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Foguete movido á álcool

1. Introdução Teórica

Quando falamos em foguetes sempre nos vem à cabeça um objeto com uma grande velocidade que deixa
para traz apenas um rastro de fogo. Mas sabemos que há muito por traz dessa simples imaginação.
Acostumamo-nos a falar que um objeto esta vazio, por exemplo: “o copo esta vazio” ou “a garrafa esta
vazia”. E o que seria o vazio? Vazio é a ausência de matéria, é o vácuo. Não podemos dizer que uma
garrafa esta completamente vazia, pois há em seu interior ar atmosférico, e é o que observamos nessa
experiência: a reação dos gases que ocupam espaço dentro da garrafa com o álcool, dentre outros
conceitos que falaremos mais adiante.

2. Objetivo 

· Entender os conceitos que atuam em um foguete, como a 3ª Lei de Newton (ação e reação),
conservação de energia e energia de ativação;
· Mostrar o funcionamento de um foguete de propulsão a gás (utilizando a reação de combustão interna).

3. Material e Método
3.1 Materiais Utilizados
· Uma garrafa PET de 2 litros;
· Álcool;
· Fósforo ou isqueiro;
· Linha de Nylon;
· Canudo de milk shake;
· Liga de dinheiro ou fita gomada.

3.2 Procedimentos

3.2.1. Corte o fundo da garrafa com o diâmetro de um lápis, aproximadamente. Tenha cuidado ao cortar o
fundo da garrafa para não deixar o diâmetro muito largo;
3.2.2. Utilize dois elásticos de dinheiro para prender o canudo à garrafa;
32.3. Feito isso, amarre o fio de nylon nas extremidades de uma parede para ficar mais fácil de visualizar a
experiência, deixando apenas uma ponta do fio de nylon solta;
3.2.4. Agora coloque o fio nylon dentro do canudo e amarre-o na outra extremidade da parede;
3.2.5. Retire a tampa da garrafa e borrife uma pequena quantidade de álcool no interior da garrafa (basta
duas borrifadas)
3.2.5. Balance um pouco a garrafa para que ela esteja grande parte molhada pelo álcool;
3.2.6. Feito isso, tampe-a e coloque a chama próxima ao furo da garrafa e observe o momento do
lançamento do foguete;
3.2.7. Tenha cuidado para não se queimar durante a experiência, é importante que mantenha uma distante
boa da chama e não o lancem na direção de pessoas ou animais.

4. Explicação teórica

Quando falamos em foguetes devemos lembrar-nos do principio físico que viabiliza seu funcionamento que
é a terceira Lei de Newton, que estabelece o seguinte: “Sempre que um objeto exerce uma força sobre um
outro objeto, este exerce uma força igual e oposta sobre o primeiro”, temos uma falsa concepção muito
comum que é a de que um foguete é repelido pelo impacto dos gases ejetados contra a atmosfera. O que
acontece realmente é que à medida que ele vai recuando também acelera em decorrência da força de
reação dos gases da combustão que são ejetados por ele. A partir dessas informações poderemos
entender o que acontece nessa experiência. Primeiro devemos considerar que a garrafa PET não estava
vazia, pois todo o seu interior é preenchido por ar atmosférico. O que ocorre no seu interior é uma reação
entre as moléculas de ar atmosférico (composto por vários gases, vapor d’água impurezas e fuligens)
quando o álcool é adicionado na garrafa. 
Essas moléculas se misturam, mas não se chocam, para reagirem é necessária uma energia de ativação,
essa energia é dada pela chama do fósforo quando aproximada ao furo da garrafa. Dessa reação ocorre
então uma combustão que é a reação química entre dois ou mais reagentes. Na reação de combustão é
gerada uma explosão pelos gases produzidos na reação (gás carbônico e vapor d’água), estes ocupam
um espaço muito grande no interior da garrafa provocando um deslocamento de gases. 
Esses gases saem pelo furo da garrafa com uma força de intensidade igual à força que garrafa faz para
expulsar os gases do seu interior, ou seja, a força que os gases fazem para sair pelo furo da tampa
corresponde a força que a garrafa faz para expulsá-los na mesma direção, porém em sentido contrários.
Podemos complementar incluindo a conservação de energia, pois o momentum que a garrafa sai por um
lado e os gases por outro, se anulam. Ou seja, antes e depois do lançamento do foguete de garrafa PET o
momentum é o mesmo, nada foi perdido nem ganhado, quando uma quantidade física mantém-se
inalterada durante um processo dizemos que essa quantidade foi conservada. 

5. Referências Bibliográficas

GADOTTI, Viviane Ribeiro Linguitte et al. Construindo Foguetes. Disponível em:


<http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=aas&cod=_exploracaoespacialexplor>. Acesso em:
21 de Maio 2014.

HEWITT, Paul G.. Física Conceitual. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. 685 p.

MIRANDA, Vagner. Foguete a álcool. 2012. Disponível em:


<http://vagnermirandaquimica.blogspot.com.br/2012/06/introducao-partir-desta-experiencia.html>. Acesso
em: 21de Maio 2014.

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