Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

NÚMEROS DE FIBONACCI

MA148
Orientador responsável: Fernando Eduardo Torres Orihuela
Aluna: Fabiana dos Santos Amador RA: 105616
Leonardo de Pisa

Fibonacci foi um matemático e viveu de 1170 a 1250 e na


verdade chamava-se Leonardo de Pisa. Filho do diplomata
italiano Guilielmo, membro da família Bonacci, Leonardo ficou
conhecido como Fibonacci, corruptela de filius Bonacci (filho de
Bonacci).

Fibonacci nasceu na Itália, mas foi educado no norte da África,


onde seu pai trabalhou por algum tempo. Viajando ao lado de seu
pai Fibonacci teve contato com os sistemas numéricos que dariam origem ao nosso
sistema hindu-arábico enquanto na Europa os números ainda eram representados apenas
pelos algarismos romanos. Fibonacci percebeu as vantagens destes sistemas e, quando
regressou à Europa, escreveu sobre eles em seu livro mais famoso, o Liber Abaci, de
1202.

Sequencia de Fibonacci

Descrita no final do século 12 pelo italiano Leonardo Fibonacci, ela é infinita e começa com
0 e 1. Os números seguintes são sempre a soma dos dois precedentes. Portanto, depois
de 0 e 1, vêm 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34…

Em termos matemáticos, a sequência é definida recursivamente pela fórmula abaixo, sendo


os dois primeiros termos F0= 0 e F1= 1.

A sequência de Fibonacci tem aplicações na análise de mercados financeiros, na ciência


da computação e na teoria dos jogos.

Ao transformar esses números em quadrados e dispô-los de maneira geométrica, é


possível traçar uma espiral perfeita, que também aparece em diversos organismos vivos.
Os termos da sequência também estabelecem a chamada “proporção áurea”, muito usada
na arte, na arquitetura e no design por ser considerada agradável aos olhos. Seu valor é de
1,618 e, quanto mais se avança na sequência de Fibonacci, mais a divisão entre um termo
e seu antecessor se aproxima desse número.
A partir de dois quadrados de lado 1, podemos obter um retângulo de lados 2 e 1. se
adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo retângulo 3×2.
Se adicionarmos agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo 5×3. Observe a
figura a seguir e veja que os lados dos quadrados que adicionamos para determinar os
retângulos formam a seqüência de Fibonacci.

Utilizando um compasso e traçarmos o quarto de circunferência inscrito em cada quadrado,


encontraremos uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios são os
elemento da sequência de Fibonacci.

O Partenon que foi construído em Atenas pelo celebre arquiteto grego Fidias. A fachada
principal do edifício, hoje em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado
igual à altura. Essa forma sempre foi considerada satisfatória do ponto de vista estético por
suas proporções sendo chamado retângulo áureo ou retângulo de ouro.

Como os dois retângulos indicados na figura são semelhantes temos:


Como:

Substituindo (2) em (1) temos:

Resolvendo a equação:

Logo:

Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser representado por:

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado for igual a Φ é chamado
retângulo áureo como o caso da fachada do Partenon.

Fibonacci e a Natureza

Sequencia de Fibonacci é uma sucessão de números naturais que, misteriosamente,


aparece em muitos fenômenos da natureza.

Exemplos na natureza em que a sequência ou a espiral de Fibonacci aparece

GIRASOL

os girassóis, a formação de seus flósculos estão em perfeitas espirais de 55, 34 e 21, da


sequência de fibonacci os frutilhos (bagas) do abacaxi (ananás) formam a mesma espiral
da sequência, tal qual as corrente que se movem no oceano e as pequenas ondas na praia
e as ondas da maré curvam-se nima espiral que pode ser identificada nos pontos do
diagrama matemático: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21,34. Os Ramos das árvores, as bolachas-do-
mar, a estrela do mar, as pétalas das flores e especialmente as conchas náutilos são
formadas exactamente por esse mesmo plano.

CONCHA NAUTILUS

O náutilos acrescenta a si mesmo em cada do crescimento da sua concha, mais um


número da escala fibonacci esse plano pode ser visto á nossa volta em escalas menores a
cada dia, mas o maior exemplo de todos está justamente bem em cima de nossas cabeças
atravessando uma média de 100 mil anos-luz, até mesmo nas espirais das galáxias acima
de nós são formadas, como o mesmo design que as pequenas conchas são formadas,
essa sequência ou plano parece ser a marca de um Designer a prova de um Criador algo
deixado para trás no jogo de quem esteve ali, uma impressão digital.

CORPO
Se um humano “mediano” dividir sua altura pela distância entre o umbigo e a cabeça, o
resultado será algo em torno de 1,618. Dizem que, nas faces consideradas mais
harmoniosas, a divisão da distância entre o centro da boca e o “terceiro olho” pela distância
entre esse ponto e uma das pupilas bate no 1,618. Com exceção do dedão, em todos os
outros dedos as articulações se relacionam na razão áurea
AS GRANDES PIRÂMIDES

É um mistério: cada bloco é 1,618 vezes maior que o bloco do nível imediatamente acima.
Em algumas, as câmaras internas têm comprimento 1,618 vezes maior que sua largura

Aplicações
Os números de Fibonacci são importantes para a análise em tempo real do algoritmo
euclidiano, para determinar o máximo divisor comum de dois números inteiros.

Matiyasevich mostrou que os números de Fibonacci podem ser definidos por uma Equação
diofantina, o que o levou à solução original do Décimo Problema de Hilbert.

Os números de Fibonacci aparecem na fórmula das diagonais de um triângulo de


Pascal (veja coeficiente binomial).

Um uso interessante da sequência de Fibonacci é na conversão


de milhas para quilômetros. Por exemplo, para saber aproximadamente a quantos
quilômetros 5 milhas correspondem, pega-se o número de Fibonacci correspondendo ao
número de milhas (5) e olha-se para o número seguinte (8). 5 milhas são aproximadamente
8 quilômetros. Esse método funciona porque, por coincidência, o fator de conversão entre
milhas e quilômetros (1.609) é próximo de φ (1.618) (obviamente ele só é útil para
aproximações bem grosseiras: além do factor de conversão ser diferente de φ, a
série converge para φ).

Em música os números de Fibonacci são utilizados para a afinação, tal como nas artes
visuais, determinar proporções entre elementos formais. Um exemplo é a Música para
Cordas, Percussão e Celesta de Béla Bartók.
Le Corbusier usou a sequência de Fibonacci na construção do seu modulor, um sistema
de proporções baseadas no corpo humano e aplicadas ao projeto de arquitetura. Em The
Wave Principal, Elliot defende a ideia que as flutuações do mercado seguem um padrão de
crescimento e decrescimento que pode ser analisado segundo os números de Fibonacci,
uma vez determinada a escala de observação. Defende que as relações entre picos e vales
do gráfico da flutuação de bolsa tendem a seguir razões numéricas aproximadas das
razões de dois números consecutivos da sequência de Fibonacci.

Teorias mais recentes, defendem que é possível encontrar relações “de ouro” entre os
pontos de pico e os de vale, como no gráfico abaixo:

Se tomarmos o valor entre o início do ciclo e o primeiro pico, e o compararmos com o valor
entre este pico e o pico máximo, encontraremos também o número de ouro. O ciclo,
naturalmente, pode estar invertido, e os momentos de pico podem se tornar momentos de
vale, e vice-versa.

Triângulo de Pascal
Ao examinar o Triângulo Chinês (nosso conhecido Triângulo de Pascal) dos anos 1300,
Fibonacci observou que esta sequência numérica aparecia naquele documento. O
aparecimento se dava através da soma de vários números binomiais localizados acima e
ao lado direito do número anterior.
Segmento Áureo
Quando temos um segmento de reta com extremidades A e B, podemos determinar um
ponto D neste segmento, dividindo-o em média e extrema razão.

Isto significa que é possível obter um ponto D e permite obter um segmento áureo neste
segmento AB. O objetivo é encontrar um ponto D entre A e B tal que a razão entre o
segmento AB e o segmento AD seja =(1,61803...).

Isto significa que o maior segmento AD é 1,61803... vezes a medida do menor segmento
DB.

Obteremos o ponto médio do segmento AB. Coloque a ponta seca do compasso em um


extremo, abra-o até o outro extremo e trace um arco para cima e para baixo do segmento
de reta AB. Repita este procedimento com o outro extremo da reta, sem alterar a abertura
do compasso. Os pontos onde os arcos se cruzam devem ser unidos por um segmento de
reta (em vermelho) e o ponto onde este segmento cruza o primeiro segmento AB, é o ponto
médio de AB;

Agora traçaremos uma reta perpendicular a AB passando por B com a


etade do comprimento de AB;

Primeiro trace a reta perpendicular a AB usando um jogo de esquadros;


Com a ponta seca do compasso em B, abra-o até o ponto médio M
e trace um arco até que este cruze a reta perpendicular a AB;

Temos agora uma nova reta BC perpendicular a AB com exatamente a


metade do comprimento de AB;

Una este ponto que acabou de encontrar com o ponto A da primeira


reta para formar um triângulo ABC;

Coloque a ponta seca do compasso no vértice C do triângulo e abra-o


até o ponto B. Use este raio para marcar o ponto E na hipotenusa do
triângulo;

Finalmente, com a ponta seca do compasso no vértice A, abra-o até o


novo ponto E marcado na hipotenusa, e use este raio para marcar o
ponto D na primeira reta AB. Este ponto é o ponto que divide o
segmento AB em duas partes, onde o maior segmento é
1,6183....vezes o menor.

Assim o ponto D é encontrado.


Como podemos justificar este procedimento do ponto de vista matemático? Se o lado AB
do triângulo mede 1 unidade de comprimento, então o lado BC mede a metade e obtemos
a medida da hipotenusa com o teorema de Pitágoras.

AC2=AB2+BC2=1+1/4=5/4

Usando R[5] como a raiz quadrada de 5, podemos escrever que

AC = R[5]/2

O ponto E na hipotenusa é marcado de forma que CE tenha o mesmo comprimento que o


lado CB, isto é 1/2, então;

AE=(R[5] - 1)/2

O ponto D é marcado a mesma distância de A, assim

AD = AE = ½(R[5] -1)

Temos então a proporção:

A Sequência de Fibonacci no cinema

O filme Pi de Darren Aronofsky apresenta várias referências à sequência de Fibonacci. Seu


protagonista é Maximillian "Max" Cohen (Sean Gullette), um matemático brilhante e
atormentado que tenta decodificar o padrão numérico do mercado de ações. Em uma cena,
Max desenha quadrados com arestas de medidas proporcionais aos elementos da
sequência de Fibonacci e os sobrepõe ao desenho do Homem Vitruviano de Leonardo da
Vinci, trazendo-lhe certezas às suas convicções de que a matemática é a linguagem da
natureza. Em outra cena, Max apanha uma concha em uma praia e observa a espiral nela
descrita. Em outro trecho do filme, Max encontra o judeu Lenny Meyer, que lhe fala da
crença em que a Torah seria uma sequência de números que formam um código enviado
por Deus, quando entendidas as correspondências entre as letras do alfabeto hebraico a
números. Max diz que alguns dos conceitos apresentados por Lenny são similares a uma
sequência de Fibonacci.
Bibliografia

http://www.uff.br/sintoniamatematica/matematicaenatureza/matematicaenatureza-
html/audio-flores-br.html

http://codigodacultura.wordpress.com/2010/04/30/a-sequencia-de-fibonacci/

http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_Fibonacci

http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/alegria/fibonacci/seqfib2.htm

Você também pode gostar