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1ª edição/2011
Impresso no Brasil
Sumário
Prefácio 15
Nelia R. Del Bianco
Capítulo I – Internet
Capítulo IV – Games
In t e r n e t
Mídias Digitais
Interativas – entre a
indústria e a
inclusão social
Cosette Castro
UCB - DF
Introdução
Aqui vista como a aplicação de um conhecimento científico para alcançar um resultado prático.
1
A Nova Ordem Tecnológica2 aponta que o conjunto
de transformações que estamos passando não conseguem ser
explicadas por um único paradigma ou ciência, pois em se-
parado uma ou outra teoria já não dá conta de explicar algo
tão radical como a passagem do mundo analógico para o di-
gital. Essas transformações, embora sejam atravessadas pelas
tecnologias, exigem um olhar abrangente e transdisciplinar3.
Levando em consideração a complexidade4 do tema, busquei
apoio em diferentes autores e teorias, mas particularmente em
Edgar Morin e Jesus Martín-Barbero, que estimulam o diálogo
entre as ciências, e também no paradigma emergente, proposto
por Boaventura Santos para pensar a noção de Nova Ordem
Tecnológica.
Como comentei anteriormente, a tecnologia per-
passa todas as esferas da vida social – econômica, política, cul-
tural, ambiental, tecnológica, educativa e dos comportamentos
–, mas é o uso que se faz dela que vai definir o tipo de sociedade
que desejamos viver: no meu caso, como pesquisadora brasilei-
ra, com equidade e inclusão social. E é essa premissa que vem
norteando as pesquisas que tenho desenvolvido e participado
dentro e fora do Brasil.
2
Sobre o tema, ler Mídias Digitais (2005) e Comunicação Digital (2008), a partir das reflexões
que André Barbosa Filho e eu fizemos naqueles livros.
3
A transdisciplinaridade, como bem lembra Jesus Martín-Barbero (2002), é aqui vista como a
construção de articulações, de diferentes pontos de vista sobre o mundo em uma rede discursiva
que se aproxima, dialoga e se transforma.
4
Edgar Morin, que vê o mundo como um todo indissociável e propõe uma abordagem multidis-
ciplinar e multirreferenciada para a construção do conhecimento. Segundo Edgar Morin (Intro-
dução ao Pensamento Complexo, 1991:17/19): “À primeira vista, a complexidade (complexus: o
que é tecido em conjunto) é um tecido de constituintes heterogêneos inseparavelmente associados:
coloca o paradoxo do uno e do múltiplo. Na segunda abordagem, a complexidade é efetivamente
o tecido de acontecimentos, ações, interações, retroações, determinações, acasos, que constituem
o nosso mundo fenomenal”. A proposta da complexidade é a abordagem transdisciplinar dos
fenômenos, e a mudança de paradigma, abandonando o reducionismo que tem pautado a inves-
tigação científica em todos os campos. Aqui visto do ponto de vista integral (político, econômico,
social, tecnológico, sustentável, inclusivo, cultural, etc) levado a termo pela iniciativa do governo e
do mercado. A idéia de desenvolvimento surge no Brasil após a 2ª. Guerra Mundial quando o país
desenvolveu a corrente político-ideológica do nacional-desenvolvimento. Após o golpe militar, em
vários países a idéia de desenvolvimento estava diretamente relacionada ao grau de industria-
lização de um país e os principais indicadores eram de natureza econômica. Mais detalhes em
Heldmann e Salm (2009).
5
Aqui visto do ponto de vista integral (político, econômico, social, tecnológico, sustentável, inclusivo,
cultural, etc) levado a termo pela iniciativa do governo e do mercado. A idéia de desenvolvimento
surge no Brasil após a 2ª. Guerra Mundial quando o país desenvolveu a corrente político-ideológica
do nacional-desenvolvimento. Após o golpe militar, em vários países a idéia de desenvolvimento
estava diretamente relacionada ao grau de industrialização de um país e os principais indicadores
eram de natureza econômica. Mais detalhes em Heldmann e Salm (2009).
6
Aqui compreendida como “a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou signifi-
cativamente melhorado ou um processo ou um novo método de marketing ou um novo método
organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações ex-
ternas Manual de Oslo/OECD (2005:46)”. Para a pesquisadora Marly Carvalho, a inovação é um
processo que se inicia pela percepção de um novo mercado e/ou oportunidades de novos serviços
para uma invenção de base tecnológica que conduz ao desenvolvimento, produção e marketing
em busca do sucesso comercial da inovação.
7
Conteúdos digitais são aqui compreendidos como todo material de áudio, imagem, texto ou
dados oferecidos às audiências pelas diferentes plataformas tecnológicas.
8
As tecnologias são aqui consideradas como o conjunto heterogêneo de
técnicas, sistemas e aparelhos e/ou plataformas eletrônicas, máquinas
inteligentes e redes informáticas que permeiam a vida social. Estão em
constante crescimento e podem ser fixas ou móveis, gratuitas ou pagas.
COMPUTADORES
VIDEOJOGOS
TV MEDIADOS POR CELULARES
EM REDE
INTERNET
Meio individual e
Meio coletivo Meio individual Meio individual também coletivo
(ex: Wii)
Pode ser jogado
de forma
Audiência Audiência
Audiência coletiva individual ou de
individualizada individualizada
forma coletiva
(em rede)
Conteúdos
streaming ou
das operadoras
Fluxo contínuo,
(pago). No caso Conteúdos pagos
broadcast.
Conteúdos streaming nipo-brasileiro de ou baixados
Programação
ou sob demanda (pago) TVD terrestre, os gratuitamente de
simultânea em
sujeitos podem forma ilegal
rede.
assistir TV
gratuitamente via
celular
Interação em
tempo real
Interação limitada
Interatividade plena, ilimitada paga ou Interatividade
pelo canal de
mas paga gratuita quando plena, mas paga
retorno
usada como TV
digital
Interatividade
durante a exibição Audiência assiste É possível
Interatividade
do programa. ao conteúdo como acessar internet
durante a
O acesso a esta e quando quiser de ou telefone,
exibição do
desvia a atenção ou forma paga, sem mas interrompe
programa
inibe o programa simultaneidade exibição de TV
principal
Alta definição
Baixa resolução de se visto pela
Alta definição Baixa resolução
vídeo quando ampliado TV, mas a tela é
pequena
Um para um, um
Um para um, um Um para um e
Um para um, Um para muitos ao
para muitos ao um para muitos.
para muitos, mas mesmo tempo.
mesmo tempo. É Os torpedos
sem simultaneidade. É bidirecional
bidirecional na TV (MSN) ajudam a
Estimula a colaboração na TV digital
digital interativa simultaneidade
interativa
Portabilidade Portabilidade Portabilidade Portabilidade
Mobilidade Mobilidade Mobilidade Mobilidade
Acessibilidade Acessibilidade Acessibilidade Acessibilidade
Usabilidade Usabilidade Usabilidade Usabilidade
Uso de bateria.
O consumo de
Energia elétrica e Energia elétrica
Energia elétrica e energia gerado
bateria, no caso da e bateria, no caso
bateria pelo aplicativo de
mini TVD da mini TVD
conteúdos precisa
ser baixo
Armazenamento Armazenamento
limitado no limitado no
Armazenamento Limite de
conversor digital. conversor digital.
depende da quantidade armazenamento
Depende da Depende da
de memória de vídeo e dados
quantidade de quantidade de
memória memória
Exibição do Exibição do
conteúdo conteúdo
streaming é a Conversa streaming é a
função principal. Acesso a multidados e telefônica como função principal.
Qualquer outra telas simultâneas, mas funcionalidade Qualquer outra
atividade é a falta de banda larga principal. atividade é
secundária, faz com que demorem Qualquer outra secundária,
pontual e a baixar ou que a rede atividade fica pontual e
temporária, mas caia, se há muitos em segundo temporária, mas
modifica a noção acessos plano e pode ser modifica a noção
de TV como interrompida. de TV como
conhecemos no conhecemos no
mundo analógico mundo analógico
Teclado
Teclado limitado
limitado pelo
pelo uso do
uso do controle
controle remoto,
remoto, com
com possibilidade
Teclado ilimitado, possibilidade
de conectar a Teclado limitado
associado ao mouse de conectar a
dispositivos
dispositivos
móveis, como
móveis, como
celulares de forma
celulares de
gratuita
forma gratuita
A assistência
A assistência O uso é individual
é simultânea e
é simultânea e O uso é individual e nem todo
vem um mesmo
vem um mesmo e nem todo mundo mundo utiliza
programa
programa milhões assiste a um programa e acessa os
milhões de
de pessoas (ao ao mesmo tempo conteúdos ao
pessoas (ao
mesmo tempo) mesmo tempo
mesmo tempo)
Permite a
Permite a Permite a
produção de
produção de Permite a produção produção de
conteúdos
conteúdos digitais de conteúdos conteúdos digitais
digitais
interativos e digitais interativos e interativos e
interativos e
convergência de convergência de mídias convergência de
convergência de
mídias mídias
mídias
Fonte: Cristiana Freitas, com acréscimos da autora deste artigo.
12
Esses dados representam apenas a média dos três países da Região que estudam a atividade
ilegal de ampliar a TV por assinatura em várias casas usando o mesmo contrato.
14
No Brasil, o estado do Rio de Janeiro adotou o termo indústrias criativas usado no modelo
britânico e o adaptou ao país. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Ja-
neiro (Firjan), a cadeia produtiva brasileira (leia-se Rio de Janeiro) engloba cultura, publicidade,
moda, arquitetura, design, mercado de artes e antiguidades, filmagem, softwares interativos de
lazer, artes performáticas, artes, editoração, serviços de computação, rádio e televisão. Segundo o
estudo da Firjan realizado em 2010, no Estado do Rio a indústria cultural representa 17,8% do
PIB estadual, ou seja, algo em torno de R$ 54 bilhões.
Para Finalizar
16
Sobre o tema ver o trabalho desenvolvido pelo pesquisador Ronaldo Lemos e sua equipe na
FGV, no Rio de Janeiro. O uso do creative commons vem sendo questionado no governo Dilma
Rousseff desde a chegada da Ministra da Cultura, Ana de Holanda, no começo de 2011.
17
Esse tempo pode durar várias gerações, na transição entre os imigrantes e os nativos digitais.
São considerados nativos digitais, as crianças e jovens com menos de 30 anos que já nasceram
sob o signo das tecnologias digitais.
18
Data em as televisões devem parar de oferecer serviços analógicos, como já aconteceu nos EUA,
Inglaterra, Japão e Espanha, por exemplo.
19
Desde a perspectiva da propriedade dos meios e da possibilidade de apropriação das tecnolo-
gias e produção de conteúdos ditais entre as gerações mais jovens, mas poderá demorar mais
entre as gerações de adultos na faixa dos 40, 45 anos, que ainda estão fazendo a migração para
o mundo digital.
_______________. “A Produção de Conteúdos Audiovisuais na Era
Digital e a construção de políticas públicas para o setor”. In BARBOSA,
__________________________________________________
_______. Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no
Brasil. Volume 02. Brasília: IPEA, 2010. Disponível em http://
www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/Panorama_da_
Comunicao_e_das_Telecomunicaes_no_Brasil_-_Volume_2.pdf
__________________________________________________
_______. Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no
Brasil. Volume 03. Brasília: IPEA, 2010. Disponível em http://
www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/Panorama_da_
Comunicao_e_das_Telecomunicaes_no_Brasil_-_Volume_3.pdf
1
I Congresso Mundial de Comunicação Iberoamericano, da Confederación Iberoamericana de
Asociaciones Científicas y Académicas de la Comunicación – Confibercom, em São Paulo/SP, de
1 a 6 de agosto de 2011; e XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, da Socie-
dade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom, em Recife/PE, de 2 a
6 de setembro de 2011.
2
Projeto aprovado no edital para Produtividade em Pesquisa - PQ – nível 2, do Conselho Nacio-
nal de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
Campos de Relações:
Rede de Relações:
3
As atividades científicas indicadas foram registradas em um artigo denominado A pesquisa em
Comunicação: o elo entre Graduação e Pós-Graduação, publicado em 2008. As experiências
relatadas no referido texto são formas de estabelecer a integração, valorizando a pesquisa em
Comunicação, tanto em atividades científicas quanto no ensino das profissões midiáticas, inse-
rida na estrutura curricular da Graduação. As ações foram adotadas nos Cursos de Graduação
em Comunicação Social, por docentes de Programas de Pós-Graduação na área, aprimorando o
ensino e a pesquisa.
4
A consulta é feita pelo nome do líder da equipe no Link para Currículo Lattes existente dentro do
Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, ou no endereço eletrônico da página do CNPq –
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do?metodo=apresentar
Organização de Eventos
Grupos de Pesquisa.
Palavras-chave: Mídia e
sincronização social; Mídia
e sistemas simbólicos; Mídia
e tecnologia; Mídia primária,
secundária e terciária;
Palavras-chave: Análise
Estudos sobre Comunicação Organizacional; Comunicação
Organizacional: estratégias e Organizacional;
processos – UFPR
Palavras-chave:
Vinculado a três linhas de pesquisa do Comunicação; Informação;
Depto. de Comunicação Social. Novas tecnologias;
O Programa de Pós-Graduação em
Comunicação iniciou recentemente, em Palavras-chave:
2011. Comunicação; Estratégias;
Processos;
Palavras-chave:
Sociedade Mediatizada: Processos,
Cibercultura; Comunicação
Tecnologia e Linguagem - PUC
Digital; Comunicação
Campinas
regional; Sociedade da
Informação; Sociedade
Vinculado a uma linha de pesquisa do
do Conhecimento;
Núcleo de Pesquisa e Extensão, do
Tecnologias de informação e
Centro de Linguagem e Comunicação
comunicação;
Palavras-chave: indústria
Sociedade Midiatizada e Práticas
de mídia, midiatização,
Comunicacionais Contemporâneas –
comunicação;
UFES
Palavras-chave:
comunicação organizacional;
Vinculado a três linhas de pesquisa do
Palavras-chave: internet,
Departamento de Comunicação Social
mídias digitais, TICs;
Palavras-chave: Eleições;
Imagem; Marca; Marketing;
Opinião Pública; Política;
Palavras-chave: Opinião
Opinião Pública e Comunicação –
Pública; Pesquisa de Opinião;
UNESP
Pesquisa Eleitoral; Relações
Públicas;
Vinculado a três linhas de pesquisa do
Palavras-chave:
Departamento de Comunicação Social
Comunicação; Imagem;
Mídia; Opinião Pública;
Pesquisa de Opinião;
Relações Públicas;
Site: http://www.cnpq.br/
César Steffen
UNISC – RS
Introdução
1
Sobre esse assunto ver o artigo “Política a 140”, apresentado no DT de Publicidade e Propaganda
no XXIV Congresso Nacional da Intercom em Recife, 2011.
2
Um exemplo pode ser observado no estudo “O advergame na campanha de Marina Silva, apre-
sentado por Douglas Studzsnki no DT de Publicidade e Propaganda no XXIV Congresso Nacio-
nal da Intercom em Recife, 2011.
http://osonhobrasileiro.com.br/indexi2.php?id=314
3
4
Na grande narrativa da modernidade a Internet é uma eficiente ferramenta da comunicação,
avançando nos ou os objetivos dos usuários, entendidos como identidades pré-existentes
5
Ressaltamos que os estudos de Rheingold ocorrem na primeira metade da década de 90, num
período em que os players de mídia começavam a entrar na rede.
7A questão que precisa ser respondida sobre a relação da Internet com a democracia é: há novas
formas de relação ocorrendo que sugiram novas formas de configuração de poder entre os indiví-
duos que se comunicam? Em outras palavras, há novas formas de política na Internet?
8
http://colunas.epoca.globo.com/ofiltro/2011/06/09/na-islandia-a-constituicao-e-feita-pela-
internet/
9
Sobre isso, ver o artigo “Política a 140”, deste autor, apresentando no XXIV Congresso nacional
da Intercom em Recife, 2011.
Dispositivos Móveis
Comunicação móvel
pra quê, onde e quem?
Eduardo Campos Pellanda
FAMECOS - PUCRS
Introdução
http://oreilly.com/web2/archive/what-is-web-20.html
1
http://locast.mit.edu/civic/
4
5
Global Positioning System – Sistema de localização da posição geográfica usando satélites e um
chip que captura os sinais nos aparelhos celulares.
6
A informação de latitude e longitude é inserida jundo com o arquivo de video, mas só é visuali-
zada pelo sistema do site que traduz a informação para a visualização no mapa.
8
http://foursquare.com/historychannel
Considerações finais
Introdução
1
A série de conferências conhecidas como The Macy Conferences, reuniram pesquisadores prove-
nientes de áreas diversas como a matemática, medicina, psicologia, filosofia, antropologia e so-
ciologia, foram propostas por Rosenblueth em maio de 1942 a um grupo de pesquisadores em um
encontro sob os auspícios da Josiah Macy Foundation. A primeira conferência aconteceu apenas
em 1946 sob o título Feedback Mechanisms and Circular Causal Systems in Biological and Social
Systems. O nome da conferência sofreu pequenas alterações em várias edições até que em março
de 1950, na sua sétima edição, passou a se chamar Cybernetics: Circular Causal and Feedback
Mechanisms in Biological and Social Systems, nome que preservou até a décima e última edição,
em abril de 1953. Ver mais em AMERICAN SOCIETY FOR CYBERNETICS. Sumary: the Macy
conferences, 2010.
2
O nome do livro de Henri Atlan no qual publica a referida teoria é Organisation biologique et
theórie de l´information. Foi publicado em 1971. A teoria de Maturana e Varela foi publicado em
1971 com o titulo de De máquinas y seres vivos.
Perspectivas...
Jornalismo móvel
Durante a Guerra do Iraque e do Afeganistão jorna-
listas no campo de batalha se utilizaram do videofone1 para entra-
das ao vivo do front. No contexto dessas situações identificamos as
chamadas “gambiarras” para a montagem de equipamentos como
este para transmissão em condições extremas principalmente
para emissoras de televisão. TV Globo e CNN (pioneira no uso de
videofone) foram algumas das emissoras que muniram seus re-
pórteres correspondentes com esse equipamento portátil a partir
de 2001 para a cobertura jornalística no pós 11 de Setembro no
oriente médio (figura 1). A qualidade das imagens não se com-
parava à gerada pelas câmeras e transmissões convencionais, mas
realçava uma “nova narrativa de guerra” (PEDRO, 2009, 2004) e
apresentava o cenário dos acontecimentos por dentro.
1
O videofone utilizado pelos correspondentes de emissoras de televisão como Rede Globo e CNN
durante a invasão americana ao Iraque em 2003 se constituía de um kit composto por laptop,
câmera, antenas especiais e telefone via satélite. Com este equipamento os repórteres faziam as
entradas ao vivo superando as dificuldades operacionais da região. Portanto, era um antecedente
para o jornalismo móvel que foi adotado posteriormente pela Agência Reuters em 2007 com seu
kit do jornalista móvel com um celular Nokia N95 com 3G, microfone externo unidirecional e
teclado sem fio bluetooth.
ao vivo do “teatro de operações”, via satélite através do
videofone, de onde quer que o repórter queira estar, para
os telespectadores nos seus respectivos sofás (PEDRO,
2009, p.1).
2
Disponível em http://www.seattlepi.com/news/article/CNN-goes-with-videophones-1068135.
php acesso em 10 ago. 2011
3
As conexões sem fio são constituídas pela característica de velocidade e de alcance, entre outras es-
pecificidades e diferenciações entre elas. O bluetooth, por exemplo, permite a troca de arquivos entre
aparelhos emparelhados de curta distância. As tecnologias 3G e 4G (terceira e quarta gerações) se
utilizam das redes das operadoras de celular e funcionam como banda larga oferecendo uma maior
cobertura que o Wi-Fi e, portanto, mais adequadas ao objetivo do jornalismo em mobilidade
4
“Nesta guerra [em 2003, no Iraque], a partir da declaração de guerra, a presença do repórter e
a transmissão da guerra ao vivo se acentuaram e tornaram-se o carro-chefe das representações
do conflito. Mas do que a guerra ao vivo, o elemento de portabilidade conferiu um novo caráter
à cobertura. O uso do videofone é definidor da forma de narrar, principalmente no início do
conflito, na declaração de guerra e nas primeiras semanas de ocupação, oferecendo a sensação
buscada pelos meios de comunicação há tempos: a presença do repórter ao vivo, em “ tempo real”
nas cena da batalha, só que agora possibilitando ao jornalista estar virtualmente onde ele quises-
se ou pudesse estar para reportar o que se vê, já que se tratava de um equipamento portátil que
poderia ser transportado em uma valise e transmitir imagens e som de onde quer que se estivesse”
(PEDRO, 2009, p.4-5).
8
Disponível em http://www.itu.int/ITU-D/ict/statistics/at_glance/KeyTelecom.html acesso em
23 out. 2010
Disponível em http://www.guardian.co.uk/uk/blog/2011/aug/08/london-riots-third-night-live
10
Consideraçoes finais
Refer ê n c i a s
TV D i g i t a l
A TV digital na web:
modelos, estruturas
e acessibilidade
Valério Cruz Brittos
Maíra Carneiro Bittencourt
UNISINOS - RS
Introdução
1
Por webcasting entende-se a transmissão de arquivos de dados através da internet com a
tecnologia do streaming, capaz de enviar áudio e vídeo de maneira contínua. Além disso, pode-se
optar pela exibição de um conteúdo ao vivo ou gravado. Mesmo no ao vivo, durante a realização
da transmissão, os arquivos são salvos no computador, o que possibilita novos tipos de acesso,
como a possibilidade de pausa e ainda a exibição de conteúdos por demanda, como acontece, por
exemplo, no You Tube.
2
No modelo de fluxo, à medida que o telespectador liga o televisor, encontra sempre algum
conteúdo sendo exibido. Esse não pode ser modificado ou parado, nem alterada a ordem de
exibição ou tempo, ao menos no que se refere à televisão analógica.
3
Considera-se aqui como padrão tecno-estético alternativo aquele que inova nas questões
referentes a formato, tempo, conteúdo, produção de imagens e áudio, tecnologias utilizadas,
captação, edição e produção. Acredita-se que ser alternativo é buscar uma diferenciação do
padrão convencional, no que se refere a essas características, com uma componente de dimensão
social do conteúdo elevada, visando à democratização da comunicação.
Fonte: autores.
5
Google Analytics: ferramenta que oferece às empresas visibilidade do tráfego e da eficiência do marke-
ting do website. Com o Google Analytics é possível se preparar para anúncios segmentados, fortalecer
as iniciativas de marketing e criar portais que geram mais conversões. Com ele pode-se monitorar o
fluxo de visitantes e ver a fonte de referências. Ainda é possível controlar campanhas do AdWords não-
publicidade, como campanhas em banner ou outros programas de pagamento por clique.