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DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO E
AUTOMAÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
Orientador:
Prof. Dr. Luiz Affonso H Guedes de Oliveira
Natal – RN
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE COMPUTAÇÃO E AUTOMAÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
Orientador:
Prof. Dr. Luiz Affonso H Guedes de Oliveira
Natal – RN
2009
[2]
[3]
Sumário
Capítulo 1 - Introdução ............................................................................................................................8
[4]
3.3.2. Gateway ............................................................................................................................ 31
[5]
Lista de Figuras e Tabelas
Fig. 1 - Níveis de Abstração.................................................................................................................8
Fig. 12 - Os equipamentos de campo HART podem ser conectados numa rede Multidrop em
algumas aplicações ............................................................................................................................ 19
Fig. 28 - Exemplo de ligação de um terminal handheld em uma rede Wired HART ............... 40
[7]
Capítulo 1 - Introdução
[8]
Fig. 2 - Níveis de Tecnologia
[9]
Fig. 3 - Classificação das Redes Industriais quanto ao Tipo de Transmissão
As redes analógicas, como o próprio nome diz, abrangem as redes com transmissão
de sinal analógico, mas comumente o sinal de 4-20mA. As redes híbridas
transmitem o sinal tanto analógico quanto digital, por exemplo, o protocolo HART. E
as redes digitais transmitem apenas sinais digitais.
As redes de comunicação industriais são responsáveis pela interligação de
computadores, integração de computadores ao CLP’s e integração dos CLP’s a
dispositivos inteligentes (Controladores de Solda, Robôs, Terminais de Válvula,
Balanças, Sistemas de Identificação, Sensores, Centros de Comando de Motores,
etc.).
As redes digitais podem ser classificadas em Sensorbus, Devicebus e Fieldbus,
como pode ser observado na figura 4.
[10]
Fig. 4 - Classificação das Redes Digitais
[11]
Redes Tipo Fieldbus
1.3. Objetivos
[12]
Capítulo 2 - Wired HART
2.1. Introdução
[13]
2.2. Especificações HART
O protocolo HART faz uso do padrão Bell 202 de chaveamento por deslocamento de
freqüência (FSK) para sobrepor os sinais de comunicação digital ao de 4-20mA.
Como o sinal digital FSK é simétrico em relação ao zero, não existe nível DC
associado e, portanto, não há interferência no sinal de 4-20mA. A lógica “1” é
associada a uma freqüência de 1200Hz e a lógica “0” é associada a uma freqüência
de 2200Hz, como mostram as figuras 6 e 7.
[15]
2.4. Estrutura da Mensagem HART
Onde:
[16]
• O byte contador de byte contém o número de bytes dos campos status e
dado. O receptor usa-o para saber quando a mensagem está completa, uma
vez que não existe o caractere especial “fim de mensagem”
2.5. Topologia
[17]
Fig. 9 - Dois mestres acessam a informação de um mesmo instrumento de campo (escravo)
[18]
2.5.2. Multidrop
Fig. 12 - Os equipamentos de campo HART podem ser conectados numa rede Multidrop em
algumas aplicações
A grande deficiência desse tipo de configuração é que o tempo de ciclo para leitura
de cada instrumento é de cerca de 500ms podendo alcançar 1000ms. Para o caso
de 15 equipamentos o tempo será de 7,5 s a 15 s, o que é muito lento para grande
parte das aplicações.
2.6. Cabos
Distância Mm2
Tipo de Cabo
Máxima (AWG)
0.2
1534 m Cabo de par trançado com blindagem única
(24)
0.5
3048 m Cabo de par trançado com blindagem
(20)
Tabela 1 – Relação entre o tipo de cabo e a distância máxima
2.8. Multiplexadores
[21]
Fig. 14 - Multiplexador com Gateway
[22]
Fig. 15 - Gráfico da Medição da Variável Primária
LRV (Lower Range Value) e URV (Upper Range Value) são dois valores de PV que
podem ser representados por 4mA e 20mA respectivamente. Em termos gerais, é o
“intervalo” do instrumento.
LSL (Lower Sensor Limit) e USL (Upper Sensor Limit) descrevem os limites de até
onde o sensor funciona adequadamente. Além desse intervalo, o valor medido pode
estar incorreto.
Evidentemente, o sinal analógico não pode ser coberto por esse intervalo. Ele é
representado corretamente somente pelo intervalo entre LRV e URV, com uma
pequena tolerância (geralmente de -0,6% a +105% do intervalo).
[23]
Fig. 16 - Alguns equipamentos HART incluem controlador PID em seus algoritmos,
implementando uma solução de controle com boa relação custo-benefício
[24]
Capítulo 3 - Wireless Hart
3.1. Introdução
[25]
Fig. 18 - Novos dispositivos WirelessHART
3.2. Tecnologia
[26]
WirelessHART “salta” através de 15 canais de freqüência enviando
mensagens numa freqüência pseudo-randômica.
Além disso, WirelessHART utiliza rádios IEEE 802.15.4 DSSS (Direct
Sequency Spread Spectrum) que possuem boa imunidade a ruídos. Espectro
de Cobertura juntamente com Salto de Freqüência são duas boas maneiras
de evitar e contornar problemas de interferência com agilidade ao invés de
força bruta.
• Segurança em Comunicação
A segurança de comunicação em WirelessHART tem como base:
encriptação, autenticação e integridade. Encriptação garante que a
informação transmitida na mensagem não seja lida por outros dispositivos;
autenticação assegura que o emissor é realmente o emissor; e integridade
assegura que a mensagem foi entregue intacta. WirelessHART fornece
mecanismos para cada uma dessas funções e fornece suporte ao
gerenciamento de chaves de segurança, mudando-as conforme necessário.
• Redundância na Malha de Roteamento
WirelessHART implementa a topologia “Malha Completa” onde cada
dispositivo mantém múltiplos caminhos de comunicação redundantes.
Redundância no roteamento é o ambiente de RF mais utilizado no mundo. As
condições do sinal mudam a todo tempo devido às condições climáticas,
sistemas RF novos ou desconhecidos, mudança de equipamentos ou novas
construções. Uma rede com topologia malha completa, aliada às
características de auto-organização e auto-tratamento, mantém sua
confiabilidade e previsibilidade por um longo tempo.
• Rádios IEEE 802.15.4
WirelessHART utiliza rádios IEEE 802.15.4-2006, que oferecem boa
performance a baixo custo, e rádios interoperáveis são disponibilizados por
vários fabricantes de semicondutores. O padrão IEEE 802.15.4 é também
utilizado por outros padrões de rede sem fio, o que permite constantes
inovações, redução de custos e suporte a uma maior diversidade de
fabricantes.
• Lista Negra
Usando esta técnica, uma banda de freqüência (canal) conhecida por
fornecer interferência persistente pode ser permanentemente omitida. Lista
Negra é um atributo configurável do Gerenciador de Rede localizado nas
[27]
proximidades de outras redes sem fio que estão no mesmo ambiente físico da
rede WirelessHART.
• Redundância de Caminho
A única maneira de uma malha de rede como WirelessHART oferecer alta
confiabilidade de dados é fornecendo caminhos ou trajetos de comunicação
redundantes de dispositivos de campo a dispositivos receptores, como
gateway ou interface de sistema. Para implementar redundância de caminho,
cada dispositivo de campo deve estar dentro do alcance de comunicação de
pelo menos outros dois dispositivos que possam receber suas mensagens e
repassá-las. A Redundância de Caminho não é necessário para uma rede
WirelessHART operar, mas seu uso é altamente recomendado.
Na figura 19, dois caminhos de comunicação distintos podem ser definidos
para cada dispositivo de campo. Portanto, se um dispositivo ou caminho for
interrompido, a comunicação ainda pode ser realizada usando caminho
redundante.
[28]
Fig. 20 - Padrão IEEE802.15.4 no modelo OSI
[29]
Fig. 22 - Quadro de dados
Esta estrutura é uma das mais básicas e importantes do padrão 802.15.4. Tem
capacidade de transferir até 104 bytes por pacote, o que já é o suficiente, se
tratando de transferência de informações entre sensores. Para garantir a
confiabilidade da entrega dos dados contém um campo com uma numeração
seqüencial dos dados e um campo de Frame Check Sequence (FCS). É dentro
deste quadro que a mensagem WirelessHART é transmitida.
3.3. Arquitetura
3.3.2. Gateway
O Dispositivo Gateway conecta a malha de rede com a rede de automação da
planta, permitindo a troca de dados entre ambos. O dispositivo gateway fornece o
acesso aos dispositivos de WirelessHART por um sistema ou por outra aplicação do
host. A figura 23 mostra um exemplo de rede com gateway.
[31]
Fig. 24 - Uso de um adaptador WirelessHART
Dispositivos Handhelds
Dispositivos handhelds são usados na configuração, monitoramento e manutenção
dos dispositivos de rede, são portáteis e operados pelo pessoal da planta.
Existem três tipos de dispositivos handhelds:
• Dispositivo handheld HART conectado a loop tradicional
Usado para configuração e instalação inicial dos instrumentos sem fio.
• Dispositivo handheld conectado a WirelessHART (malha)
O dispositivo handheld sem fio é usado para configuração local e suporte a
manutenção de procedimentos. Esse dispositivo se junta a uma malha de
rede existente, e conseqüentemente passa através dos procedimentos de
segurança do WirelessHART, permitindo ao usuário interagir com outros
dispositivos de rede (normalmente um dispositivo conectado a processo).
• Dispositivo handheld conectado a rede de automação da planta
O dispositivo handheld se conecta a rede de automação da planta através de
outra tecnologia de rede WiFi. Esse dispositivo handheld “fala” com
dispositivo WirelessHART através da rede de automação da planta e do
gateway do mesmo jeito que o sistema de controle faz.
[32]
3.3.5. Topologia de Rede
Propaganda –Um dispositivo que já faz parte da rede pode enviar pacotes
anunciando sua presença na rede. Os pacotes de propaganda incluem informações
de sincronização de tempo e uma ID de rede única. Dispositivos que tentam se
juntar à rede “escutam” esses pacotes e tentam combinar a ID de rede anunciada
com suas próprias; uma vez que a propaganda é “ouvida”, o novo dispositivo pode
tentar se juntar à rede.
3.4. Aplicações
[34]
3.4.2. Aplicações Comuns
[35]
Instrumentos Multivariáveis (Fluxo de Coriolis – Pressão MV...)
Instrumentos cabeados (4-20mA) podem reportar uma única variável de processo
sem as vantagens da comunicação HART. Antigamente, o host requisitava módulos
I/O ou dispositivos multiplexadores capazes de passar comandos HART para/de
instrumentos de campo.
A solução WirelessHART contorna a dificuldade do recabeamento e do uso de
armários repetidores e roteadores oferecendo uma rota sem fio alternativa ao host.
O uso de instrumentos WirelessHART nativos fornecem ainda mais flexibilidade nos
casos onde o instrumento pode ser auto-alimentado (isto, naturalmente, depende do
tipo de instrumento e sensor, com respeito aos requisitos de alimentação).
Vantagens
• Adição de acesso a dados multivariáveis a instrumentos individuais como
necessário
• Não há necessidade de recabeamento nos armários de equipamentos para
acomodação dos multiplexadores HART
• Medição primária pode ser mantida via sinal 4-20mA enquanto as variáveis de
processo digitais são acessadas via WirelessHART
• O HOST utiliza comandos HART padrão, aplicações HART e ferramentas
HART para ler as variáveis de processo (Comandos Universais)
• Além da leitura das variáveis de processo remotamente, é possível acessar
todas as funções do dispositivo através dos comandos HART. Isto inclui
mensagens de diagnósticos e configuração de up/download remotamente.
Nos casos em que as medições primárias requerem uma taxa de atualização rápida
(menos de 1 segundo), é preferível que o sinal seja enviado, através de uma
conexão cabeada (4-20mA) ao host e este conectado a um adaptador
WirelessHART para permitir o acesso aos outros valores do dispositivo.
Gerenciamento de Ativos
Dispositivos WirelessHART oferecem o mesmo suporte ao gerenciamento de ativos
que dispositivos HART cabeado. A conexão sem fio oferece acesso a todos os
parâmetros do dispositivo sem a necessidade de fiação paralela no armário de
equipamentos ou outro cabeamento para conectar sistemas que não possuem
interface HART integrada. O mesmo software de gerenciamento de ativos pode ser
usado tanto em dispositivos cabeados quanto em dispositivos sem fio.
Suporte, Manutenção e Diagnóstico de Dispositivos
• Configuração
• Gerenciamento da base de dados
[36]
Um dispositivo sem fio pode ser facilmente configurado remotamente usando uma
aplicação conectada a um Gateway WirelessHART eliminando a necessidade de se
conectar diretamente a um dispositivo de campo através de um dispositivo handheld.
A configuração também pode ser feita por meio de um dispositivo handheld sem fio.
Em adição à configuração, aplicações podem oferecer um gerenciamento de base
de dados para gravar as configurações do dispositivo e rastrear as mudanças que
são feitas ao dispositivo.
Os demais aspectos de Configuração, Integração e Calibração serão vistos no
Capítulo 4.
[37]
Capítulo 4 - Aspectos de Configuração
A seguir serão visto os aspectos comuns tanto ao HART cabeado quanto ao
WirelessHART, uma vez que a diferença entre ambos dá-se apenas no modo de
conexão, com fio ou sem fio. Os equipamentos e procedimentos são adaptados para
corresponder ao tipo de conexão do protocolo.
4.1. Configuração
[38]
Fig. 27 - Comunicadores HART
[39]
Fig. 28 - Exemplo de ligação de um terminal handheld em uma rede Wired HART
4.2. Integração
[40]
Fig. 29 - Integração de dados
[41]
4.2.3. Integração HART-mais-Analógico
4.3. Calibração
[42]
traçado próximo aos limites superior e inferior e “aparados” nos cálculos internos a
fim de compensar algum erro.
A segunda etapa é referida como bloco de escala. Nesta etapa os valores superiores
e inferiores da escala são utilizados para produzir o sinal a partir do valor do
transdutor: o valor inferior corresponde ao sinal de 4mA e o valor superior
corresponde ao sinal de 20mA. Além disso, uma função de transferência apropriada
(por exemplo: linear, raiz quadrada, etc.) pode ser aplicada. A função de raiz
quadrada, por exemplo, é usada para aproximar uma medida do fluxo de uma
medida da pressão diferencial. É importante notar a diferença na calibração e na
escala de um instrumento de campo.
A terceira etapa, executada pelo bloco de DAQ, tem como função produzir realmente
o sinal analógico 4-20mA, assegurando que 0% é exatamente igual a 4 mA e 100%
a 20mA. A função mais crítica do instrumento de campo, de uma perspectiva do
sistema, é produzir um sinal que esteja de acordo com sistema de controlo como
correspondente ao valor do processo.
[43]
é independente do sistema operacional ou navegador, uma DD é exibida com uma
aplicação DD.
Uma DD serve como uma base de informação versátil e pode ser usado para
executar as seguintes tarefas:
Engenharia
• Ajuste de endereços
• Visualização dos dados do processo
• Simulação
• Ajuste e Calibração
• Configuração online
• Identificação dos dispositivos
Gerenciamento de Ativos
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Fig. 31 - Interface com o usuário
• Unificação
o Interface do usuário
o Guia do usuário
o Suporte a multi-linguagem
o Integração de dispositivo
o Ajuda consistente online ao dispositivo
• Baixo custo para treinamento do usuário
• Segurança de operação
• Disponibilidade a muitos dispositivos
• Proteção do investimento
• Uma única ferramenta para todos os usos e dispositivos
• Validação de todas as entradas
• Qualidade de alto nível
• Baixo custo de manutenção
• Redução dos custos totais
[45]
Fabricante do dispositivo
[46]
Capítulo 5 - Conclusão
HART tem como característica principal a transmissão de sinais digitais juntamente
com o sinal analógico, em um único equipamento. Essa característica de
comunicação híbrida, aliada a grande variedade de instrumentos e suplementos
compatíveis com HART, faz deste protocolo uma opção bastante viável no que diz
respeito à migração e atualização de plantas para o padrão de comunicação digital
de campo, sobretudo com o advento das redes sem fio
O HART possibilita aos seus usuários grande parte dos mesmos benefícios
oferecidos por outros padrões (como Fieldbus, por exemplo), ao mesmo tempo em
que mantém a compatibilidade e a familiaridade com os sistemas existentes de 4-20
mA. O HART permite os benefícios econômicos da comunicação remota, a
flexibilidade e a precisão da comunicação de dados digital, o diagnóstico dos
instrumentos de campo e o uso de poderosos instrumentos com múltiplas variáveis,
sem que haja a necessidade de trocar sistemas inteiros, nem mesmo em
WirelessHART, uma vez que ele é totalmente compatível com o padrão cabeado,
devido à possibilidade de uso e configuração adaptados.
Com base no que foi visto ao longo deste documento, podemos inferir que HART
torna-se uma boa opção de migração/atualização, uma vez que possibilita que
plantas e projetos baseados em sistemas analógicos 4-20mA façam uso das
vantagens do maior controle das variáveis e funções do instrumento, que o controlo
digital de instrumentação oferece, sem que seja necessário trocar todos os
equipamentos, abrindo espaço, inclusive para a nova – e poderosa – tendência que
é a comunicação sem fio, permitindo a integração de outros equipamentos, como
PDA’s, Smartphones, Laptops, reduzindo custos e facilitando a manutenção da
planta.
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Referências Bibliográficas
[1] SMAR – Protocolo de Comunicação HART®Tutorial HART® -
http://www.smar.com/brasil2/hart.asp
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