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BACABAL-MA
2019
JORGE DOS SANTOS SILVA
BACABAL
2019
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Licenciado em Pedagogia pela FACAM, de Buriticupu-MA; Graduando em Letras – Habilitação em Língua
Portuguesa e Língua Espanhola e suas respectivas literaturas pela UEMA, de Bacabal-MA. E-mail:
<Jorgesantos96silva@gmail.com>.
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filosófica em seu sentido etimológico, corresponde dizer que filosofia é o “amor pelo
saber”, ou ainda, “a amizade profunda à sabedoria”. A filosofia compreende-se como
uma ciência que tende como objetivo levar ao saber.
Prado (1981) explica que filosofia seria uma especulação infinita e
desregrada que gire em torno de qualquer questão ou assunto, sob o ponto de vista
de cada autor, de suas subjetividades e de suas experiências e estudos. Ainda relata
que a filosofia não se responsabiliza em unicamente responder a questionamentos,
mas sim, sugerir e fazer perguntas e problematizar o assunto com o intuito de
estimular a reflexão e o pensamento crítico, além da curiosidade.
Concepção de Ideologia: Para Chauí (2016) a ideologia pode ser definida
como “um corpus de representações e de normas que fixam e prescrevem de antemão
o que se deve e como se deve pensar, agir e sentir.” Isso condiciona-se pelo fato de
sua anterioridade, pois a ideologia irá definir a forma de agir, pensar e sentir relativo
aos fatos existentes e aos novos temporais.
Logo esse corpus que se constitui por ideologia tende a objetividade de
produzir uma espécie de universalidade imaginária, pois tende a favorecer e
predominar o ponto de vista, isto é a subjetividade de um determinado grupo de
pessoas, ou ainda da classe que domina as relações sociais (CHAUÍ, 2016). Assim, a
reprodução da dessa universalização tende não ó tornar privado o generalizado, mas
também, cobrir e tornar oculto esse particular, ou seja, a divisão da sociedade em
classes.
Por fim, dentre outros raciocínios e características levantadas Cahuí sobre
ideologia, cabe aqui ressaltar que a eficácia da ideologia depende, principalmente, da
sua capacidade de inventar e persuadir o social por meio de um imaginário coletivo
em cujo interior os indivíduos possam localizar-se, identificar-se e, pelo
autorreconhecimento assim obtido, legitimar involuntariamente a divisão social.
É possível se estabelecer relações entre esses termos? Segundo a autora
Chauí (2016), descrever as relações existentes entre esses termos conceitua-se como
uma tarefa longa, cansativa e quase impossível. Tentar descrever a relação entre eles
é como tentar escrever uma tese sobre “Deus e sua época”, diz a autora. Logo vemos
que esta não é uma tarefa fácil, tampouco simplista, por isso, a necessidade de
conceituar os três itens logo no início, par apenas agora tentar associar esses três
pontos que aqui nos convém. Para ela, não tem como se falar de ideologia, sem falar
de educação, logo os mesmos são temas geradores inesgotáveis, possibilitando
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O que estou tentando dizer é que a escola não é uma ilha social na qual
poderia ser “trazida” a consciência, mas ela também não é “reflexo” das
condições sociais. A escola é expressão concreta dessas condições. Ou seja,
a escola é uma das instituições sociais que repete e reproduz as demais
condições sociais porque ela é expressão dessas condições (2016, p. 276).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CHAUÍ, Marilena de Souza. Ideologia e educação. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 42, n. 1, p.
245-257, jan./mar. 2016.
PRADO Jr., Caio. O que é filosofia. São Paulo: Brasiliense, 1981 (Primeiros Passos, 37).