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Resumo:
T.S. Eliot em seu ensaio apresenta os três sentidos de cultura; porém a definição de cultura
abarca diversos elementos, entre eles o tempo e o espaço, logo, antes de entendermos o que
T. S. Eliot aborda sobre a cultura, precisamos entender que é o indivíduo Eliot e qual o
contexto de sua fala. Portanto, dividiremos a compreensão de Eliot em elementos, condições
e perspectivas, para então confrontar e ver a similaridades e divergências com a concepção
reformada de cultura.
Palavras-Chave:
Cultura; Indivíduo; Sociedade; Reforma; Influência; Níveis.
Introdução:
T.S. Eliot é um homem de seu tempo, o ambiente cultural em que nasceu, o ambiente que
veio ocupar, podemos ver em seu tanto o olhar detalhista de um poeta, quanto o abrangente
de um dramaturgo. Ao apresentar os três sentidos de cultura, ele também trata desses níveis
de observação, do particular ao abrangente, e demonstra que embora distintos são necessários
uns aos outros, assim como sua divergência é importante e fundamental para a existência dos
demais níveis. Iniciamos lembrando rapidamente quem é Eliot e qual o contexto em que se
pronuncia. Em seguida, veremos em que sua visão de cultura e desses três sentidos são
similares e divergentes da Teologia Reformada e sua compreensão de cultura.
Desenvolvimento:
O ambiente em que T. S. Eliot se encontra a escrever sobre cultura é na Inglaterra pós II
Guerra. A Europa no pós-guerra vivia o conflito de diversos discursos, onde muito foi dito
sobre povos, raças e domínios; ambiente de grandes embates políticos e sociais.
1. Contexto histórico e biografia
1.1 Ameaça Totalitária
O ensaio que Eliot escreve foi composto em 1946, e o contexto não poderia ser menos tenso e
polêmico, o final da II Guerra Mundial. Eliot não tenta definir conceitos, o ensaio tem por
objetivo a discussão de elementos que não poderia ser ignorados e os quais o autor visa
destacar para que sejam considerados e provocar uma reflexão sobre os limites e o delimitar
do termo cultura, até mesmo sobre o manejar cultural, o que o envolvia e quem possuía a
prerrogativa para fazê-lo.
1
Membro da Igreja Presbiteriana de Vila Natal; licenciada em Letras pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie; estudante do curso de bacharel em teologia do Seminário Teológico Presbiteriano
Reverendo José Manoel da Conceição.
Eliot como observador da realidade também percebeu que o totalitarismo se constitui em um
enorme perigo em nível cultural, no ensaio ele pincela a ameaça dando algumas razões para
ter antevisto esse sistema como prejudicial, pois a sugestão de utilização instrumentalizada da
cultura a reduziria a um mecanismo de atuação dominante e não um elemento social.
1.2 T. S. Eliot
Thomas Stearns Eliot foi um poeta modernista, dramaturgo e crítico literário inglês. Ele
nasceu nos Estados Unidos em 26 de setembro de 1888. Entre os prêmios que recebeu está o
Prêmio Nobel de Literatura de 1948.
Eliot nasceu em St. Louis, Missouri; com a idade de 25 anos ele posteriormente ele se mudou
para a Inglaterra em 1914. Mais tarde com 39 anos de idade se tornou um cidadão britânico
em 1927. Sobre sua nacionalidade e sua influência na sua obra, T.S. Eliot disse que sua
poesia não teria sido o que fora se tivesse nascido na Inglaterra e também não o seria se ele
apenas tivesse se conservado em solo americano. Segundo ele sua escrita era uma
combinação de ambas influências, embora sua fonte e força emocional estivesse mais
vinculada com os Estados Unidos onde viveu por muito tempo.
Eliot veio a morrer em 4 de janeiro de 1965 em Londres. Ele foi cremado conforme havia
solicitado e suas cinzas se encontram na igreja de Sain Michael, na vila de East Cocker,
Somerset na Inglaterra.
Conclusão:
No ensaio, não pretende definir a cultura, apenas levanta pontos que considera fundamentais
para que se possa defini-la corretamente e evitar que a palavra se tornasse vazia de
significado e apontasse para qualquer outra coisa, pois segundo entende isso levaria a
problemas para a própria sociedade.
Quando Eliot coloca a dependência do desenvolvimento individual na classe ou na sociedade,
ele cria um sistema circular de interdependência que não explica inovações e
desenvolvimentos. Certamente a intenção do autor não era definir cultura.
Ele se opõe ao esvaziamento do termo quando diz que “Quando o termo “cultura” é aplicado
à manipulação de organismos inferiores – ao trabalho do bacteriologista, ou do agrônomo –, o
significado é bastante claro, pois podemos obter unanimidade acerca dos propósitos a serem
atingidos, e podemos chegar a um acordo se os atingimos ou não.”
Eliot defende que existe um contraste dentro de uma mesma sociedade das culturas de grupos
e classes que a compõe. “A cultura do grupo, igualmente, tem um significado definido em
contraste com a cultura menos desenvolvida da massa da sociedade.”
Assim como há diferenças em níveis culturais para o que se refere ao indivíduo, ao
grupo/classe ou a sociedade.
2
DOOYEWEERD, Herman. No Crepúsculo do pensamento ocidental: estudos sobre a pretensa
autonomia do pensamento filosófico. São Paulo: ed. Hagnos, 2010.
Eliot tem um olhar altamente sociológico sobre a influência social sobre a religião na
produção de sub-culturas religiosas. Identificando a fragmentação da religião a fatores sociais
como educação, ambiente e grupo econômico. Esse olhar, entretanto, não corresponde ao
olhar reformado, pois a cultura e a crença não se distinguem assim, porém a crença produz
uma nova cultura, e a fé cristã segundo cremos, transforma o indivíduo que influencia o
grupo e reestrutura a sociedade nas intervenções necessárias motivados por sua fé.
Resumen:
T. S. Eliot en su ensayo presenta los tres sentidos de cultura; pero la definición de cultura
implica diversos elementos, entre ellos el tiempo y el espacio, luego, antes de entender lo que
el Sr. Eliot expone sobre la cultura, necesitamos entender que es el individuo Eliot y cuál es
el contexto de su discurso. Por lo tanto, dividiremos la comprensión de Eliot en elementos,
condiciones y perspectivas, para entonces confrontar y ver las semejanzas y divergencias con
la concepción reformada de cultura.
Palabras clave:
Cultura; Individuo; Sociedad; Reforma; Influencia; Niveles.