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FACULDADE MARIA MILZA

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ANDREI DALTRO DA SILVA E SILVA

PROJETO ESTRUTURAL DO DIMENSIONAMENTO DE UMA GARAGEM

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2019
ANDREI DALTRO DA SILVA E SILVA

PROJETO ESTRUTURAL DO DIMENSIONAMENTO DE UMA GARAGEM

Trabalho destinado a docente Danielle Leão do


curso de Engenharia Civil da Faculdade Maria
Milza- FAMAM, como requisito de avaliação para a
disciplina de Concreto I.

GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2019
1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem por objetivo apresentar os critérios, especificações técnicas e


dimensionamentos correspondentes ao projeto executivo da estrutura de uma
Garagem residencial e comercial.
Inicialmente montamos todos os elementos estruturais da obra em questão em um
modelo bidimensional. Aplicamos todos os esforços preconizados em Norma, sobre
laje e viga, atuando simultaneamente com seus respectivos coeficientes de
ponderação nas Combinações usualmente utilizadas para esse tipo de estrutura, onde
ocorrem esforços transversais, a saber:
São feitos os levantamentos de todos os carregamentos atuantes sobre a Garagem
com os respectivos coeficientes de ponderação conforme preconiza a NBR-6118.
Sendo assim, consideramos que as armaduras indicadas, concretos e geometria,
atendem ao dimensionamento nas piores hipóteses, na fase construtiva e ao longo de
sua vida útil.
Utilizamos para o processamento da estrutura conceitos adquiridos em sala
juntamente com complementos em bibliografias.

1. CARACTERISTICAS ARQUITETONICAS

2.1. DESENHOS

WC

Deposito

HALL

Escritorio
Copa
2.2. MODELO DE CALCULO ESTRUTURAL
2.2.1 LAJE

Sabemos que as mesma são a primeira componente da estrutura como um todo a


receber as cargas solicitadas, ou seja, ela recebe diretamente as carga sobre a
estrutura, tanto cargas permanentes como cargas de utilização.

L1 L2 L3 L4

L5 L6 L7 L8

NUMERAÇÕES DAS LAJES

Figura 1: Representação da Laje e suas respectivas numerações.

2.2.1.1 PRE-DIMENSIONAMENTO

É necessário que se responda 3 perguntas inicias:

1º Pergunta: A laje possui vizinhos?


2º Pergunta: A laje está no mesmo nível?
3º Pergunta: Mais de 2/3 da laje é continua e está no mesmo nível?

Caso uma dessas perguntas se obter uma resposta negativa, a laje em questão não
pode ser considerada engastada.
2.2.1.2 DIMENSIONAMENTO DA ESPESSURA

Passa diretamente pela analise dos vãos de cada laje.

Lx: Lado que possui maior vão, ou maior número de engaste;


Ly: Lado que possui menor vão, ou menor número de engaste;

É necessário que faça uma comparação entre Lx e 70% de Ly, o menor valor
será adotado pra o calculo seguinte.

Dutil = (2,5 – 0,6*n)*L’/100

Dutil: Altura útil (Sem a cota do cobrimento);


n: Numero de engaste em uma mesma laje;
L’: Menor valor entre Lx e 70% de Ly;
Somaremos o valor do Dutil encontrado com o valor do cobrimento adotado que
deveremos analisar nas tabela de agressividade que pode ser analisada abaixo.

Figura 2: Tabela Classe de Agressividade Ambiental

Obs: O cobrimento (C) adotado foi de 20 mm.


Então:
H = Dutil + C
H: Espessura da Laje;

ESPESSURA LAJES
Descrição Espessura (cm)
LAJE 1 12
LAJE 2 10
LAJE 3 10
LAJE 4 12
LAJE 5 12
LAJE 6 10
LAJE 7 10
LAJE 8 12

2.2.1.3 DIMENSIONAMENTO DE SOLICITAÇÕES NAS LAJES

O dimensionamento se faz a partir do proposito executivo da estrutura, podendo partir


das chamadas:
a) Cargas Permanentes (Cp);
São cargas derivada da execução construtiva.
Pp = ((H) * (Peso Espcif. do Concreto));
Rev. = 1;
Alv. = ((Σ Linear Paredes sobre Laje) * (Pé Direito) * (Espessura Parede) *
*(Peso Especif. Parede) * (Área Laje));

Pp: Peso Próprio (KN/m²);


Rev.: Revestimento (KN/m²);
Alv.: Carga de Alvenaria (KN/m²);

b) Cargas Variáveis (Cv);


São cargas tabeladas derivada de uma analise de estudos do proposito
executivo.
Figura 3: Tabela de Valores Mínimos para Cargas Verticais

Obs: Nesse trabalho utilizamos “18 Garagens e estacionamentos”

Formulas:
Cv = 3;
Cv: Carga Vertical (KN/m²);
Onde a carga total é a soma da permanente com a variável.
Ct = Cp + Cv;
Ct: Carga Total (KN/m²);
ESPESSURA LAJES
CARGA
Descrição
(KN/m²)
LAJE 1 7,2
LAJE 2 6,5
LAJE 3 6,5
LAJE 4 6,9
LAJE 5 7
LAJE 6 4
LAJE 7 6,5
LAJE 8 7

5.65 4.25

L1 L2 L3 L4
4.90

Esp.: 12 cm Esp.: 10 cm Esp.: 10 cm Esp.: 12 cm


Carga: 7,2 Kn/m² Carga: 6,5 Kn/m² Carga: 6,5 Kn/m² Carga: 7,0 Kn/m²

L5 L6 L7 L8
Esp.: 12 cm Esp.: 10 cm Esp.: 10 cm Esp.: 12 cm
Carga: 4,0 Kn/m² Carga: 6,5 Kn/m² Carga: 6,5 Kn/m² Carga: 7,0 Kn/m²

ESPESSURAS E CARGAS NAS LAJES

Figura 4: Espessura e Cargas nas lajes correspondentes


2.2.1.4 MOMENTOS E REAÇÕES NAS LAJES

Para o calculo das reações das lajes, tomamos como base a tabela “Calculo de Lajes
em Cruz – Marcus”, o onde:
a) Condição 1: Refere-se a Laje totalmente apoiada (n=0);
b) Condição 2: Refere-se a laje com pelo menos 1 engaste em algum dos vãos
(n=1);
c) Condição 3: Refere-se a laje com 2 engastes em eixos diferentes (n=2);
d) Condição 4: Refere-se a laje com 2 engastes em eixos iguais (n=2);
e) Condição 5: Refere-se a laje com 3 engastes nos eixos (n=3);
f) Condição 6: Refere-se a laje totalmente engastada (n=4);

Figura 5: Tabela de Marcus Condição 1

Onde a partir da relação entre Ly/Lx encontramos:


Mx: Momento Positivo no maior vão ou vão com maior nº de engaste Lx (KNm/m);
Xx: Momento Negativo no maior vão ou vão com maior nº de engaste Lx (KNm/m);
My: Momento Positivo no menor vão ou vão com menor nº de engaste Ly (KNm/m);
Xy: Momento Negativo no menor vão ou vão com menor nº de engaste Ly (KNm/m);

Fomulas:

Figura 6: Laje apoiada engastada

Figura 7: Laje duplamente engastada

p: Carregamento Ct por faixa de metro;


Ra: Reação em apoio;
Rb: Reação em engaste ou Re;
Rex=22,14 kN
Xx=-13,81 kN.m

Xx=-7,45 kN.m
Rex=11,94 kN.m

y
0 My=2,45 kN.m Xy=-5,63 kN.m
Ray=8,26 kN Rey=13,77 kN

Mx=3,24 kN.m

Rax=7,16 kN
0

Figura 8:Parte do dimensionamento de Reações e Momentos do projeto em questão

Obs: Dimensionamento completo no arquivo DWG

7,68 kN.m 7,68 kN.m

3,22 kN.m

Figura 9: Parte dos momento M e X encontrados na laje 6

Obs: Dimensionamento completo no arquivo DWG.


2.2.1.5 COMPENSAÇÃO DE MOMENTOS

É necessário para equilibrar os picos de “Momentos Negativos” nos engastes entre as


lajes e se possível aumentar os “Momentos positivos” como armadura principais e
secundarias. Para isto é necessário realizar algumas condições.
a) Realizar uma “Mediana” entre os “Momentos Negativos” de lajes vizinhas;
b) Calcular 80% do maior “Momento Negativo”;
c) Encontrar o maior valor entre os quesitos a) e b);
d) Encontrar 50% da diferença entre o maior “Momento Negativo” e o valor do
item c);
e) Se o valor for positivo compensamos no “Momento Positivo”, caso contrário
não alteramos;

4,26 kN.m 4 ,26 k N. m

2 ,0 8 kN.m 2,0 8 kN.m

Figura 10:Momentos das Lajes 6 e 7 sem compensação

11,05 kN.m

3,24 kN.m

7,40 kN.m

Figura 11:Momentos Compensados das Laje 6 e 7


2.2.1.6 DIMENSIONAMENTO DE AÇO

Utilizamos a Tabela Tipo K pra dimensionamento de seções retangulares, parte da


mesma veremos a baixo.

Para isto a necessidade de encontra o Kc a partir do fck do concreto utilizado em


projeto, que neste caso é o C30. Após esse procedimento de calculo, isolamos o As e
utilizamos o valor correspondente ao aço utilizado, que no projeto foi o CA-50 e o valor
correspondente substituímos em Ks.

bw: É a largura da seção (cm);


d: É a espessura subtraída do cobrimento (cm);
Msd: É nada mais que o momento de projeto 1,4*Mk (KN.cm/m);
Mk: É o momento característico;
As: Área de aço (cm²);

Verificamos a área de aço mínima Asmin para comparamos com a área de aço As
encontrada no intuído de saber se está ou não acima ou abaixo do limite do aço
mínimo.
Figura 12: Tabela de area de aço mínimo

Que nesse caso vai ser a área da seção multiplicado pela porcentagem equivalente ao
fck trabalhado em projeto, que neste caso é o de 30Mpa.

2.2.1.7 DIMENSIONAMENTO DAS BITOLAS E ESPAÇAMENTOS

Figura 13:Tabela de diâmetro e espaçamento entre barras

A partir da área de aço correspondente ou próximo ao tabelado, podemos encontrar o


diâmetro das barras a serem utilizadas e o seus respectivos espaçamentos.
2.2.1.8 DETALHAMENTO DA ARMADURA

0
/1
C cm

Ø 5,0 mm

0
/1
C cm

C/ 7cm
5
Ø0
, m
m

C/ 10cm

Figura 14: Parte do detalhamento de armadura representado pela Laje 1

Obs: Dimensionamento completo no arquivo DWG.


2.2.2 VIGAS

É quem recebe diretamente as cargas solicitadas nas lajes e transmiti as mesmas


para os pilares, além de ajudar a estrutura a ter uma maior rigidez (estabilidade)
amarrando os pilares.

V1

V3 V4 V5 V6
V2

V7

V8

NUMERAÇÕES DAS VIGAS

Figura 15: Representação das 8 vigas do projeto


2.2.2.1 CARGAS NAS VIGAS

Tomamos como base as reações Ra e Re encontrada no dimensionamento de lajes


para uma faixa de metro, o que pra vigas se tonara um carregamento, além do seu
peso próprio e a sobre carga de alvenaria.

5.65

Rax=13,29 kN/m
P.P.V=1,14 kN/m
Alven.=0,89 kN/m
TOTAL.=14,32 kN/m

Rey=25,53 kN/m
Rex=13,84 kN/m
Rax=15,32 kN/m
P.P.V=0,14 kN/m
P.P.V=1,14 kN/m
Alven.=0,89 kN/m
Alven.=0,89 kN/m
TOTAL.=40,40 kN/m
TOTAL.=16,35 kN/m
0
.9
4

Rex=22,14 kN/m
Rex=11,94 kN/m
P.P.V=0,14 kN/m
Alven.=0,89 kN/m
TOTAL.=35,11 kN/m

Figura 16: Parte do dimensionamento de cargas solicitadas diretamente na Viga 1

Obs: Dimensionamento completo no arquivo DWG.


Rax: Reação no apoio, maior vão ou eixo com maior número de engastes (KN/m);
Rex: Reação no engaste, maior vão ou eixo com maior número de engastes (KN/m);
Ray: Reação no apoio, menor vão ou eixo com menor número de engastes (KN/m);
Rey: Reação no engaste, menor vão ou eixo com menor número de engastes (KN/m);
P.P.V: Peso próprio da viga, é a seção da viga multiplicado do Peso Especifico do
concreto 2,5KN/m³ na faixa de 1 metro (KN/m);
Alven.: É o peso de alvenaria sobreposto a viga, é a seção da alvenaria munido do
seu comprimento (KN/m);
A soma de todas essas cargas encontramos a carga solicitada sobre a viga. Para
montagem dos carregamentos solicitados nas vigas foi utilizado o software FTOOL,
como veremos a baixo parte da Viga 1.

Figura 17: Parte da estrutura que representa a Viga 1

Figura 18: Parte


dos momentos e reações da Viga 1

Obs: Dimensionamento completo no arquivo DWG.


2.2.2.2 DIMENSIONAMENTO DE AÇO

Para dimensionamento de área de aço foi necessário utilizar as já conhecidas Tabela


Tipo K e a Tabela de Área de Aço.

Figura 19: Tabela Tipo k

bw: É a largura da seção (cm);


d: É a espessura subtraída do cobrimento (cm);
Msd: É nada mais que o momento de projeto 1,4*Mk (KN.cm/m);
Mk: É o momento característico;
As: Área de aço (cm²);
2.2.2.3 DETALHAMENTO DAS ARMADURA LONGITUDINAIS

Figura 20:Tabela da área de aço

Com a área de aço conhecida podemos utiliza a tabela acima para encontrar os
diâmetros para detalhamento de armadura. Em um momento veremos que foi
necessário aumentar a seção da viga pra que a mesma continuasse se adequando ao
“Domínio 2”.

SEÇÕES VIGA
VIGA Bwi (cm) Hi (cm) Bwf (cm) Hf (cm)
1 14 40 14 *40
2 14 40 14 60
3 14 40 14 40
4 14 40 19 60
5 14 40 14 60
6 14 40 14 50
7 14 40 19 60
8 14 40 14 40

Bwi: Largura inicialmente adotada;


Hi: Altura inicialmente adotada;
Bwf: Largura modificada;
Hf: Altura modificada;
*Inicialmente a Viga 1 começa com Hf = 50cm terminando com Hf = 40 cm.
10 Ø 6,3mm 2 Ø 6,3 mm 8 Ø 8,0mm

P1 P2 P3 P4 P5

9 Ø 6,3 mm 2 Ø 6,3mm 3 Ø 5,0mm 7 Ø 8,0 mm

Figura 21: Parte do dimensionamento de aço da Viga 1

Obs1: Dimensionamento completo no arquivo DWG.


Obs2: Os espaçamentos que estão em branco serão adicionados aços com Ø 8 mm
para efeito construtivo;

2.2.2.4 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS TRANSVERSAIS


(ESTRIBOS)

Para este dimensionamento utilizamos com base as Tabelas Vc, Vrd2 e Asmin. Onde
em grande maioria a área de aço encontrada foi menor que a área de aço mínima,
sendo assim o Asmin adotado.
Figura 22: Tabela Vc

Figura 23: Tabela Vrd2

Obs: bw e b em metros;
Obs: VRd2 em kN;
Figura 24: Tabela de aço mínimo

Obs: Tabela de cálculo armadura mínima Asw,min= ρsw,min x bw;


Formulas:
Fctd = 1448 KPa  Fck = 30Mpa;
Vsd = 1,4 * Cortante no apoio;
αV2 = (1 – (30/250));
Vrd2 = 0,27 * Fctd * bw * d;
Vc = bw * d * Fctd;
Vsw = Vc – Vsd;
As = (Vsw/(0,9 * d * fsd))fsd = fs/1,15fs=50KN/cm²=Aço CA-50

Obs: Caso As for inferior a ρsw, mín, utilizar o mínimo.

2.2.2.5 DETALHAMENTO ARMADURA

Com os valores da área de aço em mãos podemos utilizar a tabela de aço especifica
para “Estribos” onde encontraremos os diâmetros e espaçamentos ao longo da viga.

Figura 25: Área de aço para Estribo


P1 P2 P3 P4 P5

C/ 25 Ø 5,0mm C/ 25 Ø 5,0mm C/ 25 Ø 5,0mm C/ 25 Ø 5,0mm C/ 25 Ø 5,0mm C/ 25 Ø 5,0mm C/ 25 Ø 5,0 mm C/ 25 Ø 5,0mm

Figura 26: Detalhamento de Estribos de Parte da Viga 1

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