto a Judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor
Jesus Cristo” (At 20.21) e ainda: ”Agora eu sei que todos vós, em cujo meio passei pregando o Reino, não
mais vereis o meu rosto” (At 20.25)
4.5 “Vou para Jerusalém não sabendo o que ali me acontecerá” (At 20.22)
Paulo nos dá a lição de que o servo de Deus é alguém que, em sua disponibilidade,
parte pela Fé e confiança no Senhor, mesmo tendo uma parca noção de que a s lutas e
cadeias viriam sobre ele (At 20.23). Hoje essa característica tem desaparecido nos
servos; todos querem ter mais segurança. O Problema é que missão sem Deus e sem
conflitos pode ser tudo menos missão (Jo 16.33; Mt5. 11; Rm5. 3s).
4.6 “O Espírito Santo de cidade em cidade, asseguram-me que me esperam cadeias e tribulações” (At 20.23)
Algo relacionado com o perfil do obreiro Paulo era sua profunda sensibilidade à ação
do Espírito Santo de Deus. Nada pode substituir ao poder e a orientação do Espírito
Santo na vida de um obreiro. Tudo sob uma nítida orientação do Espírito Santo de
Deus.
4.7 “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contando que complete a minha carreira e o
ministério que recebi do senhor Jesus para testemunhar o evangelho” (At 20.24)
Outra característica do
servo é viver para Deus e seu próximo. Paulo havia assimilado o ensino de Jesus, que
dizia: “Quem quer ganhar a sua vida, perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por
minha causa achá-la-á” (Mt 10.39; Jo 12.25).
4.8“Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e
dar herança entre todos os que são santificados” (At 20.32)
Sem uma boa base bíblica, não será possível a ação de discipular e, por consequência,
o desenvolvimento de ministérios também fica prejudicado.
4.9“De ninguém cobicei prata nem ouro nem vestes” (At 20.33)
Jesus sabia que quem põe seu coração no ouro e na prata não tem tempo para Deus e
para o ministério dado por Ele. Temos muitos exemplos de pessoas que pro interesses
econômicos não tem tempo para o Reino de Deus, e vivem angustiados e infelizes
mesmo com tanto dinheiro.
4.10“Tendo dito estas coisas, ajoelhando-se, orou com todos eles.” (At 20.36)
A oração era à base do ministério de Paulo, foi no de Jesus (Mc 6.45-46), como é e
sempre será no ministério de qualquer obreiro que leva a sério a missão dada por
Deus. O servo que não se digna a buscar o Senhor de Joelhos, ou seja, com humildade,
não verá em sua vida os resultados de um ministério abençoado.