Sobre o e-book

Sou mãe como muitas de vocês

e sei bem que nenhum filho
vem com manual de instrução.
Todas nós fazemos nosso
melhor, e estamos bem longe
de alcançar a perfeição, né?

E tudo bem! Erramos por amor,

querendo sempre acertar.

Meu trabalho aqui é servir de

guia e fornecer o máximo de
informações valiosas para que
a minha experiência e a de
tantas mães que atendo em
consultório sirva de inspiração
ou reflexão.

Estamos todas juntas na

jornada de educar e criar
a nossos filhos, da melhor
maneira possível.

A fase de Introdução
Alimentar é, sem dúvidas, uma
provação! É nela que nosso
filho forma seu aprendizado
alimentar, desenvolve
gostos e preferências que o
acompanham pelo resto da
vida.
Reuni neste livro digital
algumas recomendações
importantes para a alimentação
complementar tradicional.
Lembrando que o ideal é
sempre seguir as orientações
do seu nutricionista materno
infantil, ok?

Com paciência e perseverança,

eu acredito que construiremos
um futuro de muito mais saúde
e bons hábitos alimentares para
aqueles a quem mais amamos!

Podem contar comigo nessa

tarefa.

Com amor,

Andreia Friques
Índice
To q u e p a r a i r o n d e v o c ê q u e r.

QUAL A FREQUÊNCIA
ALIMENTAR DE UM BEBÊ?

MITOS SOBRE AS FRUTAS

FRUTAS QUE PRENDEM E QUE

SOLTAM O INTESTINO DO BEBÊ!

OVO ENTRA NA INTRODUÇÃO

ALIMENTAR?

QUANDO E COMO OFERECER

CARNE PARA O BEBÊ

E A ÁGUA, PODE?

PORQUE NÃO OFERECER

AÇÚCAR PARA O BEBÊ

CUIDADO AO PROVAR
A COMIDINHA DO SEU FILHO

“SOCORRO! MEU BEBÊ

SE NEGA A COMER!”

DICAS FINAIS

BÔNUS: MAMÃES COM FILHOS

EM IDADE ESCOLAR
Qual a
frequência
alimentar
de um bebê?
Í N D I C E
Quando seu bebê completa 6
meses, iniciamos a fase da
“alimentação complementar”, ou
seja, a introdução de alimentos
junto da amamentação.
Essa introdução deve ser
realizada de uma forma lenta, aos
pouquinhos, sem forçar e sem
estresse.
Sei bem que existem outras
formas de iniciar essa introdução
e que muitas mamães sentem-se
inseguras quando ouvem da prima,
da vizinha, da amiga da irmã que
isso deve ser feito “assim ou
assado”.
Abaixo está um tipo de orientação
que dou em consultório para
uma introdução com frequências
adequadas de alimentação.
É claro: cada mãe e cada bebê são
únicos e adaptações podem ser
feitas à este roteiro, ok?
• 6 MESES COMPLETOS:
Escolha um horário da manhã
e comece a oferecer uma fruta
amassadinha por dia (1 pêra
pequena, 1 maçã pequena, 1 kiwi
médio, 2 unidades de banana
prata, 4 colheres de sopa de
abacate são algumas sugestões)
• 6 MESES E 1 SEMANA:
Mantenha a oferta da fruta da
manhã, e inicie o almoço (as
quantidades variam conforme
caso individual, mas o ideal é
conter alimentos dos principais
grupos: proteína, carboidrato
e vitaminas na forma de
leguminosas e verduras).
Í N D I C E
• 7 MESES COMPLETOS:
Mantenha a oferta da fruta da
manhã, do almoço e acrescente uma
segunda fruta no período da tarde!

• 7 MESES E 1 SEMANA EM DIANTE:

Mantenha a oferta de fruta pela
manhã, almoço, fruta à tarde e
inicie a oferta do jantar seguindo
as mesmas orientações para a
preparação do almoço.

O seio materno deve ser oferecido

nos horários intermediários
conforme a necessidade de cada
criança, não existem regras rígidas
a respeito disso.

Sugiro um intervalo de duas a três

horas entre as refeições para que
o bebê possa sentir fome e ganhar
motivação para comer.

Í N D I C E
Mitos sobre
as frutas

Í N D I C E
É um tal de “pode isso, não
pode aquilo” que deixa qualquer
mãe de cabelo em pé, não é
verdade? Vamos aos fatos
sobre a introdução de frutas na
alimentação complementar:
• Não pode dar fruta ácida
R: Não existe nenhuma contra
indicação de tipos de frutas.
A fruta ácida não faz mal
nenhum quando oferecida na qtd
adequada. Mescle a oferta de
abacaxis, laranjas, acerolas e até
limão com outras mais docinhas
ou azedas. O importante é o bebê
experimentar sabores diferentes
sem medo!
• Precisa bater no liquidificador
e/ou peneirar
R: Não! O correto é amassar com
uma colher, sem que a textura
original da fruta e as suas fibras
se percam. Conforme a criança
cresce, pode ir progredindo para
pedacinhos maiores.
• Pode dar suco ao invés da fruta
inteira
R: Não inicie a alimentação
complementar com sucos, mesmo
os naturais, sem adição de açúcar
(como o de laranja-lima). Sucos
não contém fibras e fazem com
que a frutose (açúcar da fruta)
chegue até o sangue “livremente”,
causando picos de insulina no
organismo da criança. Todos nós
(adultos e crianças) devemos
priorizar o consumo da fruta in
natura e acostumarmos a beber
água.
• Precisa oferecer a mesma fruta
todo dia até ele acostumar
R: Não é necessário. Ao contrário,
ofereça frutas diferentes a cada
dia, evite a monotonia alimentar.
Se ele recusar uma fruta hoje,
ofereça-a em outro momento ou
em outro dia, com paciência.
Í N D I C E
Frutas que
prendem e
que soltam
o intestino
do bebê!

Í N D I C E
 •

FRUTAS QUE PRENDEM FRUTAS QUE SOLTAM O

O INTESTINO: INTESTINO:

• Banana maçã; • Mamão;

• Banana prata;
• Goiaba;
• Jabuticaba (sem casca);
• Melão;
• Pêra (sem casca);
• Caju;
• Maçã (sem casca).
• Laranja;
• Água de coco;
• Kiwi;
• Manga;
• Pêra com casca;
• Maçã com casca;
• Abacaxi;
• Uva;
• Abacate;
• Manga;
• Ameixa seca (de preferência
cozida ou de molho por algumas
horas em água filtrada, pode
consumir a fruta picadinha e a
água, aos poucos).

Í N D I C E
 Ovo entra
na introdução
alimentar?

Í N D I C E
Ao contrário do que muita gente
ainda pensa, o ovo, em sua
totalidade, PODE e DEVE ser
iniciado na introdução alimentar.
É partir dos 6 meses de vida que
você pode adicionar o ovo na
dieta de seu filho, exceto para
os casos que se tem diagnóstico
de Alergia Alimentar (esses
devem ser avaliados e orientados
individualmente).
Segundo os Guias de conduta
Americano, Europeu e Brasileiro, a
introdução tardia do ovo aumenta
o risco de alergia a esse alimento.
Quando iniciado após os 9
meses esse risco aumenta em 1,5
vezes!
Geralmente recomendamos
Quando iniciado após os 12 oferecê-lo ao bebê cerca de 3
meses de vida, esse risco aumenta vezes na semana.
em 3 vezes!
Portanto, mãos à obra!
Afinal, ele é gostoso, super
nutritivo, fácil de oferecer à
criança (cozido, em forma de
omelete picadinha, mexidinho com
temperos naturais).
Lembrando que:
A gema deve ser bem
cozida para evitar o risco de
contaminação por Salmonella;
O ovo pode substituir a carne
na papinha e/ou comidinha; .
NÃO colocamos SAL na
comidinha do bebê até próximo a
01 aninho;

(Fonte: *Kull et all, 2006/ Koplin JJ, et all, 2010)

Í N D I C E
Quando e como
oferecer carne
para o bebê

Í N D I C E
Muitas mães pensam que a
criança precisa ter mais idade,
mas a verdade é que a carne
pode ser oferecida já no primeiro
momento da introdução alimentar.
Isso porque MESMO SEM
DENTINHOS, a gengiva do seu
bebê consegue triturar a carne
tranquilamente.
O estoque de ferro da criança
começa a cair após o 6º mês de
idade, então é a hora certa de
encorajar o consumo de proteína e
alimentos ricos no nutriente. ⠀
Minhas dicas:
Faça a carne moída,
desfiadinha, bem trituradinha e
bem cozida!⠀
Bolinhos de carne: para
variar, faça a carne no formato
de hambúrguer, croquete ou
almôndega. Assim, ela fica macia
porém firme o bastante para o
bebê pegar.
Use temperinhos naturais,
legumes ou molhos naturais
(como de tomate) para
incrementar.
Não passe o alimento no
liquidificador ou peneira para que
não perca a textura e suas fibras!
Conforme seu filho vai
crescendo, vá aumentando a
consistência dos alimentos para
pedaços.
Se você não deseja oferecer carne
ao seu filho, existe a possibilidade
de uma dieta com fontes
vegetais de Ferro. Para isso,
busque também o auxílio de um
profissional Nutricionista Materno
Infantil.
Í N D I C E
E a água,
pode?

Í N D I C E
Sabia que o leite materno
supre absolutamente TODAS as
necessidades do bebê até os 6
meses de vida, INCLUSIVE quanto
à hidratação?
Para os bebês em amamentação
exclusiva, o recomendado é a
introdução do consumo de água
apenas a partir dessa idade, junto
da introdução alimentar.
Ah! Aqui é muito importante que
a MAMÃE mantenha uma boa
hidratação, ok?
Já para aqueles que utilizam
a mamada de leite JUNTO da
fórmula, uma pequena quantidade
de água pode ser oferecida entre
as mamadas. Geralmente, quanto
maior a quantidade da fórmula em
relação ao leite, maior será esse
consumo de água.
Por fim, os bebês que por algum
motivo apenas utilizam a fórmula
necessitarão de um pouquinho
mais de frequência no consumo: a
cada mamada.⠀
“Mas E QUANTO de água?”
Isso irá depender... do seu bebê!
Do peso, da saúde e até do clima
do local onde você mora (por
exemplo em climas mais quentes
ou secos essa necessidade pode
aumentar).
Observe o xixi! Ele está clarinho?
O bebê faz mais de 6 vezes ao
dia? Se a resposta for sim é um
bom indicativo de que ele está
bem hidratado.
Í N D I C E
Caso esteja com a urina bem
amarela, com cheirinho forte, pode
ser oferecida uma quantidade
maior de água ou mesmo de leite
materno, caso possível. .

Para os bebês que só mamaram

no peito até os 6 meses, na
introdução alimentar, o ideal seria
começar a oferecer a água em
pequenos copinhos de vidro!

Já para os que utilizam

mamadeira, existem opções
de copinhos para facilitar essa
introdução.

Copo de transição: você pode

encontrar uma infinidade de
modelos, dos mais variados tipos,
bicos de silicone, bico rígido, com
alcinha, etc.

Copo 360: esse é muito legal

também porque simula um copo
tradicional mas sem o risco de
virar a água! Ótimo para passeios.

Í N D I C E
 Porque não
oferecer açúcar
para o bebê

Í N D I C E
É sempre bom lembrar... Os Primeiros Mil Dias,
da fecundação aos 2 anos, são cruciais para o
desenvolvimento humano.

Do ponto de vista Nutricional, o que plantamos

nessa fase, colheremos para o resto da vida de
nossos filhos.

Esse é o momento de maior impacto sobre

o paladar da criança, é o período das
descobertas dos sabores, das texturas. É
a fase de maior desenvolvimento cerebral!
Macro e micronutrientes são fundamentais
para que a orquestra hormonal aja, para que o
corpo alcance seu potencial.

A natureza de forma sábia, fornece aquilo que

o corpo precisa em doses equilibradas. O leite
materno supre integralmente os 6 primeiros
meses e, a partir daí, frutas, legumes,
cereais, verduras e proteínas são inseridas
gradativamente.

O açúcar de adição não se faz necessário em

nenhum momento desse processo. .

Açúcar branco é caloria vazia, extremamente

viciante ao organismo, mascara o sabor
original dos alimentos, interfere no processo
de aprendizado alimentar da criança. .

Finalizo lembrando que não sentimos falta

daquilo que não conhecemos! Talvez para
um adulto apaixonado por doces seja difícil
compreender que um bebê viva feliz e
satisfeito sem eles. .

Aliás, temos muito o que aprender com nossos

bebês! Viver de forma natural é saudável é...
NATURAL!

Í N D I C E
Cuidado ao
provar a
comidinha
do seu filho
Í N D I C E
Você sabia que experimentar a
comidinha ou a frutinha do bebê
“pode” te induzir ao erro? Isso
porque o PALADAR DO ADULTO
já está “viciado” no sabor doce e
salgado.
Assim, muito provavelmente, você
achará a comidinha sem sal, o
abacate sem açúcar, e tudo meio
“sem graça”.
Mas o bebê, não... Como digo
sempre, ele é uma página em
branco.
E a fase da Introdução da
alimentação complementar é
exatamente a hora de conhecer as
frutas, legumes e verduras, com
seu sabor natural!
Portanto, teste a temperatura da
comida no dorso da sua mão, para
não oferecê-la quente demais e
se não resistir e experimentar,
lembre-se: O paladar dele é
diferente do seu!
Atenção: Situações especiais
devem sempre ser avaliadas
individualmente, como por ex.,
por uma questão de segurança
alimentar deve-se testar/avaliar
a comida que será oferecida à
criança “fora de casa”.
Í N D I C E
 “Socorro!
Meu bebê se
nega a comer!”
Í N D I C E
Aquele bebezinho que antes “só”
conhecia o que era leite materno
ou fórmula infantil, agora terá
que experimentar sabores ácidos,
amargos, texturas diferentes,
temperaturas mais frias ou
quentes.

Ele vai aprender a comer

sentadinho, “sozinho” e, aos
poucos, vai entender que a alguma
coisa está mudando.

Gente, mudança não é fácil para

ninguém!

Se você está passando por essa

fase e acha que seu pequeno
nunca vai aceitar nada diferente
de leite, anote essas dicas:

Acalme-se! Essa fase vai passar.

#1 Saiba que cada bebê tem seu

tempo. Não fique comparando
seu filho aos coleguinhas do
parquinho.

#2 Construa uma rotina

alimentar para ele, ofereça os
alimentos tranquilamente, nos
horários que ele estiver com fome.
Se ele estiver de barriga cheia de
leite, provavelmente terá menos
interesse por outros alimentos.!

Í N D I C E
#3 Diga sempre palavras
positivas e de incentivo. Ele é
pequenininho mas é capaz de
perceber TUDO!

#4 Deixe seu bebê tocar no

alimento, sentir sua textura,
aroma, sabor… Converse com ele
com alegria sobre essa nova fase!

#5 Sempre que possível,

coloque-o para fazer suas
refeições junto com a família! Ele
aprenderá (muito) vendo o papai, a
mamãe, os irmãos se alimentando!
Afinal, ninguém gosta de comer
sozinho!

Mais uma vez: Acalme-se.

Acredite, ele vai comer!

Í N D I C E
Dicas finais

Í N D I C E
Alguns dos principais errinhos que muitos
pais cometem quando se trata da introdução
alimentar de seus filhos:

Adiar a introdução de proteínas e

outros grupos alimentares.

Bater a comida no liquidificador.

Não evoluir da papinha batida.

Forçar ou usar métodos para distrair a

criança para que coma.

Quando na verdade...

Todos os grupos alimentares devem ser

oferecidos a partir da primeira comidinha
principal, já aos 6 meses.

A refeição deve ser amassada, sem

peneirar ou liquidificar! Assim o bebê pode
identificar o sabor, cor e cheiro de cada
alimento.

O adequado é passar a oferecer

alimentos em pequenos pedaços por volta
dos 8 meses.

Ofereça os alimentos com a colher,

tranquilamente e respeitando a criança:
nunca force a alimentação!

Í N D I C E
Espero que as informações contidas aqui
tenham sido úteis <3

Em meu livro “Nutrição Materno Infantil by

Andreia Friques” entro em detalhes sobre a
fase da Introdução Alimentar.

Í N D I C E
BÔNUS: MAMÃES COM FILHOS EM IDADE ESCOLAR

O consumo exagerado de açúcar e alimentos repletos

de aditivos químicos na infância está associado a uma
série de problemas muito sérios!

Diabetes, obesidade infantil, hipertensão, insônia,

anemia, irritação, autismo, hiperatividade,
dificuldade de concentração, indisposição, apatia,
falta de energia, diarreia, depressão, ansiedade,
baixo rendimento escolar, distúrbio de atenção,
intestino preso, imunidade baixa, distúrbios
alimentares, gases, disbiose...

...E a lista continua!

Tudo isso como consequência de maus hábitos alimentares

que começam na infância e acabam seguindo seu filho por
toda a vida.

Afinal, é exatamente nessa época que consolidamos

nosso aprendizado sobre o mundo e a forma como nos
relacionamos com ele.

É bom lembrar que tudo o que seu filho come pode afetar
seu desenvolvimento, sua saúde física e até emocional. E o
lanche escolar faz parte dessa conta, viu!

Afinal, são quase 200 refeições em um ano letivo. Já

parou para botar na ponta do lápis?

Í N D I C E
Eu sou mãe e sei como é corrido! Nos viramos em trinta
e às vezes a lancheira fica de lado mesmo. Aí a gente
acaba recorrendo aos bolinhos prontos, suquinho de
caixinha, bolachinhas...

Só que se a alimentação da criança não fornece os

nutrientes necessários para esse funcionamento, pode
colocar em risco sua fase de crescimento, raciocínio e
aprendizagem, causando ou agravando sintomas que
nem precisam fazer parte da vida de vocês.

LANCHE NÃO É GULOSEIMA!

Quer ter a certeza de que seu filho estará bem

alimentado durante a hora que ele mais precisa
desses nutrientes?

Que terá disposição e energia para viver melhor,

absorver informação e brincar com os coleguinhas?

Que estará protegido com um sistema imunológico

forte, graças ao que você coloca na lancheira?

CLIQUE E DESCUBRA COMO

Í N D I C E
Í N D I C E