O documento descreve o regime de segregação racial chamado Apartheid na África do Sul entre 1948 e 1990, e como o esporte, especialmente o futebol, ajudou na luta contra o regime e na construção da democracia pós-Apartheid. O documento também discute como a África do Sul foi escolhida para sediar a Copa do Mundo de 2010 para mostrar que o país agora é livre do preconceito.
O documento descreve o regime de segregação racial chamado Apartheid na África do Sul entre 1948 e 1990, e como o esporte, especialmente o futebol, ajudou na luta contra o regime e na construção da democracia pós-Apartheid. O documento também discute como a África do Sul foi escolhida para sediar a Copa do Mundo de 2010 para mostrar que o país agora é livre do preconceito.
O documento descreve o regime de segregação racial chamado Apartheid na África do Sul entre 1948 e 1990, e como o esporte, especialmente o futebol, ajudou na luta contra o regime e na construção da democracia pós-Apartheid. O documento também discute como a África do Sul foi escolhida para sediar a Copa do Mundo de 2010 para mostrar que o país agora é livre do preconceito.
legalmente em 1948 na África do Sul para designar um regime segundo o qual os brancos detinham o poder e os povos restantes eram obrigados a viver separados dos brancos, de acordo com regras que os impediam de ser verdadeiros cidadãos. Este regime foi abolido por Frederik de Klerk em 1990 e, finalmente, em 1994 eleições livres foram realizadas. O Apartheid e a copa
Desde o final da II Guerra, com a
tomada do poder pelo Partido Nacional, a África do Sul ficara rotulada como a capital mundial da segregação racial. Hoje, superadas as diferenças e reestabelicida a democracia, o país foi escolhido para sediar a próxima Copa do Mundo de Futebol em 2010, e assim mostrar para o mundo que é uma nação livre do preconceito e da No entanto, no final da década de 1940, a política segregacionista instituída com o Apartheid atingiu a todos os setores da sociedade sul-africana. O meio esportivo, por sua vez, não ficou impune às determinações desse regime. Em 1976, o presidente Pieter Botha aprovou um pacote de medidas estabelecendo novas regras para a estrutura esportiva do país, tais como:
1. Cassar as federações unificadas e criar associações
específicas para mestiços, indianos e africanos; 2. Criar novas federações raciais, impedindo associações livres; 3. Financiar e ajudar a composição de uma elite negra, reconhecendo sua existência como forma de manter o status quo, e justificando a política segregacionista do regime. Se até então a Federação Sul-Africana de Futebol estava suspensa do quadro da FIFA, essas proposições foram determinantes para sua expulsão da entidade. Nesse contexto, o futebol transformou-se num dos principais catalisadores da luta contra o Apartheid, tendo como ponto de referência um clube em especial, o Winnie Mandela Football Club. Winnie era o nome da mulher de Nelson Mandela, homem que liderou a luta pela redemocratização africana, e seu time serviria como refúgio para líderes políticos e sindicais perseguidos pelo regime. Em 1991, enfim, com a extinsão do Apartheid, a África do Sul seria readmitida no cenário esportivo internacional, sendo aceita de volta pela FIFA em 1992. Com a vitória de Nelson Mandela, a Bafana Bafana (apelido pelo qual é conhecida a seleção nacional de futebol e que significa "garotos", em uma das línguas negras) se tornaria um poderoso fator de coesão nacional, uma das bases da democracia sul-africana. É possível perceber o valor dessa seleção para a nação sul-africana a partir da declaração do ex-técnico, Clive Barker, após a inédita classificação da África do Sul para uma Copa do Mundo, que aconteceria em 1998 na França: "Hoje eu me sinto mais participante em relação à causa promovida por Mandela. Esta qualificação é a nossa contribuição. Vocês sabem, a Bafana Bafana é o símbolo da democracia sul-africana. O rugby é branco. O cricket é branco. Nós representamos todas as camadas da população. Nós somos a equipe do povo."
Nessa atmosfera de revolução surgiu um partido
político um tanto quanto curioso, o Partido do Futebol, que anunciava em seu manifesto: As manobras dos partidos políticos majoritários para conquistar o poder, particularmente nestes tempos incertos de mudanças, provocam grandes divisões no povo. Nós acreditamos que a liberdade e a verdade triunfam quando a alegria a unidade e a dignidade são os denominadores comuns de uma sociedade. O Partido do Futebol defende o desenvolvimento de uma nação unificada sobre uma plataforma de proposições que venham do esporte, da música e das artes. Estes domínios colocam de lado as divisões políticas e tocam as pessoas na vida cotidiana. Eles criam otimismo, espírito de equipe, confiança e unidade. Uni-vos em torno de seus interesses comuns. foi com esses ideais de liberdade e igualdade que a África do Sul conquistou o direito de sediar o maior evento esportivo do planeta, a Copa do Mundo de Futebol, que pretende apresentar para o mundo uma nova África, não a África do Apartheid, do preconceito racial, mas a África da alegria, da igualdade, do futebol. Centro Educacional Inte-lectus Data:01/05/2010 Aluna:Blenda Costa Prof:Loide Disciplina:Ètica e cidadania