2 - VIDROS ELÉCTRICOS
1. Interruptor de chave
2. Relé
3. 4. Comutadores basculantes
5. Motores com reduotres de
velocidade
6. Fusíveis
São vulgares os sistemas de vidros eléctricos que apenas actuam nas janelas da frente;
neste caso são utilizados apenas dois motores. No entanto, também se utilizam sistemas
mais completos, como o representado na figura 2.1, em que os quatro vidros são acciona-
dos electricamente. Como se pode ver no referido esquema, para cada motor existe o res-
pectivo comutador, excepto a janela dianteira esquerda, que possui quatro comutadores
para que o condutor possa accionar qualquer vidro do automóvel.
Ainda em relação ao esquema da figura 2.1, deve ser referido que a corrente de alimenta-
ção é fornecida através de um relé (2) e de um interruptor de chave (1), sendo a instalação
protegida através de vários fusíveis.
Para permitir o movimento dos vidros, os motores são reversíveis, o que se consegue
através de duas bobines indutoras, pelas quais circula corrente de uma forma independen-
te e em sentido oposto de acordo com a posição dos comutadores basculantes ( 3 e 4).
O local onde normalmente estes comutadores estão colocados pode ser visto na figura
2.2.
A unidade electrónica de comando permite que o sistema tenha várias funções. Uma delas
consiste na possibilidade do vidro poder subir ou descer completamente sem ser necessá-
rio manter o comutador accionado durante todo o tempo. Esta função é particularmente
importante, porque evitará, por exemplo, que o condutor necessite de pressionar o comuta-
dor durante todo o tempo exigido para que o vidro desça completamente, ficando assim
com toda a sua atenção disponível para a condução. Para esta função a unidade electróni-
ca possui um temporizador, normalmente apenas para o vidro do condutor. Se o condutor
desejar parar numa determinada posição um vidro que se encontra em movimento, apenas
terá que aplicar um ligeiro impulso ao comutador para que o vidro pare nesse instante.
Outra função permite que os vidros sejam fechados mesmo depois de o condutor ter desli-
gado o veículo e retirado a chave da ignição. Isto será possível se a porta do veículo esti-
ver aberta. Nessa situação a passagem da corrente para a massa é feita através de uma
derivação do interruptor de porta que acciona a luz do habitáculo.
O terminal de massa por onde se faz o fecho da corrente à massa está representado por
(5). Outro elemento fundamental é a unidade electrónica (6), onde estão os relés que ali-
mentam os motores e definem o seu sentido de rotação.
Os outros elementos partilhados por este sistema são, principalmente, a caixa de fusíveis
e relés (7) e o interruptor de chave (8). Em (11) existe um terminal de massa suplementar
e em (12) existe um fusível de 20 A que protege a unidade electrónica.
Para que o accionamento dos vidros seja possível quando o interruptor de chave está des-
ligado, os interruptores de porta direito (13) e esquerdo (14) que comandam a luz do habi-
táculo, são integrados na instalação, ligando directamente à unidade electrónica (6).
1. Motor
2. Cabo de aço
O mesmo se pode dizer do sistema manual que utiliza alavancas. Na figura 2.8, pode
ver-se como a manivela actua sobre um elemento dentado (2), através do qual sobe ou
desce a barra (3) (sobre a qual apoia o vidro), que se encontra ligada à alavanca (4), por
sua vez solidária com o elemento dentado (2). A mola (5) garante a posição do vidro.
Do mesmo modo que no caso anterior, a manivela pode substituir-se por um motor com
redutor de velocidade, que será instalado no lugar da manivela, como se pode ver na figu-
ra 2.9.
A figura 2.10, apresenta outra configuração para a montagem do motor 1. Neste caso, ele
é montado na peça de suporte do elemento dentado 2.
1. Motor
2. Elemento dentado
3. Barra de deslizamento
4. Alavancas ligadas ao elemento
dentado
5. Vidro
Alguns sistemas têm um dispositivo de limitação de força (fig.2.12), que visa impedir que
partes do corpo dos ocupantes do veículo fiquem aprisionadas durante a subida dos
vidros. Para isso, utilizam-se sensores de efeito de Hall, integrados no motor, que contro-
lam o seu número de rotações enquanto em funcionamento. Se é detectada uma diminui-
ção do número de rotações, imediatamente o sistema inverte o sentido de rotação do
motor. A força de aprisionamento não deve exceder 100 N. Para que o vidro possa ser
fechado completamente, o sistema de limitação de força é desactivado quando o vidro
entra na junta da porta, mantendo-se o motor accionado até ao seu bloqueio.
1. Microprossedor
2. Relé de saída
3. Sinal dos comutadorse
4. Linha dados
5. Sensores Hall
Verificar se existe tensão na entrada e saída do relé, utilizando um voltímetro. Seguir o cir-
cuito até chegar ao fusível.A causa do defeito será encontrada nalguma destas verifica-
ções.
No caso de o motor não girar, a avaria poderá ser devida a um defeito num comutador ou
nos cabos. Através de um voltímetro ou de uma lâmpada de provas verificar estes elemen-
tos, assegurando primeiro que o fusível está em bom estado.
Se estiver tudo em ordem a falha será do motor, que deverá ser desmontado para se verifi-
car o estado do induzido e dos enrolamentos indutores. No entanto, é vulgar que os moto-
res deste tipo sejam selados de forma que a sua desmontagem e reparação não seja pos-
sível. Neste caso, depois de detectada a avaria do motor, este deve ser substituído.