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RESUMO
INTRODUÇÃO
em regra, de origem genética e congênita. Ou seja, nato, sendo facilmente perceptível
quando a criança adentra na fase escolar. Neste nível, de forma particular, os sintomas
aparecem com clareza, principalmente dentro da sala de aula. O TDAH é um transtorno
Neurobiológico, em que, o córtex pré-frontal direito é um pouco menor nas pessoas que
apresentam este transtorno. (STROH. 2010. P. 3)
Apesar das causas ainda não serem claras, os pesquisadores acreditam que existem
alterações no funcionamento de algumas substancias no celebro, o tratamento para o
transtorno e através de medicamentos, e acompanhamentos com profissionais especializados,
sendo eles psicólogos e psicopedagogos, para que possa ser feito um trabalho acerca do
aprendizado do mesmo.
A pessoa com o TDAH possui uma inabilidade de concluir algumas tarefas, sejam
elas complexas, ou ate mesmo do cotidiano, como ler um livro, assistir um filme, entre outros.
Também possuem dificuldades de controlar impulsos principalmente relacionados as suas
emoções, mas outros fatores também são comprometidos, como a atenção, memoria, o auto
estimulo e a organização de tarefas.
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até então não tinham sido diagnosticados, sendo desenvolvidos inclusive testes para que se
pudesse diagnosticar na fase adulta, mas que são difíceis serem percebidas na fase adulta,
quando não se foi observado na infância, já que muitas vezes são escondidos através de
características que acompanham a fase adulta.
O TDAH em adultos muitas vezes tem sido visto como uma doença camuflada,
devido ao fato dos sintomas serem mascarados, ocorrendo problemas de
relacionamento afetivo e interpessoal, de organização, problemas de humor, abuso
de substâncias, ou seja, caracterizados pela comorbidade. Desta maneira, o
diagnóstico se torna difícil e os adultos e, principalmente as mulheres, ficam sem
diagnóstico e tratamento. Contudo, o diagnóstico precoce e tratamento adequado
podem reduzir os sintomas significativamente (BARKLEY, 2002; PHELAN, 2005).
Para que ocorra esse diagnóstico em adultos e necessário uma ampla rede de
avaliações, com diversos profissionais da área como psicopedagogos, neurologistas,
fonoaudiólogos e outros que possam observar diversos fatores que são característicos do
transtorno como: desatenção, hiperatividade, impulsividade e outros. Já que muitos adultos
possuem um temperamento instável, o que torna o auxílio e diagnostico aos portadores de
TDAH complicado.
Segundo o site NEURO SABER (2018) pesquisas mostram que o TDAH contribui de
forma negativa para o desenvolvimento do indivíduo, de forma que a maioria dos
diagnosticados possuem um índice socioeconômico reduzido, dificuldades em manterem
empregos, em concluírem os estudos, acarretando em um prejuízo emocional e social, ou seja
a maioria não consolida um emprego por muito tempo, geralmente são tímidos e não tem
muito contato com o mundo, muitas vezes não possuindo amigos ou companheiros. Além de
possuírem oito vezes menos chances de conseguir um diploma universitário, e mais
possibilidades de abandonarem os estudos.
O PAPEL O PSICOPEDAGOGO
O profissional da área de psicopedagogia tem uma ampla e complexa rede em que ele
pode atuar, já que o mesmo atua como interventor e auxiliador juntamente com uma rede de
profissionais como : professores, médicos, neurologistas e fonoaudiólogos quando o aluno
possui alguma dificuldade , distúrbio de aprendizagem ou deficiência que implicam na
aprendizagem e desenvolvimento do aluno, ou seja Segundo Weiss, “a psicopedagogia busca
a melhoria das relações com a aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção
da própria aprendizagem de alunos e de educadores”.
Conforme diz Gasparian (1997):
Pode-se observar então que o papel do psicopedagogo vai além de auxilia-lo apenas
em sala de aula, mas auxilia e prepara para dificuldades que podem surgir na sua vida
cotidiana e que o indivíduo seja ele aluno ou professor deve estar preparado para lidar com
as dificuldades.
provavelmente não há nada mais difícil para pessoas com TDAH do que conseguir
uma formação educacional. Isso vale tanto para crianças, como para adultos. O
TDAH prejudica o desempenho acadêmico, conduz a problemas de comportamento
na escola e reduz o número de anos de educação concluídos com sucesso.
(BARKLEY. 2011. P.18)
Existem diversas leis acerca da inclusão de alunos no ensino superior, o que faz com
que o acesso a uma universidade seja acessível, apesar das dificuldades. Mas quando se fala
especificamente do TDAH, segundo OBDA (2014) ” Em esfera nacional, o projeto de Lei
7081, tem por objetivo instituir, no âmbito da educação básica, a obrigatoriedade da
manutenção de programa de diagnóstico e tratamento do TDAH e da Dislexia.“, mas vale
ressaltar que o projeto observado acima, fala desta obrigatoriedade apenas na educação
básica, excluído o ensino superior.
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Apesar da lei apoiar os alunos inclusivos em diversos pontos, inclusive na educação,
ainda se enfrenta uma dificuldade tremenda em relação a entrada e permanência no ensino
superior, entre muitas outras dificuldades, já que não possuem condições adequadas para o
seu aprendizado de forma ampla e completa. Segundo PLETSCH E LEITE (2017) “é
importante frisar que esse crescimento ainda está longe do ideal, pois apenas 0,37% da
participação no ensino superior se refere ao montante de estudantes com deficiência”, o que
pede uma reflexão sobre a gravidade do dado citado acima, afinal se ouve tanto falar em
educação e sociedade inclusiva, mas os dados fornecidos mostram uma realidade diferente e
assustadora.
Outro ponto importante a se observar e que a legislação Brasileira a leis que regem a
educação inclusiva no ensino superior a respeito do ingresso dos mesmos, o que ocorre
geralmente por meio das cotas, mas que o aluno com TDAH, apesar de suas características
serem descritas na constituição, não entram como alunos inclusivos conforme descreve
DAHMER(2017):
apesar da Lei Brasileira de Inclusão n°13146/2015, em seu artigo 2°, dispor que
“considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas”, ela não se aplica às pessoas que
possuem TDAH ( DAHMER. 2017.P. 02).
Muitos educadores então, acreditam que por a pessoa portadora de TDAH ter passado
por inúmeras dificuldades, e apesar delas ter concluído diversas etapas na educação básica,
que no ensino superior elas não serão prejudiciais, não necessitando que haja uma adequação,
mas é onde ocorre as reprovações, e as desistências, já que a falta de compreensão do
transtorno desanima os universitários, e os fazem acreditar ser algo impossível para eles.
QUINHONEIRO, GONÇALVES. MERCADANTE (2018) dizem que:
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Deve-se considerar que esta problemática é agravada no que tange à
formação de professores, uma vez que o modo como o professor aprendeu deixa
marcas fortes que passam a fazer parte da cultura educacional, porque os docentes
carregam consigo conceitos, preconceitos, hábitos e estereótipos que dificultam a
percepção e a escuta do outro em sua realidade. (QUINHONEIRO, GONÇALVES.
MERCADANTE apud FERREIRA. 2018. P. 70)
Se faz necessário então uma rede que possa auxiliar os alunos nessa situação, ajudá-lo
a encontrar formas de superar as dificuldades e organizar seu tempo de forma que seja
produtiva, entrando em ação o psicopedagogo.
Devido as novas leis que regem a educação inclusiva, já se sabe que os alunos
portadores de deficiências ou transtornos podem entrar em um ensino superior, mas sabe-se
também que esse ingresso deve dar qualidade de acesso e permanência.
Sabe-se também que o campo de atuação do profissional de psicopedagogia não se
restringe apenas a crianças ou a educação básica.
Conforme afirma PORTO (2008):
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fazendo com que a aprendizem não seja vista mais como um fardo a ser carregado, mas como
uma forma de melhorar sua visão de mundo.
Infelizmente ainda não possui um regimento que diz sobre a obrigatoriedade do
psicopedagogo no ensino superior, espera-se que logo esta possa ocorrer, visando o melhor
desenvolvimento dos alunos, e um melhor resultado dos mesmos nas aulas e não apenas os
que possuem algum transtorno ou deficiência, mas dos alunos em geral, esperando-se que
assim possa diminuir o número de alunos desistentes e reprovados no ensino superior.
Ainda não possuem técnicas exclusivas para o auxílio de universitários, mas não
significa que não se pode obter modos de trabalhar para que ocorra uma menor dispersão nas
aulas e consequentemente uma melhor aprendizagem.
Existem diversas técnicas para se trabalhar com o TDAH na infância, logo acredita-se
que possa se fazer uma adaptação para que este possa ser utilizado para auxiliar também
adultos com o transtorno.
Além do atendimento especializado, que deve ocorrer para que os agravantes sejam
minimizados, e se necessário os medicamentos, e preciso um apoio das instituições, e
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principalmente dos educadores para que compreenda que não e possível exigir um padrão
igual aos demais na turma, necessitando de uma atenção individualizada.
Conforme diz Fortunato (2011):
E preciso que o professor conheça as técnicas para se trabalhar com o universitário que
possui o TDAH, entendendo que apesar das suas dificuldades de concentração, eles possuem
interesses que podem ser utilizados como facilitadores do ´processo.
Segundo Silvia (2009):
CONCLUSÃO
Este trabalho ressalta sobre a importância de se obter uma sociedade inclusiva, em que
os direitos dos alunos com necessidades especiais sejam respeitados de maneira ampla, de
forma que se de o auxílio necessário para esses alunos, fazendo com que os mesmos tenham
oportunidades para se desenvolver nas situações do cotidiano, na sua vida escolar e
posteriormente no mercado de trabalho.
Tendo como objetivo reconhecer os direitos dos alunos com TDAH e suas
dificuldades, que foram abordadas no decorre do mesmo, sendo assim refletindo sobre a
importância de um profissional especializado no ensino superior que supra as necessidades
dos alunos com o transtorno e dos educadores, auxiliando sempre que necessário para que não
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ocorra divergências em relação ao ensino e a aprendizagem, atuando como facilitador e
também de modo preventivo.
Assim garantindo a igualdade e o direito a um ensino superior igualitário, e que possa
ser aproveitado pelo aluno que possui o transtorno da melhor forma possível, superando as
dificuldades sociais e educacionais, diminuindo a falta de escolarização de pessoas com
TDAH, que conforme decorrido no mesmo e um número preocupante.
Este também aborda algumas das muitas estratégias que e possível colocar em pratica,
técnicas simples e que podem auxiliar para que o aluno consiga compreender e aprender, sem
ser necessário grandes mudanças e nem prejudicar os demais alunos na turma, e fala sobre a
importância de todos conhecerem um pouco sobre a realidade dos alunos que possuem o
transtorno.
Fundamenta-se então, que se deve ter um olhar diferenciado para os mesmos, de forma
que garanta os seus direitos, tendo o psicopedagogo como ferramenta essencial para o
desenvolvimento completo do indivíduo.
Sendo possível observar que para que ocorra todos os pontos citados acima, necessita-
se também de um docente preparado para o que possa vim a ocorrer, de modo que mesmo
estando em um ensino superior possa panejar suas aulas de forma que seja inclusiva e
prazerosa para o discente, devendo então se especializar e procurar sempre conhecer as
dificuldades do seu aluno, para que possa auxilia-lo.
Pode-se concluir então que o papel do psicopedagogo e essencial não apenas na
infância, mas também no ensino superior, de forma que sua função e bastante ampla, e que
atua como auxiliador e facilitador do processo de aprendizagem, apoiando o aluno com
TDAH em processos simples e complexos, e ajuda também o docente no ensino superior
quando se faz necessário. Mas também deve refletir sobre o papel do docente no ensino de
alunos com transtorno e sobre a sua importância na formação dos mesmos.
REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO
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MITJÁNS Martínez, A. & González Rey, F. L. Psicologia, educação e aprendizagem escolar:
avançando na contribuição da leitura cultural-histórica. São Paulo: Cortez. 2017.
PLETSCH, M. D., & LEITE, L. P. (2017). Análise da produção científica sobre a inclusão no
ensino superior brasileiro. Educar em Revista, 33, 3, 87-106. Curitiba.
PORTO, Olívia. Pedagogia hospitalar: intermediando a humanização na saúde. Rio de
Janeiro: Wak, 2008.