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Fonte: trabalho produzido pelos alunos do Fundamental II da EMEF Rodrigo Ótavio com

orientação do artista plástico Amauri Flor. (Projeto Jackson do Pandeiro 2019).


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
DIRETORIA DE GESTÃO CURRICULAR

LUCIANO CARTAXO PIRES DE SÁ


Prefeito

MANOEL ALVES DA SILVA JÚNIOR


Vice Prefeito

EDILMA FERREIRA DA COSTA


Secretária

MARIA AMÉRICA DE CASTRO


Secretária Adjunta

GILBERTO CRUZ DE ARAÚJO


Diretor de Gestão Curricular

MARIA DAS GRAÇAS PEREIRA MELO


Coordenadora do Ensino Fundamental

ARYANNE RODRIGUES TOMAZ COUTINHO


Chefe de Divisão do Departamento de Programas e Projetos

FRANCINEIDE RIBEIRO VIANA SANTOS


Coordenadora do Ensino Infantil

ADRIANO DOS SANTOS SILVA


Coordenador da EJA

GIOCONDA MARIA MEDEIROS DE AZEVEDO


Coordenadora da Escola Tempo Integral

MARCELLA JOSÉ DA COSTA MORAIS


MARIA CONCEIÇÃO SILVA LIMA
MARIA DAS GRAÇAS MELO
Elaboração

MÔNICA CRISTINA DA SILVA SANTIAGO


Revisão
SUMÁRIO
• Apresentação
• Políticas da Secretaria de Educação
• Matrícula
• Ano letivo de 2020.
• Número de alunos
• Faixa etária
• Jornada diária
• Da organização dos Níveis e Modalidades da Educação Municipal
• Educação Infantil
• Ensino Fundamental
• Escola Tempo Integral
• Educação Especial
• Educação de Jovens e Adultos
• Democratização da Gestão Administrativa e Pedagógica
• Planejamento Escolar
• Formação Continuada
• Gestão de Pessoal
• Leis/ Resoluções incluídas no Currículo Escolar
• Calendário Escolar

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APRESENTAÇÃO

‘’Lavar as mãos do conflito entre os poderosos e os impotentes


significa ficar do lado dos poderosos, não ser neutro. O educador tem
o dever de não ser neutro’’
Paulo Freire

A Secretaria de Educação do Município de João Pessoa apresenta às Escolas


Municipais e Centros de Referência em Educação Infantil (CREIs) orientações
administrativas e pedagógicas, cujo foco é a melhoria da qualidade da aprendizagem e do
acesso, de garantia de permanência e de aprimoramento das práticas pedagógicas
desenvolvidas pelas escolas públicas municipais.
Nossa proposta se pauta em princípios que contemplem ações consideradas
essenciais ao avanço do ensino e da aprendizagem dos estudantes da rede, apresentando
um modelo democrático de organização e funcionamento das Unidades Escolares e
CREIs, que se caracteriza pela necessidade de redefinir a organização do trabalho escolar
com ampla participação da comunidade entendendo que é na escola que o fazer
pedagógico se materializa.
Desta forma, a escola, enquanto espaço de aprendizagem, deve planejar suas
ações para garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem, por meio de projetos
que superem a fragmentação das práticas pedagógicas e que racionalize os esforços e
recursos da escola, no sentido de melhorar a organização dos meios ao cumprimento da
missão institucional.
Assim, este documento tem por objetivo apresentar uma estrutura organizacional
para as escolas municipais e CREIs, de modo a fortalecer e dinamizar as dimensões
pedagógicas e administrativas, garantindo o atendimento das especificidades de cada uma
delas e das demandas da sua comunidade.

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POLÍTICAS DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

• Expandir a oferta de vagas, com prioridade para a educação infantil;


• Garantir o pleno domínio do desenvolvimento da leitura, da escrita, do cálculo e das
diversas formas de expressão;
• Reduzir as taxas de repetência e de evasão escolar;
• Proporcionar oportunidades para a erradicação do analfabetismo, fortalecendo a
Educação de Jovens e Adultos;
• Desenvolver ações pedagógicas e educacionais tendo como meta a qualidade do
ensino, nos níveis Infantil e Fundamental;
• Fortalecer o Ciclo de Aprendizagem nos dois anos iniciais do Fundamental, como
alternativa para enfrentar o fracasso escolar de forma a garantir aos estudantes a
progressão das aprendizagens e a qualidade do ensino;
• Estimular a participação da família no processo ensino e aprendizagem,
favorecendo o desenvolvimento dos estudantes.

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MATRÍCULAS E ORGANIZAÇÃO DA TURMA

PERÍODO PROCEDIMENTOS ETAPAS


É necessária a Renovação de
18 a 29/11/ 2019 confirmação da matrícula para os
matrícula pelos pais Estudantes da
ou responsáveis na Rede
Unidade de Ensino

CREIS, Ensino Matrícula de


02 a 31/01/2020 Fundamental, Estudantes
EJA e Novatos
Estudantes com
Deficiência

06 a 30/01/2020 Colônia de Férias Colônia de Férias


para os CREIs para Crianças
matriculadas nos
CREIs – 2019

04/02/2020 Início do Ano Letivo Educação Infantil


Ensino
Fundamental
EJA

OBSERVAÇÕES
1- A falta de documentação não impedirá o estudante de ser matriculado,
devendo a escola orientar o educando no sentido de obtê-la no prazo de 45 dias,
após o início do ano letivo.

2- Caso o estudante não possua documentação, a LDB faculta a matrícula, em


qualquer série/ano do Ensino Fundamental, independente de escolarização
anterior, por meio de avaliação feita pela escola (LDB, art. 24, inciso III, alínea c).

3- Aos estudantes evadidos/desistentes a matrícula ocorrerá no período


destinado aos estudantes novatos.
4- Respeitando a especificidade da Modalidade EJA, a matrícula deve ser realizada
mesmo após o encerramento do prazo de matrícula na Rede.
5- Quando houver 02 estudantes com deficiência intelectual (Down e autismo) por
sala de aula e apresentar laudo médico, as turmas funcionarão com o número

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mínimo de estudantes. Art. 7º § 1º resolução nº 019/2019 do Conselho
Municipal de Educação - CME.

DO ANO LETIVO DE 2020

O ano letivo da Rede Municipal de Ensino terá início no dia 04 de fevereiro de


2020, conforme calendário escolar aprovado pelo Conselho Municipal de Educação.

• O ano escolar terá duzentos (203) dias letivos, divididos em quatro períodos
bimestrais, conforme disposições constantes no calendário escolar.

• Para a Educação Infantil e Ensino Fundamental da Educação, a carga horária


mínima anual será de oitocentas (800) horas, distribuídas por um mínimo de
duzentos (200) dias de efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo reservado
aos exames finais, quando houver (Lei 9.394/96 artigo 24, inciso I).

• Os Centros de Referência em Educação Infantil desenvolverão durante o mês


de janeiro, atividades recreativas denominadas de Colônia de Férias.

• A Educação Infantil, ofertadas nas escolas, terá uma jornada de (04) quatro
horas de efetivo trabalho escolar, excluindo os 30 minutos de recreio.

• Os dias 03 de fevereiro serão reservados aos planejamentos semestrais das


Unidades Escolares e não serão computados como dias letivos.

• A hora/aula do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) terá duração de quarenta e


cinco (45) minutos.

• Atendendo ao que está preconizado no art. 184 da Lei Orgânica do Município,


todos os segmentos dos servidores municipais da Secretaria de Educação e
Cultura participarão do Diálogo Educacional, no dia 29 de junho, o qual faz
parte do processo de formação continuada.

• Os dias 22 e 23 de outubro de 2020 estão reservados para o Congresso de


Professores, sob a responsabilidade do SINTEM.

• Os dias reservados ao Planejamento, ao Diálogo Educacional e Congresso de


Professores não serão computados como dias letivos.

DA ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS


As turmas da Educação Básica deverão ser organizadas observando as seguintes
orientações:

Níveis de ensino Mínimo de Máximo de crianças


crianças
Educação Infantil

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Berçário 10
20
Creche 15
25
Pré – Escola 20 25
Ensino Fundamental

Mínimo de alunos Máximo de alunos (as)


(as)
1º ano 20 25
2º ano 20 25
3º ano 30 35
4º ano 30 35
5º ano 30 35
6º ao 9º ano 35 40
EJA (Ciclo
15 30
Alfabetização)
EJA (Ciclo I e II) 15 30
EJA (Ciclo III e IV)
15 35

FAIXA ETÁRIA
NÍVEIS DE ENSINO FAIXA ETÁRIA
Educação Infantil

Berçário 06 meses a 01 ano e 11


meses
Creche 02 e 03 anos
Pré - Escola 04 e 05 anos
Ensino Fundamental

Anos Iniciais 06 a 10 anos


Anos Finais 11 a 14 anos
EJA 15 anos completos

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JORNADA DIÁRIA DAS UNIDADES DE ENSINO E CREIS

A jornada diária estará organizada nos seguintes horários:

TURNO HORÁRIO

Das 7:00 às 11:30 (Fundamental I)


MANHÃ Das 7:00 às 11:45 (Fundamental II)

Das 13:00 às 17:30 (Fundamental I)


TARDE Das 13:00 às 17:45 (Fundamental II)

Das 7:00 às 17:00 (CREIS e Escola


INTEGRAL Tempo Integral)

Das 18:30 às 22:30


NOITE

ORGANIZAÇÃO DOS NÍVEIS E MODALIDADES DA EDUCAÇÃO


MUNICIPAL

EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil oferecida nos Centros de Referências em Educação


Infantil/CREIs e nas Escolas, constituindo-se como espaços institucionais públicos que
cuidam e educam crianças de 06 (seis) meses a 5 (cinco) anos de idade em jornada
integral, sem nenhuma distinção originária da etnia, sexo, nacionalidade, origem
geográfica, deficiência física ou intelectual, nível socioeconômico ou classe social.
A criança é um sujeito histórico e de direitos que nas interações, relações e práticas
cotidianas vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia,
deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a
natureza e a sociedade, produzindo cultura (DCNEI, 2009).
A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade
(art.29 da LDB).
A Ambientação das salas de Educação Infantil pertence ao processo pedagógico
contemplando a diversidade étnica, cultural e de gênero. Por este motivo deve ser evitado
o uso de imagens estereotipadas.
Dadas as particularidades do desenvolvimento da criança de zero a cinco anos de
idade, à Educação Infantil compete às funções indispensáveis e indissociáveis: o Cuidar, o
Educar e o Brincar.
A Gestão da Instituição de Educação Infantil deverá ser um educador que tenha

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formação mínima em Licenciatura em Pedagogia.
A experiência docente é pré-requisito para o exercício de funções de direção,
coordenação de Unidade de Educação Infantil nos termos da Resolução do C.M.E.
nº.009/2010
O docente, para atuar na Educação Infantil, deverá ser formado em nível superior,
em curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, em Universidades e Institutos Superior de
Educação; admitida como formação mínima, em curso Normal Superior, ou em nível
médio, na modalidade Normal.
A Coordenação de Educação Infantil tem por finalidade desenvolver ações
educativas de formação, monitoramento e acompanhamento das práticas pedagógicas dos
educadores durante todo o ano letivo, com vistas ao desenvolvimento das crianças
atendidas. Tem como missão, contribuir com uma Educação Infantil de qualidade com
base em estudos e pesquisas, na perspectiva de favorecer formação integral da criança
para a construção de uma sociedade inclusiva, justa, sustentável e democrática.

ATRIBUIÇÔES DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Dos Especialistas
• Trabalhar em comum acordo com a gestão da unidade;
• Cumprir carga horária estabelecida legalmente;
• Participar de reuniões, encontros de formação e eventos promovidos pela
Coordenação de Educação Infantil ou Diretoria de Gestão Escolar;
• Zelar pela harmonização das relações humanas dentro do CREI;
• Colaborar na construção e acompanhamento dos projetos pedagógicos e
planejamentos;
• Zelar pelo bom andamento da Unidade;
• Acompanhar os diários de classe, evitando transtornos posteriores, observando (os
registros das aulas, o diagnóstico e a frequência das crianças, entre outros);
• Ser parceira, ajudando os professores, monitores e berçaristas no desenvolvimento
de suas atividades e em especial nas dificuldades;
• Elaborar a cada reunião de planejamento uma ata em livro destinado a esse fim
com as discussões e encaminhamentos;
• Acompanhar de forma sistemática e eficaz a frequência das crianças nas unidades;
• Participar da elaboração ou implementação e acompanhamento do Projeto
Pedagógico (PP);
• Participar das reuniões de pais;
• Trabalhar com a comunidade, buscando parcerias;
• Colaborar na construção dos documentos do CREI nota 10;
• Elaborar e executar o plano de ação.

OBS: As questões pedagógicas estão destinadas em especial aos pedagogos


(supervisores e orientadores educacionais), ficando o psicólogo e assistente social de
apoiar dentro de seus conhecimentos.

Dos Professores

• Cumprir sua carga horária;


• Participar de reuniões, encontros de formação e eventos promovidos pela
Coordenação de Educação Infantil ou Diretoria de Gestão Curricular;

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• Zelar pela segurança das crianças na Instituição de Educação Infantil;
• Contribuir para a adaptação das crianças que estão nas unidades;
• Zelar pelo bom andamento da unidade e de sua turma;
• Responsabilizar-se por qualquer problema ocorrido na sala de aula, salvo em sua
ausência;
• Acompanhar as crianças em todas as atividades da unidade orientando-as;
• Organizar o espaço da sala de aula de forma harmoniosa, evitando a poluição
visual;
• Deixar sua turma quando for estritamente necessário;
• Elaborar o plano de curso da turma, mantendo-o juntamente com o diário de classe;
• Construir os projetos pedagógicos e vivenciá-los de acordo com cada bimestre;
• Elaborar e executar o planejamento semanal de acordo com o plano de curso;
• Planejar aulas de acordo com a realidade de sua turma de forma criativa e
prazerosa;
• Registrar as aulas diariamente de acordo com o que foi trabalhado (conteúdos e
atividades);
• Avaliar as crianças, diariamente, observando-as e registrando seus avanços e
recuos;
• Ter zelo e cuidado com o diário de classe;
• Acompanhar de forma sistemática e eficaz a frequência das crianças nas unidades;
• Manter o caderno de planejamento atualizado, com registro do ocorrido
diariamente;
• Participar da elaboração ou implementação e acompanhamento do Projeto
Pedagógico (PP);
• Participar das reuniões de pais, quando necessário.

Dos Monitores e berçaristas

• Substituir o professor em sua ausência, com atividades lúdicas;


• Receber afetivamente as crianças dentro de um ambiente acolhedor;
• Contribuir para a adaptação das crianças que estão nas unidades;
• Realizar suas tarefas com respeito, compreensão e carinho;
• Colaborar com atividades lúdicas e dirigidas que proporcionem o desenvolvimento
integral da criança, visando potencializar aspectos corporais, afetivos, emocionais,
estéticos e éticos na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e
saudáveis;
• Zelar pela segurança das crianças na Instituição de Educação Infantil;
• Proceder e orientar as crianças no que se refere à higiene pessoal atendendo a
faixa etária de atuação;
• Auxiliar nas refeições e na alimentação, possibilitando as crianças o
desenvolvimento de sua autonomia;
• Acompanhar as crianças durante as atividades livres no pátio;
• Prezar pela limpeza e organização do ambiente de trabalho;
• Manter relação de respeito com seus colegas de trabalho.

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AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Nos termos da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação de 1996, em seu art.
31, a educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das
crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).
A Avaliação deverá ser feita através da observação, do acompanhamento e registro
sistemático de desenvolvimento infantil, SEM RETENÇÃO.

ENSINO FUNDAMENTAL

O Ensino Fundamental tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a


formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores. O Ensino Fundamental inserido nesta
perspectiva pretende desenvolver um conjunto de ações didático-metodológicas pautadas
em conteúdos socialmente relevantes, num fazer pedagógico proficiente, na dimensão da
ação-reflexão para um fazer socialmente responsável.

OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

• Garantir uma prática pedagógica eficaz que assegure ao estudante a aquisição e a


consolidação do processo de letramento;
• Assegurar, progressivamente, aos estudantes o direito ao turno de ampliação da
aprendizagem, com atividades diferenciadas, viabilizando, inclusive, o atendimento
educacional especializado;
• Desenvolver projetos de educação, enfatizando a diversidade social, cultural,
gênero e etnia;
• Valorizar a história e a herança cultural de povos indígenas e africanos,
possibilitando um ambiente não discriminatório;
• Garantir a execução de ações específicas à correção de fluxo idade/ano;
• Desenvolver ações pedagógicas e educacionais pautadas nos princípios éticos,
estéticos e políticos que fundamentam a articulação entre as diversas áreas do
conhecimento voltadas para a formação cidadã do estudante;
• Oportunizar ao estudante o desenvolvimento de competências e habilidades
básicas no campo dos diversos saberes, contextualizando-os;
• Discutir e analisar os aspectos que interferem no processo de aprendizagem na
leitura e escrita dos estudantes que estão nas séries iniciais do Ensino
Fundamental;

AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

No Ensino Fundamental I (do 1º ao 3º ano), a avaliação quantitativa será


representada:
 I – no primeiro ano de forma processual, sem retenção;
 II- no final do segundo ano, caso não tenha atingido os objetivos propostos,
serão retidos, Resolução nº 016/2018 do CME;
 No 1º (primeiro) e 2º (segundo) ano do ensino fundamental os docentes devem
elaborar Parecer Descritivo sobre as atividades de avaliação, nos mesmos

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parâmetros da educação infantil, utilizando-se da ficha de acompanhamento
elaborada e disponibilizada pela SEDEC. Resolução nº 021/2018 do CME.

RECUPERAÇÃO

Serão oferecidas atividades de recuperação ao estudante de baixo rendimento


escolar, ao longo do processo ensino-aprendizagem, cujos resultados devem-se refletir no
decorrer do ano letivo.
A recuperação será oferecida de forma paralela sempre que for diagnosticada
insuficiência durante o processo regular de apropriação de conhecimento, expressa por
média inferior a 7,0 (sete). Art. 13 §1º Resolução nº 021/2018 do CME.
As atividades referentes à recuperação de estudos deverão ser planejadas pelos
docentes, juntamente com a equipe técnica da escola. Art. 13 §3º Resolução nº 021/2018
do CME.
O estudante que não alcançar a média após realização da recuperação paralela terá
nova oportunidade na prova final.

CICLO DE ALFABETIZAÇÃO

O Ciclo da Alfabetização deve garantir o princípio da continuidade da aprendizagem


dos estudantes, sem interrupção, com foco na alfabetização e letramento, voltados para
ampliar as oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas
para todos os estudantes, imprescindíveis ao prosseguimento dos estudos.
Os dois anos iniciais do Ciclo de Alfabetização devem constituir-se em períodos
destinados à construção de conhecimentos que solidifiquem o processo de alfabetização e
letramento, além de possibilitar à criança a organização de um tempo maior, flexível para o
desenvolvimento das competências que precisam construir. Resolução nº 016/2018 do
CME.
Os professores de Educação Física, de Artes, de Ensino Religioso e o professor do
Ciclo de Alfabetização deverão fazer planejamento integrado e interdisciplinar. E quanto ao
processo avaliativo também se dará de forma integrada objetivando o redimensionamento
da prática pedagógica.

ESCOLA TEMPO INTEGRAL

A Escola Tempo Integral reafirma a ideia de que a educação desempenha um papel


significativo e imprescindível na formação humana, que não se esgota no espaço físico da
escola, tampouco no tempo diário de quatro horas.
O currículo da Escola Tempo Integral está organizado de forma integralizada
atendendo à Base Comum, à parte diversificada e às atividades pedagógicas, culturais e
desportivas que valorizam o desenvolvimento geral e a vivência em grupo, ressignificando
a prática pedagógica para desafios da modernidade.
O Projeto Pedagógico das Escolas de Tempo Integral prevê o desenvolvimento do
currículo básico do Ensino Fundamental articulado com ações curriculares denominadas
“oficinas curriculares” como o ensino de Libras, orientação para estudo e pesquisa, formas
de comunicação, esporte e lazer, cultural e artes, educação ambiental e educação em
direitos humanos.
A metodologia utilizada na Escola Tempo Integral é desenvolvida a partir de uma
abordagem participativa por meio de pesquisas e atividades individuais e em grupo,
buscando a transposição do domínio dos conceitos estudados com ênfase na sua

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aplicação em situações problematizadoras e didaticamente organizada, proporcionando
aos estudantes experiências significativa e a continuidade da aquisição de conhecimentos.
A avaliação na Escola Tempo Integral, no Ensino Fundamental I e II, será realizada
de acordo com o que preconiza a Resolução nº 021/2018 do CME.

EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva,


foi elaborada segundo os preceitos de uma escola inclusiva em que cada estudante tem a
possibilidade de aprender a partir de suas aptidões e capacidades, e em que o
conhecimento se constrói sem resistência ou submissão ao que é selecionado para
compor o currículo, resultando na promoção de alguns estudantes e na marginalização de
outros do processo escolar.
A Educação Especial, como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e
modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular, destinada aos estudantes
com NEE – Necessidades Educacionais Específicas, de modo a garantir-lhes o
desenvolvimento de suas potencialidades, o acesso ao conhecimento e o pleno exercício
da cidadania, devendo ser prevista no Projeto Pedagógico da unidade escolar.
A Educação Especial, dever constitucional do Estado e da Família, é a modalidade
que assegura o Atendimento Educacional Especializado, em caráter complementar ou
suplementar, como parte integrante do processo educacional em todos os níveis, etapas e
modalidades de ensino para estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento, transtornos funcionais específicos e altas habilidades ou superdotação.
A LDB 9394/96, no seu Art. 58, define a educação especial como uma modalidade
de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
O Atendimento Educacional Especializado, serviço não substitutivo à escolarização,
tem como função complementar ou suplementar a formação dos estudantes com
deficiências, transtornos do espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação por
meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que
eliminem as barreiras para sua plena participação na escola e na sociedade, assegurando
o desenvolvimento de sua aprendizagem.
A avaliação do estudante da Educação Especial, ao longo do processo de ensino e
aprendizagem, compreende diversas etapas, envolvendo procedimentos sistemáticos,
tendo como base o desenvolvimento apresentado pelo estudante no início do processo,
podendo implicar em novo encaminhamento pedagógico, reclassificação ou terminalidade.
O resultado da avaliação inicial e as realizadas ao longo do processo educacional
será consolidado em relatório que indique os procedimentos pedagógicos necessários ao
atendimento de cada estudante.
Na organização e oferta do AEE na rede pública municipal de ensino de João Pessoa
devem ser considerados os seguintes aspectos:
• As atividades de profissional tradutor e intérprete de Libras para alunos surdos e de
guia-intérprete para estudantes surdocegos seguem regulamentação própria,
devendo ser orientada sua atuação na escola pela coordenação da educação
especial;

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• Aos cuidadores compete dar apoio às atividades de locomoção, de higiene, de
alimentação, prestar auxílio individualizado aos estudantes com deficiência e
transtorno global do desenvolvimento que não realizam essas atividades com
independência;

• A demanda de um cuidador se justifica quando a necessidade específica do


estudante público alvo da educação especial não for atendida no contexto geral dos
cuidados disponibilizados aos demais estudantes;

• Não é atribuição do cuidador desenvolver atividades educacionais diferenciadas ao


estudante público alvo da educação especial, e nem responsabilizar-se pelo ensino
deste estudante, porém ele deve atuar de forma articulada com os professores da
sala de aula regular, da sala de recursos multifuncionais, entre outros profissionais
no contexto da escola;
Com relação às matrículas do público alvo da Educação Especial, RECOMENDA-SE
que em cada turma sejam matriculados no máximo 02 (dois) estudantes com deficiência
intelectual (Down e autismo), sendo respeitado o número mínimo de alunos por sala.
Por exemplo: em uma turma onde o mínimo sejam 25 alunos, seriam 23 (alunos) + 02
(com deficiência intelectual ou autismo), totalizando o mínimo de 25 alunos na turma.
Ressalta-se as demais deficiências, síndromes e/ou transtornos não necessitam fazer
uso da contagem mínima de alunos por turma.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A Educação de Jovens e Adultos tem a função social de assegurar a escolarização


dos sujeitos que, historicamente, foram excluídos do direito à educação. Os sujeitos da
Educação de Jovens e Adultos são reconhecidos ao trazerem histórias de vida ora
semelhantes ora diferenciadas, porém marcadas pelas trajetórias de exclusão social do
sistema de ensino, da vida familiar, da afetividade, dos meios culturais e econômicos.
Voltar à escola é a possibilidade desses sujeitos ressignificar em sua própria vida e
estabelecerem novos caminhos. Portanto, ao considerá-los aprendizes ao longo de sua
existência, reconhece-se a incompletude do ser humano e as possibilidades de construção
do conhecimento de forma contínua e permeada por outros saberes.
A Rede Municipal de Ensino assegurará aos jovens e adultos, mediante oferta de
curso presencial, o Ensino Fundamental na modalidade EJA, com especificidades
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses,
condições de vida e de trabalho, com base nos parágrafos 1º e 2º do Artigo 37 da LDB.
O ano letivo da Educação de Jovens e Adultos obedece ao calendário oficial da
rede pública de ensino com relação ao início, término e duração, por sua vez,atendendo a
suas especificidades, orienta-se por calendário próprio para a modalidade.
A faixa etária para ingresso na Educação de Jovens e Adultos é de 15 anos
completos para qualquer um dos Ciclos, de acordo com Lei de Diretrizes e Base - LDB nº
9.394/96. O estudante que não possuir documento que comprove estudos anteriores
deverá ser avaliado pela instituição de ensino que após comprovar os conhecimentos
adquiridos, poderá efetuar sua matricula na etapa adequada conforme alínea c, inciso II
art. 24 LDB.

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ESTRUTURA CURRICULAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A organização curricular da Educação de Jovens e Adultos contempla


obrigatoriamente uma base nacional comum complementada por uma Parte Diversificada,
conforme estabelecem a Resolução Nº 001/2019 do CME
O Ensino Fundamental da EJA Compreende 02 (dois) segmentos:
O primeiro segmento, correspondente aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e a
duração mínima será de 800 horas anuais por ciclo, distribuídas em, no mínimo, duzentos
dias letivos de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais e de
recuperação.
O segundo segmento correspondente aos Anos Finais do Ensino Fundamental; a
duração mínima será de 1.600 horas anuais por ciclo, distribuídas em, no mínimo,
duzentos dias letivos de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames
finais e de recuperação.
A jornada escolar diária na Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental
será de quatro horas de efetivo trabalho escolar, nos horários diurnos e/ou noturnos.
Na Educação de Jovens e Adultos, a avaliação deve assumir uma forma processual,
formativa, cumulativa e diagnóstica, possibilitando o redimensionamento da ação
pedagógica, sendo necessária a elaboração de instrumentos e procedimentos de
acompanhamento contínuo, de registro e de reflexão permanente sobre os processos de
ensino e de aprendizagem.

ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

Para garantir a sustentabilidade da gestão escolar, cada escola da Rede Municipal


de Ensino de João Pessoa será administrada por um Diretor Administrativo e um Diretor
Pedagógico, nomeados por ato do Chefe do Poder Executivo Municipais, na forma da
Legislação Municipal.
Os Diretores Administrativos e Pedagógicos deverão trabalhar de forma conjunta,
buscando o crescimento e o aperfeiçoamento da unidade municipal de ensino, estando
suas atribuições definidas em lei.

ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR ADMINISTRATIVO

• manter atualizado o tombamento dos bens públicos, zelando pela sua conservação,
em conjunto com todos os segmentos da Comunidade Escolar;
• dar conhecimento à Comunidade Escolar das diretrizes e normas emitidas pela
Secretaria Municipal de Educação e Cultura e pelo Conselho de Educação;
• submeter, juntamente com o presidente e o tesoureiro da unidade executora (UEx),
ao Conselho Escolar para exame e parecer a prestação de contas dos recursos
financeiros repassados à Instituição de Ensino;
• cumprir e fazer cumprir a legislação vigente;
• dar transparência na aplicação e na divulgação dos recursos financeiros recebidos
pela Escola, em conjunto com o Conselho Escolar;
• acompanhar, em consonância com o Conselho Escolar, com o Diretor Pedagógico
e com a comunidade escolar, a elaboração, a execução e a avaliação anual do
Projeto Pedagógico e do Plano de Gestão Escolar;
• verificar, junto ao presidente e ao tesoureiro da unidade executora (UEx), o atesto
das notas fiscais e cópias de cheques;
• acompanhar o processo de organização de turmas dos alunos;

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• acompanhar a prestação de contas das verbas municipais e federais,
periodicamente, conforme normativas do Fundo de Desenvolvimento da Educação
– FNDE e da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEDEC;
• incentivar e acompanhar a formação continuada e o aperfeiçoamento profissional
dos profissionais da Instituição de Ensino;
• reportar-se à Secretaria Municipal de Educação no que diz respeito às atividades
administrativas da escola;
• cumprir e fazer o cumprir os horários de funcionamento da escola;
• elaborar normas disciplinares complementares para o funcionamento da Instituição
de Ensino, observando o Regimento Interno e a legislação em vigor, submetendo-
as ao Conselho Escolar;
• definir diretrizes de funcionamento da escola sob sua responsabilidade, em
consonância com a legislação vigente;
• efetuar o controle de pessoal, bem como a supervisão dos serviços de
manutenção, vigilância e serviços gerais;
• supervisionar o fornecimento da alimentação escolar;
• assegurar o cumprimento do Calendário Escolar, garantindo a carga horária e dias
letivos exigidos pela Legislação vigente;
• conhecer, promover o conhecimento e cumprir o Estatuto dos Servidores Públicos
Municipais de João Pessoa, Lei nº 2.380, de 26 de março de 1979.

ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR PEDAGÓGICO

• dar conhecimento à Comunidade Escolar das diretrizes e normas emitidas pelos


órgãos do sistema de ensino;
• apresentar, anualmente, ao Secretário Municipal de Educação e à Comunidade
Escolar, a avaliação do cumprimento das metas estabelecidas no Projeto Político-
Pedagógico, a avaliação interna da Escola, no que diz respeito à parte pedagógica,
e as propostas que visem à melhoria da qualidade do ensino e ao alcance das
metas estabelecidas;
• cumprir e fazer cumprir a legislação vigente;
• coordenar a elaboração, a execução e a avaliação, anualmente, do Projeto
Pedagógico e do Plano de Gestão Escolar, juntamente com o Conselho Escolar,
com o Diretor Administrativo e com a comunidade escolar;
• acompanhar o processo de organização de turmas;
• incentivar e acompanhar a formação continuada e o aperfeiçoamento profissional
dos profissionais da Instituição de Ensino;
• promover condições técnico-pedagógicas que possibilitem o avanço educacional em
consonância com as diretrizes definidas pela Secretaria Municipal da Educação e
Cultura;
• buscar continuamente a qualidade no processo de ensino e de aprendizagem,
através de projetos pedagógicos;
• garantir o cumprimento dos objetivos e metas do Plano Municipal de Educação;
• assegurar o cumprimento do Calendário Escolar, garantindo a carga horária e dias
letivos exigidos pela Legislação vigente;
• organizar a grade curricular e o horário escolar dos professores, de forma a garantir
o cumprimento às exigências legais dos componentes curriculares;
• conhecer, promover o conhecimento e cumprir o Estatuto dos Servidores Públicos
Municipais de João Pessoa, Lei nº 2.380, de 26 de março de 1979.

17
PLANEJAMENTO ESCOLAR

A ação de planejar não se reduz ao simples preenchimento de formulário para


controle pedagógico; deve ser uma atividade consciente de previsão das ações docentes,
fundamentadas em opções político pedagógicas, tendo como referência permanente as
situações didáticas concretas (ou seja, problemática social, econômica, política e cultural
que envolve a comunidade escolar que interage no processo de ensino).

CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO PLANO DE ENSINO

COERÊNCIA: as atividades planejadas devem manter perfeita coesão entre si de


modo que não se dispersem.
SEQUÊNCIA: deve existir uma linha ininterrupta que integre gradualmente as
distintas atividades desde a primeira até a última de modo que nada fique jogado ao acaso.
FLEXIBILIDADE: permite a inserção de temas ocasionais, subtemas não previstos
e questões que enriqueçam os conteúdos por desenvolver, bem como permitir alteração de
acordo com as necessidades ou interesses dos estudantes.
PRECISÃO E OBJETIVIDADE: os enunciados devem ser claros, precisos, objetivos
e sintaticamente impecáveis. As indicações não podem ser objetos de dupla interpretação,
as sugestões devem ser inequívocas (Ricardo Nervi).

AO PLANEJAR DEVE-SE LEVAR EM CONTA

• as características e necessidades de aprendizagem dos estudantes;

• os objetivos educacionais da escola e seu Projeto Pedagógico;

• o conteúdo de cada ano letivo;

• os objetivos e seu compromisso pessoal com o ensino;

• as orientações da SEDEC;

• e as legislações vigentes.

FUNÇÕES DO PLANEJAMENTO

• Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente,


permitindo ao professor e a escola um ensino de qualidade, evitando a
improvisação e a rotina;

• Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que assegurem


a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do
processo de participação democrática.
ORIENTAÇÕES

O planejamento deve
• expressar as ações efetivas que o professor irá realizar em sala de aula,
através de objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas de ensino

18
(registrar, no Diário de Classe, o Plano de Ensino e as respectivas sequências
didáticas).

• ser encarado também como uma oportunidade de reflexão e avaliação da sua


prática.
O professor deve
• participar integralmente dos períodos dedicados ao Planejamento (cinco horas
semanais), nas unidades escolares ou nos espaços de formação continuada.

• ir criando e recriando sua própria didática, enriquecendo sua prática profissional e


ganhando mais segurança.
Os planos precisam estar vinculados à prática, por isso, muitas vezes, precisam ser
revistos e refeitos.

FORMAÇÃO CONTINUADA

Compreendendo a Formação Continuada dos Profissionais da Educação como uma


legitimidade legal, emanada da necessidade das demandas originadas pelas mudanças
concretas no contexto pedagógico, passando pela reflexão de uma práxis que garanta uma
qualidade nas ações do ensino/aprendizagem, como também, permeando sobre uma
interface voltada para a valorização do profissional da educação enquanto sujeito reflexivo
e construtor de histórias ressalta-se a importância do docente investir na continuação da
construção de seu conhecimento científico iniciado com a graduação, oportunizando o
mesmo estar se posicionando com clareza e objetividade em sua prática pedagógica.
A Formação Continuada é um instrumento que possibilita estratégias na condução
do profissional a conquistas, avançando no crescimento pessoal e profissional, garantindo
uma análise mais culta e sábia em relação às exigências advindas da sociedade
contemporânea e resulta na garantia de um ensino de qualidade num mundo globalizado.
O processo de formação contínua também instiga o profissional na observação:
Oque fazer? Para que fazer? Para quem fazer? Como fazer? a partir de pesquisas
científicas cruzadas entre teoria e suas práticas, envolvendo uma relação humana entre os
sujeitos: Professor/Estudante.
A Formação Continuada dos Profissionais de Educação é da responsabilidade da
SEDEC, através da DGC e do CECAPRO, com encontros presenciais e a distância.
A organização se faz com os segmentos e modalidades: Educação Infantil,
Fundamental I e II, Educação de Jovens e Adultos, Especialistas, Gestores e Tutores das
Escolas de Tempo Integral.
Na Formação Continuada é enfatizada a formação, a avaliação e as
competências que cabem ao profissional.
A Formação Continuada será distribuída por Componente Curricular de acordo
com o quadro abaixo:

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta


História Ciências Português Matemática
Geografia Ed. Inglês Ens. Arte
Física Religioso

19
GESTÃO DE PESSOAL

A jornada de trabalho dos Profissionais de Educação Municipal obedecerá à


seguinte carga horária:

• Diretor Administrativo e Pedagógico (a): quarenta (40) horas semanais,


distribuídas em todos os turnos da escola, não sendo permitido nenhum turno
sem a presença do diretor.

• Especialistas e Professores (as) Readaptados (as): A jornada de trabalho será


de trinta (30) horas semanais, sendo cinco (05) destinadas ao planejamento
/formação.

• Professores (as) Efetivos (as): A jornada de trabalho será de trinta (30) horas
semanais, sendo vinte (20) horas em sala de aula e dez (10) horas extraclasse,
para a execução de atividades de formação continuada, planejamento didático e
atendimento a estudantes bem como aos pais ou responsáveis (família), além de
um maior envolvimento com as atividades e com os projetos pedagógicos da
escola.

• Professores (as) Prestadores (as) de Serviço: A jornada de trabalho será de


(40) horas semanais, sendo cinco (05) horas destinadas ao
planejamento/formação.

• Professores (as) de CREIs efetivos (as): A jornada de trabalho será de 30


horas semanais, sendo vinte (20) horas em sala de aula e dez (10) horas
extraclasse, para a execução de atividades de formação continuada,
planejamento didático e atendimento a estudantes bem como aos pais ou
responsáveis (família), além de um maior envolvimento com as atividades e com
os projetos pedagógicos da escola.

• Prestadores de Serviço, monitores e berçaristas dos CREIs A jornada de


trabalho será de 40 horas, sendo 05 (cinco) destinadas ao
planejamento/Formação Continuada.

• Professores (as) e Tutores (as) da Escola Tempo Integral: A jornada de


trabalho será de trinta (30) horas semanais, sendo cinco (05) horas destinadas ao
Planejamento e à Formação Continuada.

• Oficineiros: A jornada de trabalho será de quarenta 40 horas semanais.

• Interprete de Libras e Cuidador (a) Educação Especial: A jornada de trabalho


será de 40 horas semanais.

20
LEIS/ RESOLUÇÕES A SEREM INCLUÍDAS NO CURRÍCULO ESCOLAR

INCLUSÃO DE CONTEÚDO QUE TRATE DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E


DOS ADOLESCENTES NO CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL - (LEI
Nº 11.525, DE 25 DE JULHO DE 2007)

Acrescenta § 5o ao art. 32 da LDB - Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para


incluir conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do
ensino fundamental.

ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE – (LEI Nº 8.069, DE 13 DE


JULHO DE 1990).

Dispõe sobre os Direitos das Crianças e dos Adolescentes na Educação, no art. 53.
Constitui que a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para
o trabalho.

LEI DE LIBRAS - LEI Nº 10436/2002


As atividades de instrutor, tradutor e intérprete de Libras para alunos surdos e de
guia-intérprete para alunos surdocegos seguem regulamentação própria, devendo ser
orientada sua atuação na escola pela educação especial, em articulação com o ensino
regular.

COMBATE AO RACISMO NO MUNICIPIO DE JOÃO PESSOA - LEI Nº 9895,


DE DEZEMBRO DE 2002
Dispõe sobre os meios de coibir a prática de racismo, no inciso IV - organização a
rede de ensino municipal, levando em conta as contribuições das diferentes culturas e
etnias para a formação do nosso povo

IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E O


ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO- BRASILEIRA e INDÍGENA - (LEI
10.639/2003 e 11.645/2008) e Resolução nº 002/2007do CME
Todas as instituições que integram o Sistema Municipal de Ensino devem adequar
seus Projetos Políticos Pedagógicos e currículos para a inclusão de conteúdos
obrigatórios, incluídos pela Lei nº 10.639/03 e 11.645/08 em conformidade com as
Diretrizes Curriculares Nacionais nas diferentes Modalidades de Ensino Infantil,
Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, e em consonância com a política nacional
de promoção da igualdade étnico-racial e indígena.
Será incluído o estudo da História da África e dos Africanos, a Luta dos Negros no
Brasil, a Cultura Negra Brasileira e o Negro na Formação da Sociedade Nacional, além do
estudo da Cultura Indígena, valorizando a contribuição do povo negro e indígena nas áreas
social, econômica, política, religiosa e cultural, dando ênfase ao espaço local.
O dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, deverá ser comemorado.

21
SEMANA DE EDUCAÇÃO PARA A VIDA - (LEI nº 11. 988, de 27/07/2009)
A semana de educação para a vida objetivará ministrar conhecimentos relativos a
matérias não constantes no currículo obrigatório, tais como: ecologia e meio ambiente,
educação para o trânsito, sexualidade, prevenção contra doenças transmissíveis, direito do
consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, e deverá ser aberta para a participação
dos pais de alunos e da comunidade em geral.
Os conteúdos poderão ser ministrados sob a forma de seminários, palestras, exposições,
visitas, projeções de slides ou filmes.

RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009


Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica, modalidade Educação Especial.

SEMANA MUNICIPAL DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL - (LEI nº 11.971, de


30/07/2010)
A Semana Municipal da Alimentação Saudável deverá ser comemorada na última
semana do mês de março, coincidindo com o dia 31 de março, data em que se comemora
o dia da Saúde e Nutrição.São objetivos da Semana: organizar palestras, seminários,
campanhas educativas e congressos com a temática da alimentação saudável.

TESTE DE AVALIAÇÃO DA COLUNA –“TESTE DO MINUTO” - LEI nº 11. 977,


de 30 de julho de 2010
Os testes serão realizados quando do ingresso dos alunos nas escolas municipais,
e ao final de cada ano letivo, finalizando-se no último ano do Ensino Fundamental.

LEI SINASE, LEI Nº 12.594, 18 DE JANEIRO DE 2012


O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) regulamenta a
execução das medidas socioeducativas destinadas à adolescente que pratique ato
infracional; e altera as Leis nos 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente); 7.560, de 19 de dezembro de 1986, 7.998, de 11 de janeiro de 1990, 5.537,
de 21 de novembro de 1968, 8.315, de 23 de dezembro de 1991, 8.706, de 14 de
setembro de 1993, os Decretos-Leis nos 4.048, de 22 de janeiro de 1942, 8.621, de 10 de
janeiro de 1946, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei
no 5.452, de 1º de maio de 1943.

LEI ORDINÁRIA Nº 12.694, 04 DE DEZEMBRO DE 2013


Dispõe sobre a fixação de cartazes educativos nos corredores das escolas públicas
e privadas situadas no âmbito do município de João Pessoa sobre os malefícios do uso de
entorpecentes.

RESOLUÇÃO Nº03, DE 13 DE MAIO DE 2016


Define Diretrizes Nacionais para o atendimento escolar de adolescentes e jovens
em cumprimento de medidas socioeducativas.

22
• RECOMENDAÇÃO Nº 37/2018, 12 DE NOVEMBRO DE 2018 (MINISTÉRIO
PÚBLICO FEDERAL, DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, DEFENSORIA
PÚBLICA DA PARAÍBA, ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL E MINISTÉRIO
PÚBLICO DO TRABALHO)
Assunto: Educação, princípios educacionais. Liberdade de aprender, ensinar,
pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber. Pluralismo de ideias e
concepções pedagógicas. Respeitando à liberdade e apreço à tolerância.

RESOLUÇÕES DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA - SEDEC
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CME

RESOLUÇÃO: Nº 009/2006

IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DE ARTES EM TODAS AS SÉRIES E


MODALIDADES NOS NÍVEIS, INFANTIL E FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE
JOÃO PESSOA.

O Conselho Municipal de Educação de João Pessoa, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 11 da Lei Federal nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996, e fundamentado
no art. 210 da Constituição Federal, no art. 26§2º da Lei 9394/96 e nos art. 188 e 194, incisos I e V,
da Lei Orgânica do Município de João Pessoa, promulgada em 1990,

RESOLVE:
CAPÍTULO I
DA NATUREZA E DOS FINS

Art. 1º - Implantar o ensino de Artes em todas as séries, modalidades e níveis do Ensino Infantil e
Fundamental no Município de João Pessoa.
Art. 2º - O ensino de Arte tem como objetivo geral promover o desenvolvimento cultural do alunado.
Art. 3º - As principais linguagens artísticas que caracterizam o ensino de Arte são: Artes Visuais,
Dança, Música e Teatro.
Art. 4º - O ensino de Arte deverá ser capaz de empreender as seguintes ações:
I – socializar informações culturais, articulando o próximo e o distante, o local e o global, o
senso comum e o conhecimento sistematizado de diferentes fontes culturais;
II – promover, em conformidade com o planejamento educacional, visitações a acervos
artísticos (literários, pictóricos, museológicos, cinematográficos, etc), patrimônios arquitetônicos,
casas de espetáculo (teatros, cinemas, etc.) e outros eventos culturais de modo a favorecer o
contato e a familiarização com a diversidade cultural;
III – desencadear procedimentos educacionais e metodológicos favorecedores de uma
ampliação da visão do alunado sobre a Arte e a Cultura;
IV – questionar estereótipos e preconceitos culturais;
V – amenizar os obstáculos que atravancam o acesso aos bens culturais;

23
CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 5º - O acompanhamento didático, pedagógico e administrativo do ensino da Arte no Ensino


Infantil e Fundamental será efetuado pelas Secretarias de Educação.
Art. 6º - O Conselho Municipal terá a incumbência de inspecionar a efetivação das diretrizes
preconizadas nesta Resolução, aplicando as penalidades previstas em legislação, caso haja
descumprimento, distorção ou omissão no cumprimento destas diretrizes.

CAPÍTULO III
DO ALUNADO

Art. 7º - As Unidades de Ensino oferecerão ao alunado a necessária condição para o entendimento


dos objetivos do ensino de Arte para que, dentro de um processo de vivência e amadurecimento,
possam participar das aulas e da vida cultural paraibana, de outras localidades e contextos
culturais com prazer e interesse.
Art. 8º - O alunado tem direito à efetivação da cidadania cultural, ou seja, acessar e usufruir as
informações historicamente acumuladas e vivenciar trabalhos de criação nas linguagens
integrantes do ensino de Arte, quais sejam: Artes Visuais, Música, Teatro e Dança.

CAPÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO

Art. 9º - O ensino de Arte receberá tratamento didático e metodológico condizente com o nível
cognitivo e contexto sócio-cultural do alunado, de acordo com a série na qual está matriculado.
Art. 10° – Os conteúdos do ensino de Arte serão fundamentados no Projeto Político Pedagógico de
cada Unidade de Ensino, nos Parâmetros Curriculares Nacionais, nas diretrizes curriculares da
área, em outros documentos e textos de relevância pedagógica.

CAPÍTULO V
DO REGIME DIDÁTICO

Art. 11 – A carga horária semanal do ensino de Arte é de 2h (duas horas) aula.


Art. 12 – O ensino de Arte integrará o mesmo sistema avaliativo adotado pela Rede de Ensino.
Art. 13 – O Ensino de Arte deve ser organizado de modo a favorecer o ensino e a aprendizagem
equilibrada de cada linguagem artística, evitando-se a superficialidade e os estereótipos.
Art. 14 – As unidades de ensino devem oferecer as diferentes linguagens artísticas que
caracterizam o ensino de Arte atual, estabelecer parcerias, umas com as outras, de modo a contar
com a colaboração de professores (as) das áreas específicas de formação.

CAPÍTULO VI
DA DOCÊNCIA

Art. 15 – O ensino de Arte deverá ser ministrado por professor (a) com formação em nível superior
em Cursos de Licenciatura da área, respeitando a área de sua especialidade na formação inicial.
Art. 16 – Para credenciar-se ao cargo de professor (a) de Arte, o candidato (a) deverá apresentar
comprovante de conclusão de cursos de Licenciatura em Educação Artística nas diversas
habilitações ou de licenciaturas nas diversas linguagens específicas da área, mencionadas no art.
3º desta Resolução.

Art. 17 – A Implantação do ensino de Arte na Educação Infantil, nas séries iniciais do Ensino
Fundamental (série inicial à 4ª série), Educação de Jovens e Adultos e a Educação Especial será
gradual, amparada em planejamento viável e exequível.

24
Parágrafo único – A implantação do ensino de Artes seguirá os critérios e orientação da
Federação de Arte-Educadores do Brasil (FAEB), das associações representativas do ensino de
Arte do Município de João Pessoa, em consonância com o Plano Plurianual das Secretarias de
Educação.
Art. 18 – Esta Resolução entra em vigor a partir do período letivo de 2007, revogando-se as
disposições em contrário.
Sala de Reunião do Conselho Municipal de Educação de João Pessoa

João Pessoa, 11 de dezembro de 2006.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

RESOLUÇÃO: Nº 002/2007

IMPLEMENTA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E O ENSINO


DA TEMÁTICA DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E
AFRICANA NO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO.

O Conselho Municipal de Educação do Município de João Pessoa, no uso de suas


atribuições, fundamentado no artigo 210 da Construção Federal de 1988 e considerando a
alteração da Lei nº 9.394/96, com acréscimo dos artigos 26-A, 79-A e 79-B, a fim de contemplar a
Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, regulamentada pelo Parecer CNE/CP nº 03 de março de
2004 e Resolução do CNE/CP nº 01 de 17 de junho de 2004 que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana; bem como, baseado nos artigos 186, 188 e 194, incisos I e V, da Lei
Orgânica do Município de João Pessoa; no artigo 4º da Lei 8.996/99 que cria o Sistema de Ensino
Municipal e amparado em tratados internacionais de combate ao racismo em todas as suas formas.
___________________________
“1 – O Estado brasileiro é signatário dos seguintes tratados internacionais: Convenção Relativa à Luta Contra a
Discriminação no Campo do Ensino, de 1968 (decreto nº 1º 63.223, de 6 de setembro de 1968): Convenção para a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, de 1965; I Conferência Mundial para o Combate ao Racismo e
à Discriminação, de 1978; II Conferência Mundial para o Combate ao Racismo e à Discriminação Racial, de 1983; III
Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, de 2001
e; Convenção pela Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher, de 1979”.

25
RESOLVE:

CAPITULO I
DA NATUREZA E DOS FINS

Art. 1º - Em Cumprimento à Lei Federal 10.639/03 tornar obrigatória a educação das relações
étnico-raciais e o ensino da temática de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, nos diversos
níveis e modalidades da Educação Básica, em todas as instituições que integram o Sistema
Municipal de Ensino.
Parágrafo único – Todas as instituições que integram o Sistema Mundial de Ensino devem
adequar seus Projetos Políticos Pedagógicos e currículos para a inclusão de conteúdos
obrigatórios instruídos pela Lei 10.639/03, em conformidade com as Diretrizes Curriculares
Nacionais das diferentes modalidades de ensino (infantil, fundamental e educação de jovens e
adultos) e, em consonância com a política nacional de promoção da igualdade étnico-racial.
Art. 2º - A implementação da Lei 10.639/03, no Sistema de Ensino do município de João
Pessoa/PB contemplará a diversidade cultural, étnica, social e econômica brasileira nos currículos
escolares, apoiada na perspectiva da educação inclusiva e nas políticas públicas de promoção da
igualdade étnico-racial.
Art. 3º - Para todas as disciplinas do currículo escolar, em especial para as áreas de Artes,
Literatura e História Brasileiras, como recomenda o art. 26-A, § 2º da lei 10.639/03, tornam-se
obrigatórios, simultaneamente, no enfoque transversal, o ensino e o estudo de conteúdos
referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com ênfase nos contextos locais.

Parágrafo único – Assume-se a pluralidade cultural, preconizada pelos Parâmetros Curriculares


Nacionais, como temática e procedimento transversal a ser adotado no âmbito de todo o currículo
escolar.
Art. 4º - O Sistema de Ensino do município de João Pessoa/PB incluirá, além das áreas
recomendadas pelo § 2º da lei 10.639/03 – Artes, Literatura e História Brasileiras – as áreas de
Língua Portuguesa, Geografia, História, Matemática e Ciências.

CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 5º - O Conselho Municipal de Educação, conforme funções previstas na Lei 8.996, de 27 de


dezembro de 1999, terá a incumbência de inspecionar a aplicabilidade das diretrizes preconizadas
nesta resolução, aplicando as penalidades previstas em legislação, caso haja descumprimento,
distorção ou omissão destas diretrizes pelas unidades que integram o Sistema de Ensino do
município de João Pessoa/PB.
Art. 6º - O processo de implantação do ensino da temática de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana na rede pública municipal será conduzido pela Secretaria de Educação, Esporte e Cultura
(SEDEC), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), através da sua
Assessoria de Políticas Públicas para a Diversidade Humana, com a Coordenadoria de Políticas
Públicas para as Mulheres (CPPM) e outras secretarias e instâncias da gestão pública municipal e
da sociedade civil organizada.

CAPÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO

Art. 7º - A fixação de objetivos e a elaboração de conteúdos do currículo escolar sobre a temática


de História, Cultura Afro-Brasileira e Africana são de competência da SEDEC, do Conselho
Municipal de Educação, em diálogo com as unidades de ensino, universidades, institutos de
educação superior e com a sociedade civil organizada.
Art. 8º - O ensino da temática de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana receberá tratamento

26
didático-metodológico condizente com o nível cognitivo e o contexto sociocultural do alunado, de
acordo com a série, ciclo e/ou grupo no qual está inserido.
Art. 9º - Os conteúdos do ensino da temática de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana serão
referendados nas orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais, dos Parâmetros Curriculares
Nacionais, da Proposta Curricular Municipal e em outros documentos de relevância pedagógica.
Sendo o Projeto Político Pedagógico das unidades de ensino o documento que referenda a
importância destes conteúdos no processo pedagógico.
§ 1º - O ensino da temática de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana deverá ser norteado
pelos princípios:

• Da consciência política e histórica da diversidade que, entre outras coisas, diz respeito à
busca por parte de todas as pessoas envolvidas no processo pedagógico, em particular do
professorado não familiarizado com a análise das relações étnico-raciais e sociais com o
estudo de história e cultura afro-brasileira e africana, de informações e subsídios que lhes
permitam formular concepções não baseadas em preconceitos e construir ações
respeitosas;
• Do fortalecimento de identidades e de direitos que se refere, entre outros pontos, ao
rompimento com imagens negativas forjadas por diferentes meios de comunicação, contra
os negros e os povos indígenas; o combate à privação e violação de direitos; a ampliação
do acesso a informações sobre a diversidade da nação brasileira e sobre a recriação das
identidades, provocada por relação étnico-raciais;
• Das ações educativas de combate ao racismo e a discriminações que, além de outras
coisas diz respeito à conexão dos objetivos, estratégias de ensino e atividades com a
experiência de vida do alunado e do professorado, valorizando aprendizagens vinculadas
às suas relações com pessoas negras, brancas, mestiças, assim como as vinculadas às
relações entre negros, indígenas e brancas no conjunto da sociedade; a crítica pelos
coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, professores, das representações,
dos negros e de outras minorias nos textos, materiais didáticos, bem como providências
para corrigi-las.

§ 2º - O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo, como preconiza o art. 26-A, §
1º da lei 10.639/03, incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros (as) no
Brasil, a cultura negra brasileira e o (a) negro (a) na formação da sociedade nacional, valorizando a
contribuição do povo negro nas árias social, econômica, política, religiosa e cultural, dando ênfase
ao espaço local.
§ 3º - O conteúdo programático incluirá, também, especialmente nas áreas acrescentadas no art.
4º desta resolução, o estudo da geografia africana e brasileira do passado e da atualidade,
demarcada pela presença de africanos (as) e afro-brasileiros( as), das áreas quilombolas, da
influência africana na linguagem escrita e oral, nas artes, na cultura, nas religiões de matriz
africana e na História da África e dos Africanos.
Art. 10 – Os órgãos do Sistema Municipal de Ensino deverão estabelecer canais de comunicação,
com entidades do Movimento Negro, Grupos Culturais Negros, Núcleos de Estudos Afro-
Brasileiros, instituições formadoras do professorado e demais segmentos da sociedade civil
organizada, com a finalidade de buscar subsídios e trocar experiências para o desenvolvimento de
propostas pedagógicas, planos, projetos de ensino e de formação.
Art. 11 – Os órgãos do Sistema Municipal de Ensino devem promover a ampla capacitação do
professorado, a fim de garantir o ensino competente e eficaz, referente à temática da História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Art. 12 - Os órgãos do Sistema Municipal de Ensino deverão propor as universidades e as
organizações não governamentais parcerias visando à realização de pesquisas, promoção de
cursos de especialização e outros processos educativos voltados para a implementação eficiente
da Lei 10.639/03.
Art. 13 – Os órgãos do Sistema Municipal de Ensino devem criar condições financeiras e materiais
que provenham às escolas e suas respectivas bibliotecas, o professorado e o alunado de subsídios

27
necessários para o estudo e o ensino da História África e Cultura Afro-Brasileira.

Art. 14 – A visualidade ou as decorações das unidades de ensino e das salas de aulas, nos
diversos níveis e modalidades, deverão estar em consonância com a política de educação
inclusiva, com as políticas públicas de promoção da igualdade étnico-racial e com as diretrizes para
implantação do ensino da temática de História da África e da Cultura Afro-Brasileira.
Art. 15 – É recomendável que a implantação do ensino da temática História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, esteja associada à adoção de campanhas enaltecedoras da educação
inclusiva e das políticas públicas de promoção da igualdade étnico-racial, ou seja, de uma
educação sem discriminação e preconceito, no âmbito da sociedade paraibana.

CAPITULO IV
DO REGIMENTO DIDÁTICO

Art. 16 – As escolas e instituições que integram o Sistema Municipal de Ensino devem adequar os
seus Projetos Políticos Pedagógicos a Educação das Relações Étnico-Raciais e ao ensino da
temática de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, de maneira a reconhecer a especificidade
cultural e social da população negra e seus direitos de inserção plena na sociedade paraibana,
com respeito às diferenças e igualdade de tratamento no sistema escolar.
Art. 17 – No currículo escolar das diversas disciplinas do ensino fundamental, especialmente, nas
áreas citadas no artigo 4º desta resolução, será obrigatório, a cada bimestre, a inclusão de um
tópico de estudo referente à temática de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Art. 18 – O Sistema avaliativo adotado pelo Sistema Municipal de Ensino deverá contemplar a
educação das relações étnico-raciais e o ensino da temática de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana.

CAPITULO V
DO PROFESSORADO

Art. 19 - É de competência dos órgãos e instituições integrantes do Sistema Municipal de Ensino


viabilizar procedimentos e ações para que a formação continuada do professorado, em exercício,
contemple as diretrizes desta Resolução, com vistas à promoção de uma educação anti-racista.
§ 1º - Os órgãos e instituições integrantes do Sistema Municipal de Ensino deverão estimular e
propiciar a participação do professorado em fóruns/espaços/eventos que venham a contribuir para
o aprofundamento do estudo da temática da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, sem
prejuízo da carga horária a que o alunado tem direito.
§ 2º - Caberá aos órgãos e instituições integrantes do Sistema Municipal de Ensino garantir
condições capazes de possibilitar a participação do professorado em cursos de formação
continuada, respeitando a disponibilização de carga horária dos mesmos.
§ 3º Será de responsabilidade das escolas, órgãos e instituições integrantes do Sistema Municipal
de Ensino contratar especialistas na educação das relações étnico-raciais, conforme determina as
Diretrizes da Educação das Relações Étnico-Raciais e do Ensino da Temática de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana.

CAPITULO VI
DO ALUNADO

Art. 20 – As escolas e instituições que integram o Sistema Municipal de Ensino garantirão ao


alunado o acesso aos conteúdos da temática de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, de
forma a contribuir para a construção de uma visão crítica e para o exercício da cidadania

28
participativa nas suas vivências históricas e culturais.
Art. 21 – As escolas e instituições que integram o Sistema Municipal de Ensino Garantirão ao
alunado o direito, dos diversos níveis e modalidades educativas, o ensino, o estudo e a pesquisa
da temática de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Art. 22 – Os órgãos colegiados das escolas e instituições do Sistema Municipal de Ensino
assegurarão a análise e os encaminhamentos legais necessários para solucionar situações de
preconceito, discriminação e racismo envolvendo o alunado, de forma a contribuir com a criação e
o estimulo de medidas educativas de reconhecimento, valorização e respeito à diversidade na
educação.

CAPITULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 23 – Compete ao Sistema Municipal de Ensino por meio dos seus órgãos e instituições
integrantes assegurar a implantação dessas diretrizes acompanhando e avaliando os resultados.
Art. 24 – Os órgãos, instâncias e instituições que compõem o Sistema de Ensino Municipal
deverão destinar recursos financeiros e humanos, incentivar e contribuir para a absorção da lei
10.639/03 pelo Sistema.
Art. 25 – Compete a Secretaria de Educação, Esporte e Cultura (SEDEC) de João Pessoa garantir,
no fórum municipal de educação, pauta permanente de discussão da Lei 10.639/03, visando
contribuir para seu efetivo cumprimento e democratização das ações, garantindo o assento de
integrantes de diferentes organizações da sociedade civil que venham colaborar para sua
implementação e monitoramento.
Art. 26 – Os casos omissos nesta Resolução serão solucionados e/ou encaminhados pelo
Conselho Municipal de Educação em diálogo com órgãos e instituições integrantes do Sistema
Municipal de Ensino.
Art. 27 – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições
em contrário.

João Pessoa, 06 de fevereiro de 2007.

29
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

RESOLUÇÃO: Nº 003/2007

O conselho Municipal de Educação, no uso de suas atribuições, como


estabelece o artigo 96 da lei 5.227/2004.

RESOLVE:

Art. 1º - Estabelece a todas as instituições de Ensino do Sistema Municipal de Educação de


João Pessoa, a obrigatoridade da Ampliação da carga horária de Português, para seis horas e de
História para quatro horas semanais.
Parágrafo 1º -As instituição de Ensino Integrante do Sistema Municipal deEnsino selecionar
os conteúdos conforme a legislação.
Parágrafo 2º - O processo de implantação do ensino da temática de Ampliação da carga
horária em cumprimento as Leis 10.639/99 e 9.394/96, caso haja descumprimento, distorção ou
omissão destas diretrizes será punido conforme a lei.
Art. 2º - Os órgãos do Sistema Municipal de Ensino devem promover e orientar os
professores da rede Municipal na seleção dos conteúdos.
Art. 3º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

João Pessoa, 29 de maio de 2007.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

RESOLUÇÃO: Nº 002/2008

Dispõe sobre a Educação para o Trânsito na Rede Pública Municipal de Ensino de


João Pessoa.

O Conselho Municipal de Educação de João Pessoa, fundamentado no art. 210 da

30
Constituição Federal e nos artigos 11 e 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
LDB – nº 9.394/1996, fundamentada ainda nos art. 188 e 194, incisos I e V, da Lei Orgânica do
Município de João Pessoa, promulgada em 1990.
RESOLVE:

Art. 1º - A Educação para o Trânsito, em consonância com o art. 76, inciso 11, da Lei Federal nº
9.503, de 23/09/1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, tem como finalidade a
conscientização da população escolar, do seu papel como protagonista de mudanças de
comportamentos e atitudes frente ao trânsito, em busca de segurança e bem-estar.
Art. 2º - A Educação para o Trânsito inserir-se-á como conteúdo transversal e interdisciplinar aos
Componentes Curriculares de todas as séries/anos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental
e suas modalidades.
Art. 3º - A Educação para o Trânsito deverá se constituir como tema permanente de estudo,
análise e reflexão nas Escolas Públicas Municipais.
Art. 4º - Serão considerados como pilares da Educação para o Trânsito: a Locomoção, a
Comunicação e o Convívio Social e a partir desses, os eixos temáticos:
 Ir e Vir: direitos de todos.
 Meios de Locomoção.
 O jeito de ser dos lugares.
 As cidades.
 Transitar é conviver.
Art. 5º - O acompanhamento didático-pedagógico do ensino de Educação para o Trânsito como
conteúdo transversal e interdisciplinar será efetuado pela Secretaria de Educação por meio da
Diretoria de Gestão Curricular-Equipe de Educação para o Trânsito.
Art. 6º - Compete ao CME a apreciação de possíveis descumprimentos, distorções ou omissões no
trato da Educação para o Trânsito nas unidades escolares, devendo consequentemente definir a
aplicação de penalidades, se for o caso.
Art. 7º - Caberá à Equipe de Educação para o Trânsito:
I. Difundir uma nova dimensão conceitual sobre trânsito utilizando-se das palavras-chaves:
Locomoção, Comunicação e Convívio Social, por meio de encontros, palestras, fóruns de
debates e seminários;
II. Produzir e disponibilizar para as escolas o Manual de Orientações Didático-Pedagógicas e
outros recursos materiais destinados a professores e alunos;
III. Promover a formação continuada de profissionais em Educação para o Trânsito;
IV. Acompanhar e avaliar, permanentemente, os trabalhos desenvolvidos nas escolas;
V. Promover ações intersetoriais com: a superintendência de Transportes e Trânsito –
STTrans – (Feiras de Educação para o Trânsito, Campanhas Educativas, Seminários,
Monitoramento e Semana Nacional de Trânsito); a Secretaria de Turismo e Esporte de João
Pessoa – SETUR (Excursões didático-pedagógicas); o Departamento Estadual de Trânsito
– DETRAN (Semana Nacional de Trânsito, Campanhas, Seminários); o Núcleo de Estudos
de Urgências e Desastres – NEUD (cursos, férias, seminários monitoramento e Semana
Nacional de Trânsito); a Secretaria de Desenvolvimento Social – SEDES (Campanhas,
apresentações artísticas, entre outros;
VI. Fomentar as ações entre a Secretaria de Educação e Cultura – SEDEC – e Diretoria de
Gestão Curricular – DGC, para que haja interlocução entre a escola e a SEDEC.
Art. 8º – A Escola deverá oferecer ao alunado as condições necessárias, para que os conteúdos
de Educação para o Trânsito apresentem-se de modo contextualizado, relacionados diretamente
com a experiência de vida e realidade dos educandos.
Art. 9º – Os objetivos e conteúdos do currículo escolar sobre a temática Trânsito terão como
instrumentos norteadores a LDB – Lei 9.394/96 e serão definidos pelas escolas, sob a orientação
da Equipe de Educação para o Trânsito.
Art. 10 – O ensino da temática Trânsito receberá tratamento didático-metodológico condizente com
o nível cognitivo e o contexto sócio-cultural do alunado, de acordo com a série/ano no (a) qual está
inserido.
Art. 11 – A Educação para o Trânsito integrará a carga horária semanal escolar, sendo incluído,

31
obrigatoriamente, a cada bimestre, um eixo temático no currículo.
Art. 12 – As escolas do Sistema Municipal de Ensino devem adequar os seus Projetos Políticos
Pedagógicos aos pilares da Educação para o Trânsito: A locomoção, a Comunicação e o Convívio
Social.
Art. 13 – A Educação para o Trânsito deverá estar integrada ao mesmo sistema avaliativo adotado
pelas Escolas Municipais de João Pessoa.
Art. 14 – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Resolução Nº
005/2007 e as disposições em contrário.

João Pessoa, 27 de maio de 2008.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO - SME
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CME

RESOLUÇÃO: Nº 001/2009

Estabelece critérios para a elaboração do Regimento das Unidades Escolares


que integram o Sistema Municipal de Ensino de João Pessoa.

O Conselho Municipal de Educação de João Pessoa, no uso das atribuições que lhes
conferem a Lei 9394/96 e a Lei 8996/99.
RESOLVE:

Art. 1o – Regulamenta a elaboração de Regimento das Unidades Escolares, do Sistema Municipal de


Ensino de João Pessoa.
Art. 2º - O Regimento Escolar é o documento que define a organização e o funcionamento da
Unidade Escolar, com base na Legislação em vigor.
Art. 3º - A elaboração do Regimento Escolar é atribuição do Estabelecimento de Ensino, em
consonância com as diretrizes da respectiva entidade mantenedora e em conformidade com a
presente Resolução.
Parágrafo único: Na elaboração do Regimento Escolar deverá ser contemplado: Organização
Curricular, Formas de Gestão, Avaliação e a Organização da vida escolar do aluno.
Art. 4º - As Propostas de Regimentos Escolares dos Estabelecimentos de Ensino do Sistema
Municipal devem ser encaminhadas por meio de processos pela mantenedora, junto com pedido de
autorização para funcionamento, que serão analisados e aprovados por este Conselho para efeito de
força executória.
Art. 5º - A presente Resolução entrará em vigor a partir de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.
Aprovada por unanimidade pela Plenária em 14 de abril de 2009

32
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO - SME
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CME

RESOLUÇÃO: Nº 009/2010

Fixa normas para Credenciamento e Autorização de funcionamento da Educação


Infantil nas Instituições Públicas e Privadas pertencentes ao Sistema Municipal de
Ensino de João Pessoa.

O Conselho Municipal de Educação de João Pessoa, no uso das atribuições que lhes conferem a Lei
9394/96 LDB e a Lei 8996/99 Lei do Sistema.
RESOLVE:
CAPÍTULO - I
Da Educação Infantil

Art. 1°. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até os cinco anos de idade, em seus aspectos físicos,
psicológico, intelectual e social.
Art. 2°. A oferta gratuita da educação infantil constitui-se em dever do Poder Público
Municipal, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 3°. A autorização de funcionamento, o acompanhamento e a avaliação das instituições
públicas e privadas de educação infantil pertencentes ao Sistema Municipal de Ensino,
serão regulamentadas por esta Resolução.
§.1º Entende-se por instituições públicas de educação infantil aquelas criadas ou
incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Municipal, nos termos do inciso I, do
artigo 19 da LDB 9394/96.
§.2º Entende-se por instituição privada de educação infantil aquelas mantidas e
administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, enquadradas como
particulares em sentido estrito ou comunitária, confessionais ou filantrópicas, nos termos
do artigo 20 da LDB 9394/96.
Art. 4° A educação infantil será oferecida em:
I- Creches, Centro de Referência em Educação Infantil CREIs ou entidades
equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II- Pré-escolas, para crianças de quatro a cinco anos.
§. 1° As Instituições de educação infantil que mantêm atendimento a crianças de zero a
três anos em Creches, CREIs ou entidades equivalentes e/ou de quatro a cinco anos em
pré-escola terão denominação própria de acordo com a especificidade do atendimento.

§. 2° As crianças de zero a cinco anos de idade, com necessidades especiais, serão


atendidas nas instituições de educação infantil, respeitando o direito ao atendimento
adequado as suas necessidades, através de ações compartilhadas com as áreas de
saúde, assistência social e educação.

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Art. 5°. A educação infantil poderá ser oferecida em instituição escolar que atenda a outros
níveis de ensino ou programa social, garantidas as condições de funcionamento e as
exigências contidas nesta Resolução.

CAPÍTULO - II
Da Finalidade e dos objetivos

Art. 6º. A educação infantil norteia-se pelos princípios de igualdade e liberdade, pelos
ideais de solidariedade, pela gestão democrática, tendo por finalidade o desenvolvimento
integral da criança em seus aspectos físicos, afetivo, intelectual, social, contribuindo para o
exercício da cidadania, pautando-se ainda:
I- No respeito à dignidade e aos direitos da criança com suas diferenças individuais,
sociais, econômicas, culturais, étnica, religiosa, sem discriminação;
II- Em uma concepção que faz do brincar a forma privilegiada de expressão, de
pensamento e de interação da criança;
III- Na garantia do acesso aos bens sócio-culturais e artísticos.
Parágrafo único: São objetivos da educação infantil:
I- Garantir ao(s) educando(s) a edificação de formas ou sistemas de representação da
realidade, de acordo com o seu desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social;
II- Promover o alargamento das experiências e dos conhecimentos infantis,
estimulando o interesse da criança pelo processo de transformação da natureza e
dinâmica da vida social;
III- Contribuir para que a interação e convivência dos educandos na sociedade sejam
bem sucedidas e marcadas pelos valores éticos de solidariedade, liberdade, cooperação e
respeito;
IV- Dadas as particularidades do desenvolvimento da criança de zero a cinco anos de
idade, a Educação Infantil compete às funções indispensáveis e indissociáveis: cuidar e
educar.

CAPÍTULO - III
Da Proposta Pedagógica e da Avaliação da Educação Infantil

Art. 7º. Compete às instituições de educação infantil, respeitadas as Diretrizes Nacionais


para a Educação Infantil e as Normas do Sistema Municipal de Ensino, elaborar e executar
sua proposta pedagógica, tendo como referência as Diretrizes constantes do anexo à
Resolução 003/00, de 13/06/00, deste Conselho.
Art. 8º. A avaliação da educação infantil será realizada mediante acompanhamento e
registro do desenvolvimento da criança, tomando como referência os objetivos
estabelecidos na proposta pedagógica para esta etapa da educação.
§1º O Projeto Pedagógico das Unidades de Educação Infantil deve estar fundamentado na
concepção de criança como sujeito de direitos, Ser social e histórico, participante ativo no
processo de construção de conhecimentos devendo assegurar:
I- Princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito
ao bem comum;
II- Princípios políticos dos direitos e dos deveres da cidadania, do exercício da
criticidade e do respeito à democracia;
III- Princípios estéticos e culturais da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e das
diversidades das manifestações artísticas e culturais;
IV- O respeito à identidade pessoal dos alunos, de suas famílias, professores (as),
outros profissionais e a identidade de cada unidade educacional;

34
V- A interação entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos, linguísticos e
sociais da criança.
§ 2º A organização pedagógica deve concentrar-se na concepção de uma Educação
Infantil de qualidade, requerendo a implementação de ações sistemáticas que garantam o
caráter educativo de todas as relações constituídas no interior dos Centros de Referência
em Educação Infantil e nas Pré-Escolas.
§ 3º Na Educação Infantil, a avaliação não terá objetivo de promoção, e sim, deve ser
entendida como uma continua obtenção de informações, análise e interpretação da ação
educativa, objetivando o desenvolvimento da criança.

CAPÍTULO - IV
Dos espaços, das instalações e dos equipamentos

Art. 9º. Os espaços físicos deverão ser adequados ao desenvolvimento da proposta


pedagógica da instituição de educação infantil, respeitadas as necessidades das crianças
de 0 a 5 anos.

Art. 10. Na construção, adaptação, reforma e ampliação das edificações destinadas à


educação infantil, pública ou privada, deverão ser garantidas as condições de
acessibilidade, segurança, salubridade, saneamento e estética pedagógica.
§. 1°. Os prédios, as instalações e os equipamentos deverão adequar-se ao fim a que se
destinam e atender às normas e especificações técnicas da legislação pertinente, inclusive
as relativas às pessoas com necessidades especiais;
§. 2°. Em se tratando de turmas de educação infantil em instituições que ofertem outros
níveis de ensino ou programas, devem-se assegurar espaços de uso exclusivo das
crianças de 0 a 5 anos, podendo outros espaços ser compartilhados com os demais níveis
de ensino, desde que garantidas às condições de segurança, em conformidade com a
proposta pedagógica.
Art. 11. A oferta de educação infantil deverá atender às diferentes funções que lhe são
próprias e conter uma estrutura básica que contemple:
I – Espaço para recepção;
II – Sala de Professores, para serviço administrativo-pedagógico e de apoio;
III – Salas para as atividades das crianças, com ventilação adequada, iluminação natural e
artificial e visão para o ambiente externo, com mobiliário e equipamento adequados;
IV – Refeitório, instalações e equipamentos para o preparo de alimentos, que atendam às
exigências de nutrição, saúde, higiene e segurança, nos casos de oferta de alimentação;
V – Disponibilidade de água potável para consumo e higienização;
VI – Instalações sanitárias completas, adequadas e suficientes para atender
separadamente crianças e adultos;
VII – Berçário provido de berços individuais (com espaço mínimo de 1m entre eles), dentro
das normas de segurança especificada para este mobiliário, com área livre para
movimentação das crianças, locais para amamentação e higienização de utensílios, com
balcão de pia, espaço próprio para banho das crianças;
VIII – Área com incidência direta de raios de sol ou espaço externo que atenda a essa
necessidade;
IX – Área de serviço com lavanderia;
X – Área coberta para atividades externas, compatível com a capacidade de atendimento
por turno.
Parágrafo único: A área coberta mínima para as salas de atividades das crianças deve
ser de 1m² por criança atendida.

35
Art. 12. As áreas ao ar livre deverão possibilitar as atividades de expressão física, artística
e de lazer.

CAPÍTULO - V
Dos Profissionais

Art. 13. A Gestão da instituição de educação infantil deverá ser um educador que tenha
formação mínima em Licenciatura em Pedagogia.
Parágrafo único: A experiência docente é pré-requisito para o exercício de funções de
direção, coordenação de Unidade de educação Infantil nos termos desta resolução.
Art. 14. O docente para atuar na educação infantil deverá ser formado em nível superior,
em curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, em Universidades e Institutos Superiores
de Educação; admitida como formação mínima, em curso Normal Superior, ou em nível
médio, na modalidade Normal.
§ 1º Nas classes de Educação infantil, alem do professor, poderá haver monitores na
condição de estagiários, sendo estudantes do Curso Normal em nível médio e ou de nível
superior, respectivamente.
§ 2º A partir de janeiro de 2010, apenas serão admitidos professores, no ensino infantil,
com habilitação exigida no caput deste artigo.
§ 3º Cabe aos órgãos e instituições integrantes do Sistema Municipal de Ensino viabilizar
estratégias para a formação de professores não habilitados, em exercício nas instituições
de educação infantil.
§ 4º A formação e a capacitação a que se refere o parágrafo anterior deverão atender aos
objetivos da Educação Infantil, ás características da criança de zero a cinco anos de idade,
bem como ás necessidades e desafios de se construir uma educação inclusiva nesse nível
de ensino
Art. 15. Os profissionais de enfermagem, psicologia, medicina, nutrição, serviço social e
pedagogia, deverão compor direta ou indiretamente o quadro das instituições de educação
infantil, para atendimento às crianças de zero a cinco anos.
Art. 16. O Sistema Municipal de Ensino promoverá, para os seus profissionais de
educação infantil, programas de formação continuada sobre os avanços da ciência
incorporados às práticas pedagógicas, atendendo aos objetivos da educação e às
características da criança de zero a cinco anos.

CAPÍTULO - VI
Do Credenciamento e da Autorização das Instituições de Educação Infantil

Art. 17. Para que possam ministrar a educação infantil, as instituições deverão submeter-
se a processo de credenciamento e de autorização, a serem encaminhados ao Conselho
Municipal de Educação.
Art. 18. O pedido de Credenciamento e Autorização de Funcionamento visa habilitar a
entidade mantenedora da Unidade Educacional, bem como o espaço físico destinado à
Educação Infantil, devendo ser acompanhado de documentação que comprove:
I- Existência legal e idoneidade da mantenedora e do estabelecimento educacional,
constando de:
a) Ato de criação pelo Poder Público, se a instituição for pública;
b) Registro no Cadastro de Pessoa Jurídica e Registro Civil em cartório ou Registro
Comercial na Junta Comercial, como também, o comprovante de Contrato Social ou
Estatuto de firmas coletivas ou individuais, devidamente legalizadas para mantenedoras de
Unidades Educacionais da iniciativa privada, conforme o artigo 20 da LDB 9394/96;

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II- Habilitação e qualificação profissional dos dirigentes, dos docentes e do pessoal
técnico.
III- Proposta Pedagógica elaborada a luz das orientações constantes na cartilha
construindo o PPP: contribuição, princípios e procedimentos teóricos e metodológicos
(2099) SEDEC/JP e na Resolução 001/09 deste CME.
IV- Adequação da estrutura física ao estabelecido no capítulo IV da presente
Resolução, incluindo a apresentação da planta baixa ou croqui de localização do prédio.
V- Alvará de funcionamento ou alvará de construção, na hipótese de imóvel inacabado,
devendo o documento definitivo, acompanhado do habite-se ser apresentado até o início
das atividades educacionais.
VI- Parecer Técnico do setor competente no município quanto a Legislação de Trânsito,
referente às providencias cabíveis, quando se trata de vias de grande fluxo de trânsito.
Art.19. Para a concessão do Credenciamento/autorização de funcionamento da Educação
Infantil será procedida à verificação prévia ‘’in loco’ pelo CME, quanto aos aspectos físico-
ambientais, pedagógico, administrativo e documental, visando constatar requisitos
previstos nesta Resolução.
I- Quatro anos, para as instituições que atendam às exigências estabelecidas nesta
Resolução.
II- Dois anos, quando as condições de funcionamento apresentar necessidade de
melhoria de aspectos identificados pelo CME.
§. 1°.O Conselho Municipal de Educação negará autorização de funcionamento de
instituições, quando não atenderem as exigências estabelecidas no artigo 18 da presente
Resolução;
§. 2°.Os casos de não autorização de funcionamento de instituições que atendam crianças
em situação de risco social serão notificados aos Conselhos Tutelares para oportunização
dos serviços necessários;
§. 3°. O Conselho Municipal de Educação poderá revogar autorização concedida, quando
for comprovado o não cumprimento das condições constatadas por época da concessão
referida.
Art. 20. O Conselho Municipal de Educação pautado em dados constantes do processo,
tendo em vista o disposto na legislação vigente, se pronunciará favorável ou contrário à
concessão do Credenciamento/Autorização de funcionamento da Unidade.

§. 1°. O Conselho Municipal de Educação poderá determinar, ao processo de


Credenciamento/Autorização, diligências que julgar necessária.
§. 2°. O representante legal da entidade requerente deverá atender as diligências
baixadas, a partir da notificação, até o prazo máximo de cento e vinte (120) dias, sob pena
de arquivamento do processo.
Art. 21 As instituições de Educação Infantil a serem criadas só poderão iniciar suas
atividades após publicação do ato de Autorização de Funcionamento, no Semanário Oficial
do Município.
Art. 22. O não atendimento à Legislação Educacional ou a ocorrência de irregularidades
nas instituições de educação infantil autorizadas será objeto de diligência, sindicância e se,
for o caso, processo administrativo, podendo acarretar as seguintes penalidades:
I- Advertência;
II- Suspensão parcial de funcionamento de setores, equipamentos e/ou atividades da
instituição de educação infantil;
III- Suspensão temporária do funcionamento geral da instituição de educação infantil;
IV- Revogação do ato de autorização de funcionamento da instituição de educação
infantil;

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Art. 23 O Conselho Municipal de Educação deverá comunicar ao Ministério Público, para
as providencias cabíveis, os casos de revogação de autorização de funcionamento.

CAPÍTULO - VII
Das Considerações Finais

Art. 24. Compete à Secretaria Municipal de Educação e Cultura, ouvido o Conselho


Municipal de Educação, definir e implementar procedimentos de orientação, supervisão,
avaliação e controle das instituições de educação infantil, na perspectiva de
aprimoramento da qualidade do processo educacional.
Art. 25. No caso de não cumprimento do artigo 18 e do parágrafo 3º do art. 19, caberá ao
Poder Público Municipal, garantir a decisão do CME, assegurando vagas aos alunos da
unidade avaliada dentro do Sistema Municipal de Ensino
Art. 26. Revogam-se a Resolução Nº 006 de 19 de dezembro de 2.000.
Art. 27. A presente Resolução entra em vigor na data de sua homologação, pela (o)
Secretária (o) de Educação e Cultura.

Sala das Sessões do Conselho Municipal de Educação, em 18 de maio de 2010

MARIA CONCEIÇÃO DA SILVA


Presidenta

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CME

RESOLUÇÃO: Nº 024/2012

Regulamenta a Prática de Educação Física e dos Desportos nas Unidades


Escolares do município de João Pessoa e dá outras providências.

Conselho Municipal de Educação de João Pessoa, no uso das atribuições que lhe
são conferidas pelo artigo 18, inciso XVI, do Decreto nº 1708, de 18 de julho de 1988 e
tendo em vista o que dispõe a Lei 9.394/96 e a Lei nº 10,793/2003.

RESOLVE:

Artigo 1º - A Educação Física é uma disciplina que trata pedagogicamente do


conhecimento do movimento humano que tem como foco diferentes formas de
manifestação da cultura corporal, como: ginástica, jogos, esporte e outros.
Artigo 2º - A Educação Física Integrada à proposta de cada escola é um componente
curricular obrigatório da Educação Básica, sendo sua prática facultativa ao estudante que

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se enquadre nas situações abaixo relacionadas e devidamente comprovadas conforme a
Lei nº 10.793/2003.
a) que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a 6 (seis horas);
b) maior de trinta anos de idade;
c) que estiver prestando serviço militar ou que, em situação similar, estiver
obrigatório à pratica da Educação Física;
d) amparado pelo Decreto – Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969;
e) que tenha prole.
§.1º - O responsável pelo (a) estudante com impedimento para os exercícios físicos deverá
encaminhar à Direção da Escola, mediante requerimento, pedido de dispensa dessa
atividade, apresentando o atestado médico que será anexado à ficha individual do aluno.
§.2º - O impedimento do exercício físico não dispensa a presença do (a) estudante das
aulas de Educação Física, uma vez que as mesmas tem caráter teórico-prático.
Artigo 3º - A Educação Física enquanto Componente Curricular:
I – Terá o caráter obrigatório, devendo estar incluída na Matriz Curricular e no Projeto
Político Pedagógico da Escola, e será ministrada sem que haja separação por gênero;
II – Deverá ser ministrada em todas as Modalidades de Ensino, por professor/a habilitado/a
de Licenciatura em Educação Física.
Artigo 4º - A Carga Horária dos/as professores/as de Educação Física será assim
distribuída:
I – O regime de trabalho é de 30 horas aulas semanais, sendo 20 horas em sala de aula e
10 horas extraclasse para executar atividades de formação continuada, planejamento,
atendimento a estudantes bem como aos pais ou responsáveis, além, de um maior
envolvimento as atividades e projetos pedagógicos da escola. (Lei Complementar nº
60/2010)
II- Os projetos pedagógicos na área de Educação Física deverão seguir o calendário da
Unidade Escolar, compreendido entre o início e o término do ano letivo e anexado ao
Projeto Político Pedagógico da escola, devendo obedecer aos seguintes critérios:
a) as atividades extracurriculares dos projetos deverão ser ofertadas em qualquer
turno, desde que não haja coincidência com os demais componentes curriculares e
obedeçam aos horários de funcionamento da Unidade de Ensino;
b) os projetos deverão ser apresentados à escola, no início do ano letivo, para
apreciação da gestão escolar e posterior encaminhamento ao setor de Educação
Física/SEDEC que analisará e emitirá parecer conclusivo;
c) o (a) estudante participante de treinamento esportivo deverá apresentar atestado
médico que está apto para esta prática;
d) o (a) estudante participante de treinamento esportivo ou outras práticas corporais,
não será dispensado das aulas regulares de Educação Físicas.
III – Na Educação Infantil e Fundamental I, as aulas serão integradas às atividades
pedagógicas distribuídas em três sessões semanais.
IV – No Fundamental II as aulas de Educação Física serão realizadas em 03(três) sessões
semanais com duração de 45(quarenta e cinco) minutos cada, no mesmo turno regular do
estudante, não sendo permitida a junção de turmas e ou realizações de 03(três) sessões
de aulas no mesmo dia.
V – A Educação Física na Educação de Jovens e Adultos deverá ser realizada mediante
apresentação de projetos voltados para atividades físicas como qualidade de vida.
VI – Na verificação da frequência e na avaliação dos estudantes, serão observados os
mesmos parâmetros e critérios utilizados pelos demais componentes curriculares,
conforme Resolução nº 020/2011 do CME.

39
Artigo 5º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua aprovação, revogadas as
disposições em contrário.

João Pessoa, 21 de agosto de 2012.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

RESOLUÇÃO: Nº 026/2012

Dispõe sobre a oferta do Componente Curricular do Ensino Religioso no Ensino


Fundamental da Rede Municipal de Educação do Município de João Pessoa-PB.

40
O Conselho Municipal de Educação de João Pessoa, no uso de suas atribuições legais e de
conformidade com o disposto no Art. 210 § 1º da Constituição Federal, no inciso 10 da Lei 9394 de
20/12/1996, e considerando o Art. 33 da mesma lei, alterado pela Lei 9475, de 22/07/1997,
pareceres – 05/97, 12/97 e 97/99 do Conselho Nacional de Educação e do inciso VI do Art. 1º da
Lei Orgânica do Município de João Pessoa, e por decisão deste Conselho.

RESOLVE:

CAPITULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. O Ensino Religioso, de oferta obrigatória nas escolas públicas municipais de ensino
fundamental, é matrícula facultativa para o aluno, é parte integrante da formação básica do
cidadão, constituindo área do conhecimento das Diretrizes Nacionais do Ensino Fundamental.
Parágrafo único – O Ensino Religioso deverá constar do Projeto Político Pedagógico das escolas,
sob a forma de componente de sua organização curricular.
Art. 2º. O Componente Curricular ensino religioso, como conhecimento humano virá subsidiar o
estudante para compreensão do fenômeno religioso, presente nas diversas culturas e
sistematizado por todas as tradições religiosas.
Parágrafo único – Não será permitido nas escolas públicas municipais qualquer tipo de
preconceito ou manifestação em desacordo com o direito individual do estudante e de seus
familiares, de professarem um credo religioso ou mesmo o de não professarem nenhum,
preservando-se o direito subjetivo da consciência.
Art. 3º. O Ensino Religioso tem caráter inter-religioso, distinto da catequese, devendo-se pautar
nos seguintes princípios:
I – concepção interdisciplinar do conhecimento na estruturação curricular e na avaliação;
II – contextualização do conhecimento, que leva em consideração a relação essencial entre
informação e realidade;
III - aprendizado da dignidade humana própria e do outro;
IV – convivência solitária, mediante diálogo ecumênico e inter-religioso, respeitando as diferenças e
mantendo compromisso moral e ético;
V – reconhecimento de que o fenômeno religioso é um dado da cultura e da identidade de grupos
sociais, cujo conhecimento deve promover o sentido da tolerância e do convívio respeitoso com o
diferente.

Art. 4º O ensino religioso tem como objetivos:


I – proporcionar na educação escolar oportunidade para que o estudante descubra o sentido mais
profundo da existência;
II – oferecer ao estudante a possibilidade de perceber a transcendência de sua existência e de
como isto confere nova dimensão ao seu ser;
III – analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas
e manifestações socioculturais;
IV – refletir o sentido da atitude moral, como consequência do fenômeno religioso e expressão da
consciência e da resposta pessoal e comunitária do ser humano;
V – articular o conhecimento religioso com os demais conhecimentos que integram a formação do
cidadão;
VI – orientar para uma formação harmoniosa sobre os aspectos somáticos, emocionais e
espirituais do estudante.

CAPITULO II
DA ORGANIZAÇÃO, OFERTA, CONTEÚDOS E AVALIAÇÃO

Art. 5º- O acompanhamento Pedagógico e Administrativo do ensino religioso será efetivado pela
Secretária de Educação e Cultura do Município, sob a orientação da Diretoria de Gestão Curricular

41
– DGC.
Art. 6º- O Ensino Religioso será ofertado no horário normal das escolas públicas municipais de
ensino fundamental, acrescida ao mínimo de 800 (oitocentas) horas anuais previstas na lei
9.394/96.
§ 1º- Os conteúdos do ensino religioso, quando ofertados nos anos iniciais (1º ao 5º ano) de ensino
fundamental, serão trabalhados sob as formas de temas transversais.
§ 2º- Os conteúdos do ensino religioso nos anos finais (6º ao 9º ano) do ensino fundamental serão
trabalhados conforme a Proposta Curricular da SEDEC.
Art. 7º- O ensino religioso receberá o tratamento metodológico que lhe for adequado, de acordo
com o ano de escolaridade e contará com as condições convenientes para o desenvolvimento das
atividades que forem programadas, em classe e extraclasse.
Art. 8º- Avaliação do estudante no componente curricular ensino religioso, não poderá ser
considerada para fins de promoção ou retenção na apuração do rendimento escolar do estudante.
Art. 9º. A Escola, no ato da matrícula, deverá informar ao estudante, se maior de idade, ou aos
pais ou responsáveis, quando menor, a oferta do componente curricular do ensino religioso, bem
como a faculdade de matricular-se no mesmo.

CAPITULO III
DA HABILITAÇÃO E ADMISSÃO DE DOCENTES

Art. 10- Para a docência do Ensino Religioso serão aproveitados os profissionais habilitados para o
Ensino Fundamental nos termos da legislação do ensino vigente, pertencentes ao quadro do
Magistério Municipal.
§ 1º- No Ensino Fundamental e EJA as atividades de ensino religioso serão ministrados por um
professor especifico designado para este fim, desde que, seja devidamente credenciado pela
SEDEC.
§ 2º- Considera-se Habilitados para o exercício de docência no ensino religioso:

I - portador de diploma obtido em Curso de Nível Médio – Modalidade Normal ou equivalente;


II – ensino Fundamental, anos iniciais – o graduado em Curso Normal, Superior;
III – o graduado em Curso de Pedagogia com habilitação para o magistério dos anos iniciais;
IV – Ensino Fundamental, anos finais – portador de no mínimo diploma de licenciatura, em
Ciências da Religião, Filosofia, Ciências Sociais.
Art. 11- Cabe ao educador buscar constantemente as manifestações religiosas, ter clareza quanto
à sua própria convicção de fé, consciência da complexidade da questão religiosa, facilitar o diálogo
e ser interlocutor entre escola e comunidade.
Art. 12- A Secretária de Educação e Cultura através da Diretoria de Gestão Curricular promoverá
cursos de capacitação para os professores responsáveis pela docência do Ensino Religioso.
Art. 13- Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Municipal de Educação.
Art. 14- A presente Resolução aprovada por unanimidade em Sessão Plenária do dia 18 de
setembro de 2012, entrará em vigor a partir da homologação pelo Secretário Municipal de
Educação.
Art. 15- Revogam-se as disposições em contrário.

João Pessoa, 18 de setembro de 2012.

MARIA CONCEIÇÃO DA SILVA


Presidenta

Eliene Dias da Silva


Conselheira

42
Lúcia Elizabeth P. Leon Melo
Conselheira

Maria Nazaré Machado de Araújo


Conselheira

Gilberto Cruz de Araújo


Conselheiro

Betânea de Fátima F. Vital


Conselheira

Telma Lúcia de S. Félix


Conselheira

Luciana dos Santos Braga


Conselheira

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Resolução: Nº 030/2012

Institui a carteira de autorização para Diretores (as), Vice-Diretores (as) e


Secretários (as) Escolares do Sistema Municipal de Ensino de João Pessoa/ PB.
Rede Pública de Ensino. Níveis: Educação Infantil e Ensino Fundamental e da
Rede Privada, nível de Educação Infantil.

O Conselho Municipal de Ensino de João Pessoa/PB, no uso de suas atribuições conferidas pela
Lei nº 9394/96 e pela Lei nº 8.996/99 (Sistema Municipal de Ensino de João Pessoa) e
considerando o que dispõe o Inciso VII, artigo 24 da Lei 9394/96 que responsabiliza a instituição de
ensino quanto à expedição da documentação escolar do estudante com as especificações
cabíveis,

Resolve:

Art. 1º - Fica instituída a carteira de autorização para Diretores (as), Vice-Diretores (as) e

43
Secretários (as) Escolares do Sistema Municipal de João Pessoa/PB, da Rede Pública: de
Educação Infantil e do Ensino Fundamental - Rede Privada: de Educação Infantil.
Art. 2º - Para obter autorização o interessado deverá apresentar ao CME:
a) Requerimento assinado pelo (a) Diretor (a) da Gestão Curricular da SEDEC, se da Rede
Pública Municipal;
b) Requerimento assinado pelo (a) administrador (a) mantenedor (a) da unidade de ensino;
c) Cópia de: registro de identidade;
d) Portaria de nomeação (Rede Pública de Ensino);
e) Declaração (Rede Privada de Ensino);
f) Comprovante de escolaridade;
g) Comprovante de residência;
h) Duas fotos 3x4 colorida e recente.
Art. 3º - São requisitos obrigatórios para emissão de carteira de autorização:
I – Esteja no exercício de cargo de carreira dos profissionais da educação;
II – Tenha formação especifica na área de educação ou licenciatura plena;
III- Tenha experiência docente mínima de dois (02) anos, adquirida em qualquer nível de ensino;
IV – Ter ensino médio ou nível técnico para Secretários (a) Escolares;
Art.4º A carteira de autorização para Diretores (as), Vice-Diretores (as) e Secretários (as)
Escolares, terá validade de dois anos consecutivos e perderá a sua legalidade, quando o (a) titular
for substituído (a) do cargo.
Parágrafo único – Para Diretoras e/ou Coordenadoras dos CREIS será permitida a concessão da
carteira de autorização, apenas por 1 (um) ano, podendo ser renovada.
Art. 5º - Poderão ser feitas quantas renovações forem necessárias, desde que o (a) autorizado (a),
permaneça no cargo e na mesma unidade de ensino.
Art. 6º - A carteira de autorização obrigatoriamente deverá ter as seguintes características:
I - Dimensão de 10,0 x 7,0 cm;
II – Fundo branco;
II – Texto em cor preta;
IV – Dados do CME (nome e nº da lei que criou o CME);
V – Uma foto tamanho 3x4 colorida e recente;
VI – Carimbo e assinatura do (a) Presidente (a) do CME;
VII – Assinatura do (a) autorizado (a) idêntico ao RG;
VIII – Período da validade da autorização;
IX – Nome da unidade de ensino;
X – Nível (is) de escolaridade que a unidade de ensino oferta;
XI – Nº de identificação do autorizado;
XII –Nome do (a) autorizado (a);
XIII – Cargo do (a) autorizado (a);
XIV – Nº do RG
Parágrafo único – As carteiras de autorização só serão válidas em perfeito estado sem conter
emendas ou rasuras.
Art. 7º - A confecção da carteira de autorização e as notas que deverão constar na carteira de
autorização serão digitalizadas, sendo feitas pelo CME.
Art. 8º Cada carteira receberá o nº de acordo com a ordem de cadastramento no CME.
Art. 9º O nº da autorização deverá estar contido no carimbo do (a) Diretor (a), do Vice-Diretor (a) e
do (a) Secretário (a) Escolar, assim como, o nome do(a) mesma e o cargo em exercício.

Esta Resolução entra em vigor na data de sua homologação.

João Pessoa, 23 de outubro de 2012.

44
Maria Conceição da Silva

Presidenta

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA - SEDEC
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

RESOLUÇÃO: Nº 008/2015

Dispõe sobre as Diretrizes para a organização e o funcionamento das Escolas Tempo


Integral (ETI) da Rede Municipal de Ensino de João Pessoa.

O Conselho Municipal de Educação no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o disposto na
Lei nº. 9394/96 e na Resolução nº 07 de dezembro de 2010 do Conselho Nacional de Educação, e
tendo como objetivos:

I. Promover a permanência do estudante na escola, assistindo-o integralmente em suas


necessidades básicas e educacionais, reforçando o aproveitamento escolar e a sua
autoestima;
II. Intensificar as oportunidades de socialização na escola e extra escola;
III. Proporcionar aos estudantes alternativas de ação no campo social, cultural, esportivo e
tecnológico;
IV. Incentivar a participação da comunidade por meio do engajamento no processo educacional
implementando a construção da cidadania,

RESOLVE:

Art.1º - Esta Resolução contem princípios conceituais e operacionais que nortearão o processo de
implementação das Escolas Tempo Integral na Rede Municipal de Ensino de João Pessoa.
Art.2º - Na Educação Básica (Educação Infantil/Ensino Fundamental) as dimensões inseparáveis
do educar e do cuidar deverão ser consideradas no desenvolvimento das ações pedagógicas, em
função do educando;
Art. 3º - É dever das escolas assegurar aos pais, conviventes ou não com os filhos, ou
responsáveis, o acesso as suas instalações físicas, informá-los do Projeto Político
Pedagógico/Tempo Integral;
Art. 4º - A educação tempo integral tem por finalidade ampliar a jornada escolar, os espaços
educativos, a quantidade e qualidade do tempo diário de escolarização;
§1º A ampliação do tempo de efetivo trabalho escolar não é uma questão de acréscimo de horas
na escola, mas condições de ofertar oportunidades de acompanhamento pedagógico, de reforço,
de experiências esportivas, culturais, artísticas, recreativas e temáticas;
§2º O currículo deve estar inserido nos diversos campos de conhecimento e as diversas dimensões
formadoras de crianças, de adolescentes e de adultos, complementando o tempo necessário para
preparar o cidadão para a vida;
§3º Os períodos reservados para as Áreas de Conhecimento e o outro para as Atividades
Complementares o foco determinante é a valorização do desenvolvimento geral e a vivencia em

45
grupo ressignificando a prática pedagógica para enfrentar os desafios da modernidade;

Art. 5º - O Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar de cada unidade de ensino devem
ser elaborados e atualizados em conformidade com a legislação, assegurando a participação de
todos os segmentos representativos da escola com o aval do Conselho Municipal de educação;

I. O PPP e o regimento devem expressar com clareza os direitos do estudante, o fazer


didático pedagógico, garantindo a melhoria no desempenho no processo ensino
aprendizagem, objetivando a continuidade do percurso escolar do estudante.
II. Os profissionais da escola, devem se reunir periodicamente, conforme cronograma
estabelecido pela equipe gestora, para estudar, avaliar coletivamente as ações
desenvolvidas e, se necessário, redimensionar o processo pedagógico.

Art.6º - A Escola Tempo Integral funcionará diuturnamente, com a jornada de 08 (oito) horas
diárias.
Art.7º - As unidades escolares que funcionarem com Educação Infantil, Ensino Fundamental - anos
iniciais e anos finais em tempo integral terão suas matrizes curriculares constituídas:
I. Dos componentes curriculares e respectivas cargas horárias estabelecidas na Matriz
Curricular nos termos da legislação pertinente;
II. Das Atividades Complementares e Oficinas Curriculares, definidas para a parte
diversificada, a serem desenvolvidas com metodologias, estratégias e recursos didático-
pedagógicos específicos;
III. A matriz curricular deve estar em sintonia com a proposta pedagógica da escola
assegurando a total permanência do estudante;

Art.8º - A composição curricular das Escolas Tempo Integral devem ser organizadas contemplando
as seguintes Atividades Complementares/Oficinas:
§1º Ensino Infantil, - Atividades Lúdicas: Brincadeiras, hora do conto, hora das novidades, entre
outras;
Atividades Culturais: Dramatizações, fantoches, peças teatrais, DVD, danças, música, entre
outras;
Atividades Pedagógicas: Jogos pedagógicos, orientações das atividades de casa, projetos
pedagógicos, datas comemorativas, entre outras;
Saúde e Qualidade de Vida: Ginástica rítmica, Educação Física, higiene pessoal, hábitos
alimentares.
§2º Ensino Fundamental, nos anos iniciais: Orientação para o estudo e pesquisa; formas de
comunicação; esporte e lazer, cultura e artes; educação ambiental; educação em direitos humanos,
xadrez entre outros;
§3º Ensino Fundamental, nos anos finais: orientação para o estudo e pesquisa; formas de
comunicação inserindo o estudo de Libras; esporte e lazer, cultura e artes; educação ambiental;
escola sustentável, xadrez, direitos humanos entre outros.
Art.9º - A Matriz Curricular deve garantir aos anos iniciais a carga horária mínima de 40 (quarenta)
aulas semanais, assim distribuídas:
I- 20 (vinte) horas semanais destinadas às disciplinas da base nacional comum;
II- 20 (vinte) horas semanais destinadas ao desenvolvimento da Parte Diversificada e
Atividades Complementares/Oficinas Curriculares;

Art.10 - Garantir que a Matriz Curricular do Ensino Fundamental, nos anos finais a carga horária
mínima de 40 (quarenta) aulas semanais, assim distribuídas:
I- 20 (vinte) horas aula semanais destinadas às disciplinas da Base Nacional Comum;
II- 20 (vinte) horas aula semanais destinadas ao desenvolvimento da Parte Diversificada e
Atividades Complementares /Oficinas Curriculares.
Parágrafo único – As aulas dos diferentes componentes que integram a Base Nacional Comum e

46
a Parte Diversificada do currículo deverão ser distribuídas alternadamente ao longo dos turnos de
funcionamento da escola, de forma a compor o horário de aulas de cada turno – manhã e tarde –
como disciplinas, atividades complementares e oficinas pedagógicas.
Art.11 - Avaliação do desempenho escolar do estudante nos componentes complementares e
oficinas pedagógicas caracterizar-se-á por uma abordagem conceitual, processual e centrada em
valores atitudinais de participação, interesse e compromisso do estudante na construção do seu
conhecimento.
Art.12 - Esta Resolução entra em vigor após sua homologação e publicação, revogadas as
disposições contrárias.

João Pessoa, 07 de abril de 2015.

47
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

RESOLUÇÃO: Nº 010/2015

Fixa normas proibindo a venda de refrigerantes nas cantinas e lanchonetes


instaladas nas escolas públicas e privadas do SME/JP.

O Conselho Municipal de João Pessoa, no uso das atribuições que lhes confere o
art. 11, III, da Lei 9394/96; art. 16, da Lei 8996/99; art. 3º, da Lei 10.431/2015.

Resolve:

Art. 1º - Proibir a comercialização de refrigerante nas cantinas e lanchonetes instaladas


nas escolas pertencentes ao Sistema Municipal de Ensino.
Art. 2º - Os estabelecimentos de ensino que infringirem este dispositivo legal
estarão sujeitos às punições previstas pela legislação sanitária.
Parágrafo único – A não observância desta Resolução ocasionará a perda da autorização
e do alvará para o funcionamento da referida escola.
Art. 3º - Esta Resolução entrará em vigor a partir da data de publicação.

João Pessoa, 07 de julho de 2015.

48
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

RESOLUÇÃO: Nº 015/2015

Dispõe sobre as Diretrizes Pedagógicas e Operacionais para a Educação Infantil e


o Ensino Fundamental em 9 (nove) anos de duração, na Rede Municipal de Ensino
de João Pessoa e dá outras providências.

O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME, no uso de suas atribuições legais expressa


no seu Regimento e, tendo em vista o disposto das Leis Federais nº 9.394/96 e 11.274/06, com
fundamento na Resolução CNE/CEB nº 07/2010 e considerando:

- a autonomia do Sistema Municipal de Ensino por meio do Conselho Municipal de Educação para
definir normas complementares sobre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental em 9 (nove)
anos;
- os Artigos 23 e 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996;
- as dimensões do educar e do cuidar em sua inseparabilidade;
- a necessidade de regulamentar os processos avaliativos da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental em 9 (nove) anos e estabelecer procedimentos para monitorar a vida escolar dos
estudantes da Rede Municipal de Ensino de João Pessoa.

RESOLVE:

DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL

Art. 1º. A Educação Infantil e o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, e ofertado aos
estudantes com idade escolar e para os jovens e adultos, que não tiveram acesso á escola na
idade própria, na Rede Pública Municipal de Ensino, tendo a duração de 9 (nove) anos letivos,
sendo o 1º ano destinado às crianças a partir de seis anos de idade, organizado em 5 (cinco) anos
iniciais e 4 (quatro) anos finais.
Parágrafo único. Regime de 9 (nove) anos de duração – registrado sob a forma de ciclos de
aprendizagem do 1º ao 3º ano, e anos de escolarização do 4º ao 9º ano.
Art. 2º. O Ciclo de aprendizagem está organizado na progressão continuada, respeitando o ritmo e
o tempo de aprendizagem dos estudantes.
§ 1º. O Ciclo de Aprendizagem tem duração de 3 (três) anos de escolarização, com foco central na
alfabetização e letramento e atende à seguinte especificação:
I – 1º Ano de escolarização – destinado aos estudantes que ingressam no Ensino Fundamental a
partir dos 6 (seis) anos de idade completos ou a completar até 30 de março, independentemente
de ter cursado a Educação Infantil;
II – 2º Ano de escolarização – destinado aos estudantes que tenham cursado o 1º ano de
escolarização do Ciclo de Aprendizagem ou equivalente;
III – 3º Ano de escolarização – destinado aos estudantes que tenham cursado o 2º ano de
escolarização do Ciclo de Aprendizagem ou equivalente, e os que não tenham construído as
competências e habilidades referentes ao Ciclo de Aprendizagem.
IV – 4º e 9º Ano de escolarização – destinado aos estudantes que concluíram com êxito os anos

49
anteriores;
Art. 3º. A carga horária mínima anual é de 800 (oitocentos) horas, distribuídas por um mínimo de
200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo reservado aos exames finais,
quando houve.
Art. 4º. Na avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem, com caráter diagnóstico, devem
prevalecer os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, tendo como referência os Documentos
Norteadores elaborados pela SEDEC, a Resolução nº 20/2011 e as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, com as seguintes funções:Seguir a
Resolução 021/2018
Parágrafo único. Devem ser realizadas em cada ano de escolarização, avaliações diagnósticas
iniciais, bimestrais e finais, de acordo com a Resolução 020/2011 – CME, para todas as áreas do
conhecimento. Seguir a Resolução 021/2018
Art. 5º. Para aprovação do estudante deve apresentar desempenho escolar com aproveitamento e
o mínimo de 75% de frequência no total de horas obrigatórias do período letivo, para cada ano de
escolarização:
§ 1º. Em nenhuma hipótese poderá haver retenção do estudante nos 1º e 2º anos de escolarização
do Ciclo da aprendizagem; Seguir a Resolução 016/2018
§ 2º. No Ciclo de Aprendizagem requer que o estudante conclua cada ano de escolarização com
no mínimo 75% de frequência no total de horas obrigatórias do período letivo, para que seja
matriculado no ano seguinte de escolarização.

Art. 6º. Os resultados da avaliação da aprendizagem do estudante devem ser de acordo com o que
normatiza as Resoluções nº 002/2011 e 021/2011 do CME. Seguir a Resolução 021/2018
Art. 7º. A média para aprovação dos estudantes da Rede Municipal do Ensino Fundamental é 7,0
(sete) do 4º ao 9º ano, tendo como referência a Resolução nº 020/2011 do CME. Seguir a
Resolução 021/2018
Art. 8º. Fica assegurada, quando necessário a regularização da vida escolar dos estudantes que
por força legal desta Resolução, que se encontra amparada pelos artigos 23 e 24 da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
Parágrafo único. Deve ser registrado no campo das observações do Histórico Escolar do
estudante, o número desta Resolução, bem como a base legal citada no caput deste artigo.
Art. 9º. As escolas da Rede Pública Municipal adotam os procedimentos relativos à Classificação,
Reclassificação ou Avanço, conforme a seguir:
I – Classificação – para estudantes em qualquer ano independentemente de escolaridade anterior,
a exceção do 1º ano do Ensino Fundamental;
II – Reclassificação – quando se tratar de transferência entre estabelecimentos no país e no
exterior e no âmbito de cada escola observar-se-á;
III – Avanço – é utilizado quando se trata da possibilidade de progressão do estudante em curso
durante o ano letivo, observando-se os critérios de conhecimento e idade, devendo ser realizado
até o final do 1º bimestre.
a) o estudante não poderá ser promovido em mais de um ano de escolarização;
b) não poderá ser reclassificado para ano de escolarização posterior o estudante que, no ano
anterior, tenha sido reprovado;
Art. 10. Para a utilização dos atos acima citados, a escola deve, além de outros critérios,
observarem os fatores relevantes da idade e conhecimentos adquiridos pelo estudante, adotando o
que preconiza a Resolução nº 020/2011 do CME. Seguir a Resolução 021/2018
§ 1º. Registrar o resultado da avaliação na ficha individual do estudante, devendo ser anexada no
prontuário do estudante, juntamente com todos os instrumentos avaliativos aplicados e corrigidos.
§ 2º. Toda a documentação comprobatória do processo avaliativo realizado nos atos de
Classificação, Reclassificação ou Avanço devem permanecer na escola responsável pela
avaliação, à disposição dos órgãos do Sistema Municipal de Ensino e da parte interessada.
Art. 11. Os procedimentos de Classificação, Reclassificação e Avanço devem estar coerentes com
o Projeto Político Pedagógico e constar no Regimento Escolar, para que produzam efeitos legais.
Art. 12. A escola deverá proporcionar estudos de recuperação nos casos de baixo desempenho
escolar, conforme os artigos 9º e 10 da Resolução 020/2011 do CME. Seguir a Resolução

50
021/2018
Art. 13. A formação de docentes para atuar no ensino fundamental far-se-á em nível superior, em
curso de licenciatura, de graduação plena em universidade ou institutos superiores de educação.
Art. 14. Os profissionais de psicologia, serviço social e pedagogia deverão compor, direta ou
indiretamente, o quadro das instituições de ensino fundamental, para atendimento dos estudantes
e para orientação das atividades de acompanhamento e avaliação do Projeto Pedagógico do
estabelecimento de ensino.

Art. 15. A direção da escola será constituída da forma estabelecida em lei especifica.
Art. 16. O Sistema Municipal de Ensino promoverá para seus profissionais programa de formação
continuada sobre os avanços da ciência e da tecnologia, incorporados as práticas pedagógicas,
atendendo aos objetivos dessa modalidade de ensino.
Art. 17. Os espaços físicos deverão ser adequados ao desenvolvimento do Projeto Pedagógico da
instituição de educação infantil e ensino fundamentais respeitadas as necessidades dos
estudantes.
Art. 18. Na construção, adaptação, reforma e ampliação das edificações destinadas a educação
infantil e ao ensino fundamental público municipal, deverão ser garantidas as condições de
acessibilidade, salubridade, saneamento, conforto, ambiental e estética pedagógica.
Parágrafo único. Os prédios, as instalações e os equipamentos deverão adequar-se ao fim a que
se destinam às normas e especificações técnicas da legislação pertinente, inclusive as relativas às
pessoas deficientes.
Art. 19. A oferta da educação infantil e do ensino fundamental deverá atender as diferentes
funções que lhes são próprias e conter uma estrutura básica que contemple:
I – salas de aula e outros ambientes adequados às atividades curriculares, com ventilação e
arejamento, iluminação natural e artificial, com mobiliário e equipamentos adequados;
II – sala de professores, para atividades administrativa-pedagógica e de apoio;
III – área para recreação;
IV – refeitório, instalações e equipamento para preparo de alimentos que atendam às exigências de
nutrição, saúde, higiene e segurança.
Art. 20. Para que possam ministrar a educação infantil e o ensino fundamental, as escolas públicas
do município devem submeter-se junto ao Conselho Municipal de Educação, para credenciamento
e autorização.
Parágrafo único. A solicitação inicial de credenciamento e da autorização da escola para a
educação infantil e o ensino fundamental far-se-á através de um processo junto ao CME.
Art. 21. Os pedidos de credenciamento ou autorização serão acompanhados de documentação
que comprove:
I – existência legal da escola, através do ato de sua criação pelo Poder Público;
II – relação nominal dos dirigentes, dos docentes e dos especialistas, explicitadas as respectivas
habilidades e qualificações profissionais;
III – Projeto Político Pedagógico elaborado a luz das diretrizes exaradas pelo CME e acompanhado
do regimento interno da escola;
IV – declaração firmada por engenheiro pertencente ao quadro da SEDEC, atestando as condições
satisfatórias de infraestrutura do prédio, no tocante a equipamento de segurança e de combate a
incêndio;
V – listagem dos equipamentos e do material didático indispensáveis ao funcionamento da escola.
Art. 22. A autorização de funcionamento da educação infantil e do ensino fundamental será
concedida por:
I – quatro anos para CREIs e escolas que atendam às exigências estabelecidas nesta Resolução;
II – dois anos, quando as condições físicas e ou pedagógicas de funcionamento de CREIs e
escolas apresentarem necessidades de melhorias observados pelo CME.

§ 1º. O CME negará autorização às escolas que não apresentarem condições mínimas de
funcionamento físicas ou pedagógicas;
§ 2º. O CME poderá revogar a autorização concedida, quando for comprovado o não cumprimento
das condições requeridas;

51
§ 3º. O CME comunicará à SEDEC todas as condições do colegiado acerca da autorização de
funcionamento da educação infantil e do ensino fundamental, e quando for o caso, solicitar-lhe-á as
providencias necessária.
Art. 23. Compete a SEDEC, ouvindo o CME, definir e implementar procedimentos de orientação,
supervisão, avaliação e controle dos CREIs e escolas do ensino fundamental, na perspectiva de
aprimoramento da qualidade do processo educacional.
Art. 24. As escolas da Rede Pública Municipal de Ensino de João Pessoa devem adequar seu
Projeto Político Pedagógico e Regimento Interno à organização do Ensino Fundamental em 9
(nove) anos, no cumprimento à legislação vigente, atendendo ao que dispõe a presente Resolução.
Art. 25. Os casos omissos deverão ser tratados pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
Art. 26. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas a Resolução CME nº
002/2001 e nº 020/2011.

João Pessoa, 22 de setembro de 2015.

52
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOASECRETARIA DE EDUCAÇÃO E
CULTURA - SEDEC CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CME
RESOLUÇÃO: Nº 005/2016

Estabelece Diretriz para o Cumprimento de Reposição de Aulas e Dias Letivos


na Rede Municipal de Ensino.

O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CME, no uso de suas atribuições legais expressas


nas Leis Federais nº 9394/96 – LDB, com fundamento na Resolução nº 07/2010 – CNE/CEB, Lei
8996/99 Sistema Municipal de João Pessoa e no seu Regimento e considerando;

-a autonomia do Sistema Municipal de Educação para definir normas complementares para


o Ensino Fundamental,

-o trabalho da escola, pautado, de um lado, no projeto pedagógico e, do outro, no


calendário escolar, ambos têm de ser cumpridos e atendidos, na sua totalidade;

-da obrigatoriedade do docente cumprir o calendário escolar, com no mínimo duzentos dias
letivos,

Essa obrigatoriedade está expressa na LDB (Lei nº 9.394/96):

Artigo 12 – Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão
a incumbência de:
I – elaborar e executar sua proposta pedagógica;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

Artigo 13 – Os docentes incumbir-se-ão de:


V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

Artigo 24 – A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes
regras comuns:

I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de
efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;

RESOLVE:

Art. 1º - O Calendário Escolar será constituído de Horário de Trabalho Pedagógico e Dia


de Efetivo Trabalho Escolar.
Parágrafo 1º- Considera-se Horário de Trabalho Pedagógico, aquele em que são
realizadas atividades de caráter pedagógico e/ou administrativo, com a presença do
pessoal docente, técnico e administrativo;
Parágrafo 2º- Considera-se Dia de Efetivo Trabalho Escolar, os dias em que forem
desenvolvidas atividades regulares de aula ou outras programações didático-pedagógicas,

53
planejadas pela escola desde que contem com a presença de professores e a frequência
controlada dos estudantes;
Parágrafo 3º- Entende-se por programações didático-pedagógicas quaisquer
programações incluídas na proposta pedagógica da unidade de ensino, com frequência
exigível de no mínimo 50% das crianças, jovens e adultos e efetiva orientação por
professores;
Parágrafo 4º- Em caso de paralisação, greve ou casos semelhantes, os dias letivos
deverão ser repostos de acordo com a Lei, mediante proposta pedagógica previamente
aprovada pela Diretoria de Gestão Curricular;
Parágrafo 5º- Compete à respectiva DGC, analisar e emitir parecer, bem como definir
prazos para alterações que se fizerem necessárias;
Parágrafo 6º- Depois de aprovado pela DGC, o calendário de reposição de aulas deverá
ser apresentado à comunidade escolar.
Art. 2º- O atestado que não tiver validação da junta médica municipal, será necessário
reposição.
Art. 3°- A Secretaria de Educação e Cultura/DGCdeverá assegurar o cumprimento dos
dias letivos e horas-aula.
Art. 4º- Os casos omissos deverão ser tratados pela Secretaria de Educação e Cultura.
Art. 5º- Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando a Resolução
nº 001/2016.

João Pessoa, 19 de abril de 2016.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO – SME
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

DELIBERAÇÃO Nº 001/2018

Divulga procedimentos para atendimento de estudantes estrangeiros no Sistema


Municipal de Ensino de João Pessoa.

O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições legais e


CONSIDERANDO as disposições da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de1996, que
estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, com base nos artigos 11 inciso III
e 24;

54
CONSIDERANDO as disposições da lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017, Institui a Lei
de Migração;

CONSIDERANDO a importância do acolhimento aos estudantes migrantes, na cidade de


João Pessoa.

DELIBERA:

Art.1º- A presente Deliberação divulga procedimentos para atendimento aos imigrantes no


Sistema Municipal de Ensino do Município de João Pessoa - PB.

Art.2º- O estudante imigrante tem o direito de frequentar às unidades escolares do Sistema


Municipal de Ensino, bem como participar de programas públicos de capacitação técnica e
profissional.
Art.3º - Ao imigrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os
nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
bem como são assegurados:
[...] X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da
condição migratória (artigo 4º da Lei nº 13.445/2017).
Art.4°- Ao aceitar a matrícula do estudante procedente de país que tenha firmado Acordo Cultural
com o Brasil, a SEDEC deve promover a regularização dos documentos através da tradução
juramentada para a língua portuguesa.
Parágrafo Único. O original da documentação de que trata o caput deste artigo, quando da
transferência do aluno, seguirá anexado ao histórico escolar, devendo ser providenciada cópia para
arquivamento na pasta individual.
Art. 5º- A enturmação do estudante deve obedecer a equivalência estabelecida no Acordo Cultural
e, quando na ausência deste, a avaliação da Unidade Escolar de destino.
Art.6º- O estudante oriundo de outro país, sempre que necessário, tem direito à adaptação de
estudos, que possibilite os ajustes indispensáveis à sequência do novo currículo.
Parágrafo único. A SEDEC deve garantir condições para que as escolas desenvolvam estratégias
adequadas para suprir as necessidades dos estudantes, concentrando esforços na aprendizagem
da Língua Portuguesa para que possam compreender as demais disciplinas.
Art. 7º - Na adaptação do estudante procedente de outros países, fica estabelecido que:
I- o aprendizado do conhecimento da Língua Portuguesa deve ser implementado de acordo
com a necessidade do aluno.
Art. 8º - Os países que possuem Acordo Cultural com o Brasil são:

Alemanha Itália

Angola Japão

Argentina México;

Bolívia Paraguai;

Chile Peru;

Espanha Polônia

55
Estados Unidos Portugal;

França Rússia;

Inglaterra Suécia;

Irlanda Uruguai;

Israel Venezuela.

Art.9º- Para nortear a matrícula do aluno estrangeiro, ressalvado o cumprimento do artigo 5º


constam, em anexo, quadros contendo as equivalências de estudo dos países que possuem
Acordo Cultural com o Brasil.

Art.10- cumprimento desta Deliberação aplica-se às unidades do Sistema Municipal de Ensino.

Art. 11- Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação.

João Pessoa, 09 de outubro de 2018.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO - SME
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CME

RESOLUÇÃO N° 016/2018
Institui na Rede Municipal de Ensino de João Pessoa, o Ciclo de Alfabetização,
constituída pelos dois anos iniciais do Ensino Fundamental e dá outras
providências.

O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE JOÃO PESSOA, usando de suas atribuições, e


tendo em vista a Lei nº 11.274/2006 que regulamenta o Ensino Fundamental de 09 (nove) anos e a
Resolução CEB de nº 7, de dezembro de 2010 que fixa Diretrizes Nacionais para o Ensino
Fundamental de 09 (nove) anos e considerando:

A necessidade de diagnósticos precisos e claros das dificuldades dos estudantes no processo de


construção de conhecimento;
O respeito à pluralidade dos ritmos e características dos estudantes no processo de aprendizagem;
A responsabilidade da escola de compartilhar o resultado da avaliação diagnóstica, atendendo a
pluralidade de demandas e garantindo a oferta de diversas oportunidades de aprendizagem e,

56
considerando ainda
A importância do desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
competências e habilidades, bem como a formação de valores e atitudes.

RESOLVE:
Art. 1º O Ciclo da Alfabetização deve garantir o princípio da continuidade da aprendizagem dos
estudantes, sem interrupção, com foco na alfabetização e letramento, voltados para ampliar as
oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas, para todos os
estudantes, imprescindíveis ao prosseguimento dos estudos.
Art. 2º O Ciclo de Alfabetização deve assegurar aos estudantes dos dois primeiros anos do Ensino
Fundamental, das escolas municipais de João Pessoa, um convívio pedagógico de maior duração,
oportunizando uma aprendizagem de qualidade;
Art. 3° Na Rede Municipal de Ensino, o Ciclo de Alfabetização terá duração de 02 (dois) anos e
compreenderá o período característico da infância 6 e 7 anos;
Art. 4° Os 02 (dois) anos iniciais passam a constituir períodos destinados à construção de
conhecimentos que solidifiquem o processo de alfabetização e de letramento garantindo o pleno
domínio do desenvolvimento da leitura, da escrita e do cálculo das diversas formas de expressão;
Art.5°Considerando que o processo de alfabetização e o zelo com o letramento são à base de
sustentação para o prosseguimento de estudos, com sucesso, as Escolas devem organizar suas
atividades de modo a assegurar aos estudantesum percurso contínuo de aprendizagens e a
articulação com os 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental;
Art. 6° O Ciclo da Alfabetização, a que terão ingresso os estudantes com seis anos de idade,
completados até a data limite de 31 de março do ano de ingresso, terá suas atividades
pedagógicas organizadas de modo a assegurar que, ao final de cada ano, todos os estudantes
tenham garantidos, pelo menos, os seguintes direitos de aprendizagem:
I - 1º Ano:
a) desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura;
b) conhecer os usos e funções sociais da escrita;
c) compreender o princípio alfabético do sistema da escrita;
d) ler e escrever palavras e sentenças.
II - 2º Ano:
a) ler e compreender pequenos textos;
b) produzir pequenos textos escritos;
c) fazer uso da leitura e da escrita nas práticas sociais.
§ 1º Ao final do Ciclo da Alfabetização, todos os estudantes devem ter consolidado as capacidades
referentes à leitura e à escrita necessárias para expressar-se, comunicar-se, participar das práticas
sociais letradas e ter desenvolvido o gosto e apreço pela leitura;
§ 2º Ao final do Ciclo da Alfabetização, na área da Matemática, todos os estudantes devem
compreender e utilizar o sistema de numeração, dominar os fatos fundamentais da adição e
subtração, realizar cálculos mentais com números pequenos, dominar conceitos básicos relativos a
grandezas e medidas, espaço, forma eresolver operações matemáticas com autonomia;
Art.7º Os conteúdos devem ser vistos de forma interdisciplinar e contextualizados;
Art.8°A Escola deve, ao longo de cada ano do Ciclo da Alfabetização acompanhar
sistematicamente a aprendizagem dos estudantes, utilizando estratégias e recursos diversos para
sanar as dificuldades evidenciadas no momento em que ocorrerem e garantir a progressão dos
estudantes;
Art. 9° A organização curricular no Ciclo de Alfabetização tem por finalidade desenvolver o
interesse pela aprendizagem e a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
convivência social, consolidados no Projeto Pedagógico;
Art.10. A Proposta Pedagógica Curricular deve ser fundamentada numa relação dialógica com as
diversidades socioculturais, étnicas, gênero, raça e religiosidade;
Art.11 A avaliação deverá ser assumida de forma processual, participativa, cumulativa e
diagnóstica, através de Parecer Descritivo, apresentando os conhecimentos, as habilidades e as
competências conquistadas, o que está em processo de construção e de que forma podem ser
atingidas as competências imprescindíveis para o prosseguimento de estudos.

57
Art.12 A classificação dos estudantes no Ciclo de Aprendizagem far-se-á:
I – No 1º (primeiro) ano do Ciclo de Alfabetização a promoção é automática de forma processual,
sem retenção do primeiro para o 2º (segundo) ano, ressaltando-se, contudo, que há avaliação
processual, formativa, participativa, contínua, cumulativa e diagnóstica;
II- Ao final do 2º (segundo) ano, caso não tenha atingido os objetivos propostos, serão retidos os
estudantes que não obtiveram frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) e se não tiver
obtido os conhecimentos, as habilidades e as competências projetadas. O resultado final será
expresso: "Aprovado" ou "Reprovado";
Art.13 Os professores de Educação Física, Artes, Ensino Religioso e o professor do Ciclo de
Alfabetização deverão fazer planejamento integrado e interdisciplinar. E quanto ao processo
avaliativo também de forma integrada objetivando o redimensionamento da prática pedagógica;
Art. 14 O registro do desempenho dos educandos deve ser realizado através de marcações das
habilidades alcançadas e pareceres descritivos no início do ano letivo e a cada semestre,
considerando o seu desempenho em cada área de conhecimento;
Art.15 Os casos omissos nesta Resolução serão resolvidos pelo Conselho Municipal de
Educação.
Art. 16 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogada a Resolução
Nº 001/2011
Sala das Sessões do Conselho Municipal de Educação, em 04 de dezembro de 2018.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO - SME
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

RESOLUÇÃO: Nº 021/2018

Estabelece normas relativas ao processo de avaliação, recuperação, do avanço escolar


da progressão parcial de estudos, conselho de classe e recursos do ato avaliativo para o
Ensino Fundamental da Rede de Ensino do Município de João Pessoa, e dá outras
providências.

O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÂO de João Pessoa, no uso de suas atribuições legais,


considerando o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, na
Resolução CNE/CEB nº 07 de 14 de dezembro de 2010e as normas estabelecidas na presente

58
Resolução.

RESOLVE:

CAPÍTULO I

DA AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR

Art. 1º-A avaliação do processo de ensino e da aprendizagem se constitui na ação reflexiva que
perpassa todas as ações pedagógicas, onde os segmentos, integrados à educação, podem
reelaborar e redimensionar seu Projeto Pedagógico, no intuito de definir objetivos, metas e ações
que proporcionem o exercício da cidadania.

Art. 2º- Esta Resolução normatizará a avaliação do processo de aprendizagem do conhecimento e


do desenvolvimento de competências e habilidades nas unidades educativas da Rede Municipal de
Ensino que oferecem o Ensino Fundamental de 09(nove) anos e EJA, devendo garantir
democraticamente, o acesso, a permanência e o sucesso escolar do estudante.
Art. 3º-O período letivo anual será de no mínimo 800 (oitocentos) horas distribuídas em no mínimo
200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, podendo ser subdivido em 04 (quatro) bimestres letivos.
Art. 4º- A avaliação do rendimento escolar dos estudantes tem como objetivo contribuir para
formação de pessoas autônomas, críticas e conscientes, por meio de:
I- avaliação inicial ou diagnóstica: sua finalidade é identificar os conhecimentos
prévios dos estudantes, conceitos, conteúdos e aprendizagens já consolidados em etapas
anteriores do processo escolar e deverá ocorrer no início do ano letivo;
II- avaliação processual ou formativa: sua finalidade é de verificar se os objetivos de
aprendizagem esperados estão sendo alcançados, identificando as dificuldades dos
estudantes e auxiliando na reformulação do trabalho didático;
III- avaliação de resultado ou somativa: tem a função de classificar o estudante de
acordo com os resultados alcançados no decorrer do processo de ensino e aprendizagem,
sendo critério determinante para a sua promoção ou retenção ao término do período letivo;
Art. 5º - Os procedimentos, as modalidades, os instrumentos e os resultados do processo
avaliativo devem ser transparentes e favorecer o entendimento entre professores e
estudantes.
Parágrafo único- No acompanhamento e na avaliação do rendimento escolar do estudante,
poderão ser utilizados os mais diferentes instrumentos avaliativos, tais como: seminários,
pesquisas, leitura, interpretação e produção de textos, entre outros, de modo a captar de diferentes
formas, o progresso e as dificuldades apresentadas pelos estudantes.
Art. 6º- O Projeto Pedagógico da escola deverá explicitar as concepções, procedimentos,
processo de avaliação da aprendizagem e critérios do rendimento escolar constantes desta
Resolução, estabelecendo os direitos e as expectativas de aprendizagem que devem ser
alcançadas no percurso escolar do estudante.
Art. 7º-Compete ao docente
I- registrar no diário de classe as sínteses de acompanhamento do desempenho do
estudante;
II- no local destinado à observação, descrever qualquer ocorrência excepcional pertinente ao
processo de avaliação, datando e assinando;
III- comunicar à equipe técnica pedagógica da escola os casos de estudantes faltosos, antes
que se caracterize a evasão escolar;
Art. 8º-Na educação infantil, a avaliação não tem caráter de promoção, inclusive para o
acesso ao ensino fundamental e visa diagnosticar e acompanhar o desenvolvimento da
criança em todos os seus aspectos.

59
Parágrafo único - Para o registro das atividades pedagógicas da criança será utilizado um
Parecer Descritivo, em que serão informados os aspectos físicos, psicológicos, intelectual
e social.
Art. 9º-No 1º (primeiro) e 2º (segundo) ano do ensino fundamental os docentes devem
elaborar Parecer Descritivo sobre as atividades de avaliação, nos mesmos parâmetros da
educação infantil, utilizando-se da ficha de acompanhamento elaborada e disponibilizada
pela SEDEC.
Art. 10-Provas e exames finais devem ser realizados depois do período regular de aulas e não
podem prevalecer sobre os resultados obtidos ao longo do ano letivo.
Art. 11-A aprovação final do estudante resultará do desempenho avaliativo a que for submetido ao
longo do período letivo.
Parágrafo único- Para aprovação final do que trata esse artigo, será exigida, frequência mínima
de 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas, conforme inciso VI, do artigo 24, da Lei
9394/96. Para a Educação Infantil será exigida a frequência mínima de 60%, conforme estabelece
a Lei 12.796/2013.

CAPÍTULO II

DA RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Art. 12-Entende-se por recuperação de estudos, o processo didático-pedagógico que tem


por objetivo oferecer novas oportunidades de aprendizagem ao estudante, para que
supere as deficiências da aprendizagem.
Art. 13- A avaliação do rendimento escolar do estudante deverá considerar os
procedimentos próprios da recuperação paralela.
§1º- a recuperação será oferecida de forma paralela sempre que for diagnosticada
insuficiência durante o processo regular de apropriação de conhecimento, expressa por
média inferior a 7,0 (sete);
§2º para atribuição de nota resultante da avaliação das atividades de recuperação de
estudos, deverá ser utilizado o mesmo peso da que originou a necessidade de
recuperação, prevalecendo o resultado maior obtido;
§ 3º as atividades referentes à recuperação de estudos deverão ser planejadas pelos
docentes, juntamente com a equipe técnica da escola.
Art. 14-O estudante que não alcançar a média após realização da recuperação paralela,
terá nova oportunidade na prova final
§ 1º a prova final será a última oportunidade para o estudante recuperar a aprendizagem e,
consequentemente, a nota que durante o ano letivo não foi recuperada.
§2º a prova final organizar-se-á da seguinte forma:
I- farão prova final os estudantes que não alcançarem o somatório de 28 pontos ao
final do 4º bimestre;
II- a prova final acontecerá em datas definidas no Calendário Escolar do respectivo
ano letivo;
III- para cálculo da média final, aplica-se a seguinte fórmula: Síntese bimestral
multiplicada por 6, a prova final multiplicada por 4, soma-se as duas e divide-se por 10;
IV- consideram-se aprovados os estudantes que obtiverem média final (MF) igual ou
superior a 5,0 (cinco)

CAPÍTULO III

DA ACELERAÇÃO DE ESTUDOS

60
Art. 15-Aceleração de estudos é o mecanismo utilizado para corrigir o atraso escolar do
estudante em relação à idade e ao ano escolar, assegurando-lhes oportunidade de atingir
níveis de conhecimentos compatíveis com sua idade.

§ 1º Será considerada defasagem idade/ano a lacuna de, no mínimo, dois anos entre o
ano escolar previsto para a faixa etária e a idade do estudante no ano da matrícula.
§ 2º Para a efetivação da aceleração de estudos, a escola deverá:
I- fazer um diagnóstico do nível de conhecimento apresentado pelo estudante;
II- assegurar a organização, metodologias e recursos diferenciados nas atividades de
ensino e avaliações específicas, visando à superação da defasagem idade/ano.
Art. 16- A SEDEC, com vistas à correção do fluxo na idade obrigatória, deverá propor
projeto pedagógico para corrigir a defasagem idade/ano, utilizando metodologias
diversificadas, tendo como parâmetro idade e conhecimento, para a composição de
turmas, os quais deverão contemplar
I- os objetivos da aceleração de estudos;
II- a reflexão acerca de concepções teóricas do fazer pedagógico, métodos, técnicas e
instrumentos que serão trabalhados com a finalidade de sanar as dificuldades de
aprendizagem dos estudantes;
III- atividades pedagógicas coerentes com a ementa curricular dos anos em que não
houve apreensão do conhecimento por parte do estudante;
IV- métodos, técnicas e instrumentos adequados a um processo de avaliação da
aprendizagem significativa;
V- verificação do rendimento escolar, por meio de avaliações coerentes com os
objetivos propostos;
Parágrafo único - O projeto pedagógico da aceleração de estudos deverá ser aprovado
pelo Conselho Municipal de Educação.

Art. 17-A avaliação da aprendizagem dos estudantes que frequentam turmas de aceleração de
estudos é de responsabilidade dos(as) docentes que nelas atuam, apreciada pelo Conselho de
Classe.
Art. 18- A escola deverá guardar, em seus arquivos, as atas de ocorrência específicas em
que foram apreciados, pelo Conselho de Classe, os resultados da avaliação dos
estudantes em conformidade com as normas vigentes.
Art. 19- A obtenção de aceleração de estudos, com aproveitamento suficiente, será
registrada nas atas de resultados finais específicas da turma de aceleração de estudos e o
estudante deverá ser posicionado no ano compatível com a sua idade.
Art. 20- O registro escolar, dos documentos que atestam os resultados da avaliação da
aprendizagem para a devida regularidade da aceleração de estudos, será realizado em
conformidade com a legislação vigente.

CAPÍTULO IV

DO AVANÇO ESCOLAR

Art. 21- Avanço escolar significa a promoção do estudante para a fase de estudos superior
àquela em que se encontra matriculado, desde que apresente características especiais e
que comprove maturidade e pleno domínio dos conhecimentos relativos ao(s) ano(s)
escolar (es) em que pretenda avançar.
Art. 22- O avanço escolar poderá ser requerido quando o estudante:
I- estiver matriculado e frequente na escola;

61
II- apresentar parecer técnico favorável de profissionais especializados.
§ 1º A formalização da solicitação do avanço escolar só poderá ocorrer após 60 (sessenta)
dias, contados a partir do início do ano letivo.

§ 2º O avanço escolar só poderá ser requerido se atendidos os critérios previstos neste


artigo.
Art. 23- Para a realização do avanço escolar na educação básica, a escola deverá:
I- comunicar à Diretoria de Gestão Curricular – DGC, a necessidade de realização do
avanço escolar;
II- constituir comissão composta de docentes, equipe pedagógica e profissionais
especializados em educação especial para elaboração e aplicação de avaliações.
§ 1º As avaliações deverão ser realizadas na forma escrita e abranger os componentes
curriculares da Base Nacional Comum e da parte diversificada;
§ 2º Os procedimentos previstos neste artigo deverão ser acompanhados pelo Pedagogo e
Gestor escolar.
Art. 24- Para fins de avanço escolar, o estudante deverá atingir o aproveitamento
correspondente à nota igual ou superior 7,0 (sete) em cada componente curricular.
Art. 25- O estudante poderá usufruir uma única vez do avanço escolar.
Art. 26- Os resultados da avaliação para efeito do avanço escolar deverão ser registrados
em ata específica para cada estudante.

CAPÍTULO V

DO REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL DE ESTUDOS

Art. 27-O regime de Progressão Parcial de Estudos, prevista no inciso III do Art. 24 da LDB e
instituído pelo Poder Público Municipal de João Pessoa, visa atender aos estudantes do 6º (sexto)
ao 8º (oitavo) ano do Ensino Fundamental, a possibilidade de cursar o ano seguinte, mesmo não
tendo sido aprovado em todos os componentes curriculares do ano anterior.
I- no regime de progressão parcial as novas oportunidades de aprendizagens deverão ser
planejadas pelo(a) professor(a); divulgadas em tempo hábil e oferecidas obrigatoriamente pela
escola, por um período de um semestre letivo, como uma forma de regularizar em menor tempo a
situação escolar do estudante;
II- o estudante submetido ao regime de progressão parcial, fica obrigado a comparecera 02
(dois) encontros por bimestre, totalizando 04(quatro) encontros no semestre,em horário oposto às
aulas para receber as orientações pedagógicas necessárias;
III- o estudante deverá fazer a Progressão Parcial na escola que estiver regularmente
matriculado;
IV- o estudante, em regime de progressão parcial, deverá obter em cada componente
curricular a nota mínima 7,0 (sete) para aprovação e ter 75%de frequência nos encontros;
V- ao estudante em regime de progressão parcial serão oferecidas, no mínimo, 03 (três)
oportunidades de avaliação da aprendizagem, durante o semestre letivo.
Art.28- O estudante beneficiado com o regime de Progressão Parcial de Estudos poderá acumular
no mesmo período letivo, até 03 (três) dependências em componentes curriculares do ano
anterior.
Art. 29- O estudante submetido ao Regime de Progressão Parcial que, ao final do ano letivo lograr
aprovação nos componentes curriculares a que foi submetido, será liberado do Regime de
Progressão Parcial.
Art.30- Se, ao final do semestre letivo, o estudante NÃO lograr aprovação nos componentes
curriculares em que foi submetido a estudos de Progressão Parcial, deverá repeti-los no semestre
seguinte.

62
Art. 31-O estudante submetido ao regime de Progressão Parcial que, entretanto, lograr aprovação
no mesmo Componente Curricular no ano subsequente, extinguir-se-á a necessidade de mantê-lo
em Regime de Progressão Parcial.
Art. 32- O estudante beneficiado com regime de Progressão Parcial que não obtiver aprovação no
componente curricular a que se submeteu a Progressão Parcial nos dois semestres e não lograr
aprovação no mesmo componente curricular, no ano em que está matriculado, ficará retido
podendo repeti-lo no ano seguinte.
Art. 33- A avaliação da aprendizagem requerida nos estudos previstos nesta Resolução ficará a
cargo dos professores designados para as turmas de progressão;
Art. 34- Deverá constar na documentação pertinente do estudante o seguinte:
No início do ano letivo
ESTUDANTE MATRÍCULADO NO ____ ANO, PELO REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL
(AMPARADO NO INCISO III DO ARTIGO 24 DA LEI9394/96, E RESOLUÇÃO Nº 21/2018, DO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO), COM PENDÊNCIA DE APROVAÇÃO
NOCOMPONENTE(S) CURRICULAR (ES) REFERENTE (S) 1-______________,
2______________, 3 ______________DO _____ ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL.
No final do (s) semestre (s) / ano letivo
1- ESTUDANTE LIBERADO DO REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL POR APROVAÇÃO
NO(S) ESTUDO(S) DO(S) COMPONENTE(S) CURRICULAR (ES) 1______, 2_______,
3________ DO ______ ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, CONFORME ART.29 DA
RESOLUÇÃO Nº 21/2018 DO C.M.E
2- ESTUDANTE RETIDO NO REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL POR NÃO TER
LOGRADO APROVAÇÃO NO(S) ESTUDO(S) DO(S) COMPONENTE(S) CURRICULAR (ES)
1________, 2_________,3_______ DO ____ ANODO ENSINO FUNDAMENTAL, CONFORME
ART. 30 DA RESOLUÇÃO Nº 21/2018 DO C.M.E.
3- ESTUDANTE LIBERADO DO REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL POR APROVAÇÃO
NO ANO SUBSEQUENTE, EXTINGUE-SE A NECESSIDADE DE MANTÊ-LO EM REGIME DE
PROGRESSÃO PARCIAL, DE ACORDO COM ART.31DA RESOLUÇÃO Nº 21/2018 DO C.M.E.

CAPÍTULO VI

DO CONSELHO DE CLASSE

Art. 35-Com a finalidade de orientar o trabalho pedagógico da escola, é realizado,


bimestralmente o Conselho de Classe, com vistas a redimensionar o trabalho docente ao
alcance da aprendizagem dos estudantes.
Art. 36- O Conselho de Classe é uma instância colegiada de natureza consultiva e
deliberativa integrante da estrutura das escolas, com função específica de sugerir medidas
adequadas à aprendizagem e à avaliação do rendimento escolar, com as seguintes
prerrogativas
I- análise do processo de aprendizagem desenvolvido e com a proposição de ações
para a sua melhoria;
II- avaliação da prática docente, no que se refere à metodologia, aos conteúdos
programáticos e à totalidade das atividades pedagógicas realizadas;
III- avaliação dos envolvidos no trabalho educativo e a proposição de ações para a
superação das dificuldades;
IV- apreciação, em caráter deliberativo, dos resultados das avaliações dos estudantes
apresentados individualmente pelos docentes;
V- decisão pela promoção ou retenção dos estudantes.
Art.37-Deverá compor o Conselho de Classe:
I- docentes da turma;
II- direção da escola;

63
III- equipe pedagógica;
IV- representantes de turma.
Art. 38- O Conselho de Classe será realizado, ordinariamente, por turma, bimestralmente,
nos períodos que antecedem ao registro definitivo do rendimento dos estudantes.
Art.39-A coordenação dos trabalhos do Conselho de Classe será assumida pela equipe
pedagógica da escola.
Art. 40- O Conselho de Classe tem por competência:
I- analisar os dados resultantes da avaliação da aprendizagem dos estudantes;
II- acompanhar o processo de aprendizagem dos estudantes e analisar seus
resultados, a fim de aperfeiçoá-lo;
III- proceder a uma análise criteriosa do rendimento escolar do estudante, por todos os
participantes do conselho;
Art. 41- O Conselho de Classe reunir-se-á, ordinariamente, ao final de cada bimestre e,
extraordinariamente, quando convocado.
Parágrafo único- Para as ações do Conselho de Classe terem efeito legal será necessária
a presença do(a) gestor(a) da equipe pedagógica, do representante dos estudantes e,
maioria absoluta (75%) do corpo docente.
Art. 42- A reunião do Conselho de Classe que precede o exame final deverá contar com
80% do corpo docente.
Art. 43- Em se tratando de estudante que após a realização dos exames finais persistirem
em situações limítrofes, deve ser tomada decisão conjunta e coerente do conselho para a
possibilidade de alteração dos resultados do rendimento escolar.
Parágrafo único- Para o cumprimento do caput deste artigo deve ser respeitado o índice
de 80% de aprovação nos demais componentes curriculares e/ou disciplinas pelo
estudante e anuência da direção e equipe pedagógica.
Art. 44- Fica impedido ao Conselho de Classe deliberar sobre a aprovação com o limite de
faltas acima do percentual previsto em lei.
Art. 45- O docente responsável pelo componente curricular e/ ou disciplina da retenção,
após exame final, poderá deixar de participar do Conselho de Classe, tendo em vista que
já foi expresso o resultado do rendimento escolar por esse profissional.
Parágrafo único- O colegiado do Conselho de Classe é soberano na decisão de situações
limítrofes e o docente envolvido nessa situação deverá acatar a decisão desse colegiado.
Art. 46- As atividades do Conselho de Classe devem ser registradas em ata de ocorrência
e assinada por todos os participantes.
Art. 47-Quando da expedição de qualquer documento escolar deve ser transcrito o que
consta na ata de resultados finais, sem a necessidade de observação sobre o processo de
aprovação pelo Conselho de Classe.
Art. 48-Os pais ou responsáveis por estudante matriculado na rede municipal de ensino
poderão recorrer às instâncias de recurso às decisões do conselho de classe final
§1º - São instâncias de recursos de revisão da decisão do conselho de classe final: a
Unidade escolar, a Secretaria Municipal de Educação (SEDEC) e o Conselho Municipal de
Educação (CME), nesta ordem.
§2º - Em qualquer uma das instâncias previstas no parágrafo anterior, deverão fazer parte
do processo as fotocópias dos documentos abaixo relacionados, além de outros que a
respectiva comissão considerar necessário:
I- diário de classe;
II- instrumentos avaliativos;
III- avaliação descritiva do professor sobre o processo ensino e aprendizagem do
estudante durante o ano letivo em questão;
IV- atas dos conselhos de classe realizados;

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V- plano de ensino do professor da disciplina em questão.
Art. 49-Os pedidos de revisão da decisão do conselho de classe final deverão ser
realizados em primeira instância, através de requerimento junto à direção da unidade
escolar, num prazo de 02 dias úteis após a publicação dos resultados, em espaço visível
da unidade escolar, sendo admitido quando necessário a ampliação deste prazo para o
primeiro dia útil do calendário escolar do ano subsequente.
Parágrafo único- Para realização da respectiva revisão, deverá ser constituída uma
Comissão no âmbito da unidade escolar.
Art. 50-A Comissão deverá apresentar os resultados da avaliação no prazo de até 02 dias
úteis após o pedido de revisão, sendo admitido quando necessário a ampliação deste
prazo para o primeiro dia útil do calendário escolar do ano subsequente publicando-o em
espaço visível da unidade escolar.
Art. 51-Havendo discordância quanto ao resultado da revisão ou da decisão do conselho
de classe final, tanto os pais ou responsáveis, como o professor da disciplina em questão,
poderão recorrer em segunda instância junto à Secretaria Municipal de Educação.
Parágrafo único – A Secretaria Municipal de Educação (SEDEC) deverá organizar uma
comissão com a participação do (a) Diretor(a) da diretoria de Gestão Curricular (DGC) e
do(a) Coordenador(a) de Ensino Fundamental.
Art. 52- O Conselho Municipal de Educação é a instância de recurso em relação à decisão
da comissão prevista no artigo anterior, caso haja discordância com os resultados, por
parte do pai ou responsável ou pelo professor da disciplina em questão, através de
requerimento junto ao respectivo órgão.
Parágrafo único - Para efeitos de abertura de processo junto ao Conselho Municipal de
Educação, são necessários além dos documentos previstos no parágrafo 2º Artigo 48, os
relatórios das respectivas instâncias anteriores.

CAPÍTULO VII

DAS ATIVIDADES AVALIATIVAS

Art. 53- O docente deverá adotar diversas atividades avaliativas e estratégias de ensino,
com objetivos claramente definidos em cada atividade proposta.
Art. 54- O docente deve planejar, elaborar, orientar, acompanhar e redimensionar as
atividades avaliativas, quando necessário, garantindo que os objetivos educativos sejam
alcançados.
Art. 55- Cabe à direção e equipe técnica pedagógica acompanhar a aplicação de diversas
atividades avaliativas, com vistas à aprendizagem dos estudantes.

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 56- Na Educação de Jovens e Adultos, a avaliação será atribuída pelo docente,
apreciada pela equipe técnica pedagógica da escola e monitorada pela coordenação da
EJA da SEDEC, se for o caso.
Art. 57- O Projeto Pedagógico da escola, deverá prever adequações curriculares e adoção
de estratégias, recursos e procedimentos diferenciados, quando necessário, para a
avaliação da aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação, em atendimento à legislação vigente.

65
Art. 58- As escolas da Rede Municipal de Ensino deverão adequar o seu Projeto
Pedagógico aos dispositivos constantes desta Resolução.
Art. 59-Cabe a Secretaria de Educação acompanhar, na íntegra, o cumprimento do
disposto nesta Resolução; caso isso não ocorra, poderá responder pelas sanções cabíveis,
em conformidade com as normas vigentes.
Art. 61-Os casos omissos nesta Resolução serão resolvidos pelo Conselho Municipal de
Educação.
Art. 62- Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogada as
Resoluções Nº 025/1998, Nº 029/2010 e a de N°020/2011
Sala de Reunião do Conselho Municipal de Educação, em 17 de dezembro de 2018.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURAL
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

RESOLUÇÃO: Nº 001/2019

Regulamenta a organização da Educação de Jovens e Adultos, na Rede Municipal de


Ensino de João Pessoa e dá outras providências.

O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE JOÃO PESSOA, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pelo artigo 10 da Lei Federal n.º. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, nas orientações decorrentes
do Parecer CNE/CEB nº 11, de 07 de junho de 2000, na Resolução CNE/CEB Nº 01, de 05 de julho de 2000,
que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, no Parecer CNE/CEB
nº 6, de 07 de abril de 2010 e na Resolução CNE/CEB Nº 03, de 15 de junho de 2010, que estabelecem as
Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos.

RESOLVE

Art. 1º Fica a Secretaria de Educação do Município de João Pessoa - SEDEC autorizada a


organizar a Educação de Jovens e Adultos oferecida pela Rede Municipal, na forma da presente
Resolução.
Art. 2° A Rede Municipal de Ensino assegurará aos jovens e adultos, mediante oferta de curso
presencial, o Ensino Fundamental na modalidade EJA, com especificidades educacionais
apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de
trabalho, com base nos parágrafos 1º e 2º do Artigo 37 da LDB.
Art. 3° A Educação de Jovens e Adultos – EJA, de qualidade social, adotará como centralidade o
estudante e a aprendizagem, o que se pressupõe atendimento aos seguintes requisitos:
I - foco no Projeto Pedagógico, no interesse pela aprendizagem e na avaliação das aprendizagens
como instrumento de contínua progressão dos estudantes;
II - formação continuada em serviço dos profissionais da educação;
III - compatibilidade entre a proposta curricular e a infraestrutura, entendida como espaços
formativos dotados de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e acessibilidade;
IV - articulação dos profissionais da educação, dos estudantes, das famílias, dos agentes da
comunidade interessados na educação de jovens e adultos;

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V - realização de parceria com órgãos, tais como os de assistência social e desenvolvimento
humano, cidadania, ciência e tecnologia, esporte, turismo, cultura e arte, saúde e meio ambiente;
VI- Desenvolvimento de competências e habilidades para a inserção e a qualificação no mercado
de trabalho.
Art. 4° Constituem-se objetivos da Educação de Jovens e Adultos:
I – promover a preparação para o mundo do trabalho, estimulando o desenvolvimento do
pensamento crítico, a autonomia intelectual e o exercício da cidadania;
II – garantir o domínio dos instrumentos básicos da cultura letrada e do raciocínio lógico-
matemático, como também a aquisição das competências e habilidades próprias do Ensino
Fundamental;
III - estimular a participação ativa dos estudantes no desenvolvimento de suas competências;
IV – propiciar a contextualização e a interdisciplinaridade, remetendo a situações cotidianas do
mundo do trabalho;
V – considerar a necessidade de articular os saberes, os fazeres e as atitudes de diferentes
formas ao longo do processo formativo.
Art. 5º- A faixa etária para ingresso na Educação de Jovens e Adultos é de 15 anos completos
para qualquer um dos ciclos, de acordo com a LDB - Lei de Diretrizes e Base da Educação
Nacional, Nº 9.394/96
Art. 6º- O candidato à matrícula que não possuir o documento que comprove estudos anteriores,
deverá ser avaliado pela instituição de ensino que, após comprovar os conhecimentos adquiridos,
poderá efetuar sua matrícula na etapa adequada, conforme a alínea c, inciso II, do Art.24 da
LDB- Lei 9394/96.
Parágrafo único - Para atendimento ao que dispõe o caput deste artigo será constituída
uma comissão de: Gestor Escolar, Supervisor Escolar e dois professores da escola, com o
objetivo de promover uma avaliação do candidato, fundamentada nos conteúdos
curriculares correspondentes ao ciclo pretendido.
Art. 7º- As escolas da Rede Municipal poderão reclassificar alunos, inclusive em situações
de transferências entre estabelecimentos situados no território nacional e no exterior, tendo
como base as normas curriculares gerais, conforme determina os artigos 23 e 24 da Lei n°.
9.394/96.
Parágrafo único - 0 processo de reclassificação deverá ser encaminhado ao Conselho da
Escola para registro em ata, com a finalidade de nomear uma Comissão com no mínimo 01 (um)
membro da Coordenação Pedagógica quando houver 01 (um) professor, no caso do Ciclo I e II,
01 (um) professor de cada área de conhecimento e 01 (um) membro do Conselho da Escola nos
casos dos Ciclos III e IV.
Art.8°- A duração dos cursos da EJA na modalidade presencial terá a mesma carga horária
mínima de estudos, conforme legislação vigente, ou seja:
a) para o primeiro segmento, correspondente aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a
duração mínima será de 800 horas anuais por ciclo, distribuídas em, no mínimo, duzentos dias
letivos de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais e de
recuperação.
b) para o segundo segmento, correspondente aos Anos Finais do Ensino Fundamental, a
duração mínima será de 1.600 horas anuais por ciclo, distribuídas em, no mínimo, duzentos dias
letivos de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais e de
recuperação.

Art.9º- A jornada escolar diária na Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental


será de quatro horas de efetivo trabalho escolar, nos horários diurnos e/ou noturnos.
Art.10 - Na Educação de Jovens e Adultos, as turmas serão constituídas conforme as
seguintes orientações:
I – mínimo de 15 estudantes por turma;
II- o primeiro segmento não poderá ultrapassar 30 estudantes frequentes;
III- o segundo segmento não poderá ultrapassar 35 estudantes frequentes;
Parágrafo único - em caso excepcional a SEDEC, poderá autorizar a criação de turmas com

67
número inferior a 15 estudantes, desde que sejam para assegurar aos estudantes a continuidade
dos seus estudos na instituição de ensino na qual estavam matriculados no ano anterior.
Art.11-Na Educação de Jovens e Adultos, a avaliação deve assumir uma forma processual,
formativa, cumulativa e diagnóstica, possibilitando o redimensionamento da ação pedagógica,
sendo necessária a elaboração de instrumentos e procedimentos de acompanhamento contínuo,
de registro e de reflexão permanente sobre os processos de ensino e de aprendizagem.
Parágrafo único - O professor poderá utilizar vários instrumentos e procedimentos de avaliação ao
longo do processo: seminário, pesquisa, trabalho em grupo, estudo dirigido, exercícios individuais,
prova, teste, portfólio e outros mecanismos de acompanhamento, como auto-avaliação do
professor e do estudante e avaliação institucional.
Art.12-Na avaliação dos ciclos I a IV, serão atribuídas notas de 1,0 (um) a 10,0 (dez) para cada
exercício de verificação da aprendizagem, sendo considerado apto a matricular-se no ciclo
seguinte ou concluir o curso, o educando que obtiver média mínima 7,0(sete) por componente
curricular.
Parágrafo único - Na avaliação do ciclo de Alfabetização, serão atribuídos conceitos: (CEC)
Competência em Construção, (AD) Apresenta Dificuldades (CC) Competência Construída.
Art.13-O aluno que não lograr a média 7,0 (sete) no processo avaliativo deverá submeter-se à
avaliação final, devendo obter, no mínimo, média 5,0 (cinco) para aprovação.
Art. 14- A recuperação dos estudos deverá ser de forma contínua, operacionalizada no decorrer de
cada bimestre, devendo o estudante que não apresentou bons resultados na aprendizagem, ser
submetido à nova avaliação, contemplando os conteúdos não dominados anteriormente.
Art. 15- A certificação de conclusão do Ensino Fundamental da EJA, ocorrerá no final do Ciclo IV
Parágrafo único - Para efeito de certificação de conclusão do Ensino Fundamental da EJA, será
contabilizada a carga horária e os dias letivos referentes as atividades de enriquecimento
curricular.
Art.16- Somente poderão oferecer a modalidade de Educação de Jovens e Adultos, as escolas
que oferecem cursos regulares devidamente autorizados pelo Conselho Municipal de Educação
(CME).
Art.17-. Para que possam solicitar a abertura de cursos de Educação de Jovens e Adultos, as
escolas deverão ter em seu Regimento Escolar a previsão de oferta dessa modalidade de ensino.
Art.18- A solicitação de autorização para oferta da Educação de Jovens e Adultos, deverá ser
encaminhada à Presidência do CME, acompanhada da seguinte documentação:
I - requerimento assinado pelo diretor da escola, conforme modelo fornecido pelo CME;
II - cópia da resolução que concedeu a autorização do ensino regular oferecido pela escola;
III - demonstração da existência de instalações físicas adequadas ao curso;
IV - listagem dos equipamentos e do material didático adequados à natureza e aos objetivos do
curso;
V - regimento escolar;
VI - relação nominal do corpo docente, acompanhada da comprovação de habilitação de cada
professor para o exercício do magistério;
VII – a Proposta Pedagógica da escola e o Plano de Trabalho Escolar deverão contemplar a
modalidade EJA;
Art.19-O pedido de autorização para funcionamento da EJA, das escolas que não ofertam essa
modalidade, deverá dar entrada no CME, pelo menos, 90 (noventa) dias antes da data prevista
para o início das atividades escolares.
Art. 20- A autorização para funcionamento do Ensino Fundamental da EJA será de no mínimo 02
(dois) anos e máximo de 04 (quatro) anos.
Art. 21- Será declarado irregular o curso que tiver suas atividades iniciadas, sem a prévia
autorização do CME.
Art.22- A Educação de Jovens e Adultos terá duração e regime escolar ajustados às suas
finalidades e ao tipo de estudantes a que se destina.
Art. 23- É obrigatória a freqüência de no mínimo de 75%, do total de dias e horas letivas, às
atividades escolares, para que o estudante possa avançar em sua escolaridade, devendo a
freqüência ser apurada tendo como base o ano letivo.
§10 O controle da freqüência possui caráter obrigatório e está a cargo da escola, conforme

68
disposto no seu regimento e nas normas do Sistema Municipal de Ensino.
§2° A escola deverá adotar medidas capazes de estimular a freqüência do estudante às atividades
escolares, tornando-se um espaço de conhecimento, de interação, de socialização, de vivência de
valores, da diversidade, da pluralidade e de promoção de inclusão, aferindo periodicamente a
eficácia destas medidas.
Art. 24- O aluno que ultrapassar o limite de 25% de faltas no período correspondente ao ano letivo,
deverá permanecer no período por ele não cursado.
Art. 25- Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 26- Revoga-se a Resolução 019/2014, bem como outras normas que contrariem o que está
disposto nesta Resolução.
Sala das Sessões do Conselho Municipal de Educação.

João Pessoa, 09 de abril de 2019.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA


SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO - SME
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – CME

RESOLUÇÃO nº 019/2019

Estabelece normas relativas para a Educação Especial na perspectiva da Educação


Inclusiva e para o Atendimento Educacional Especializado dos estudantes com
deficiências, transtornos globais de desenvolvimento (TGD) e altas habilidades nas
etapas e modalidades da Educação Básica, pertencentes ao Sistema Municipal de
Ensino de João Pessoa, e dá outras providências.

O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÂO de João Pessoa, no uso de suas atribuições legais,


considerando o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, na Lei
8.069/90 ECA, na Resolução CNE/CEB nº 04 de 01 de outubro de 2009, que institui as Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, na modalidade
Educação Especial e as normas estabelecidas na presente Resolução.

RESOLVE:

69
CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Art. 1º A Educação Especial, como modalidade transversal a todos os níveis, etapas e


modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular, destinada aos estudantes com
NEE – Necessidades Educacionais Específicas, de modo a garantir-lhes o desenvolvimento de
suas potencialidades, o acesso ao conhecimento e o pleno exercício da cidadania, devendo ser
prevista no Projeto Pedagógico da unidade escolar.
Parágrafo único. Os estudantes surdos e com deficiência auditiva deverão ser incluídos no
sistema educacional, assegurando-lhes o direito à educação bilíngue, com Libras como primeira
língua e o Português, em sua modalidade escrita, como segunda língua, preferencialmente nas
escolas de Tempo Integral da rede regular de ensino, garantido o Atendimento Educacional
Especializado.
Art. 2º A Educação Especial, dever constitucional do Estado e da Família, é a modalidade que
assegura o Atendimento Educacional Especializado, em caráter complementar ou suplementar,
como parte integrante do processo educacional em todos os níveis, etapas e modalidades de
ensino para estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos
funcionais específicos e altas habilidades ou superdotação.
§ 1º A Educação Especial deverá assegurar o aprendizado ao longo de toda a vida do estudante,
de forma a alcançar o desenvolvimento de seus talentos, potencialidades e habilidades físicas,
sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades
educacionais.
§ 2° Caberá ao poder público assegurar que as instituições do Sistema Municipal de Ensino
realizem o atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento,
transtornos funcionais específicos e altas habilidades ou superdotação.
Art. 3º O Sistema Municipal de Ensino deverá assegurar aos estudantes da educação especial os
mesmos direitos e deveres conferidos aos demais estudantes matriculados na respectiva rede de
ensino.
Art. 4º A Educação Especial tem por objetivo possibilitar a aprendizagem ao longo de toda
a vida do estudante, a partir de princípios éticos, políticos e estéticos que assegurem:
I - a dignidade da pessoa humana e a observância do direito de cada um para realizar seus
projetos educacionais, de trabalho e de inserção na vida social;
II - a busca da identidade própria de cada estudante, o reconhecimento e a valorização das
suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais
específicas de ensino e aprendizagem, como base para a constituição ampliação de seus
valores;
III - o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação
social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e
usufruto de seus direitos.
Art. 5º A Educação Especial tem como objetivo assegurar a inclusão de todos os
estudantes com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento (TGD) e altas
habilidades/superdotação, favorecendo as potencialidades, o desenvolvimento de
competências, atitudes, habilidades, acesso ao conhecimento e o exercício da cidadania.
Art. 6º As redes pública e privada de Educação Infantil que integram o Sistema Municipal
de Ensino deverão realizar matrícula antecipada dos estudantes da Educação Especial.
Parágrafo único. O fato da matricula dos estudantes da Educação Especial ser realizada em
período anterior aos demais não impedirá que, a qualquer tempo do período letivo, o estudante
venha a ser matriculado.
Art. 7º A definição da turma na qual o estudante da Educação Especial será incluído priorizará
como critério a idade cronológica.
§ 1º: Poderão ser matriculados, em turmas regulares, no máximo, dois (02) estudantes com

70
deficiência intelectual (Down e autismo) por sala de aula;
§2º: Quando houver inclusão de estudantes que apresentam laudo de: deficiência intelectual
severa, Transtornos do Espectro Autista de médio ou baixo funcionamento, Deficiência Visual –
cegueira - Deficiência Física (com necessidades no auxílio na alimentação, locomoção, higiene
e\ou atividades pedagógicas), Deficiência Múltipla ou surdez, deverá ser oferecida pela
Mantenedora o serviço do cuidador.
Art. 8º O Sistema Municipal de Ensino, no âmbito da Educação Pública ou Privada, deverá garantir
aos estudantes da Educação Especial a igualdade de condições de acesso e permanência no
processo educacional.
Art. 9º O financiamento do conjunto de serviços e profissionais que atendem aos
estudantes da Educação Especial deve integrar os custos gerais com o desenvolvimento
do ensino, sendo disponibilizados em qualquer nível, etapa ou modalidade de ensino, no
âmbito da Educação Pública ou Privada do Sistema Municipal de Ensino.
Parágrafo único. Os custos gerais com o desenvolvimento do ensino não deverão ser
transferidos às famílias dos estudantes da Educação Especial por meio da cobrança de
taxas ou qualquer outra forma de repasse desta atribuição.
CAPÍTULO II

DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Art. 10 Entende-se por Atendimento Educacional Especializado, o conjunto de atividades, recursos


de acessibilidade e pedagógicos, organizados institucionalmente, prestado de forma complementar
ou suplementar à formação dos alunos da rede regular de ensino.
Art. 11 O Atendimento Educacional Especializado, direito público subjetivo, deve ser assegurado
pelas mantenedoras das redes pública e privada de ensino, tendo início na Educação Infantil e
perpassando todos os níveis, etapas e modalidades de ensino oferecidos pelo Sistema Municipal
de Ensino.
Art. 12 O Atendimento Educacional Especializado, serviço não substitutivo à escolarização, tem
como função complementar ou suplementar a formação dos estudantes com deficiências,
transtornos do espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação por meio da
disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras
para sua plena participação na escola e na sociedade, assegurando o desenvolvimento de sua
aprendizagem.
Art. 13 Para o Atendimento Educacional Especializado a mantenedora deverá providenciar, de
acordo com a demanda:
I – acessibilidade nas edificações, com a eliminação de barreiras arquitetônicas nas instalações, no
mobiliário e nos equipamentos, nos sistemas de comunicação e informação, nos transportes e nos
demais serviços, conforme normas técnicas vigentes;
II – professores e equipe técnico-pedagógica habilitada e especializada;
III – intérprete de Libras, Ledor e Transcritor, conforme as necessidades especiais de seus
estudantes;
IV – profissionais de apoio escolar para as atividades de alimentação, higiene e locomoção do
estudante;
V – adequação de número de educandos por turma, com critérios definidos por esta resolução e
expresso em seu Projeto Pedagógico;
VI – flexibilização e adaptação curricular, em consonância com o Projeto Pedagógico da instituição
de ensino;
VII – oferta de educação bilíngue, aos estudantes surdos em Língua Brasileira de Sinais, como
primeira língua, e na modalidade escrita de Língua Portuguesa, como segunda língua;
VIII – acessibilidade em Braille, Sorobã e demais tecnologias assistivas aos educandos cegos,
quando houver necessidade;
IX– AEE hospitalar e domiciliar;
X - professores itinerantes.

71
§1º. Nas escolas regulares da rede Municipal, também terão direito à acessibilidade,
adequações/adaptações do currículo e acompanhamento do professor de AEE, os estudantes com:
Transtornos Psíquicos (Psicoses, TOD – Transtorno Opositor Desafiador) e TDAH – Transtorno de
Déficit de Atenção ou Hiperatividade, entre outros transtornos ou síndromes que demandarem
necessidade;
§2º. Consideram-se recursos de acessibilidade na educação aqueles que asseguram condições de
acesso ao currículo aos estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a
utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos,
dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais serviços;
Art.14 Nas salas de recursos multifuncionais, a composição do Atendimento Educacional
Especializado não poderá exceder aos seguintes limites por grupo:
a) 04 (quatro) estudantes, em se tratando de deficiência visual, auditiva, intelectual e altas
habilidades;
b) 02 (dois) estudantes, em se tratando de deficiência múltipla e TGD;
c) atendimento individualizado quando necessário.
Parágrafo único. De acordo com a avaliação da equipe de multiprofissionais que acompanham o
estudante com TGD, este poderá ser atendido nos espaços que sejam mais adequados as suas
necessidades educacionais específicas e possibilidades de aprendizagem.
Art. 15 Considera-se público alvo do AEE:
I - estudantes com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física,
intelectual, mental ou sensorial;
II - estudantes com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro
de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na
comunicação ou estereotipias motoras; incluindo-senessa definição alunos com autismo clássico,
síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e
transtornos invasivos sem outra especificação;
III - estudantes com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial
elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas:
intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
Art. 16 O Sistema Municipal de Ensino deverá oferecer nas unidades escolares o
Atendimento Educacional Especializado, serviço realizado prioritariamente na sala de
recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno
inverso da escolarização.
§1º. Para as escolas públicas municipais, o atendimento pode ser realizado ainda em
Centros de Atendimento Educacional Especializado públicos ou privados, sem fins
lucrativos, em área próxima à escola de origem, que mantenham convênio com a
Secretaria de Municipal de Educação.
§2º. Para as instituições privadas pertencentes ao Sistema Municipal de Ensino o
Atendimento Educacional Especializado pode ser realizado em Centros de Atendimento
Educacional Especializado públicos ou privados que com elas mantenham convênio.
§3º. O Atendimento Educacional Especializado pode ocorrer fora do espaço escolar, ou
seja, de forma itinerante em ambiente hospitalar ou domiciliar, no caso da impossibilidade
de deslocamento do estudante para a escola, dando continuidade ao processo de
aprendizagem e desenvolvimento de estudantes regularmente matriculados.
Art. 17 O estudante da Educação Especial que não possuir laudo médico deverá ser
encaminhado ao Atendimento Educacional Especializado na sala de recursos
multifuncionais, mediante avaliações e relatórios do professor de sala regular e do
professor especializado para esse serviço que justifique os motivos deste
encaminhamento.
Art. 18 Os estudantes da Educação Especial matriculados no ensino regular das escolas
públicas que tenham necessidade de atendimento por profissionais especializados da área

72
clínica, a exemplo de fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, psiquiatras e
neurologistas, deverão ser atendidos, preferencialmente, em equipamentos públicos de
apoio multidisciplinar à escola, devendo a escola notificar a SEDEC, para assegurar
parcerias com o sistema de saúde e de assistência social visando garantir este serviço.
Art. 19 O Centro de Atendimento Educacional Especializado destina-se ao apoio especializado
complementar ou suplementar, não substitutivo à escolarização aos estudantes da Educação
Especial, assegurando o direito a um conjunto de atividades clínicas e educacionais, estratégias e
recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras para a sua plena participação na sociedade.
Parágrafo único. Os Centros de Atendimento Educacional Especializado podem ser mantidos pelo
poder público ou por instituições comunitárias confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos,
visando estabelecer parcerias para suporte e/ou trabalho conjunto com famílias e com as escolas
regulares para a efetiva inclusão social.
Art. 20 Os Centros de Atendimento Educacional Especializado devem cumprir as exigências legais
estabelecidas por este Conselho, quanto ao credenciamento, autorização de funcionamento e
organização, em consonância com as orientações preconizadas nesta Resolução.
Art. 21 A normatização referente à estrutura física e equipamentos adequados para a sala de
recursos multifuncionais deverá seguir as determinações do Ministério da Educação.
Art. 22 As instituições de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino oportunizarão
atendimento em estimulação precoce para as crianças de zero a cinco anos, público participante
da Educação Especial.
Parágrafo único. Entende-se por estimulação precoce um conjunto dinâmico de atividades, de
recursos humanos e ambientais incentivadores, destinados a proporcionar à criança pequenas
experiências significativas para que possa alcançar pleno desenvolvimento no seu processo
evolutivo.

CAPÍTULO III
DO DOCENTE PARA ATUAÇÃO NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Art. 23 Para atuação no AEE, o professor deve ter curso de Licenciatura Plena em Pedagogia e
possuir curso de Especialização em Atendimento Educacional Especializado- AEE.
Art. 24 São atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado:

I - identificar; elaborar; produzire organizar serviços, recursos pedagógicos de acessibilidade e


estratégias, considerando as necessidades específicas dos estudantes público-alvo da Educação
Especial;
II - elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, que avalie o desempenho
do estudantede forma processual e acompanhe a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos
pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular e em outros ambientes
da instituição de ensino;
III - organizar o tipo e o número de atendimentos aos estudantes na sala de recursos
multifuncionais;
IV - acompanhar a funcionalidade e estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na
elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;
V - orientar professores das classes comuns e famílias sobre os recursos pedagógicos e de
acessibilidade utilizados pelo aluno;
VI - ensinar e usar tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos,
promovendo autonomia e participação;
VII - estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização
dos serviços; dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; e das estratégias que promovam a
participação dos alunos nas atividades escolares.
Art. 25 A SEDEC deve assegurar formação continuada aos profissionais que atendem aos
estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos funcionais

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específicos e altas habilidades ou superdotação.

CAPÍTULO IV
DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Art. 26 A organização do Projeto Pedagógico e do Regimento Interno da Instituição de Ensino,


deverá tomar como referência a BNCC, considerando as especificidades dos estudantes da
Educação Especial.
§ 1º. As instituições devem garantir, no seu Projeto Pedagógico, a flexibilização curricular e o
atendimento pedagógico para suprir as necessidades e especificidades educacionais de seus
estudantes.
§ 2º Em casos de graves comprometimentos ou de múltipla deficiência, a instituição de ensino
deverá prever adaptações significativas, diversificação curricular, objetivando desenvolver as
habilidades e potencialidades de seus estudantes.
Art. 27 O Projeto Pedagógico e o Regimento Interno da Escola devem institucionalizar a oferta do
Atendimento Educacional Especializado, prevendo na sua organização:
I – avaliação das necessidades educacionais especiais de seus estudantes;
II – plano e cronograma do Atendimento Educacional Especializado, prevendo identificação das
deficiências, dos transtornos globais do desenvolvimento, transtornos funcionais específicos e das
altas habilidades ou superdotação dos estudantes, bem como a definição dos recursos necessários
e das atividades a serem desenvolvidas;
III – matrícula no Atendimento Educacional Especializado de estudantes matriculados no ensino
regular da própria escola ou de outra escola, respeitados os parâmetros delineados nas avaliações
da presente Resolução;
IV– sala de recursos multifuncionais, com especificação do espaço físico, mobiliário, materiais
didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;
V – profissionais da educação para o Atendimento Educacional Especializado, além de outros que
atuem no apoio, principalmente nas atividades de alimentação, higiene e locomoção;
VI – as interfaces estabelecidas para a criação de uma rede de apoio no âmbito da atuação
profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e
equipamentos, entre outros, que maximizem o Atendimento Educacional Especializado.

CAPÍTULO V
DA AVALIAÇÃO

Art. 28 A identificação das necessidades educacionais dos estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento, transtornos funcionais específicos e altas habilidades ou superdotação
será realizada mediante avaliação inicial e ao longo do processo educacional.
§ 1º Na avaliação podem ser considerados diagnósticos clínicos e informações prestadas pelos
pais ou responsáveis, como suporte para a identificação das necessidades educacionais dos
estudantes e seu atendimento educacional adequado.
§ 2º A avaliação do estudante da Educação Especial, ao longo do processo de ensino e
aprendizagem, compreende diversas etapas, envolvendo procedimentos sistemáticos, tendo como
base o desenvolvimento apresentado pelo estudante no início do processo,podendo implicar em
novo encaminhamento pedagógico, reclassificação ou terminalidade.
§ 3º O resultado da avaliação inicial e as realizadas ao longo do processo educacional será
consolidado em relatório que indique os procedimentos pedagógicos necessários ao atendimento
de cada estudante.
§ 4º Para os procedimentos de avaliação das necessidades educacionais de seus estudantes, a
instituição de ensino deverá contar com:
I – a experiência de seu corpo docente e técnico-pedagógico;
II- serviços especializados, realizados por equipe multiprofissional e interdisciplinar, assegurados

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pela mantenedora;
§ 5º. Ficam vedadas quaisquer formas de cobrança de valores adicionais para a realização da
avaliação prevista no caput deste Artigo.
Art. 29 Os procedimentos para classificação, reclassificação e aproveitamento de estudos,
previstos nas normas que regem o Sistema Municipal de Ensino, aplicam-se, também, aos
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos funcionais
específicos e altas habilidades ou superdotação.
Art. 30 É facultada às instituições de ensino a certificação de conclusão de escolaridade com
terminalidade específica aos estudantes com deficiência.
§ 1º A certificação a que se refere o caput deverá ser fundamentada em avaliação pedagógica,
realizada pelo professor e por equipe técnico-pedagógica que indique as competências
desenvolvidas pelo estudante, de forma descritiva, em seu Histórico Escolar.
§ 2º A terminalidade específica deverá possibilitar novas alternativas educacionais ou
encaminhamento para cursos de Educação de Jovens e Adultos, visando à inserção do estudante
na sociedade e no mundo do trabalho.
§ 3º A Secretaria de Educação, através da Coordenação de Educação Especial deve orientar,
acompanhar e aprovar os procedimentos dos casos de certificação da terminalidade específica.
Art. 31 O estudante que apresentar características de altas habilidades ou superdotação terá suas
atividades de enriquecimento curricular no ensino regular ou sala de recursos multifuncionais, e a
possibilidade de aceleração de estudos para concluir em menor tempo o programa escolar,
utilizando-se dos procedimentos da reclassificação compatível com o seu desempenho escolar e
maturidade socioemocional.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 32 Deverão ser assegurados ao professor habilitado que realiza Atendimento Educacional
Especializado os mesmos direitos e deveres previstos para os demais professores.
Art. 33 As especificidades da qualificação de profissionais da Educação Especial e do AEE
deverão estar descritas no Projeto Pedagógico e no Regimento Interno da Escola.
Art. 34 A ocorrência de irregularidade de qualquer natureza nas instituições de ensino será objeto
de diligência, verificação especial, sindicância e, se for o caso, de processo administrativo que vise
à sua apuração.
Art. 35 A Educação em tempo integral deve assegurar o Atendimento Educacional Especializado,
conforme a organização dos cursos ofertados pela instituição de ensino.
Art. 36 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Sala de Reunião do Conselho Municipal de Educação,

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