Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alguns têm dito que tal capítulo não tem um compromisso com
fatos (como os anteriores), pois a intenção não é descrever um
evento, mas explicar um fato por meio de uma história fictícia.
Por outro lado, já temos demonstrado como as escrituras
tratam de Adão e sua história de modo a considerá-lo uma
pessoal real. Também já temos demonstrado que o as verdades
expostas nos primeiros capítulos, se acompanhadas de uma boa
leitura, não oferecem problemas à mente inquieta do homem
contemporâneo.
Introdução
1. Serpente:
Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua
astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se
aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.
Assim, podemos ter certeza que o Moisés aqui faz uma simples
referência a Satanás que posteriormente é ampliada nas
escrituras. Por outro lado, não posso deixar de compreender
que tal serpente seja de fato uma espécie de animal, tal como
descrito em Gênesis 3.1. Muito embora tal declaração pareça
mais uma vez simplista, entendo que a condenação da serpente
por Deus inclui tanto ao animal (rastejarás) como à Satanás
(este te ferirá a cabeça).
Tendo isso em mente, podemos dizer que o termo Lei não está
presente na cena da Criação, mas o conceito de Lei permeia
todas as atividades de Deus na Criação e no Seu
relacionamento com Adão e Eva. O fato de que Deus, com sua
palavra, ordena e tudo vem a existência indica que tipo de
poder para ordenar esse Deus tem. Por isso, sua legislação deve
se leva à sério.
Proibição e Conseqüências:
Uma vez que Eva não estava com Adão quando a ordem lhe foi
dada, supomos que ela mesma tenha ouvido dele. Por outro
lado, se a presença de Deus na viração do dia era uma rotina no
Éden, é bem provável que ela tenha ouvido do próprio Deus. O
que é certo, todavia, é que não sabemos como essa transmissão
aconteceu, exceto que ela não foi capaz de citá-la
adequadamente. Mais uma vez, Mackintosh pode nos ajudar:
Mais do que deixar-se seduzir pelo pecado, Eva foi tragada pela
tentação, de modo que não pecar, a partir desse ponto era
impossível. John Owen, quando fala sobre a tentação, afirma:
Essa era a situação de Eva: Ela foi de tal modo ludibriada que a
queda era um imperativo. Por outro lado nos perguntamos: E o
que aconteceu com Adão? Onde ele estava e por que aceitou
tão fácil a proposta de Eva?
Comeu e deu ao seu marido: Muitas pessoas já tentaram
responder a essa perguntas de modo definitivo, mas ao ler o
texto em nossa versão (ARA) podemos deixar de ver uma
possibilidade assinalada pelo Hebraico, observe:
Não sei se fica claro para os leitores, mas Deus não se ocupa em
buscar Eva ou a Serpente, a pergunta é direcionada para Adão?
Por que razão Deus buscaria a Adão se até pouco antes as
figuras centrais da narrativa eram a Serpente e Eva? É bem
provável que a autoridade doada a Deus a Adão, como seu
representante[44], implicava em primeiro lugar que ele seria o
representante e responsável pela Queda, e não a mulher ou a
Serpente. Observe a opinião de Deffinbaug sobre o assunto:
“Ele não se sente culpado, mas confessa sua culpa por possuir a
sua vergonha e medo, mas a culpa é comum e a insensatez
daqueles que têm feito uma coisa má, quando são
questionados sobre o assunto, não reconhecem o que é tão
evidente que não podemos negar. Adão estava com medo,
porque estava nu, não apenas desarmado, e, portanto, com
medo de lutar com Deus, mas sem roupa, e, portanto, tanto
medo como a comparecer perante ele[47]”
Krell completa:
1. Punição
“Deus fala a Eva sobre seu papel como mãe (3:16 a) e como
mulher (3:16 b). Biblicamente falando, esses são os dois pontos
em que uma mulher experimenta sua maior satisfação. E nestes
dois pontos haverá dor e servidão. A “dor no parto” se refere a
todo o processo desde a concepção até o nascimento. Isso
inclui a ansiedade sobre se ela será capaz de conceber um filho,
a ansiedade que vem com todo o desconforto físico da
gravidez, a ansiedade sobre a saúde da criança no útero, e
ansiedade sobre se ela e o bebê vai sobreviver ao processo de
nascimento. Deus também fala do desejo da mulher ‘contra o
marido’. O desejo é uma fonte de conflito entre marido e
esposa, assim como o pecado deseja dominar e controlar (4:7).
Esta é a primeira batalha entre os sexos. Cada um se esforça
para controlar e não vive no melhor interesse dos outros (Fp
2:3-4). O papel da mulher e do papel do homem tornam-se
deveras pervertido. A mulher tende a querer controlar o homem
sutilmente. O homem tende a dominar e tiranizar. Parceiros
tornam-se concorrentes. Tem sido assim desde a queda[54]”
2. Providência
3. Promessa
“O Senhor disse que ele não olha com favor para Caim e sua
oferta. O texto não diz que Deus não olha com favor para a sua
oferta; o caso era tanto com Caim como com sua oferta. Assim,
podemos supor que algo estava errado com sua atitude. Este
aspecto é reforçado pelo fato de que o sistema levítico (que
esta passagem antecipa no Pentateuco), onde vemos uma
ligação entre a atitude correta da fé do fiel, podemos assumir
que é importante aqui. Resumindo eu acho que a oferta de
Caim não foi oferecida em fé e melhor que ele poderia oferecer.
Sua reação a Deus e seu irmão indica raiva contra Deus,
provavelmente porque ele foi exposto como pecador elas ações
justas do seu irmão e um questionamento sério da obediência
sincera sobre este assunto[23]”
De acordo com Gênesis 5, o tempo médio de vida entre o período de Adão e Noé é de 912 anos. Cada um d
patriarcas mecionados tiveram “filhos e filhas”, em adição aos filhos apresentado com nomes. A tabela de
baseado em:
Tempo de Vida médio = 900 anos,O primeiro filho chega aos 50 anos,
0 1 0 2
50 1 0 2
100 1 10 12
150 6 30 42
Serás aceito: Uma breve nota deve ser feita aqui: “No hebraico,
aceito é literalmente um exaltar, expressão que pode indicar um
semblante sorridente contrariamente a um semblante
carrancudo (descaído). Pode ser que o sentido seja o de que o
simples olhar para o rosto de Caim o traia; mas provavelmente
vai além, incluindo a promessa de restauração da parte de Deus
sobre uma mudança de coração[45]”.
“Isto implica claramente que Caim sabia o que era certo. Ele
sabia que a qualidade da oferta a se levar e optou por não
trazê-la. Ele sabia que seu coração não estava adequado, mas
ele optou por não abordar a questão. No entanto, este versículo
mostra também a graça de Deus, pois Caim foi ainda convidado
a apresentar a oferta correta. Deus o avisou e queria que Caim
“fazesser o bem”, mas Caim endureceu o seu coração[46]”
Más notícias:
O pecado está a nossa espera. A influência do
mundo, da carne, do Diabo sempre conspiram a favor da nossa
queda. Tudo o que lhe falta é oportunidade.
O pecado nos deseja, ou melhor, nossa carne deseja
o pecado. Por sermos conhecedores do bem e do mal, nos
tornamos aptos a saber o certo, mas desejamos o errado.
Boas Notícias:
Nós podemos dominar o pecado. A partir da
salvação em Cristo, somos habilitados a suportar a provação,
uma vez que Deus conhece nossa capacidade pessoal e não
permitirá que uma tentação venha sobre nós a tal ponto que
não possamos suportar. Krell usa uma figura interessante para
descrever esse fato: “Quando a tentação bater à porta, nós
pedimos para que Jesus atenda[49]”.
Nós podemos nos humilhar e voltar a Deus. Ainda
que um erro tenha acontecido, como aconteceu com Caim,
podemos ter a certeza que podemos nos voltar a Deus
humildemente arrependidos por nossas faltas e prontos a
aceitar Dele a devida punição graciosa que tem a oferecer para
nos purificar o caráter.
Onde está Abel, teu irmão? Do mesmo modo que Deus havia se
aproximado de seus pais no Éden, Deus aproximasse de Caim.
Tenho a impressão Deus inicia suas conversas com perguntas
na expectativa de que suas criaturas tenha a oportunidade de se
arrepender. Note que Deus tem plena ciência do que havia
acontecido, mas não inicia sua conversa com a punição mas
com uma pergunta reveladora. Sobre isso Gill diz: “Essa
pergunta é feita, não por não saber onde ele estava, mas na
intenção de trazer Caim à convicção e confissão do seu pecado,
para tocar sua consciência com ela, e enchê-lo de remorso por
isso[53]”.
Keil & Delitzsch nos lembram que tal punição não era
demasiada, pois “a terra foi obrigada a beber o sangue inocente,
[e] ela se rebela contra o assassino, e quando ele cultivá-la, ela
irá retirar a sua força, de modo que a terra não possa
produzir[62]”. Se o homem havia sido criado para encontrar no
trabalho satisfação, Caim está fadado a nem nisto ter satisfação.
“Ele foi banido para uma parte menos produtiva da terra,
removida da presença de Deus e da sociedade de seu pai e sua
mãe, e abandonado a uma vida errante e incerteza. A sentença
de morte já tinha sido pronunciada sobre o homem[63]”.
“Tudo com o que Caim se preocupava era ele mesmo. Não foi
medo ou reverência a Deus, não para lamentar a perda de vidas
inocentes, não há tristeza pelo pecado, e nenhum pensamento
para os seus pais que perderam um filho tragicamente com o
assassinato e estaria perdendo uma outra por causa da rebelião.
Houve apenas uma preocupação consigo mesmo. O assassino
tem medo de ser morto[64]”.
Caráter: Ainda sobre Abel, Jesus afirma: “Por isso, eis que eu vos
envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a
outros açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade
em cidade para que sobre vós recaia todo o sangue justo
derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao
sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o
santuário e o altar” (Mt.23.34-35). Com esses dois versos
aprendemos:
1. Que Jesus reputava a Abel como um profeta: “eis que eu
vos envio profetas”. Não sabemos ao certo que tipo de profeta
ele teria sido, mas o fato de Jesus iniciar por Abel e finalizar
com Zacaraias (uma impressionante demonstração da extensão
do Canon vétero-testamentário) confirma a idéia que Jesus
tinha a respeito de Abel.
2. Que Jesus reputava a Abel como um mártir: “o sangue
justo derramado sobre a terra”. Abel é listado como o primeiro
que morreu, cujo sangue será Vingado por Deus (Ap.6.9-10).
3. Que Jesus reputava Abel como Justo: “o sangue justo
derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao
sangue de Zacarias”. Duas vezes Jesus usa o termo “justo”
(Gr. diakiós) para descrever a Abel, uma vez em referência a seu
sangue e outro em relação a sua pessoa.
Outro detalhe é que o termo hebraico para cidade (hb. iyr) não
implica necessariamente em uma grande cidade, observe, por
exemplo, que em Gn.10.12 Moisés acresce o adjetivo “grande”
(hb. gadowl) para descrever uma grande cidade. O termo pode
descrever tanto uma pequena cidade rural ( 1Sm.27.5) como
uma vila (Js.13.23), ou até mesmo parte de uma cidade
(1Sm.12.27).
Outro detalhe que deve ser lembrado, é que é bem possível que
Deus está nos ensinando que “andar” com Deus, ou viver com
Ele, é muito mais do que obedecer seus mandamentos.
Em Dt.30.16 lemos: “Porquanto te ordeno hoje que ames ao
SENHOR teu Deus, que andes nos seus caminhos, e que guardes
os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para
que vivas, e te multipliques, e o SENHOR teu Deus te abençoe na
terra a qual entras a possuir”. Essa clara distinção entre andar de
acordo com Deus e obediência ao que Deus diz é fundamental
para se entender que “andar com Deus” está além da
obediência e inclui amor a Yahweh como nosso Deus e Senhor.
Certamente, aquele que ama a Deus acima de todas as coisas e
vive em relacionamento com Ele o Obedecerá. Mas, Enoque
ilustra o fato de que a obediência cega e desassociada de
outras virtudes espirituais não é garantia de vida com Deus.
Conclusão
a. Pontos Fortes:
Alguns pontos fortes podem ser levantados:
b. Pontos Fracos:
Vamos listar alguns:
a. Pontos Fortes:
b. Pontos Fracos:
Conclusão
1. Universal:
2. Local:
Os críticos da visão de um dilúvio local geralmente se
interpõem por afirmar que tal opção é na verdade uma
tentativa de se adaptar as escrituras ao conhecimento científico
dos nossos dias. Segundo eles, essa visão é uma tentativa de
“modernização” das escrituras cujo objetivo principal é remover
barreiras intelectuais para a mentalidade contemporânea aceitar
a palavra de Deus. Eles também afirmam que diante da
linguagem universalista da passagem tal conceito fica inviável e
que introjetar informações ao texto é necessário para se
defender tal posição. Em suma, os críticos a essa visão
defendem que não é possível que tal interpretação seja
possível.
a. Visão Tradicional:
C. Conclusão
Por isso, acredito que a verdade aqui está sob tensão aqui:
Alguns tendem a defender um Deus tão imutável que
eventualmente é visto como imóvel e impassível; outros o
preferem tão relacional e próximo, tão perto e presente, que
não o podem imaginar Soberano como as escrituras parecem
dizer que Ele é. Um movimento parece responder ao outro, mas
sem chegar de forma alguma ao cerne da questão ou resolvê-
lo.
“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele
Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por
mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de
alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá
vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana
para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os
tempos previamente estabelecidos e os limites da sua
habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o
possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois
nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos
vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.
Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a
divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra,
trabalhados pela arte e imaginação do homem”
3. Conclusão
D. Outras Questões
Outra questão que tem feito pessoas rejeitarem o relato bíblico
do dilúvio é sua relação com as águas. Entre os cristão também
encontramos certas dúvidas com relação ao evento descrito nas
escrituras em função da quantidade de água que vê-se nesse
relato. Nesse tópico tentaremos tratar desse assunto, sem a
pretensão de esgotar as perguntas feitas ao texto.
“Esse verso também nos diz que houve uma separação efetiva
das águas: aquelas que ficaram abaixo do firmamento fazem
referência aos mares e rios, enquanto aquelas que ficaram
acima do firmamento se referem ás nuvens que passavam a
povoar a atmosfera. É bem verdade que alguns entendem que
as águas que estavam acima do firmamento como o indício de
uma grande camada de vapor que poderia manter a terra em
melhores condições para a manutenção da vida e por isso, as
primeiras personasgens bíblicas vivessem por tanto tempo e a
quantidade de água envolvida no dilúvio[25]”
a. O tamanho da Arca:
11 Votes
2. Sedução:
3. Conquista:
“A terra era como uma casa rica, bem favorecida com cada tipo
de disposição em abundância e variedade. Agora, assim que o
homem contaminou a própria terra, com seus crimes, e tem
vilmente corrompido toda a riqueza com que foi suprido, o
Senhor determinou que o monumento de sua punição deveria
ser colocado lá: como se um juiz, a punir um mais perverso e
abominável crime, deve, em prol da maior infâmia, define que
sua casa deve ser destruída desde a fundação. E tudo isso tende
a inspirar-nos com um temor do pecado, pois podemos
facilmente inferir quão grande é a sua atrocidade, quando a
punição é estendida até mesmo para a criação natural[11]”