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Automotivo
Relatório Final
Automotivo
Relatório Final
Brasília
Dezembro, 2009
República Federativa do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente
Clayton Campanhola
Diretor
ii
Colaboradores do Estudo
Adriano Duarte (MCT); Ali El Hage (Sindipeças); Antonio Nues Jr (ABVE); Antônio Sérgio Martins
Mello (FIAT); Aurélio Santana (ANFAVEA); Adenides Esteves de Matos (Usiparts S/A Sistemas
Automotivos); Alencar Silva (Plascar); Arnaldo Guido (Sindipeças); Besaliel Botelho (BOSCH);
Caio Moraes (Press Consultoria); Carla Fontana (Informativo FIEP/CNI – IEL); Carlos Alberto
Pereira (DHB); Carlos Augusto Moraes (CGEE); Celso Aragachoy (MWM Motores); Ceres
Cavalcanti (CGEE); Cláudia Banús (ANFAVEA); Cláudio Borges (APEX); Cláudio Vaz
(Sindipeças); Dan Ioschpe (Ioschpe); Darin Kim (autor foto capa EPS-Automotivo); Dario Sassi
Thober (Inst. VonBraun); Decio del Debbio (Daimler); Demétrio Filho (CGEE); Dib Karam
(VSESA); Elaine Michon (CGEE-Eventos); Elso Alberti (vsesa); Elyas Medeiros (CGEE); Eude
Oliveira (FORD); Fabián Yaksic (ABINEE); Fabio Braga (SAE Brasil); Flavia Consoni (UNICAMP);
Flávio Campos (DELPHI); Flavio Gussoni (Magneti Marelli); Francisco Emilio Baccaro Nigro
(IPT/SP); Francisco Galvão (EMBRAER); George Rugitsky (SINDIPEÇAS); Giancarlo Mandelli
(DHB); Gilmar do Amaral (ABIPLAST); Hilton Spiler (BOSCH); Igor Carneiro (CGEE); Jayme
Buarque de Holanda (INEE); João Alecrim Pereira (FORD); João Catapani Neto (Keko Acessórios
S/A.); João Filho (FORD); José Antônio Silvério (MCT); José Carlos Pacovski (Formtap Indústria e
Comércio S/A); José Farat (Embraer); José Luiz Albertin (SAE-Brasil); José Parro (AEA); Kleber
Alcanfor (CGEE – Consultas); Lélio Filho (CGEE); Leo Katsumoto (IVM-Automotive); Leonildo
Bernardon (Controil Freios); Lilia Miranda (CGEE); Lilian Brandão (CGEE); Luc de Ferran (Luc de
Ferran Consultoria); Luis Cassinelli (Braskem); Luís Fernando Figueira da Silva (PUC-RIO); Luis
Paulo Bresciani (ABDI); Luiz Carlos Mandelli (DHB); Luiz Carlos Peluzzo (Visteon Automotive
System); Luiz Carlos Pereira (SINDIPEÇAS); Magda Correa Moreira (MDIC); Marcelo Borja
(FIAT); Marcelo Debien (PST Eletronics S/A); Marcelo Martin (VW); Marcelo Poppe (CGEE);
Marcelo Ribeiro (Sindipeças); Marcelo Rodrigues Soares (CPFL); Marcia Tupinambá (CGEE –
Informação); Marco Hochreiter (Motor Press Brasil); Maria de Fátima Rosolem (CPQD); Mario
Farah (SAE Brasil); Mario Sérgio Salerno (USP); Mauro Ribeiro Júnior (Inst. VonBraun); Mauro
Simões (VW); Max Mauro Dias Santos (VOLVO); Mayra Oliveira (CGEE); Merheg Cachum
(ABIPLAST); Miriam Machado Zitz (SEBRAE); Monika von Stabel (Oliver Wyman Consulting
Gmbh); Orlando da Mota Pavan (Sabó Indústria e Comércio de Autopeças Ltda.); Orlando Strambi
(USP); Osmar Rodrigues (UNESP); Patricio Rodolfo Impinnisi (LACTEC); Paulo Braga
(Automotive Business); Paulo Cardamone (CSM Automotive); Paulo Cesar Amaral Maluf (Metalpó
Indústria e Comércio Ltda.); Paulo Cicconi (Mangels Indústria e Comércio Ltda.); Paulo Emilio
Dias Varante (Fras-Le S/A); Paulo Fernando Isabel dos Reis (PETROBRAS); Paulo Sérgio Coelho
Bedran (MDIC); Paulo Sotero (ANFAVEA); Paulo Varante (FRAS-LE); Paulo Zawislak (UFRGS);
Priscilla Matos (CGEE); Raul Fernando Beck (CPQD); Raul Sturari (Instituto Sagres); Reinaldo
Dias Ferraz de Souza (MCT); Renato Romio (Instituto Mauá de Tecnologia); Ricardo Muneratto
(FORD); Richard Sabah (APEX); Ricardo Takahira (Magneti Marelli); Rogelio Golfarb (FORD);
Rogerio Vollet (GM); Rosana Pauluci (CGEE); Rosilene Silva (Sindipeças); Rodrigo Teixeira
(CNI); Rodrigo Vilela Cecílio (Sabó Indústria e Comércio de Autopeças Ltda.); Rudolf Buhler (IBS);
Sebastião Cardoso (VSESA); Tadeu Cavalcante C. de Melo (PETROBRAS); Thales Lobo
Peçanha (Combustol); Thor Windbergs (BOSCH); Tiago Ferreira (BNDES); Tulio Coletto
(BOSCH); Valter Pieracciani (Pieracciani); Vinícius Romualdo (CGEE); Vinícius Romero
(AUTODATA); Virgilio Cerutti (Magneti Marelli); Willian Mufarej (Sindipeças).
iii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 16
8. MAPA ESTRATÉGICO......................................................................................... 78
8.1 Análise SWOT ................................................................................................. 78
8.2 Visão de Futuro ............................................................................................... 84
8.3 Objetivos e Ações Estratégicas ..................................................................... 86
1
9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................... 93
2
LISTA DE FIGURAS
3
Figura 21 – Rotas Estratégicas nas dimensões de Mercado, Investimento e
Infraestrutura Político-Institucional para o Desenvolvimento da
Propulsão para Veículos Elétricos. .......................................................... 91
4
LISTA DE QUADROS
5
LISTA DE SIGLAS
6
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
MERCOSUL Mercado Comum do Sul
MP Medida Provisória
NCM Nomenclatura Comum do MERCOSUL
NHTSA National Highway Traffic Safety Agency
OEM Original Equipment Manufacturer
OICA Organisation Internationale des Constructeurs d’Automobiles
OMC Organização Mundial do Comércio
ONU Organização das Nações Unidas
OSCIP Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
P&D Pesquisa e Desenvolvimento
PAAPE Programa de Apoio a Pesquisa em Empresas
PBT Peso Bruto Total
PDP Política de Desenvolvimento Produtivo
PIA Pesquisa Industrial Anual
PIB Produto Interno Bruto
Pintec Pesquisa de Inovação Tecnológica
PIS Programa de Integração Social
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PROCONVE Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores
RAIS Relação Anual de Informações Sociais
RENAVAM Registro Nacional de Veículos Automotores
SAE-Brasil Society of Automotive Engineers – Seção Brasil
SECEX Secretaria do Comércio Exterior
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SINDIPEÇAS Sind. Nacional da Ind. de Componentes para Veículos Automotores
SUV Sport Utility Vehicle
TNC Empresas Transnacionais
TPS Toyota Production System
TRIM Trade Related Investment Measures
UNECE United Nations Economic Commission for Europe
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas
USP Universidade de São Paulo
7
SUMÁRIO EXECUTIVO
8
alguma relegada a um segundo plano, sendo consideradas durante todo o
transcorrer dos trabalhos.
1 1
De acordo com a Pesquisa Industrial Anual (PIA), realizada pelo IBGE, m 2005, as
autopeças somavam 2.651 unidades locais (ULs) no Brasil e empregavam 260.766 pessoas.
9
primórdios, no início do século passado. Na seqüência é feita uma
retrospectiva das modificações nas relações de fornecimento ocorridas
a partir dos anos 90 no Brasil, década marcada pela entrada maciça de
investimentos em novas plantas e novos players e pela introdução –
principalmente nestas plantas – de arranjos produtivos inéditos em
nível global, caso do consórcio modular da planta da Volkswagen em
Resende, RJ.
10
marcos regulatórios (técnicos e comerciais) do setor, bem como as
estruturas para cooperação entre os principais atores da inovação.
11
empresas do setor (contratos, serviços, interações em geral),
particularmente no que se refere aos processos de inovação que
ocorrem nas empresas. Como o Brasil não sedia matrizes de empresas
do setor, parte significativa da pesquisa não é feita no país; no entanto
há atividades de desenvolvimento que de fato já ocorrem em empresas
aqui instaladas e, desta forma, há espaço para maior desenvolvimento
da infraestrutura física voltada para a inovação.
12
Realização da 2ª Oficina de Trabalho do Estudo Prospectivo, onde
especialistas do setor, a partir da metodologia proposta pelo CGEE e
sob a sua coordenação, desenvolveram o Mapa Tecnológico com o
detalhamento das tecnologias mais relevantes a serem desenvolvidas
pelo setor nos próximos 25 anos, dentro da Oportunidade Tecnológica
selecionada.
13
do estudo apresenta-se a seguir uma síntese das principais recomendações, que
visam a auxiliar na formulação e implementação de programas e ações
específicas que venham a fortalecer a sustentabilidade e a competitividade do
setor no horizonte dos próximos 25 anos (2009-2034):
14
prevêem a desoneração de investimentos, o apoio ao fortalecimento de
engenharia de projeto e recursos para o financiamento do setor de autopeças. As
recomendações deste trabalho, acima elencadas, corroboram estas iniciativas,
sendo portanto, fundamental que durante a etapa de acompanhamento e
implementação deste estudo prospectivo, por parte da Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial - ABDI, esteja articulada com as medidas previstas no
âmbito da PDP de uma maneira geral.
15
1. INTRODUÇÃO
16
de dois eixos de análise. O primeiro está baseado nas percepções de lideranças
do setor automotivo e centrado na análise de tendências futuras, enquanto o
segundo baseia-se nos resultados de Oficinas de Trabalho com especialistas e
representantes da indústria de autopeças, e apresenta uma visão sobre as
tendências, possíveis cenários futuros nos próximos 25 anos, bem como
oportunidades tecnológicas para o setor. A terceira seção apresenta os
resultados do estudo prospectivo a partir da apresentação e detalhamento dos
Mapas Tecnológico e Estratégico elaborados nas respectivas Oficinas de
Trabalho. A quinta e última seção destaca um conjunto de recomendações que
visam auxiliar na formulação e implementação de programas e ações específicas
para fortalecer a sustentabilidade e a competitividade do setor de autopeças
nacionais no horizonte dos próximos vinte e cinco anos (2009-2034). As etapas e
os produtos do Estudo Prospectivo são resumidos na Figura 1, a seguir.
17
2. PERCEPÇÃO DE LIDERANÇAS DO SETOR
2
Luc de Ferran foi mentor de uma série de automóveis FORD, entre eles o Corcel II, Del Rey,
Pampa, Escort, Fiesta, Ka, Courrier, Escort XR3 e EcoSport e o motor Rocan. É engenheiro
pela Escola Politécnica da USP e pai de Gil de Ferran, campeão de Indianápolis na Fórmula
Indy.
18
das montadoras?, 2) Qual será o diferencial competitivo das autopeças brasileiras
nos próximos 25 anos? e 3) Como o setor brasileiro de autopeças deve se
posicionar para se manter competitivo no cenário global (em quais nichos, tipo de
produtos, tecnologias, diferenciais competitivos)?
19
nos próximos 25 anos? Quais serão as tecnologias críticas?, 2) Temos condições
(tecnológicas e empresariais) de fabricar motores brasileiros (com tecnologia e
empresa de capital brasileiro) e de que tipo de tecnologia (elétricos, combustão
interna?)? Por quê? Onde/quem?, 3) Quais serão as características tecnológicas
dos produtos desenvolvidos para os mercados emergentes? Até que ponto as
engenharias localizadas nestes países se ocuparão do projeto destes produtos?
Há interesse das montadoras neste sentido? e 4) O que se pode desenvolver no
Brasil e levar para outras partes do mundo? Quais são os nichos tecnológicos em
que estas empresas podem/devem se concentrar? O que as empresas de
autopeças brasileiras já podem ou deveriam ser estimuladas a desenvolver?
20
Sobre a questão de quais incentivos e políticas públicas poderiam ser
benéficos para o fortalecimento futuro do setor, foram colocadas as seguintes
questões: 1) Quais são as empresas brasileiras que têm maior chance de
desenvolver competências relevantes para a cadeia produtiva do setor, no curto e
principalmente no longo prazo? Como políticas e iniciativas públicas podem
contribuir neste processo em um horizonte de 25 anos?, 2) Quais políticas e
iniciativas públicas melhor contribuem para fortalecer os centros de engenharia
sediados no Brasil? Elas são suficientes quanto à proposta e aos recursos
alocados? Até que ponto a colaboração com centros de desenvolvimento
estrangeiros auxilia neste processo?, e 3) Quais incentivos podem aumentar a
atratividade daquelas empresas?
21
de políticas públicas de capacitação/formação de pessoal?, 2) Como intensificar
os contatos e a colaboração entre empresas e instituições ligadas a pesquisa e
desenvolvimento, sejam aquelas localizadas no Brasil, sejam as estrangeiras?
Como reduzir as dificuldades que marcam estes processos e que explicam a
baixa freqüência deste relacionamento?
22
3. TENDÊNCIAS DO SETOR AUTOMOTIVO
23
Sindipeças, SAE e ANFAVEA. A página da internet foi construída tendo-se como
base tendências identificadas em estudos anteriores e eventos técnicos do setor.
Nesta consulta, foram avaliados três momentos: atual (2009), 2022 e 2034.
Os respondentes avaliaram o grau de relevância de cada tendência nas áreas de
Mercado, Infraestrutura, Meio Ambiente, Ambiente Político, Social e Tecnologia,
em cada momento. A relevância foi medida com notas entre 0 (muito baixo) a 5
(Muito Alto). As informações levantadas foram utilizadas como subsídio para
geração de cenários durante a Oficina “Identificação de Oportunidades”. Um
resumo do resultado da pesquisa é discutido abaixo. A ferramenta de consulta
utilizada e os resultados estão disponíveis no Apêndice III.
24
A relevância das tendências de número 1 a 8 foram avaliadas como muito
alta, enquanto que as de 9 a 11 foram consideradas de alta relevância e 12 e 13
de baixa relevância para os próximos 25 anos.
25
O sentimento do setor sobre esses assuntos para os próximos anos reflete
mudanças já em curso atualmente, como a relevância dos mercados emergentes
e a busca por novas tecnologias de propulsão mais eficientes e limpas.
26
2022 (3,93) e 2034 (4,16), o que pode indicar uma oportunidade de
desenvolvimento para o setor. O aumento da demanda por sistemas de
transporte para carga e passageiros, conseqüência da maior concentração e
urbana e patamares de renda, significa uma oportunidade de crescimento para o
setor de veículos comerciais, o que aliado às maiores demandas por eficiência e
sustentabilidade, indica uma oportunidade potencial para desenvolvimento
tecnológico na área.
27
6. Tecnologias de transporte urbano reduzem danos ao meio ambiente e
espaço construído;
7. Postura refratária às questões ambientais nos países emergentes
continua;
8. Emissões de CO2 aumentam no mundo.
3
Vide notícia sobre o plano do governo americano para controle de emissões:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/06/090627_eualeiemissoesfn.shtml
28
As tendências identificadas para o cenário político e institucional nos
próximos 25 anos foram:
29
mais rígidas por parte do governo, a exemplo do que já ocorre na Europa e nos
EUA atualmente.
30
preocupação com a concentração urbana e as especificidades para os usuários
(veículos para trabalho ou fim de semana, individual ou com a família, etc).
4
Entende-se por Interação Homem-Veículo a modelagem e avaliação de interfaces centradas
no homem. A interface de usuário do veículo refere-se aos controles mecânicos, as
informações gráficas, textuais e auditivas apresentadas, bem como as seqüências de controle
(como comandos de acionamento) para interagir com o veículo.
31
10. Engenharia experimental 5 se torna fundamental na busca por carros
mais eficientes;
11. Brasil se consolida como sede de projeto das montadoras;
12. Carros híbridos funcionam como ponte para utilização do hidrogênio
como fonte alternativa de combustível.
5
Engenharia Experimental refere-se às atividades de desenvolvimento de protótipos e
simulações experimentais em laboratórios ou via modelos computacionais, que procuram
reproduzir as condições de desempenho do produto final, visando antecipar e solucionar
potenciais problemas.
32
4. CENÁRIOS FUTUROS (2022 e 2034)
33
coringas que podem influenciar significativamente o futuro. Coringas
correspondem às grandes surpresas, eventos difíceis de serrem antecipados ou
entendidos, de baixa probabilidade de ocorrência que se acontecem, impactam
fortemente o objeto de estudo. Geralmente surpreendem, em parte porque se
materializam tão rapidamente que os sistemas sociais não podem efetivamente
responder a eles.
34
4.1 Cenário 1 – Brasil Importador
35
com as dificuldades do trânsito, associadas à maior violência e impunidade, e maiores
índices de poluição no meio ambiente, o comportamento “clausura” muda a lógica de
deslocamentos. Novos modelos de negócio e novas soluções de transporte
individualizado são estimulados, como motocicletas e transporte de duas rodas
adaptadas para maior conforto e segurança, tornando-se alternativa ao transporte
público.
A indústria brasileira apresenta pouca sinergia entre setores que poderiam aumentar a
tecnologia e o conhecimento. As tendências tecnológicas continuam sendo ditadas
pelos países centrais e o Brasil perde competitividade, mesmo para países
emergentes, como a China, Índia, Argentina e México, que em 2009 eram seus
clientes. A introdução gradual do padrão elétrico de propulsão no mundo traz
dependência energética e de tecnologia e limita os mercados para exportação,
isolando tecnologicamente o Brasil. A inércia no desenvolvimento de materiais,
especialmente da nanotecnologia, compatível com níveis competitivos, torna o Brasil
36
ainda mais dependente de importações nesse segmento.
37
de excelência é maior que em 2022 e a base tecnológica e industrial em commodities
deixa o país vulnerável a competição pelo preço.
38
4.2. Cenário 2 – Dinâmico como Sempre
39
A especialização dos mercados incentiva soluções de projeto do produto distintas para
diferentes locais (países emergentes x desenvolvidos). Há diminuição do número de
players no mercado brasileiro, reduzindo o total dos investimentos e aumentando a
escala de produção por planta/empresa.
40
introdução dos combustíveis alternativos e a geração de novas tecnologias
alternativas.
41
4.3. Cenário 3 – Entre os Líderes
42
dimensões têm sua demanda acelerada – estando focados no transporte urbano –
enquanto que os veículos de carga têm acesso muito limitado aos centros urbanos.
Esta nova dinâmica aumenta a demanda por serviços de inteligência de tráfego e
veicular e a importância do meio ambiente e sustentabilidade (ex. reciclagem de
materiais, baseados em técnicas mais eficientes). Há maior rigor na inspeção veicular e
na qualidade de serviços das empresas de controle de tráfego.
Fruto da crise das grandes montadoras em 2009, novas formas de colaboração entre
fornecedores se consolidam, com surgimento de montadoras menores, em modelos de
rede de colaboração entre sistemistas, autopeças e empresas de tecnologias distintas
da automotiva, mas fundamentais em um novo modelo de produto. Vários modelos de
produtos e tecnologias emergem (propulsão elétrica, biocombustíveis, hidrogênio, etc.)
adaptados às especificidades de cada região e contribuindo para inserção de
empresas nacionais na nova cadeia global de fornecimento.
43
pequenas e médias empresas e a elas repassam parte das atividades de projeto do
produto. Esses movimentos aumentam a demanda de tecnologias voltadas para
fatores de sustentabilidade (energia e questões ambientais) e reforçam a necessidade
de se integrar a acordos e à legislação internacional de metrologia.
Cada vez mais a lógica do serviço prevalece e passa a ser a ênfase das
concessionárias, montadoras, etc. Nas relações de fornecimento, prevalece a
concentração de players, onde as relações de parcerias, co-design etc. de 2009 passa
a valer para toda a cadeia (os sistemas de Electronic Data Interchange – EDI são
vitais).
44
O perfil e as preferências dos usuários de automóveis se expandem e o mercado
consumidor potencial é maior. Crianças menores de 16 anos são autorizadas a dirigir e
os mais idosos têm melhores condições para fazer o mesmo; comandos à distância
facilitam o processo.
45
5. OPORTUNIDADES DO SETOR
Novos Materiais;
Eletrônica Integrada;
Produção Limpa;
Tecnologias de Redução de Peso e Tamanho;
Tecnologias de Propulsão Híbridas / Elétrica / Alternativas;
Inteligência de Tráfego;
46
Redução de Custo;
Parcerias Universidade e Empresa;
Tecnologias Verdes;
Motores e Transmissão.
47
competitividade do setor de autopeças, faz-se necessário investir no
desenvolvimento de capacidade de desenvolvimento nesta área.
48
oportunidades de novos designs e arquitetura, além de formas de utilização de
veículos inovadoras.
49
6. PRIORIZAÇÃO DAS OPORTUNIDADES TECNOLÓGICAS
50
Considerar a importância de que o Brasil construa competência para não
somente desenvolver tecnologias, mas, e principalmente, para saber
aplicá-las de forma adequada em produtos e processos que envolva a
cadeia automotiva;
51
7. MAPA TECNOLÓGICO
52
Apêndice VII) contou com pesquisadores de universidades, centros de pesquisa,
empresas e instituições do setor, ou a ele relacionadas.
6
Um Coringa ou “Wildcard” pode ser definido como um evento inesperado, uma grande
surpresa, difícil de ser antecipada ou entendida, de baixa probabilidade de ocorrência, mas
uma vez que ocorra, traz grandes impactos para todo o setor. Exemplos de coringas são
grandes descobertas científicas, catástrofes naturais, novos modelos de comunicação,
eventos históricos, epidemias, etc.
53
mais clara do desenvolvimento futuro das tecnologias possa ser desenvolvida.
54
Figura 4 – Mapa Tecnológico – Veículos a Combustão.
55
Figura 5 – Mapa Tecnológico – Veículos Elétricos.
56
A seguir, são apresentados resumos das linhas tecnológicas para cada um
dos dois segmentos de propulsão.
57
ou Diesel, com a vantagem de reduzir emissões e ser proveniente de
biomassa. Já existem protótipos deste tipo de veículo em teste.
58
Figura 7 – Cana de açúcar tropical voltada para a produção de combustível.
Fonte: GettyImages.
59
Melhorias no coletor de admissão;
Reaproveitamento da energia de descarga (turbo compound).
60
Sistema start-stop, que desliga o motor quando o veículo para em
congestionamentos ou semáforos;
Sistemas para gerenciamento da energia dissipada;
Definição do software de controle do motor pelo desenvolvedor do
motor;
Desenvolvimentos na tecnologia de softwares de controle;
Gerenciamento dos sistemas de segurança do veículo
(ABS/Controle Tração, p.ex.);
Integração de sistemas de sensores e atuadores;
Uso de sensor de etanol para motores flexíveis no tanque.
7
KERS – Sigla em inglês que significa Kinetic Energy Recovery System, um sistema que captura
e armazena a energia que seria dissipada no momento da frenagem, para ser utilizada
posteriormente. Para mais detalhes, vide: http://www.youtube.com/watch?v=xAvexjr2ax0 e
http://www.flybridsystems.com/F1System.html
61
Motores alternativos aos de Ciclo Otto/Diesel (HCCI, CAI, LTC):
Desenvolvimento de novas formas de combustão, como o HCCI
(Homogenous Charge Compression Ignition), motor que une os
princípios do ciclo Otto e Diesel – não é necessária ignição para ocorrer
a combustão; o CAI – Controlled Auto Ignition, tipo de motor que regula
a ignição e o LTC (Low temperature combustion), que trabalha a
temperaturas inferiores. Esses tipos de motor estão em
desenvolvimento em universidades e também em protótipos
desenvolvidos por montadoras e sistemistas.
62
Mini carros ou “carros/motocicletas” para uso urbano;
Integração do motor com tecnologias de controle a distância
(telemetria).
63
Desenvolvimento de “moto/carro”: Com o aumento da densidade
populacional urbana, haveria o aumento de soluções de transporte
individualizado, como motocicletas adaptadas para maior conforto e
segurança, que trafegariam em pistas exclusivas, tornando-se
alternativa ao transporte público. Este tipo de solução pode trazer
impactos para toda a cadeia automotiva, em termos de novos modelos
de negócio e novos entrantes no setor, como os fabricantes de
motocicleta, por exemplo.
8
Fonte sobre o assunto, vide:
http://researchweb.watson.ibm.com/quantuminfo/teleportation/ ou
http://www.nbi.ku.dk/forskningsgrupper/kvanteoptik/english/news/qoptnbinews/lightatomtele/
64
combustível (a partir do hidrogênio, por exemplo). Além dos veículos 100%
elétricos, também foi incluída nesta definição o desenvolvimento tecnológico e a
alternativa dos veículos híbridos. Os especialistas participantes da oficina
discutiram a importância deste tipo de motorização para o país, julgando-a
relevante para o mercado automotivo nos próximos 25 anos.
9
Fonte: Soares, M. Situação Tecnológica e de Mercado de Veículos Híbridos e Elétricos. SP:
AEA, 2009. 15p.
65
Um veículo híbrido pode ser definido como aquele que possui motor a
combustão e conjunto motor/gerador/baterias que auxilia na propulsão do veículo.
Em baixas velocidades, o motor elétrico é responsável pelo movimento e à
medida que mais tração seja necessária, o motor a combustão é acionado. Já
está à venda no mercado modelos como o Toyota Prius (que desde 1997 já
vendeu mais de 1 milhão de unidades, no Japão e EUA 10) e Honda Insight. Sua
vantagem é o baixo consumo de combustível (cerca de 25 km/l), mas seu preço
ainda é alto – Nos EUA é vendido a US$24 mil.
10
Fonte: http://www.noticiasautomotivas.com.br/toyota-prius-chega-a-1-milhao-de-unidades-
vendidas/
66
Figura 10 – Aplicação de interfaces veículo-rede elétrica.
Fonte: Apresentação da Electric Power Research Institute, Inc.
11
Existe um projeto para uso de hidrogênio em trólebus que circulam na região do ABC, em São
Paulo. Na tecnologia prevista para este projeto, será abastecido hidrogênio produzido
externamente por hidrólise de água. Neste caso, o uso do hidrogênio se justifica como forma
67
econômica e tecnicamente, os desenvolvimentos abaixo são
necessários:
de estocar energia para uso em horário de pico, quando o uso dos veículos é mais intenso e o
custo da energia muito maior. Vide: http://www.emtu.sp.gov.br/h2/
68
Eletrônica de Potência: Os motores elétricos necessitam de
controladores eletrônicos, para variação de velocidade, utilizando para
isso a variação da freqüência da rede elétrica, por meio de inversores
de freqüência. Estes inversores já existem e são bem desenvolvidos
para motores de uso industrial, mas seu custo para aplicações
automotivas ainda é alto.
69
Motor elétrico / gerador: Ainda que o motor elétrico não seja uma
novidade tecnológica, há muito espaço para seu desenvolvimento e
aprimoramento, visando maior eficiência energética.
70
Figura 13 – Ilustração do conceito de Smart Grip.
Fonte: Electric Power Research Institute, Inc.
71
7.4 Priorização das Linhas Tecnológicas
A priorização das linhas tecnológicas foi feita por meio de uma consulta
eletrônica aos especialistas do setor, realizada entre os dias 20 e 26/08/2009. O
objetivo da consulta era avaliar as Linhas de Pesquisa Tecnológica dos Veículos
Elétricos e à Combustão a fim de colher subsídios para elaboração de Mapas
Tecnológico e Estratégico. A primeira parte da consulta se referiu aos veículos
elétricos e a segunda aos veículos à combustão. Dos 136 consultados, 34 ou
25% responderam o questionário eletrônico. Entre os consultados, estavam
representantes de montadoras, sistemistas, autopeças, consultores, entidades de
classe, representantes de empresas como Embraer, Petrobrás e VSE-Vale, de
universidades e institutos de pesquisa, como INEE, ABVE, CPFL, CPqD, IEE,
IPT, USP e do Ministério de Ciência e Tecnologia. Os respondentes avaliaram
cada linha tecnológica utilizando os seguintes critérios:
72
de Priorização de Linhas Tecnológicas que foi apresentada e discutida durante a
3a Oficina. A ferramenta de consulta e os resultados da pesquisa estão
disponíveis no Apêndice VIII.
73
Quadrante Alto índice de base de recursos e Alta Importância x
Maturidade: Esta seria uma tecnologia a ter sua base de recursos mantida ou
aumentada, pois será uma tecnologia relevante para o setor nos próximos 25
anos.
74
Figura 15 – Matriz de Priorização de Linhas Tecnológicas de Propulsão – Veículos
Elétricos.
75
Quadro 4 – Priorização de Linhas Tecnológicas de Propulsão – Veículos a Combustão.
Tecnologia Prioridade
76
Quadro 5 – Priorização de Linhas Tecnológicas de Propulsão – Veículos Elétricos.
Tecnologia Prioridade
77
8. MAPA ESTRATÉGICO
78
esse modelo de análise para a representação do ponto de partida (2009) e do
ponto de chegada (2034).
Forças Fraquezas
Oportunidades Ameaças
79
Forças: O que o país faz bem? Que recursos especiais o país possui e
pode aproveitar? O que outros países acham que nós fazemos bem?
Fraquezas: No que o país pode melhorar? Onde o país tem menos
recursos que os outros? O que outros acham que são as nossas
fraquezas?
Ameaças: Que ameaças (leis, regulamentos, concorrentes) podem
prejudicar o país? O que os países concorrentes andam fazendo?
Oportunidades: Quais são as oportunidades externas para o país que
você pode identificar? Quais tendências e "modas" se pode aproveitar
em nosso favor?
80
base nestas sugestões foram constituídos 2 grupos de trabalho, um
para combustão e outro para veículos elétricos.
81
Quadro 7 – Análise SWOT – Motores à Combustão (entre parêntesis, no final de cada
característica SWOT, encontra-se a dimensão mais relacionada a ela, segundo a definição
do quadro 6).
Forças ou Pontos Fortes (Strengths) Fraquezas ou Pontos Fracos (Weaknesses)
Aspectos internos ao país que ajudam o Aspectos internos ao país que atrapalham o
desenvolvimento das Tecnologias de Propulsão desenvolvimento das Tecnologias de Propulsão
• Economia estável e competitiva, linhas de crédito • Alta burocracia em processos de obtenção de linhas de
mais acessíveis. (M) crédito em valores expressivos. (IN)
• Potencial de crescimento alta (baixa relação de • Custo de credito alto que encarece o preço do veiculo (M)
habitantes / veículos) (M) • Tributação elevada na cadeia produtiva (M)
• Mercado receptivo a novas tecnologias de custo • Preço elevado de tarifas para infraestrutura (energia,
adequado (M) transporte, comunicação) (IF)
• Capacidade produtiva disponível maior do que a • Histórico reduzido em P&D anterior em tecnologias chave
demanda (M) como as relacionadas às baterias (TE)
• Flexibilidade tecnológica e de gestão para lidar com • Baixo investimento em cursos de formação e atualização
variedade e produção de pequenas series (TE) para profissionais na área (TA)
• Brasil como centro desenvolvedor de tecnologia no • Dificuldade para aumentar quantidade de profissionais para
setor automotivo. Engenharia local bem desenvolvida novos avanços (TA)
(TE) • Não existência de uma montadora / sistemista de capital
• Uso intensivo dos veículos comerciais e base nacional dificulta investimento pesado em tecnologias
empresarial (empresas de peso) reforça uso desses disruptivas no país (TE)
veículos • Foco no Desenvolvimento de biocombustíveis/etanol isola o
• 3º produtor mundial de ônibus Brasil da tecnologia do elétrico (TE)
• Mercado interno com grande potencial de • Falta de produção local de plásticos de engenharia
crescimento para veículos baratos (M) (poliamidas especiais, fibra carbono) (TE)
• Desenvolvimento de soluções adaptadas a cada tipo • Poucos centros de pesquisa e lab independentes (IF)
de mercado – ex. Biocombustíveis para • Legislação trabalhista dificulta: terceirização de funções
Diesel/veículos entrada, elétricos para veículos complexas de engenharia (IP)
premium/ (M) • Legislação trabalhista protecionista – dificuldade de
• Maior rigor na legislação ambiental/segurança (IP) terceirização, dedicação exclusiva, redução da jornada de
• Matriz energética renovável (M) trabalho, contratação de Mao de obra qualificada em
momentos específicos (IP)
• Falta de inspeção veicular atrapalha o desenvolvimento de
mercado (M)
• Variedade na qualidade do combustível (M)
• Culturalmente, consumidor não valoriza benefícios
tecnológicos de longo prazo (M)
Oportunidades (Opportunities) Ameaças (Threats)
Aspectos ao país que ajudam no desenvolvimento Aspectos ao país que prejudicam o desenvolvimento das
das Tecnologias de Propulsão Tecnologias de Propulsão
• Incentivo a inovação utilizando institutos de pesquisas • Países asiáticos possuem processo decisório mais rápido
e universidades (TE) para investir (IN)
• Aumento na demanda de cursos tecnológicos e • Países asiáticos com mais facilidade de crédito para
graduados (TA) expansão da capacidade produtiva (IN)
• Mercado saturado nos países desenvolvidos (M) • Países concorrentes mais próximos dos mercados
• Preço / disponibilidade de petróleo favorece consumidores (M)
desenvolvimento de soluções de motorização a • Preço / disponibilidade de petróleo favorece
combustão interna/híbridos (M) desenvolvimento de soluções de motorização a
• Maior demanda por sustentabilidade ambiental(M) elétrica/alternativos (M)
• Aplicação rigorosa da inspeção veicular (M) • Entrada dos veículos elétricos (TE/M)
• Incentivo a renovação da frota (M) • Falta de autonomia estratégica, centro de decisão de
• Potencial dos motores pequenos (duas rodas) para motores futuros esta fora do pais, restando questões de
redução das emissões em comparação com outros nicho para o pais (M)
veículos (M) • Outros países emergentes desenvolvem capacidade
• Liberalização do mercado de combustíveis: permitir tecnológica em automóveis populares, como México (TE)
utilização de motores a diesel nos veículos de
passeio – visando eficiência energética (M)
• Desenvolvimento da reciclagem como política social e
geração de renda (TE e M)
• Atualização de veículos antigos para novas
tecnologias retrofit (TE)
• Programas de incentivo ao desenvolvimento de
veículos comerciais dedicados (ex. ônibus transporte
escolar e urbano) (IP e M)
• Presença de produtos e empresas brasileiros no
exterior gerando maior competitividade (M)
82
Quadro 8 – Análise SWOT – Motores Elétricos (entre parêntesis, no final de cada
característica SWOT, encontra-se a dimensão mais relacionada a ela, segundo a definição
do quadro 6).
Forças ou Pontos Fortes (Strengths) Fraquezas ou Pontos Fracos (Weaknesses)
Aspectos internos ao país que ajudam o Aspectos internos ao país que atrapalham o
desenvolvimento das Tecnologias de Propulsão desenvolvimento das Tecnologias de Propulsão
• Economia estável e competitiva, linhas de crédito mais • Alta burocracia em processos de obtenção de linhas de
acessíveis. (M) crédito em valores expressivos (IN/IP)
• Capacidade produtiva disponível maior do que a • Preço elevado de tarifas para infraestrutura (energia,
demanda. (M) transporte, comunicação) (IF/IP)
• Mercado receptivo a novas tecnologias de custo • Histórico reduzido em P&D anterior em tecnologias
adequado (M) chave como as relacionadas às baterias (TE)
• Desenvolvimento de soluções adaptadas a cada tipo de • Não existência de uma montadora / sistemista de
mercado – ex. Biocombustíveis para Diesel/veículos capital nacional dificulta investimento pesado em
entrada, elétricos para veículos premium (M) tecnologias disruptivas no país (TE)
• Brasil como centro desenvolvedor de tecnologia no setor • Inadequação de algumas estruturas patrimoniais das
automotivo e de motorização elétrica (TE-/TA+) empresas para fins de financiamento (IF/IP)
• Maior rigor na legislação ambiental/segurança (IP) • Instabilidade institucional gerando aumento de riscos
• Recente Introdução da tecnologia flex demonstra que a para investidores (IP)
indústria brasileira é adaptativa e pró-ativa (TE/M) • Multinacionais com estratégias conflitantes em relação
• A matriz de transporte é predominantemente rodoviária aos interesses do Brasil (M)
(M/IF) • Insuficiência de mão-de-obra qualificada (TA)
• Diversificação da matriz energética, limpa e auto- • Custo Brasil (IF/IP)
suficiência em energia (M/IF) • Degradação da malha rodoviária (IF)
• Melhora progressiva da renda (M) • Inexistência de indústria de semicondutores (TE)
• Parque industrial de baterias chumbo-ácido é consolidado • Desconhecimento do rol de incentivos para a inovação
(produção e reciclagem) (IF/M) no país (IN)
• Engenharia de alta qualidade e competitiva (IF/M) • Ausência de capital de risco (IN)
• Fácil aceitação do mercado a novas tecnologias (M) • Jazidas de lítio insuficiente para atender ao mercado
• Capacidade do Brasil em fazer tropicalização de brasileiro (M/IF)
componentes (TE)
83
8.2 Visão de Futuro
A metodologia do CGEE define uma Visão de Futuro como “algo concreto que
a organização ou setor deseja alcançar num determinado espaço temporal. A visão
é uma descrição clara de intenções estratégicas da organização em prazos
determinados e é representada pela declaração do setor ou conjunto de empresas
sobre como ele entende que será o seu futuro”.
A partir desta lista inicial foi constituída, durante a oficina, uma equipe de 3
representantes dos especialistas para propor uma redação da Visão de Futuro, a
84
qual foi discutida e revisada e que, ao final, gerou a seguinte Visão de Futuro do
segmento de autopeças, considerando as Tecnologias de propulsão (híbridos,
elétricos etc.) e desenvolvimentos complementares para redução de tamanho, peso
e consumo energético para 2034:
85
8.3 Objetivos e Ações Estratégicas
86
Figura 17 – Mapa Estratégico – Desenvolvimento da Propulsão para Veículos a Combustão.
87
Figura 18 – Rotas Estratégicas nas dimensões de Mercado, Investimento e Infraestrutura Político-Institucional
para o Desenvolvimento da Propulsão para Veículos a Combustão.
88
Figura 19 – Rotas Estratégicas nas dimensões de Tecnologia, Talentos e Infraestrutura Física
para o Desenvolvimento da Propulsão para Veículos a Combustão.
89
Figura 20 – Mapa Estratégico – Desenvolvimento da Propulsão para Veículos Elétricos.
90
Figura 21 – Rotas Estratégicas nas dimensões de Mercado, Investimento e Infraestrutura Político-Institucional
para o Desenvolvimento da Propulsão para Veículos Elétricos.
91
Figura 22 – Rotas Estratégicas nas dimensões de Tecnologia, Talentos e Infraestrutura Física
para o Desenvolvimento da Propulsão para Veículos Elétricos.
92
9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
93
desenvolvimento podem ter maior impacto, além de ser, tradicionalmente, o
segmento mais carente em termos de recursos físicos, financeiros e de RH, além se
constituir também no segmento mais fortemente ameaçado pela crescente
competição internacional.
94
(Ciclo Otto, Diesel e outros, com combustíveis como gasolina, álcool, diesel, gás e
outros) e Motores Elétricos (Elétricos e Híbridos).
95
• Aumentar a qualidade e a oferta de talentos para o setor, especialmente no
que se refere aos aspectos ligados ao Desenvolvimento e Gestão de
Inovação Tecnológica.
96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BBC Brasil. Deputados dos EUA aprovam legislação ambiental de Obama. 26
jun. 2009. Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/06/090627_eualeiemissoesfn
.shtml>. Acessado em 10 setembro de 2009.
97
Apêndice I – Entidades e Membros do Comitê Gestor
98
Usiparts S/A Sistemas Automotivos
Adenides Esteves de Matos
DHB
Carlos Alberto Pereira
Giancarlo Mandelli
Luiz Carlos Mandelli
Keko Acessórios S/A.
João Catapani Neto
Formtap Indústria e Comércio S/A
José Carlos Pacovski
Controil Freios
Leonildo Bernardon
PST Eletronics S/A
Marcelo Debien
Sabó Indústria e Comércio de Autopeças Ltda.
Orlando da Mota Pavan
Rodrigo Vilela Cecílio
Metalpó Indústria e Comércio Ltda.
Paulo Cesar Amaral Maluf
Mangels Indústria e Comércio Ltda.
Paulo Cicconi
Fras-Le S/A
Paulo Emilio Dias Varante
99
Apêndice II – Relatório da Pesquisa Percepção de Lideranças
Relatório da Pesquisa
PERCEPÇÃO DE LIDERANÇAS
Junho, 2009
100
Contextualização e objetivo da pesquisa
Metodologia da pesquisa
101
Biografia das lideranças entrevistadas
Rogerio Vollet é gerente da Engenharia de Tecnologia e Arquiteturas Elétricas Avançadas da
GM do Brasil. Foi da GM Alemanha e líder de projetos globais. Possui MBA e é mestre em
engenharia elétrica pela Universidade de São Paulo (USP).
Flávio Campos é diretor de engenharia da Delphi para a América do Sul e diretor da SAE
Brasil, seção São Paulo. É líder Black Belt Six Sigma e atua em estratégia, planejamento,
desenvolvimento e inovação na empresa.
Flavio Gussoni é o atual diretor comercial-corporativo da Magneti Marelli e foi diretor comercial
da divisão Powertrain.
Luc de Ferran foi mentor de uma série de automóveis FORD, entre eles o Corcel II, Del Rey,
Pampa, Escort, Fiesta, Ka, Courrier, Escort XR3 e EcoSport e o motor Rocan. É formado em
engenharia pela Escola Politécnica da USP e pai de Gil de Ferran, campeão de Indianápolis na
Fórmula Indy.
Cláudio Vaz é economista e atua no setor automotivo desde os anos 70. Dedicou a diversas
empresas de autopeças e participou na política industrial do setor. Foi presidente do
SINDIPEÇAS (1992-1994) e do CIESP.
102
Questões de mercado
Na sua visão, quais são os fatores que movem a política de desenvolvimento, produção e
inserção nos mercados das montadoras?
Dependendo dos fatores levantados acima, a política das montadoras pode priorizar a
engenharia global ou regional. A infraestrutura instalada foi outro fator decisivo para futuros
investimentos no país do ponto de vista das montadoras.
Qual será o diferencial competitivo das autopeças brasileiras nos próximos 25 anos?
Capacidade de tirar proveito das vantagens tributárias que o Estado Brasileiro já criou e deve
criar no futuro;
103
Alavancar insumos básicos para oferecer produtos específicos manufaturados, como as
mineradoras ao estender sua cadeia de valor para produtos estampados, forjados e
fundidos. No Sul de Minas Gerais já há um caso. Os produtores de resinas poderiam
abranger plásticos injetados, vácuo formados, etc;
Soluções de menor custo, considerando que o mercado brasileiro está ansioso por
tecnologia e, ao mesmo tempo, tem restrições de consumo;
Montar cadeia de valores a partir de produtos básicos, com menos participantes e com fluxo
de caixa e lucratividade mais favorável, a exemplo das montadoras japonesas que são mais
verticais e mantêm um certo domínio sobre sua cadeia de valores. Além disso, deve se
preocupar com a cadeia produtiva como um todo, observando questões sensíveis como o
trabalho degradante e escravo.
Questões de tecnologia
Qual será a forma de propulsão predominante nos próximos 25 anos? Quais serão as
tecnologias críticas?
Diversas visões sobre as formas de propulsão veicular nos próximos 25 anos foram
relatadas, algumas mais conservadoras, outras mais ousadas, mas todas apostando na ideia
de que não haverá uma única solução. O pensamento comum aponta para a quebra da
hegemonia da propulsão por petróleo, seja ela por soluções elétricas, célula-combustível,
motor Otto otimizado para combustíveis biomassa, etc. As visões levantadas sobre esse
tema incluem:
104
O Brasil deverá continuar usando o álcool, por ser mais barato e ter tradição. As outras
soluções (hibrido e elétrico) ainda são caras no momento para entrar no mercado brasileiro;
Inexistência de um padrão dominante global, com soluções mistas devido aos custos da
energia em cada região. Deve haver uma disponibilidade de tecnologias multicombustíveis
aplicados em escala. O Brasil é rico em recursos hídricos e talvez cause menos emissões se
a opção por energia elétrica for utilizada nos carros. Países com petróleo abundante devem
continuar usando aquela fonte de energia. Pode-se prever no médio e longo prazo um misto
de fuelcells, bicombustíveis e eletricidade;
Em 2034, a matriz energética estará ainda mais diversificada e a eletrificação deve crescer
no país. No curto prazo (0–5 anos), o veículo movido a motor de combustão interna (Otto ou
diesel) continuará dominante, mesmo que seja para amortizar investimentos passados. Em
um horizonte de 25 anos e talvez antes (2022), podemos ver dois caminhos para países
emergentes:
• Veículos “plug-in” elétricos com bateria de lítio – (carro igual ao celular, mas ao invés de
falar, ele anda), isto se aplica a veículos de duas rodas e carros de passageiros das
classes A e B. Seria uma solução de baixo custo para um veículo de uso diário em torno
de 150 a 250 km e recarga nos intervalos. Interessante ressaltar o fornecimento de
baterias lítio e quem está por trás disso atualmente. Tem lítio na Argentina, Paraguai,
Chile. No Brasil tem que desenvolver e deixa mais favorável o carro elétrico. Junto com o
carro elétrico, serão necessários painéis solares. Nesse conceito, também foram citados
para o longo prazo os veículos hidroelétricos (movidos a hidrogênio) que se pretende
testar no âmbito do projeto de colaboração entre Fiat, Itaipu e Mes-Dea para
desenvolvimento do carro elétrico;
• Veículos híbridos – combustão + elétrico, apesar de serem caros, pois têm as duas
soluções. De todo modo, o Brasil deve continuar com os motores movidos a etanol ou
derivados de biomassa, com ciclo Otto, porém serão extremamente inteligentes e
otimizados, seja no ganho do combustível ou no powertrain. Como o etanol é um
combustível em abundancia no pais, não devemos abdicar dessa riqueza econômica e
de meio ambiente;
Para os entrevistados, o capital puramente nacional é algo quase inviável em qualquer país
do mundo. Mesmo que o proprietário da empresa seja brasileiro, ele vai recorrer a
investimentos de bancos internacionais que terão participação de fundos e, portanto, estará
alavancando o capital externo, principalmente para desenvolver inovação no setor
automotivo. Quando se fala de motor, empresas dedicadas precisarão estabelecer parcerias
com as montadoras, já que os fabricantes de motores no país são as próprias montadoras,
que devem manter esse domínio. Fabricantes independentes farão, como já fazem hoje,
contratos de médio e longo prazo com algumas montadoras.
105
A capacidade de desenvolver motores vai depender da qualidade do projeto, visando uma
plataforma de produção que deve suprir o mercado nacional e internacional. Vai depender
também de quanto o Brasil consegue investir na mesma velocidade, seja em tecnologia, seja
em capacidade, para poder competir mundialmente. Neste caso, não se pode pensar em
proteção do governo para barrar produtos de fora. Os países cresceram e tiveram êxito
porque enxergaram a necessidade de investir em tecnologia adequada e estavam abertos
para o mercado mundial.
• Carros que atendam a base da pirâmide social, ou seja, para aqueles cidadãos com
menor renda. Trata-se do carro popular que poderia ampliar a base de consumo. O
Brasil deveria fazer o carro verdadeiramente popular, de 6 a 7 mil Dólares;
• Requisitos específicos dos mercados: longas distâncias, tráfego pesado, vias precárias,
sobrecarga, combustíveis inconstantes, problemas com segurança, regulamentação
complexa e não compatível, custos altos de licenciamento e seguro, manutenção do
valor de revenda;
106
mundo que algumas montadoras já descobriram e, portanto, uma oportunidade para que o
país faça projetos automotivos.
O que se pode desenvolver no Brasil e levar para outras partes do mundo? Quais são os
nichos tecnológicos em que estas empresas podem/devem se concentrar? O que as
empresas de autopeças brasileiras já podem ou deveriam ser estimuladas a desenvolver?
Os entrevistados vislumbraram algumas áreas que podem ser desenvolvidas e levadas para
outras partes do mundo. Entre elas incluem:
Face as oportunidades, as dificuldades para exportar ainda são grandes e foram lembradas,
pois os países desenvolvidos são exigentes e contam com profissionais extremamente
qualificados. Por outro lado, a engenharia brasileira está bastante capacitada para
desenvolver produtos e apresenta potencial para inseri-los em países da África, China,
México, etc.
Com relação à área de ferramentaria, trata-se de um negócio que não é mais rentável hoje,
até pela ociosidade da capacidade de produção.
Questões de incentivos
Quais são as empresas de capital nacional que têm maior chance de desenvolver
competências relevantes para a cadeia produtiva do setor, no curto e principalmente no
longo prazo? Como políticas e iniciativas públicas podem contribuir neste processo em um
horizonte de 25 anos?
107
pesquisa alocando recursos humanos e financeiros adequados, a empresa nacional poderia
se equiparar em termos de know-how a uma empresa internacional.
Com relação às políticas e às iniciativas públicas que podem contribuir para o processo de
desenvolvimento de competências nacionais nos próximos 25 anos, deve existir uma
disponibilidade não só recursos financeiros, mas também de tecnologias e de conhecimento.
Existem uma série de ações ligadas à promoção do know-how que precisam de suporte,
desde a disponibilidade ao investimento. Isso tudo pode fazer uma grande diferença no
futuro e, quanto mais rápido o Brasil investir na capacitação tecnológica, mais rapidamente
ele estará apto a poder jogar de igual pra igual em qualquer mercado.
Hoje no Brasil são formados 30 mil engenheiros anualmente voltados para a área automotiva
e ainda é muito pouco se comparado com a China que coloca 600-700 mil a cada ano. O
Brasil precisa trabalhar na estrutura e motivação dos estudantes.
A Lei da Inovação e do Bem já foi um grande passo que despertou o interesse do empresário
e começa gerar projetos de pesquisa no Brasil. Ainda existe burocracia, mas que é uma
questão de amadurecer o programa. Além dessas, existe muito espaço para crescer e
inovar. O setor automotivo mereceria uma Lei Rouanet para o desenvolvimento da
engenharia.
Existência de alianças com sistemistas externos que tenham atuação global para importar
e/ou produzir peças em mais de um país. Se a aliança com outra empresa existir, ela deve
estar vinculada a empresa de autopeças de modo transparente para a montadora.
108
Algumas linhas de financiamento foram apontadas como formas de incentivar a atratividade
das empresas, apesar das dificuldades enfrentadas para obter tais financiamentos (ex.
BNDES e Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP). Para um grande número de
empresas, essas ferramentas de fomento ainda são pouco utilizadas, talvez por desinteresse
do empresário.
Questões de talentos
Perspectivas diversas foram apontadas quanto às competências que serão demandadas das
autopeças brasileiras nos próximos 25 anos. São elas:
O país ainda está aquém do conhecimento que existe lá fora em todas as autopeças. Com a
globalização, pode se ganhar acesso a conhecimentos externos, mas o processo é lento e
muitas vezes o representante no Brasil não consegue ter a mesma fluência no assunto. É
comum a montadora pular a autopeça nacional, indo direto para o fornecedor externo. A
competência técnica das autopeças deixa a desejar e elas devem investir muito em
treinamento e também num rodízio para trazer especialistas externos para trabalhar no país
e vice-versa.
A agilidade e flexibilidade para absorver demandas muito voláteis. O grande desafio não será
específico a uma tecnologia, mas sim ao seu custo e qualidade que pode ser trabalhada com
ferramentas do tipo 6-Sigma e estrutura de relacionamento (TVM-total value management
que olha a cadeia de valor para deixá-la mais transparente).
As áreas mais demandadas devem ser metal mecânico, eletroeletrônica, design, produção e
materiais. Nessas áreas, será preciso criar cursos para capacitar mais rapidamente o
engenheiro automotivo. Hoje o treinamento atende, mas precisa de um processo para
acelerar a formação do profissional e cortar pela metade o tempo de formação. É preciso
estimular processos de capacitação, onde o governo poderia ter um papel maior, e capacitar
num nível mais avançado já que graduação esta num nível bastante razoável.
A gestão de empresas também é outra área para ser trabalhada no futuro. O Brasil já tem
nos seus cromossomos uma capacidade de gerenciar com flexibilidade, mas na gestão de
empresas é preciso competência e uma base de formação.
Olhando o Brasil como um todo, a colaboração entre empresas e instituições de P&D precisa
de maior desenvolvimento. No longo prazo, um fator estratégico sempre vai ser a qualidade
das pessoas, da formação, da educação. Quando se tem boas universidades, tem jovens
que vão nascer com novas idéias de negócios. O Venture Capital é um modelo interessante
que escolhe boas idéias fora das empresas e boas pessoas para desenvolver. Hoje temos
Campinas que tem um bom nível de relacionamento entre as empresas e as universidades.
109
Mas, considerando o tamanho do Brasil, sua população e o comparativo com os Estados
Unidos e Japão, percebe-se um GAP muito importante. Novas políticas deveriam
desenvolver a estratégia do Venture Capital.
110
Apêndice III – Ferramenta da consulta eletrônica e resultados
da Pesquisa Avaliação do Grau de Relevância das Tendências
111
Tela de análise das Tendências da dimensão de Mercado
112
Resultados da Análise de Tendências Automotivas - Mercado
113
Resultados da Análise de Tendências Automotivas – Meio Ambiente
114
Resultados da Análise de Tendências Automotivas – Social
115
Apêndice IV – Participantes da 1ª Oficina – Identificação de
Oportunidades
Data: 04 e 05/6/2009
NOME INSTITUIÇÃO
Adenides Esteves de Matos USIPARTS
Adriana Melo USP
Adriano Braun CGEE
Alexandre Gaino ABDI
Arnaldo Guido SINDIPEÇAS
Carlos Alberto Pereira DHB
Claudio Chauke CGEE
Clayton Campanhola ABDI
Fabio E. P. Braga SAE BRASIL
Fernando Rizzo CGEE
João Catapani Neto Keko Acessórios
José Carlos Pacovski FORMTAP
Leonildo Bernardon Controil Freios
Liliane Rank CGEE
Marcelo Debien PST Eletronics
Mario Farah SAE BRASIL
Orlando da Mota Pavan Sabó
Paulo Cesar Amaral Maluf Metalpó Indústria
Paulo Cicconi Mangels
Paulo Emilio Dias Varante Fras-le
Reginaldo Arcuri ABDI
Roberto Marx USP
Rodrigo Vilela Cecílio Sabó
Tiago Toledo Ferreira BNDES
116
Apêndice V – Timeline História do Futuro do Setor
117
Apêndice VI – Ferramenta de Consulta e Resultados da
Análise de Cenários
118
Ferramenta de Consulta online – Tela de consulta
119
Conteúdo gerado na consulta
Frases
Em 2034, home office e escritório presencial se igualam. A renda maior aumenta ainda mais a demanda
por veículos e a questão sustentabilidade estará cada vez mais presente para a maioria da população.
As empresas desenvolvem carros incorporando tecnologias de ponta a menor custo e haverá
maior avanço da propulsão alternativa ou mista.
2022 - Fabricação de peças para carros movidos a combustíveis diferenciados: etanol, energia
elétrica, outros. 2034 - Oferta de serviços especializados para adequação de peças aos novos modelos.
- Oferta de alternativas para o desenvolvimento de novos modelos - interface direta com montadoras e
fabricantes de veículos automotores.
120
Fornecimento de peças construídas com e somente material reciclado devido a escassez de recursos
naturais. Motor a hidrogênio e seus componentes. A automação em estradas e avenidas. Infraestrutura.
A diversificação do transporte público. Trens de alta velocidade. Transporte ferroviário de cargas. Anéis
viários interligando armazéns de cargas.
Como as empresas de Autopeças são, majoritariamente, multinacionais, somente, um fomento
governamental faria com que desenvolvimentos fossem iniciados no Brasil. Vide Pró-Álcool, por
exemplo. O Brasil deveria disputar a liderança do país mais verde do mundo.
Considero que o fator mais importante para as empresas aumentarem sua competitividade seria o
desenvolvimento de tecnologias que agredissem menos o meio ambiente destacando-se assim no
cenário mundial e conseguindo amplo apoio dos órgãos governamentais.
- produtos/ tecnologias \"clean\"
A partir de 2022 o desenvolvimento de veículos deverá estar focado nos PEV (Veículo Puramente
Elétrico). O foco para aumento da competitividade deverá estar centrado nos componentes relacionados
a estes veículos, mas tão importante quanto no desenvolvimento de novos materiais/ alternativos que
possibilitem a redução de peso dos veículos amplificando a sua performance. Novos compostos
que incorporem a utilização de recicláveis e fibras naturais seriam chave no desenvolvimento das
empresas que deveriam já estar pesquisando esta área antes de 2022.
Em 2034, a concentração de produtores de automóveis continua. Tal mudança na cadeia automotiva
isola o Brasil que mantém foco em exportação de commodities e importação de produtos de maior valor
agregado
Trazer empresas de autopeças para produzir no Brasil, 2022
2034 - Desenvolvimento de serviços relativos à produção de autopeças, buscando alternativas de
ampliação da cadeia produtiva e a agregação de valores.
Desenvolvimento de soluções de segurança e conforto nas cabines
Investimento em engenharia (laboratórios, recursos humanos, interação com centros de pesquisa
nacionais e internacionais) em busca de maior proximidade aos centros de desenvolvimento das
montadoras.
Temos ainda montadoras em vários paises até o ano 2024, existindo um bom volume de mercado de
manutenção; A partir de 2034 as montadoras serão intercontinentais e os paises emergentes produzirão
componentes para as montadoras e para o mercado de reposição
2022 e 2034 - Investir em tecnologias que ajudem a baratear veículos - novos materiais, eletrônica
Existência de uma indústria automotiva independente das grandes montadoras. Sem o loteamento do
mercado definido pelas multinacionais.
As empresas de autopeças precisarão estar presentes na época do projeto e do desenvolvimento global
dos produtos. Para isso, a associação a empresas globais e a presença da engenharia brasileira
nos centros de desenvolvimento globais é fundamental. O Brasil não poderá se conformar em ser
um mero exportador de commodities.
Produção de biodiesel
O desenvolvimento de laboratórios certificados e campos para validação de novos produtos, adequados
a condições locais será uma necessidade para manter a competitividade das autopeças brasileiras.
As empresas brasileiras deverão investir em P&D&I, formando equipes de trabalho que se diferenciem
dos demais pólos produtivos mundiais. Vemos oportunidades em design, tecnologias para motores
limpos, desenvolvimento de novos materiais e sistemas de transporte inteligentes.
Oportunidade de adaptação de veículos para países emergentes, com condições parecidas com o Brasil.
Para isso o Brasil deverá ser considerado no rol de países sede de projetos.
Novos modelos de negócio envolvem principalmente as montadoras e fornecedores de serviços
associados. A oportunidade aqui é a que as autopeças consigam também rever o seu modelo de negócio
e, se possível, oferecer serviços novos para clientes finais e/ou clientes da cadeia automotiva ou mesmo
diversificar a oferta de produtos visando outras cadeias produtivas.
Eficiência enérgica deve ser a motivação básica. Tanto para a fabricação de componentes como para os
veículos. Assim, a oportunidade tecnológica estará ligada a materiais mais leves, resistentes e de
pouco uso de energia na sua fabricação.
O Brasil evoluiu de importador de tecnologia para exportador de soluções (Mão de obra) não perdendo o
foco em tecnologias de custo beneficio atraente, pois o mercado local majoritário mantém esta
característica para massificação de produto. Porém somos um pólo gerador de desenvolvimento e
principalmente aplicação exportando soluções.
121
Sobra nada a fazer
Quanto mais concentrado o mercado pior para os países sem montadoras locais. A concentração de
montadoras leva à concentração do desenvolvimento de autopeças junto aos centros de
desenvolvimento das montadoras.
Desenvolvimento de veículos com preços mais competitivos atraindo assim o interesse de um maior
numero de países.
Formulação pouco clara: se a concentração de produtores aumenta, como a escala diminui? Acho
pouquíssimo provável o cenário, se entendi a formulação. Só cabe a questão para empresas de capital
nacional. Se o mercado estiver concentrado e fora do país, se as nacionais se internacionalizarem com
peso.
Concordo com a concentração de produtores, mas a consequência natural é o aumento da escala. O
mercado mundial de veículos, principalmente emergentes, tem tamanho e escala que no futuro devem
impactar a exportação de veículos completos. O fenômeno do Japão nos EUA não deve se repetir. O
custo ambiental de se exportar grandes lotes de veículos passará a ser medido e a velocidade de
mudança para atender os clientes de maior renda do futuro vai necessariamente passar pela localização
das plantas perto dos mercados. Assim o que as autopeças deveriam focar antes de 2022 é na
estratégia de aumentar a qualidade e valor dos produtos que fabrica. Temos definitivamente que
investir no aumento de tecnologia.
Em 2022, a legislação (inspeção veicular) e educação reduzem moderadamente o número de acidentes
com uma maior conscientização da população. Com as mudanças climáticas cada vez mais evidentes,
há maior fiscalização da legislação (maiores exigências aos padrões de emissão, reciclagem,
reutilização, etc.) e o preço do petróleo situa-se em níveis elevados (US$70-100) e outras alternativas de
fonte de energia serão pensadas.
Investimento pesado em peças para automóveis utilizando combustíveis alternativos, 2022
2022 - Desenvolvimento de soluções a serem incorporadas nos veículos que sejam economicamente
viáveis e \"verde\". - desenvolvimento de soluções que respeitem as normas e ordem social.
Sistemas de monitoramento do desgaste das peças criticas
Investimento em práticas sustentáveis: seleção de fornecedores e melhoria dos processos e adoção de
tecnologias verdes.
A educação e a segurança no trânsito exigirão produtos mais sofisticados e com maior qualidade. Para o
ano 2034, os combustíveis - energia elétrica com solução definitiva para um mundo melhor.
2022 e 2034 - Investir em desenvolvimento de novos materiais, novas tecnologias alternativas ao
petróleo - elétrico / biocombustíveis/hidrogênio
Carro elétrico com recarga solar.
Produção de biodiesel
O meio ambiente e a sustentabilidade serão as palavras-chave dos próximos anos e décadas. Os
combustíveis e as formas de energia alternativas serão desenvolvidos e disponibilizados no
período. As indústrias de autopeças precisarão se manter atentas a esse desenvolvimento, para
não serem surpreendidas por uma rápida saída do mercado em razão de obsolescência de produtos e
serviços hoje importantes.
Investir em tecnologias e posicionamento de mercado associadas a: 1. Componentes mais leves
(plásticos de alta performance etc) para diminuir o consumo de energia. 2. Componentes mais
amigáveis à sustentabilidade ambiental (menores resíduos; 3. emissões de gases; origem renovável e
fácil disposição). 4. Investir em imagem/marca de empresa comprometida com a sustentabilidade.
Neste aspecto o inicio de um processo sustentado e regulamentado de Remanufatura de Autopeças
será uma grande oportunidade para a cadeia de autopeças. Este processo já é bastante consolidado nos
EUA e Europa, mas hoje temos um terreno pouco fértil pois o mercado de peças usadas no Brasil está
hoje mais associado a crime do que a uma atividade empresarial organizada e ambientalmente
responsável.
As empresas devem investir em novas tecnologias em sistemas de força (motor e transmissão),
bem como em itens de segurança.
Oportunidade de desenvolvimento e fabricação de itens/componentes mais verdes e de segurança (a
popularização fará com que o preço caia).
122
Autopeças terão que rever seus processos internos, especialmente no que diz respeito à manufatura,
para que possa continuar a fornecer para a cadeia produtiva, tanto nacional como internacional. Os
parâmetros de fornecimento que vinculam atenção ao meio ambiente e sustentabilidade terão que
ser obedecidas por estas empresas. No que se refere ao processo de desenvolvimento de produtos, o
mesmo deverá ocorrer, mas aí está se falando de especificações de produto e de processo.
Inicialmente: Inspeção Veicular deveria ser tema para 2009 e não para 2022! Sistemas anticolisão,
independentes do motorista deverão ser oportunidades para evitar acidentes. Sistemas que impeçam o
motorista de realizar manobras perigosas deverão equipar os veículos. Pelo estado da arte acho isso
possível já em 2015
A inspeção veicular não mais existe e é feita remotamente através do sistema de diagnostico do veiculo,
o proprietário recebe alertas e prazos apenas para as exceções e as próprias concessionárias assumam
a manutenção reparativa dos veículos. Toda a rede criada, no entanto se dedica a tarefas mais
especificas de configuração e retrofiting de veículos mais antigos adequando-os a novas tecnologias em
uso. Sistemas anticolisão são mandatórios sistemas ativos e passivos de segurança são de série
e a tecnologia se foca em evitar acidentes a partir da comunicação veiculo-veiculo.
123
nacional competitiva focada em nichos de mercado, com características próximas as do Brasil.
No Brasil haverá oferta de carros mais baratos do que os dos países desenvolvidos, mas a tecnologia
mais moderna também deverá estar presente nestes carros. Isto significa que um bom domínio
tecnológico deverá estar incorporado nas empresas de autopeças de forma geral. Assim estas empresas
deverão ter sua área de engenharia de produto e processo bem sedimentada, de acordo com a área de
atuação da mesma.
Mais conhecimento de eletrônica gerado no Brasil! Para atender requisitos de segurança, economia de
energia e conforto, sistemas eletrônicos deveriam ser desenvolvidos e produzidos aqui. Imagino uma
dependência tecnológica no futuro: condenação a importar componentes básicos: sensores, chips,
control boxes etc
A infraestrutura de ITS embora ainda em atraso já oferece tecnologias de interface adequadas aos
dispositivos instalados de fábrica em veículos. Toda a fiscalização burocrática e técnica necessária a
circulação dos veículos é feita eletronicamente e o gerenciamento pode ser remoto. O proprietário do
veiculo somente é chamado caso um dos sistemas continue a operar sem correção por determinado
período superior de tempo assim como passado o prazo de regularização dos documentos.
Nada a declaras além de concordar com a descrição
Se o governo não decidir que o Brasil deve liderar o processo de gerenciamento de tráfego, a
tecnologia virá de fora!
Em 2034 focar desenvolvimentos em tecnologias de controle de trafego e navegação que possam
estimular ainda mais o uso dos veículos e diminuir o impacto sofrido com a concentração de veículos.
Sistemas de controle e integração de sistemas eletrônicos, tecnologias de comunicação (tipo M2M via
chip de celular, p. ex, pensando hoje), tração elétrica + bateria, H2
As empresas de autopeças só serão beneficiadas se lançarem sua estratégia à dos governos na
definição e implementação de um sistema viário viável, o qual vai além do carro. Portanto novos setores
e segmentos devem ser focados para que as tecnologias acima possam se desenvolver.
Há atração de alunos e profissionais para o setor e as associações do setor automotivo ganham
importância (SINDIPEÇAS, SAE, AEA e etc.) em cooperação com as universidades (marco legal,
interação universidade empresa, talentos, P&D etc).
Desenvolver propriedade intelectual para incorporar em produtos e licenciar, 2022.
2022 - RH preparado para o trabalho em áreas transversais do conhecimento. Conhecimento sistêmico
que possibilite a flexibilidade para novos processos e projetos de produção.
Investimento na engenharia de processos e de projetos
Investir em desenvolvimento de produtos em linha com as grandes montadoras.
Para a capacidade de desenvolvimento tanto para 2024 ou 2034 é uma questão de sobrevivência das
organizações e das pessoas humanas. As indústrias terão escolas próprias de formação de talentos.
2022 2 2034 - Investir em parceiras com universidades e centros de pesquisa, aproveitando
recursos governamentais
Produção de biodiesel
As empresas precisam incentivar seus engenheiros e técnicos a permanentemente se atualizarem,
através de cursos de pós-graduação, mestrados profissionais e participação nas associações que
difundem conhecimento, como SAE, AEA etc. Essas associações terão papel relevante na ponte entre a
universidade e a indústria, levando de forma prática às indústrias o conhecimento científico das
universidades e levando às universidades as necessidades da indústria.
1. Estabelecer políticas de desenvolvimento em parcerias com os demais elos da cadeia produtiva
(automotiva; fornecedores de equipamentos; design etc), órgãos de CT&I e governo; 2. Desenvolver
competências profissionais em talentos voltadas para PD&I;
Parceria com universidades e governo para o desenvolvimento de novas tecnologias.
Ampliação da relação universidade-empresa, desenvolvimento de modelos de especialização de
engenheiros liderados pelas associações e oferta de infraestrutura tecnológica compartilhada entre
diversas empresas, podendo ou não, ser gerida pelas associações.
Autopeças deverão ser capazes de atrair talentos adequados as suas necessidades. Oferecimento de
educação continuada e de oportunidade de crescimento profissional serão chaves para tanto.
124
empresarial
A política de incentivo através de programas tecnológicos (FINEP, PPB, LEI DO BEM) tornam o pais
tecnologicamente competitivo sem falar nos custos de desenvolvimentos. Pela atividade conjunta
desenvolvida no passado as empresas se habituaram a contratar a mão-de-obra acadêmica que
desenvolveu os projetos incentivados e a cooperação indústria privada e acadêmica já faz parte da
estratégia dos departamentos de P&D das autopeças. Convênios e consórcios tendo como
patrocinadores as entidades de classe são comuns no mercado. E as entidades passam a ter
departamentos técnicos de apoio (Steering comittes) para priorizar áreas estratégicas de
desenvolvimento de auto-suficiência em tecnologia: Wirelles, Streaming Digital, Comunicações, ITS,
Telemática etc.
Projetos de inovação radical em rede aberta na fase pré-competitiva
Os recursos acompanharão a velocidade da implementação da tecnologia e continuaremos não gerando
talentos para desenvolvimento de produtos e tecnologias. A carreira de técnicos para desenvolvimento
de produtos não tem atrativos suficientes.
Precisamos fazer com que as Universidades criem e incentivem seus alunos e detentores do
conhecimento a passarem um bom tempo da sua carreira na indústria, aplicando as pesquisas da
universidade na pratica da indústria.
Há aprimoramento da legislação trabalhista e tributária, estímulo a P&D, bem como maior agilidade do
Judiciário e de registro de patentes.
Investir em propriedade intelectual para melhorar produtos e licenciar patentes, 2022.
Relações contratuais e de cooperação de longo prazo junto a sistemistas e montadoras
Ampliação dos investimentos em P&D apoiados nos mecanismos de financiamento resultantes da
estabilidade econômico-institucional.
Havendo mais renda para todos, haverá mais demanda. Em 2034 os veículos serão muito limpos em
todos os sentidos. Terão uma vida útil bem mais curta, havendo necessidade de substituição pela
busca de novos modelos.
Produção de biodiesel
Para poderem estar na crista da onda do desenvolvimento empresarial dos próximos anos, as empresas
terão que implementar as mudanças que as novas leis venham a facilitar. Particular atenção deverão ter
as empresas para utilizarem de maneira inteligente e profícua os incentivos criados por todas as esferas
de governo.
1. Os resultados dos desenvolvimentos em PD&I devem ser valorizados e protegidos por patentes ou
segredos industriais.
2. Estabelecer vigilância dos meios de regulação (nacional/internacional - tarifas não tributárias) para
antecipação/proteção dos desenvolvimentos de PD&I e marcas.
A redução de 40% nas alíquotas de importação praticada no Brasil permite que as Montadoras importem
produtos e sistemas completos usando este benefício. Ou que utilizem esta redução para pressionar a
indústria brasileira a praticar preços muito baixos, comprometendo sadia rentabilidade. A assimetria que
isso traz com a Argentina é fator de atrito constante. Se o objetivo é fortalecer as empresas de autopeças
aqui estabelecidas o adequado é a extinção do redutor, prevalecendo as alíquotas da TEC. Em beneficio
da Proposta acima, há que se considerar a valorização do Real que facilita e barateia as importações,
além de tornar mais difícil as exportações. Esta tendência é irreversível pelo próprio comportamento dos
preços das commodities
Início imediato de novos modelos de trabalho, que sejam mais flexíveis: home-office, contratos por
projeto, desenvolvimento através de parcerias globais, entre outros.
Equalização da situação tributária e trabalhista permitirá maior competitividade internacional da indústria,
assim como ampliação do mercado interno, decorrente da diminuição dos preços dos veículos. A
intensificação da parceria público-privada torna a gestão do "setor" mais estratégica, e menos de
curto prazo.
Autopeças devem estar preparadas para utilizar os recursos que o governo coloca a disposição destas
empresas, seja subsídios, seja estímulos do tipo que a lei do bem e da inovação oferecem. Precisam
monitorar e utilizar efetivamente o que de novo poderá ser oferecido.
Na infraestrutura político-institucional dever-se-ia eliminar os conflitos de competência entre os poderes e
entre os Ministérios. Transito está ligado ao |Min das Cidades. Policia Rodoviária (cuisa de transito) está
no Min Justiça e assim por diante. Porque não um órgão \"forte\" para todas as questões de transito?
125
As patentes brasileiras passam a ser reconhecidas no exterior, principalmente na área de combustíveis
ou sistemas de gerenciamento de motores com combustíveis renováveis (Verdes). Engenheiros
brasileiros adaptam o conceito de carro elétrico ou Hibrido a tecnologia FLEX e ganham um veiculo
multicombistivel muito mais diferenciado que as versões Européias e Americanas. Novamente a arte de
atingir um custo - beneficio em regime de escala transcende os padrões internacionais.
Manutenção dos projetos sem grandes novidades
A infraestrutura continuará aquém dos desenvolvimentos automobilísticos.
O Brasil necessita de um salto quântico. Os recursos naturais de que dispomos são a maior
oportunidade de desenvolvimento de tecnologia agregada a novos materiais.
Uso de materiais "sustentáveis"
2022: migração dos esforços para as novas oportunidades, aproveitando o estoque de recursos naturais
existentes, o que facilita a adoção de \"práticas verdes\" em bases competitivas.
Cada vez mais novos modelos de veículos, novas tecnologias e novos materiais, novos sistemas de
segurança, novos combustíveis. Em 2034 realmente termos a energia elétrica como o combustível
mais utilizado. O transporte de mercadorias será realizado por trens e navios e o reparte por veículo de
médio porte que circularão nos centros urbanos.
2022 e 2034 Investir em tecnologias alternativas de mobilidade - novos tipos de automóveis mais
compactos para uso urbano
Produção de biodiesel
Os governos municipais, estaduais e federal terão que investir em infraestrutura urbana nos dois
períodos considerados. A curto prazo, há a necessidade de se ampliar a malha de vias para circulação
de veículos, que, mesmo de menores dimensões do que os atuais, serão bem mais numerosos. Ao
mesmo tempo investimentos em um transporte coletivo de melhor qualidade do que o atual permitirão
que o indivíduo use seu carro para chegar perto dos centros urbanos, estacione de forma fácil e barata e
se utilize de uma das formas de transporte coletivo para dentro das cidades. É chegada a hora em que o
governo tem que aplicar de forma intensa em infraestrutura urbana os recursos obtidos através da
pesada taxação dos veículos individuais.
Além das inovações tecnológicas mencionadas (carro elétrico; componentes mais leves; insumos
mais amigáveis ecologicamente), o carro poderá portar outras funcionabilidades tais como:
brinquedos internos para as crianças; TV interativa; Computador a bordo etc (considerar o
telefone celular como modelo de inovação)
Quanto à tecnologia parece-me que o caminho é parecido com o do cenário Pessimista. O que deve ser
diferente é o numero de empresas capacitadas a atender a demanda com estas novas tecnologias em
volumes maiores. A cadeia de fornecedores da indústria brasileira hoje ainda esta em um nível de
aprendizagem/entendimento e adequação ao nível das tecnologias atuais. Neste sentido os paises
asiáticos já saltaram na frete em termos de desenvolvimento, qualidade, quantidade e custo.
Investimentos em tecnologias que proporcionem peças mais leves e resistentes, além de recicláveis.
Empresas de autopeças devem desenvolver novas soluções para mobilidade.
Nos leis de reciclagem dos veículos são emitidas e a engenharia deve se adaptar as situações de
contorno. O transporte intercentros é priorizado com veículos que comutam entre os pequenos centros
urbanos. O transporte coletivo e o compartilhado merecem especial atenção. Formas limpas de
mobilidade (Elétrico / Fuel Cells) coexistem ou são estes apenas os permitidos como mobilidade nos
centros urbanos
Tecnologia inteligente de relacionamento veículo/central de tráfego para recálculos de rotas on time.
As oportunidades apareceram se a sociedade brasileira decidir ousar e pressionar o governo para
investir em programas que exijam que as montadoras desenvolvam tecnologias locais para se adequar
aos requisitos legais.
Núcleos de locação de veículos de toda gama. Entendo que o mundo vai buscar depender menos do
veículo do que o contrário. Imaginar que o veículo poderá ser fonte de energia para a vida do cidadão
parece ir na direção contrária ao que o cenário acima prevê. O carro poderia ser movido à água? A
água seria um recurso mais caro que o petróleo em 2034? Parece-me que o uso de transporte de massa
vai ter de se adaptar ao schedule das pessoas o que poderá gerar a necessidade de um modo de
transporte diferente do atual entre o carro e o metro, trem , etc.
Investimento em tecnologia de informação e engenheiros projetistas capazes de trabalhar em equipes
multinacionais
Assumir parte do processo de desenvolvimento para adicionar maior valor à produção
126
Tanto em 2024 com 2034, teremos veículos modernos - muita tecnologia de informação. Novamente
teremos novas oportunidades de fabricar componentes modernos, limpos. de alta qualidade, com
materiais cada vez mais resistentes e etc.
Investir em parcerias estratégicas com outras autopeças e montadoras. Formação de redes de
cooperação e pesquisa com pequenas empresas emergentes de base tecnológica, visando desenvolver
tecnologias e modelos de negócios novos para o setor
Produção de biodiesel
Nos dois períodos veremos mudanças substanciais na forma de trabalho conjunto entre as empresas do
setor. Novos produtos e novas formas de distribuição serão necessárias para atender as evoluções
ligadas à mobilidade humana. A velocidade de desenvolvimento de produtos e serviços será tão grande
que os participantes terão que interagir permanentemente. Os sistemas tecnológicos de comunicação
serão fundamentais para toda a cadeia de fornecedores da indústria da mobilidade.
Participar de projetos compartilhados com os elos da cadeia à montante (projetos, materiais etc) e à
jusante atendendo os anseios dos consumidores, que devem ser obtidos por surveys específicas.
Utilização efetiva dos conceitos de PRODUÇÂO ENXUTA de forma integrada na cadeia poderá trazer
um diferencial competitivo muito interessante. É uma tecnologia de gestão que necessita de
desenvolvimento humano e não pode ser copiada ou adquirida de uma hora para outra. Somar a isto a
integração com sistemas informacionais é uma demanda para este cenário.
Acreditamos no cenário de 2022. Os sistemistas terão maior representatividade em relação às
montadoras. O cenário de 2034 está com redação confusa.
Cada vez mais por força da reciclagem os módulos eletrônicos e elétricos passam a ser
normatizados permitindo a recuperação "retrofiting" ou reciclados para remanufaturamento ou peças de
reposição. Empresas começam a se cooperar mais passando o co-design aos fornecedores de
autopeças que pensam em soluções cada vez mais transversais para os seus clientes ganhando em
economia de escala.
Novos sistemas de armazenagem de energia ( fixo e móvel )
Não acredito em montadoras menores, pois os custos de pesquisa e desenvolvimento nos próximos
anos serão proibitivos, em função da necessidade ambiental.
Venda de solução ao invés de produto.
Além dos esforços de PD&I já mencionados, incorporar facilidades para os jovens (parachoques mais
resistentes; serviços de seguro especiais etc) e para os idosos (facilidade no acesso ao veículo; sistemas
de regulagens de banco mais amigáveis etc)
Maior internacionalização
Novamente a educação é a base para o desenvolvimento social e a manutenção do meio ambiente.
Para as indústrias de Autopeças, prevalece a necessidade de grandes investimentos pra produção de
componentes mais sofisticados, com baixo custo e alta performance. A base de tudo é a pesquisa e o
desenvolvimento da capacidade de produção limpa, sem resíduos industriais e sem qualquer perda
de energia.
Investir em novos materiais e tecnologias verdes
Produção de biodiesel
O quadro descrito obrigará a introdução de novos sistemas de transito e de manejo de veículos, com
vias de trânsito inteligentes,com faixas e sistemas interagindo com os veículos, estes interagindo
com as vias e com os demais veículos, sistemas de prevenção de colisões e atropelamentos.
Serão necessários também sistemas de atendimento rápido e eficiente em casos em que o acidente
tenha ocorrido. Tudo isso obrigará os governos a fazer pesados investimentos nessa área.
Volto aqui ao tema da remanufatura de AUTOPEÇAS, fundamental para dar sustentabilidade a um ciclo
completo de utilização de um.
A indústria de autopeças poderia investir em: equipamentos que armazenem a energia dispensada
pelos veículos (para posterior uso em domicílios, por exemplo), acessórios customizados para
adolescentes e idosos (facilitando a dirigibilidade), entre outros.
Sistemas com intuito de aumentar a segurança ou mesmo evitá-los são mais frequentes e alguns
exigidos por regulamentação permitindo aos motoristas novos e ou de idade avançada dirigirem
seus veículos de forma mais segura adotando sistemas eletrônicos.
Tecnologias inteligentes de segurança e controle remoto
Aqui deixo uma pergunta. Como cenário acima não parece ser necessário pensar que uma nova
indústria terá que emergir. Se compositos puderem substituir a maioria dos materiais , a indústria
127
como a vemos hoje não existirá: usinagem de plástico ao invés de ferro, injeção de compósito ao invés
de estamparia de aço, etc. A oportunidade tecnológica tem que ser pensada a partir de uma quebra de
paradigma.
Baseando-se nas expertises tecnológicas desenvolvidas (propostas anteriores) introduzir os novos
produtos que estarão na fronteira do conhecimento (vigilância tecnológica; parcerias com entidades de
C,T&I nacionais e internacionais; joint-ventures) e customização de veículos para cada "tribo",
atendendo aos seus anseios pesquisados.)
2022: Investir pesadamente em nanotecnologia para acompanhar uma mudança que tende a ser
disruptiva.
Os fabricante de autopeças deverão buscar soluções para a demanda de veículos elétricos. O novo
veículo será movido a eletricidade que poderá ser produzida de muitas formas, até mesmo pelo petróleo,
mas existem muitas outras formas de desenvolver um veículo para com um baixo consumo de energia..
Investir em novos materiais - nanotecnologia e design verde
Produção de biodiesel
Mais uma vez vemos que a indústria de autopeças terá que trabalhar em conjunto com as montadoras e
com a academia para desenvolver novos materiais, sistemas de produção. Nesse contexto as
associações voltadas à disseminação do conhecimento, à normalização e à pesquisa aplicada serão
ainda mais importantes do que hoje. O Governo precisará prover recursos para essas finalidades a título
de financiamento de longo prazo para as empresas e entidades do setor.
Investir em estudos detalhados dos mercados atual e futuro (novas gerações) e lançar pacotes
imediatamente para verificar aceitação do mercado e manter diferencial em relação à concorrência.
A tecnologia FLEX se harmoniza com a Hibrida e ou elétrica fazendo com que o custo da solução
seja ainda vantajoso para o consumidor final devido a flexibilidade ou incentivo fiscal inicial ou posterior
(Opção de consumo do combustível renovável ao invés do Fóssil) garantindo descontos ou outro tipo de
incentivo econômico nos gastos com impostos dos veículos.
Aumentar a participação em outros mercados internacional, utilizando os conhecimentos de PD&I e
recursos.
Internacionalizar o processo de pesquisa
As empresas de autopeças deverão ter uma visão clara de formar talentos para desenvolver e aplicar
seus próprios produtos. Nós acreditamos que a montadores serão empresas intercontinentais. O Brasil
será um grande fabricante de componentes. Estas são as nossas oportunidades.
Investir em parcerias com universidades e centros de pesquisa
Produção de biodiesel
Um grande trabalho de incentivo aos jovens para que procurem as carreiras voltadas ao
desenvolvimento tecnológico tem que ser iniciado em curto prazo e aumentado a médio e longo prazos.
A fuga aos cursos técnicos e de engenharia precisa ser atacada através de incentivos de curto prazo e
políticas de compensação a serem enfatizadas tanto pelas empresas, como pelas universidades e
governos.
Programas de integração universidade-empresa durante a formação de graduação ou pós-graduação
pode ser um caminho para diminuir o abismo existente entre a Universidade a as empresas. Isto pode
diminuir muito tempo de formação e adaptação de novos profissionais. O modelo de estagio que
praticamos hoje é insuficiente e defasado.
As empresas de autopeças podem se juntar e lançar uma marca nacional, através de parcerias.
Não consigo escrever algo diferente do que havia feito no caso do cenário conservador. (o mesmo se
aplica para as demais questões).
Essas associações criam parcerias com institutos de pesquisa e universidades, quer seja para nortear a
área tecnológica como abastecer juridicamente o legislativo na criação de novas normas
regulamentadoras para os fabricantes de veículos beneficiando seus clientes finais e principalmente os
cidadãos em geral especialmente os não motoristas ou em idade fora desta habilidade quer sejam mais
novos ou idosos.
Provavelmente no futuro aqui apontado, o carro não será menor ou grande e sim mais adaptado ou
menos ao usuário. Organizações como SINDIIDEIAS, SINDISOLUÇOES etc devem desenvolver
veículos que possam se adaptar a mais de uma utilização. Em minha opinião, as tecnologias devem
mirar uma redução do número de segmentos com uma ampliação do tipo de meio de transporte por
segmento.
Estabelecer parcerias com os atores dos outros elos da cadeia para expandir o portfólio de produtos em
128
que a empresa tenha competência e vantagem competitiva
Materiais mais econômicos, mais leves e com uma excelente apresentação. Tudo deve ser muito
bonito.
Há necessidade de que os governos incentivem as empresas no sentido de cooperarem no esforço de
racionalização da matriz de transportes, mas é fundamental que as linhas mestras desse processo sejam
lideradas por órgão do governo que trabalhem em longo prazo e com objetividade.
A desoneração dos investimentos não pode mais tardar. Em um mercado global mais competitivo, não
faz sentido pagarmos IPI, PIS e ICMS sobre Ativos que gerarão empregos e renda. Principalmente
porque concorrentes do Exterior, notadamente da Ásia não pagam tais ônus. Recorde-se que as novas
tecnologias geralmente impõem a utilização de equipamentos mais sofisticados tecnicamente, portanto,
mais caros. Algumas autopeças demandam capital intensivo, daí o imperativo da desoneração.
Atração de novos investimentos tecnológicos para o Brasil.
O Nível tecnológico atingiu seus objetivos na eletrônica embarcada, o mesmo mecanismo deve ser
estendido a infraestruturafora dos veículos, fazendo das rodovias, sistemas de controle e
fiscalização eficientes e seguros a partir da tecnologia embarcada no veiculo que interage com
estes sistemas.
Sociedade ousa liderar o processo de se adequar às novas tecnologias de desenvolvimento
sustentável.
Expandir os seus negócios para outros mercados/países, aproveitando-se das competências e
vantagens competitivas da empresa.
Se tudo der errado, nos temos que produzir peças para manter a frota em funcionamento. Esta é a nossa
oportunidade de manter uma frota de veículos com segurança. Produzir com baixo custo, e eliminar a
carga de impostos e etc.
As empresa de autopeças devem focar seus produtos em soluções de transporte público.
Inovações incrementais sem grande saltos ganham espaço
Conclusão: O governo, em função do custo adicional das novas tecnologias, atrasa, ainda mais, a
implementação das legislações que exigem a adequação dos veículos à um mundo com menos
emissão de carbono.
Expansão dos negócios e/ou portfólios de produtos (maior participação nos outros elos da cadeia), com
foco em suas vantagens competitivas.
Continuaremos a trabalhar com nossas estradas ruins. A cada dia mais oportunidade de produzir peças
para a manutenção da frota nacional e internacional. Produzir com baixo custo. Eliminar a tributação
com aumento de preço de venda.
Investir em desenvolvimento tecnológico para evitar obsolescência
As empresas de autopeças poderiam migrar parte da produção para outros mercados, como por
exemplo, China e Índia.
Não acredito existir sobrevivência para este cenário. Ele não é viável em minha opinião.
Este é o cenário de hoje. Não estamos trabalhando para idealizar o modo de transporte a ser
implementado entre 2009 e 2022. Este cenário pode ser mais real do que pessimista caso uma política
clara de redução de tarifas e impostos não seja aplicada rapidamente. Não vejo oportunidade tecnológica
neste cenário. De novo empresas que poderiam inovar no desenvolvimento de novas tecnologias podem
ser penalizadas pelo ambiente e pela possibilidade da mudança global do fluxo e volume de
exportações.
Utilizar os esforços de PD&I e competências adquiridas para se antecipar às mudanças e influenciar nas
decisões técnicas/comerciais do seu negócio.
Manter as empresas operando com elevando grau de produtividade para manter custos compatíveis com
a necessidade do mercado. Produzir com custo baixos aproveitando as matérias primas nacionais.
Resta pouco a fazer quanto ã tecnologias
Neste cenário o padrão coletivo se expande e não 0 SUV.
Utilizar as competências e vantagens para prospectar novos mercados no exterior e investir em PD&I
com foco em eliminar os gaps tecnológicos nas suas áreas fins e se reposicionar no mercado.
Vamos produzir produtos para veículos elétricos de modelos mundiais. Investir em centro de
treinamento pra desenvolver tecnologia a nível mundial.
Investir em desenvolvimento tecnológico para evitar atraso
129
Investimento em novas tecnologias para diferentes tipos de matrizes energéticas e alianças
estratégicas com empresas de diversas partes do globo para transferência de tecnologia.
Não acredito neste cenário pelos motivos já explicados anteriormente. Importar perto de 15 milhões de
unidades não parece ser viável no futuro.
A pesquisa básica pode ser tecnológica, mas não aplicada a pesquisa básica também é importante, pois
para a utilização de muitos outros recursos ainda somo carentes deste tipo de pesquisa; sugestão:
excluir e o foco...
Estabelecer parcerias com entidades de excelência no Brasil ou empresas de outros países, com o
objetivo de superar as dificuldades.
Haverá muito esforço para desenvolvimento de novas tecnologias a serviço da indústria de autopeças. O
Brasil está com novas oportunidades na indústria de tecnologia embarcada.
As empresas de autopeças devem liderar a formação de profissionais especializados para o setor, como
por exemplo, fornecer bolsas atrativas para pesquisadores. Investimento em programas de intercâmbio
com outros países para a troca de conhecimentos entre profissionais. Pressionar o governo através das
associações de classe a mudar a prioridade dos investimentos públicos.
Colaborar de maneira séria com Governo e entidades de classe, pressionando para a rápida elaboração
de políticas que redirecionem os planos do setor. Sinceramente, a única forma que vejo é aumentar o
valor da indústria e ser parte integrante do desenvolvimento de estratégias que limitem a ocorrência
deste cenário.
Adequar-se às condições temporárias (cooperativas, outsourcing, parcerias) e estabelecer um trabalho
individual ou de associação de classe para reverter o quadro junto aos órgãos legais.
A indústria de autopeças será convocada para atender a demanda e respeitar as legislações pertinentes.
Muita substituição de desenho de peças e questionamento sobre a utilidade das mesmas.
As empresas de autopeças devem se mobilizar para forçar a integração dos mercados, como por
exemplo, MERCOSUL e ALCA, ou até mesmo acordos bilaterais. Elas podem também estabelecer redes
para mobilização da sociedade para mudar as prioridades de investimentos do governo, com projetos
que transcendam os mandatos partidários.
O pior dos mundos, resta a estratégia de sobrevivência que pode gerar canibalização no setor
Não creio, por mais que o cenário tenha sido desenvolvido.
130
Apêndice VII – Participantes da 2ª Oficina – Mapa Tecnológico
Data: 11/08/2009
NOME INSTITUIÇÃO
Adriana Marotti USP
Adriano Braun Galvão CGEE
Alexandre Gaino ABDI
Arnaldo G. Guido SINDIPEÇAS
Celso Aragachoy MWM Motores
Cristiane Freire Pamplona CGEE
Dario Sassi Thober Inst. VonBraun
Dib Karam VSESA
Flávio Campos DELPHI
Francisco Emilio Baccaro Nigro IPT/SP
Hilton Spiler BOSCH
Jayme Buarque de Holanda INEE
Liliane Rank CGEE
Marcelo Rodrigues Soares CPFL
Maria de Fátima Rosolem CPQD
Mauro Ribeiro Júnior Inst. VonBraun
Orlando Strambi USP
Paulo Fernando Isabel dos Reis PETROBRAS
Raul Fernando Beck CPQD
Renato Romio MAUA
Ricardo Takahira MAGNETIMARELLI
Roberto Alvarez ABDI
Roberto Marx USP
Sebastião Cardoso VSESA
Tadeu Cavalcante C. de Melo PETROBRAS
Tiago Ferreira BNDES
131
Apêndice VIII – Ferramenta da Pesquisa sobre as Linhas
Tecnológicas
132
Tela de análise das Linhas Tecnológicas para Veículos Elétricos
133
Resultado do levantamento sobre a base atual de recursos
(pesquisadores, laboratórios, etc.) que atuam no país nas linhas de pesquisa
detalhadas para os Veículos Elétricos.
Respostas
134
Resultado do levantamento sobre a base atual de recursos
(pesquisadores, laboratórios, etc.) que atuam no país nas linhas de pesquisa
detalhadas para os Veículos a Combustão.
Respostas
135
Apêndice IX – Participantes da 3ª Oficina – Mapa Estratégico
Data: 27/08/2009
NOME INSTITUIÇÃO
Adriano Braun Galvão CGEE
Alexandre Gaino ABDI
Arnaldo G. Guido SINDIPEÇAS
Celso Argachoy MWM Motores
Claudio Chauke Nehme CGEE
Fábio Braga SAEBRASIL
Flávio Campos DELPHI
Francisco Emilio Baccaro Nigro IPT/SP
Hilton Spiler BOSCH
Jayme Buarque de Holanda INEE
José Antônio Silvério MCT
Liliane Rank CGEE
Luis Carlos Mandelli DHB
Marcelo Rodrigues Soares CPFL
Maria de Fátima Rosolem CPQD
Mauro Ribeiro Júnior Inst. VonBraun
Milton Pombo da Paz CGEE
Paulo Fernando Isabel dos Reis PETROBRAS
Paulo Sérgio Coelho Bedran MDIC
Raul Fernando Beck CPQD
Ricardo Takahira MAGNETIMARELLI
Roberto Alvarez ABDI
Roberto Marx USP
Tadeu Cavalcante C. de Melo PETROBRAS
Tiago Ferreira BNDES
136
Apêndice X – Histórico de Eventos do Estudo Prospectivo
21/07/08 São Paulo Visita às instituições para discussão ABDI e CGEE visitou Sindipeças, Anfavea,
da composição do Comitê Gestor Abinee, Abiplast, SAE
08/08/08 Brasília Reunião de trabalho para discutir o Especialistas do setor: Roberto Marx, Paulo
desenho da cadeia produtiva, Zawislak, Flavia Consoni, Luis Bresciani,
tendências e estratégias do setor Adriano B Galvão, Liliane Rank e Claudio
Chauke
11/03/09 a São Paulo e Entrevistas com Lideranças do Setor GM, Ford, Fiat, Delphi, Bosch, Magneti Marelli,
20/05/09 Brasília AEA, Anfavea, Ciesp e consultor Luc de
Ferran
26/05/09 São Paulo Reunião com Sindipeças e ABDI CGEE, ABDI, e Sindipeças
04/06/09 e São Paulo 1ª Oficina de Trabalho - Identificação Usiparts, DHB, Keko, Formtap, Controil Freios,
05/06/09 de Oportunidades PST Eletronics, Sabó, Metalpó, Mangels, Fras-
le, Sindipeças, Sae, BNDES, USP, ABDI e
CGEE
13/07/09 São Paulo 2ª Reunião do Comitê Gestor USIPARTS, Sindipeças, Anfavea, DHB,
Metalpó, Unicamp, Abiplast, MCT, Sebrae,
SAE-Brasil, Mangels, MDIC, IBS, BNDES, Poli-
USP
11/08/09 São Paulo 2ª Oficina de Trabalho – Mapa USP, Sindipeças, MWM Motores, Instituto
Tecnológico Vonbraun, VSESA, Delphi, IPT/SP, Bosch,
INEE, CPFL, CPQD, Volvo, Petrobras, Maua,
Magneti Marelli, BNDES
27/08/09 São Paulo 3ª Oficina de Trabalho – Mapa USP, Sindipeças, MWM Motores, Instituto
Estratégico Vonbraun, VSESA, Delphi, IPT/SP, Bosch,
INEE, CPQD, Petrobras, Magneti Marelli,
BNDES
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Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial