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Pós-guerra e a emergência de organizações internacionais

O cenário pós-guerra fez ressurgir, as preocupações humanitárias, que


levaram à criação de organizações internacionais, vocacionadas para a
promoção da paz universal, a preeminência do direito e o progresso social.
Características de uma Organização internacional
- Também conhecidas como Organizações Intergovernamentais, são
instituições criadas por países (estados soberanos), regidas por meio
de tratados, que procuram através da cooperação a melhoria das
condições económicas, políticas e sociais dos associados.
- Visam a interação e articulação entre os Estados para assegurar a
estabilidade internacional.
Focam-se em alguns objetivos:
- Domínio social e político
- Domínio económico
- Domínio da defesa

Papel das Organizações Internacionais


- Contribuem para uma institucionalização da cooperação entre os
Estados;
- Legitimam ações coletivas no seio do sistema político internacional;
- Exercem um controlo internacional, de amplitude variável, sobre
determinadas atividades dos seus Estados-membros;
- Procuram assegurar a gestão de atividades e a procura de soluções
para questões que se põem a uma escala mundial ou regional;
- Têm um papel informativo e difusor;
- Têm uma função de unificação do sistema internacional, na medida
em que participam na definição e unificação ideológica de alguns
valores fundamentais, tais como os direitos humanos, o direito ao
desenvolvimento.
Características Gerais:
- Carácter estável;
- Personalidade jurídica;
- Ordenamento jurídico próprio;
- Órgãos próprios

Classificação:
- Quanto à “formalidade”;
- Quanto ao âmbito geográfico da sua ação;
- Quanto ao objeto;
- Quanto à estrutura jurídica;
- Quanto à facilidade ou dificuldade de ingresso;

Quanto à formalidade:
- Formais (Governamentais ou Não Governamentais) quando existe
uma estrutura institucional permanente, mesmo que simples; - Ex:
OCDE, UE
- Informais: sem qualquer estrutura permanente; - Ex: G8, G20

Reconhecer a importância das Organizações Internacionais:


Organizações Governamentais (Formais)
- São criadas pelo estado para desenvolver algum tipo de tarefa social
e são dirigidas pelo governo em função e financiadas através de
fundos públicos;
- A intervenção destas organizações manifesta-se a vários níveis, de
acordo com as funções e as competências estabelecidas, em setores
tão diversificados como: manutenção da paz, regulação mundial do
comércio, melhoria das condições de trabalho, cooperação
monetária, compreensão mútua dos povos, etc.
Nível mundial ou internacional:
- ONU;
- Agências especializadas da ONU: FMI; BM; FAO; OMC

Nível Regional:
- Cooperação Económica: UE; MERCOSUL; ASEAN; OCDE
- Paz e Segurança: OTAN; UA

Objetivos:
- Atuam em conjunto, de forma cooperativa, para alcançar avanços
económicos, sociais e políticos para os países membros;
- Procuram soluções em comum para resolver conflitos de interesses
entre os estados membros;
- Estabelecem políticas de cooperação técnica e científica;
- Estabelecem normas e regras comuns;
- Traçam estratégias para resolução de problemas de urgência
(guerras);
- Fiscalizam, através de órgãos específicos, o cumprimento das regras
estabelecidas pelos acordos;
Organizações Não-Governamentais (Informais)
- São entidades de iniciativa social com fins humanitários, que são
independentes da administração pública e que não têm finalidade
lucrativa.
- Estas organizações, de finalidade pública, atuam em diversas áreas,
tais como: meio ambiente, combate à pobreza, assistência social,
saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável, entre
outras.
- Humanitárias: CICV (comité internacional da cruz vermelha); MSF
(médicos sem fronteiras)
- Ambientais: Greenpeace; WWF (worldwide fund for nature)
Objetivos:
- Promover os direitos económicos e sociais, através de programas e
projetos de intervenção nas comunidades mais desfavorecidas;
- Desenvolver a sua ação de forma transparente, através da prestação
de contas aos principais beneficiários da sua ação, aos doadores
institucionais e a todos quantos apoiam solidariamente a
organização.

Quanto ao âmbito geográfico:


- Regional- EU; UA; NATO
- Global- ONU; Greenpeace; Cruz Vermelha

Greenpeace:
A Greenpeace é uma organização mundial de campanhas que age para
mudar atitudes e comportamentos, para proteger e conservar a natureza e
promover a paz.
Está organizada em campanhas, com os seguintes objetivos:
- Defender os Oceanos, desafiando a pesca destrutiva e criando uma
rede internacional de reservas marinhas.
- Proteger as florestas mais antigas do mundo e os animais, as plantas
e as pessoas que dependem deles.
- Trabalhar para o desarmamento e a paz, cuidando das causas, dos
conflitos e exigindo a eliminação de todas as armas nucleares.
- Promover a agricultura sustentável, rejeitando os organismos
geneticamente modificados, protegendo a biodiversidade e
estimulando a agricultura socialmente responsável.
A Greenpeace está presente em 41 países da Europa, Américas, Ásia e
Pacífico.
Para manter a sua independência, não aceita doações de governos ou
empresas.
Quanto ao seu objeto:
Organizações de fins gerais: ONU
Organizações de fins específicos, definidos nos seus pactos
constitutivos:
- Económico: OPEP, PNUD, OCDE, MERCOSUL, NAFTA, ASEAN, OMC
- Financeiro: Banco Mundial, FMI, BIRD
- Social: OIT, UNICEF
- Humanitário: Cruz Vermelha, UNICEF, FAO
- Cultural: UNESCO
- Saúde: Cruz Vermelha, AMI, OMS
- Militar: NATO, UA
- Político: Liga de Estados Árabes, Conselho da Europa
Quanto à estrutura jurídica:
Cooperação:
- Competências limitadas
- Estrutura institucional muito simples
- Decisões por consenso ou unanimidade, em representação dos
Estados
Exemplos: OCDE, ONU
Integração:
- Estrutura institucional complexa
- Decisões por maioria simples ou qualificada
- Órgãos próprios com funções executivas e jurisdicionais

Exemplos: UE, MERCOSUL, ASEAN


Quanto à facilidade ou dificuldade de ingresso:
- Abertas: quando é apenas preciso preencher condições objetivas
que a maioria dos Estado preenchem.
Ex. ONU
- Fechadas: quando apenas se pode aceder quando se preenchem as
condições decorrentes de tratados constitutivos e em que a entrada
de novos membros carece da aprovação por unanimidade.
Ex. EU

Reconhecer a importância da ONU no Mundo atual


- Criada a 24 de outubro de 1945.
- É integrada por 193 países do mundo.

Princípios:
- Todos os Estados Membros gozam de igualdade soberana;
- Todos os Estados Membros devem obedecer à Carta (111 artigos);
- Utilização de meios pacíficos para a resolução de problemas;
- Evitar utilizar a força ou ameaçar utilizar a força;
- As Nações Unidas não podem interferir nas questões internas de um
país;
- Os países deverão tentar dar toda a assistência à Organização;

Objetivos:
- Salvaguardar as gerações vindouras do flagelo da guerra, mantendo
a Paz e a Segurança Internacionais;
- Desenvolver relações amigáveis entre as nações baseadas no
respeito pelo Princípio da Igualdade de Direitos e da
Autodeterminação dos Povos;
- Promover o respeito pelos Direitos Humanos;
- Criar condições para respeitar a Lei internacional e a Justiça;
- Cooperar na resolução dos problemas internacionais;

Conselho de segurança- Encarregado da manutenção da paz e da


segurança mundial, é integrado por 15 países, são eleitos para mandato de
dois anos.
Secretariado-geral- Dirige a organização e implementa os programas e as
políticas elaboradas pelos órgãos da ONU. O Secretário-Geral é António
Guterres.
Conselho Económico e Social
- É formado por 54 membros eleitos.
- Este órgão está sob autoridade da Assembleia, tem o papel de
centralização e desenvolvimento de todas as organizações
internacionais que têm contactos com as N.U. e exercem a sua
atividade nos domínios económico, social, cultural.
Tribunal internacional da justiça- Este órgão é o principal órgão jurídico
da ONU. Julga as disputas entre as nações. É integrado por 15 juízes, eleitos
pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança.
Assembleia Geral- É o principal órgão da ONU. Exerce uma função geral
de discussão e recomendação, ou seja, é o local onde os representantes dos
E.M. se juntam e discutem sobre objetivos das N.U.
Financiamento
- A ONU é financiada a partir de contribuições voluntárias dos Estados
membros.
- A Assembleia Geral aprova o orçamento regular e determina a taxa
para cada membro.

A (re)emergência de conflitos regionais


1) Localizar conflitos no espaço e no tempo

- Curdistão: Unidos pela raça, língua e cultura, o Curdistão é o quarto


maior grupo étnico do Médio Oriente, constituído por cerca de 25 a 35
milhões de habitantes. Os curdos são um dos povos originários das
planícies da Mesopotâmia – território compreendido entre os rios
Tigres e Eufrates, correspondentes aos Impérios Turco-Otomano e
Persa – e dos planaltos da região onde hoje estão o sudeste da
Turquia, o nordeste da Síria, o norte do Iraque, o noroeste do Irão e o
sudoeste da Armênia.

- Caxemira: Consiste num território montanhoso localizado entre o


norte da índia, o nordeste do Paquistão e o sudoeste da China. O
termo “Caxemira” descrevia historicamente o vale ao sul da parte
mais ocidental dos Himalaias. Atualmente a região da Caxemira
divide-se em quatro áreas diferentes: os Territórios do Norte e a
Caxemira livre, que pertencem ao Paquistão, a região de Jammu e
Caxemira que pertencem à Índia e a região de Aksai Chin sob
ocupação chinesa.

- Nigéria: A Nigéria localiza- se na África Ocidental e partilha


fronteiras terrestres com a República do Benim a oeste; com Chade e
Camarões a leste e com o Níger a norte. A sua costa encontra-se ao
sul, no Golfo da Guiné, no Oceano Atlântico.

- Sudão: O Sudão é um país africano, limitado a norte pelo Egito, a


leste pelo Mar Vermelho, a sul pelo Sudão do Sul e a oeste
pela República Centro-Africana, Chade e Líbia. O Rio Nilo divide o país
em duas metades: a oriental e a ocidental.

- Iémen: . Este país que ocupa a extremidade sudoeste da Península


da Arábia, divide fronteiras com a Arábia Saudita a norte, Omã a
leste, o Mar Vermelho a oeste e o Oceano Índico a sul.

- Síria: A Síria é um país localizado na Ásia Ocidental (médio oriente.)


O território sírio faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a
oeste, a Turquia ao norte, o Iraque a leste, a Jordânia ao sul e Israel
ao sudoeste.
Conflitos dos Nacionalismos:
- Cáucaso e Crimeia (região russa/ucraniana): Na região do
Cáucaso (região da Europa oriental e da Ásia ocidental), as tensões
étnicas mostram-se particularmente violentas em território da ex-
união Soviética.
- Pais Basco: O Pais Basco, que compreende as comunidades
autónomas espanholas- Pais Basco e Navarra- e Iparralde, na França,
tornou-se autónomo com a constituição espanhola de 1978, apos a
ditadura franquista.
- Irlanda do Norte: O conflito na Irlanda do Norte, atualmente mais
tranquilo, resulta da combinação de fatores étnicos, políticos
económicos, religiosos e sociais que remontam à idade média, mas
que perduram ao longo do tempo.

2) Compreender os fatores potenciadores de tensões e conflitos


regionais
3) Reconhecer as diferentes causas dos conflitos regionais no
mundo atual;

Curdistão:
Conflito entre Turquia e o Curdistão:
A Turquia é o país que mais recebe refugiados em todo o mundo,
tendo acolhido cerca de 2,7 milhões de sírios desde o início da guerra civil.
A sua posição geográfica é importante devido à sua ligação territorial com o
Médio Oriente e a Europa, sendo um ponto estratégico de extrema
importância, além de ser membro da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN) há mais de 60 anos.
Após o Tratado de Lausanne, em 1923, a incorporação da Turquia foi
contestada por muitos curdos, e resultou num longo conflito político no qual
milhares de vidas foram perdidas.
No início dos anos 2000, o PKK criou a União das Comunidades do Curdistão
(KCK), com o intuito de unir aos curdos-turcos, aos partidos curdos da Síria e
do Iraque. Em 2009 começaram as negociações de paz entre o PKK e o
governo turco que terminaram com o estabelecimento de um cessar fogo
em 2013. A trégua terminou em julho de 2015, com um ataque suicida
organizado pelo Estado Islâmico que matou 32 ativistas curdos.
Em 2017, com a vitória de Erdogan (presidente da turquia) foram reforçados
os poderes do presidente, e a Turquia distanciou-se da União Europeia e da
democracia.
Atualmente, o Curdistão turco vive sobre um clima de opressão por parte do
governo, alguns políticos curdos estão presos, imensas casas e locais
históricos foram destruídos e houve alteração da composição étnica da
região.

(Não ler)
Para o governo turco, os curdos sírios e o presidente Bashar al-Assad são
ameaças maiores do que o próprio Estado Islâmico. Ou seja, os turcos
entendem que ao estarem a ajudar os curdos sírios estão a ajudar o PKK,
que é considerado um inimigo terrorista que tenta fragmentar o país há
mais de 30 anos.

Conflito entre Curdistão e Iraque:


A relação entre os curdos e os iranianos é marcada por conflitos diretos. É
de destacar, o início da década de 1960, quando a Primeira Guerra Curdo-
Iraquiana eclodiu na busca à independência. Em 1970, foi anunciado um
plano de paz que dava aos curdos representação em órgãos do governo, a
ser implementado em quatro anos. Porém, em 1974, o acordo foi quebrado
e o governo iraquiano iniciou uma nova ofensiva contra os rebeldes curdos,
que ficou marcada como a Segunda Guerra Curdo-Iraquiana.
Na década de 1980, com a erupção da Guerra Irão-Iraque, dá-se o ponto
mais violento do conflito, quando liderado pelo ditador iraquiano Saddam
Hussei, ocorreu a Operação Anfal, uma operação de genocídio contra os
curdos. Estima-se que 182 000 curdos morreram devido ao uso de gás
venenoso e centenas de milhares tornaram-se refugiados, devido à
destruição das suas aldeias.
Novamente, passado uma década, após a Guerra do Golfo e durante as
revoltas no Iraque em 1991, lideradas pelos Partidos do Curdistão, as tropas
iraquianas recapturaram as regiões curdas obrigando, o povo a fugir para a
fronteira do Irão e Turquia.
O Conselho de Segurança da ONU, para proteger os curdos e as operações
humanitárias, criou zonas de exclusão aérea no Iraque para permitir o
retorno dos refugiados. Em 1994, os dois partidos curdos entraram em
confronto, originando uma Guerra Civil no Curdistão Iraquiano, com o apoio
da Turquia e dos Estados Unidos.
Mais tarde, com a queda do ditador, a nova constituição iraquiana e 2005
determinou o Curdistão Iraquiano como uma unidade federativa com
presidente e constituição própria.
Atualmente, os curdos combatem a repressão do governo iraquiano e o
Estado Islâmico. No Iraque, o exército curdo é conhecido como Força
Peshmerga -“aqueles que enfrentam a morte”.

Conflito entre Curdistão e Síria


Os cerca de 300 mil curdos-sírios sofrem com persistentes politicas do
nacionalismo árabe e tentativas de arabização, sendo que podemos afirmar
que os curdos nunca tiverem completo direito à cidadania.
Na Síria, o ensino da língua curda foi proibido e dezenas de curdos são
entregues a famílias árabes para trabalhar em propriedades de cultivo.
Na 12ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas
denominado Perseguição e Discriminação contra Cidadãos Curdos na Síria, o
Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos sustentou que
"Sucessivos governos sírios continuaram a adotar uma política de
discriminação étnica e perseguição nacional contra os curdos, privando-os
completamente de seus direitos nacionais, democráticos e humanos – uma
parte integral da existência humana. O governo impôs programas de base
étnica, regulações e medidas excludentes em vários aspectos da vida curda
– políticos, econômicos, sociais e culturais." -
A partir de 2011, com a guerra civil no país, os curdos assumiram o controlo
de algumas áreas do território sírio, através da criação de um Comité
Supremo Curdo. Em 2012, em Rojava (como é chamada a região do
Curdistão Sírio), os curdos passaram a ter autonomia e sustento da
comunidade por esta região situar-se em áreas petrolíferas.
Em meados de 2012, as forças do presidente Bashar al-Assad retiraram das
regiões da Síria os curdos, permitindo assim que o Partido da União
Democrática (PYD) assumisse o controlo.

Conflito entre Curdistão e o Irão


Os curdos constituem aproximadamente 7% da população total do Irão. 
O território iraniano foi marcado por diversas revoltas curdas, todas elas
reprimidas e vencidas pelo governo iraniano.
A primeira, a Revolta de Simko, entre 1918 e 1922, consistiu numa revolta
tribal curda apoiada pela Turquia contra a dinastia do Irão.
De 1946 a 1947, parte do Curdistão iraniano, passou a ser uma república
autónoma denominada por República de Mahabad.
Após o golpe militar de 1953,  o monarca do Irão e suprimiu a maior parte
dos curdos e proibiu qualquer tipo de ensino em língua curda.
Entre 1979 e 1982 ocorreram lutas entre os curdos e o estado iraniano.
Em 1979, o Corpo de Guarda da Revolução Islâmica, declarou uma "guerra
santa" contra os curdos, considerada a mais grave, uma vez que atacou as
regiões curdas para restabelecer o controlo do governo iraniano. Dez mil
curdos foram mortos.
Atualmente, os curdos expressam a sua identidade cultural livremente, mas
os direitos do governo são negados. Qualquer partido político não-
governamental no Curdistão iraniano, sofre perseguições, são presos ou até
mesmo mortos. São exemplos, o Partido Democrático do Curdistão Iraniano
e o Partido da Vida Livre do Curdistão.
Os grupos foram considerados terrorista pelos Estados Unidos, e em 2011,
assinaram um cessar-fogo com as forças militares iranianas.
Caxemira:
Territoriais
É  a principal razão do conflito pois:
-A China reclama mais território;
-O Paquistão quer controlar uma maior região e a região com mais
qualidades;
-A Índia ambiciona controlar toda a região de Caxemira

Religiosas/ Étnicas
Caxemira tem múltiplas religiões misturadas no seu território. Os
muçulmanos constituem certa de 95% da população divididos entre a região
de Ladakah e Jammu. Os hindus estão concentrados em Jammu e os
budistas nas partes menos povoadas.
Naturais
A região de Caxemira é muito importante a nível de recursos hídricos pois
esta região é fonte de vários rios como Jhelum e Chenab que fluem para o
Paquistão e como os rios Ravi, Beás e o Sutlej que irrigam o norte da Índia,
para além dos afluentes do rio Indo.
Nigéria:
- Pouca instrução: a educação não chega de maneira uniforme à
população e uma grande maioria de jovens muçulmanos do norte
recebe a educação islâmica, e, certamente, muitos deles consideram-
na como a única forma verdadeira de educação. Se é assim, muitos
dos jovens não educados ou pouco educados dependerão apenas do
que os seus líderes lhes disserem.
- Interesses políticos: Muitos países muçulmanos como a Líbia (norte
de África), a Arábia Saudita e o Irão (Médio Oriente) querem dominar
a Nigéria não só pelo petróleo mas também pelos recursos naturais e
pela mão-de-obra abundante. Então, financiam grupos, ou seja,
movimentos que tenham aspirações islâmicas. Mas, dentro do mundo
muçulmano não existe um grupo homogéneo e no geral também há
lutas internas entre os muçulmanos.
- Reivindicação de território: Apesar de ser de origem religiosa, o
território é uma das causas deste conflito porque os Muçulmanos,
para além da intenção de exterminar todos aqueles que não seguem
o Islão, tencionam apoderar-se também do seu território bem como
das riquezas que dele provêm para espalhar a sua religião pelos
países vizinhos.
- Boko Haram: é uma organização jihadista, de métodos terroristas,
que busca a imposição da Xaria na Nigéria. Xaria: o nome dado ao
direito islâmico. Várias sociedades islâmicas, ao contrário do que
ocorre na maioria das sociedades ocidentais, não têm separação
entre a religião e o direito, logo, todas as leis são fundamentadas na
religião e baseadas nas escrituras sagradas ou nas opiniões de líderes
religiosos.

Quando foi formado em 2002, não usavam a violência para atingir o seu
objetivo que era "purificar o Islão no norte da Nigéria". Desde Março de
2015, o grupo é aliado com o Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Desde
que a actual insurreição começou, Boko Haram já matou dezenas de
milhares de pessoas e deslocou 2,3 milhões de pessoa. Em 2015 foi
considerado o grupo terrorista mais mortífero do mundo, de acordo com o
Índice de Terrorismo Global. Há muito que culpam a corrupção pelo
fracasso dos militares, alegando que o Boko Haram consegue ter melhor
armamento do que o exército nigeriano, apesar de uma parte substancial do
orçamento anual se destinar à defesa.

Sudão:
Sudão - Sudão do Sul
1- Frente Revolucionária Sudanesa é uma aliança entre fações
sudanesas que se opuseram ao governo liderado pelo ex-presidente Omar
al-Bashir.
A Primeira Guerra Civil Sudanesa (também conhecida como Rebelião
de Anya Nya ou Anya Nya I) foi um conflito bélico ocorrido
entre 1955 e 1972 entre a parte norte do Sudão e a parte sul que exigia
maior autonomia regional.
(Meio milhão de pessoas morreram durante os 17 anos de guerra, que pode
ser dividida em três fases: a guerra de guerrilhas inicial, o Anyanya e
o Movimento para a Libertação do Sudão do Sul. O conflito foi encerrado
com a assinatura do tratado de Adis Abeba de 1972)
No entanto, o acordo que pôs fim aos combates em 1972 fracassou
completamente, levando a um reacender do conflito norte-sul no Sudão
durante a Segunda Guerra Civil (1983-2005).
(O período entre 1955 e 2005 é considerado às vezes como um conflito
único, com um cessar-fogo de 11 anos que separou as duas fases de
violência)

2- O Tratado de Adis Abeba, também conhecido como Acordo de Adis


Abeba, foi uma série de compromissos firmados em 27 de
fevereiro de 1972, com o objetivo de apaziguar os líderes da insurreição no
sul do Sudão, após a primeira guerra civil sudanesa se mostrar muito
dispendiosa para o governo no norte. Neste acordo foi
garantida autonomia ao Sudão do Sul, pondo fim a 17 anos de conflito entre
o Anya Nya e o exército sudanês. Seguiu-se uma década de relativa paz,
mas em 1983 este acordo foi rompido pelo ex-presidente do Sudão, Gaafar
Nimeiry, que impôs a sharia a todo o território do país.[1][2]

3-A Segunda Guerra Civil Sudanesa (1983 - 2005) foi um conflito


bélico ocorrido entre a parte norte do Sudão e a parte sul, que teve início
em 1983 quando o governo muçulmano do norte tentou impor a Charia em
todo o país, inclusive no sul, onde a maioria da população
é cristã e animista.
(Embora para alguns, seja a continuação da Primeira Guerra Civil
Sudanesa de 1955 e 1972. Ocorreu, principalmente no sul do Sudão e foi
uma das guerras mais longas e mais mortíferas do final do século XX. 
O conflito que durou mais de 21 anos deixou aproximadamente dois milhões
de civis mortos no sul, como resultado da guerra, fome e doenças causadas
pelo conflito,[6] e mais de quatro milhões de refugiados e deslocados
internos. O número de mortes de civis é um dos mais altos do que qualquer
guerra desde a Segunda Guerra Mundial.[7]
Em 2004, algumas ONGs estimam que o SPLAM incluiu de 2.500 a
5.000 crianças em suas fileiras, o grupo armado afirma que entre 2001 até
este ano, havia desmobilizado e devolvido para suas casas 16.000 crianças,
no entanto, nos processos de paz observadores internacionais notaram que
muitos tinham vindo a voltar ao grupo rebelde)
Após quase três anos de negociações o conflito foi encerrado com a
assinatura do Tratado de Naivasha em 9 de janeiro de 2005. Os rebeldes do
sul na luta contra o governo de Cartum eram liderados por John Garang, que
se tornou o primeiro vice-presidente do Sudão após a assinatura do acordo
de paz. Da assinatura deste tratado surgiu a região autônoma do Sudão do
Sul
4- O Amplo Acordo de Paz (Comprehensive Peace Agreement em inglês),
conhecido também por Tratado de Naivasha, foi um acordo de paz
assinado pelo governo do Sudão e os rebeldes do sul em 9 de
janeiro de 2005, em Nairóbi, Quênia, que colocou fim a segunda guerra civil
sudanesa. Após quase três anos de negociação o acordo encerrou um
conflito que durava mais de 21 anos e que provocou a morte de
aproximadamente dois milhões de pessoas e deixou três milhões
de refugiados e deslocados internos.
(O acordo foi assinado pelo vice-presidente do Sudão, Ali Osman Taha, e o
líder do Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA), John Garang. Na
cerimonia oficial estiveram presentes diversos chefes de estado africanos
além do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell)
Ficou estabelecido no acordo:

 a formação de um governo interino no Sudão pelo Partido do


Congresso Nacional (no poder) e pelo Movimento Popular de Libertação
do Sudão(SPLM), com John Garang como primeiro vice-presidente;
 autonomia de seis anos à região sul (Sudão do Sul);
 referendo em 2011 (após o período de autonomia) com a
possibilidade da população do sul optar pela independência;
 divisão dos lucros do petróleo entre as duas partes;
 anistia aos guerrilheiros do Exército Popular de Libertação do Sudão.
(Em 11 de outubro de 2007, o SPLM desistiu de sua participação no governo
da unidade nacional (GoNU), acusando o governo central de violação aos
termos do acordo de paz. O SPLM alega que o governo de Cartum,
dominado pelo Partido do Congresso Nacional, não retirou os mais de
15.000 soldados dos campos petrolíferos do sul e não implementou o
protocolo de Abyei (demarcação da disputada região de Abyei, rica em
petróleo).[1]
O SPLM anunciou que retornará a participar do governo em 13 de
dezembro de 2007, seguindo um acordo: A sede do governo alternará
entre Juba e Cartum a cada três meses, o financiamento de
um censo (essencial para o referendo) e uma agenda para retirada das
tropas da fronteira entre o norte e o sul.[2]
Em 8 de janeiro de 2008, as tropas do norte do Sudão finalmente deixam
o Sudão do Sul)

5- O referendo sobre a independência do Sudão do Sul


(realizou-se entre os dias 9 e 15 de janeiro de 2011, para decidir o destino
do Sudão do Sul - tornar-se um estado independente ou continuar a ser
parte integrante do Sudão.[1][2][3]
O referendo foi decidido quando das negociações para o Tratado de
Naivasha (2005), entre o governo central de Cartum e o Exército de
Libertação do Povo do Sudão. Um referendo simultâneo estava previsto
em Abyei, para decidir se a região ficaria com o norte ou com o sul, mas os
líderes não chegaram a um acordo sobre como fazer o pleito e, assim, a
votação prevista para 9 de janeiro, não aconteceu. [4]
Os resultados oficiais do referendo foram divulgados no início de fevereiro
de 2011, conforme fora programado. [5] A quase totalidade dos eleitores
votou pela separação do sul do Sudão. O Sudão do Sul tornou-se um estado
independente a partir de 9 de julho de 2011.[6][7]

Sudão – Darfur
Em fevereiro 2003, iniciou um conflito em Darfur, o ponto de partida da
ofensiva foram os rebeldes que lutam pela separação de seu território,
afirmaram que o governo a qual eram subordinados agia representando
apenas a elite de religião islâmica, e por outro lado tratava as pessoas de
Darfur com displicência, ou seja, eram deixados de lado. Darfur é composta
quase totalmente por negros e muçulmanos, com atividade económica
ligada à produção de agricultura de subsistência e uma restrita parcela de
nómadas que criam animais.

O governo sudanês respondeu de forma violenta e repressora às


ofensivas dos rebeldes separatistas, esperava acabar com os rebeldes que
eram de religiões e etnias diferentes.

Iémen:
A Primavera Árabe começou com os primeiros protestos que ocorreram na
Tunísia em 18 de Dezembro de 2010 com protestos contra a corrupção
policial e os maus tratos. Com o sucesso dos protestos na Tunísia, atingiu
também países como a Argélia, Jordânia, Egito e Iêmen, com as maiores
manifestações de um "dia de fúria".
No ano de 2011 iniciou-se o movimento Primavera Árabe, os protestos
tinham como objetivo exigir uma melhor qualidade de vida para a
população e derrubar os governos ditatoriais e opressores que vigoravam
na época.
A propagação do movimento conhecido como Primavera Árabe não teria
sido a mesma sem os recursos proporcionados pela internet.
Assim, esse movimento chegou ao Iêmen atingindo Ali Abdullah Saleh, que
acabou sendo destituído pelo movimento.
As redes sociais desempenharam um papel considerável nos recentes
movimentos contra a ditadura nos países árabes. A propagação do
movimento conhecido como Primavera Árabe não teria sido a mesma sem
os recursos proporcionados pela internet. Foi na Internet que os setores
mais inconformados da sociedade encontraram o instrumento ideal para
exercer o ciber - ativismo, de onde eles puderam canalizar as críticas contra
os abusos do poder das autoridades, agendar e realizar ações de protesto.
O Iémen vive um conflito armado desde 2015, após os rebeldes Huthis,
apoiados pelo Irão, tomarem uma vasta zona do país em 2014, provocando
o exílio do Presidente iemenita, Abdrabbuh Mansour Hadi, que se encontra
atualmente na Arábia Saudita.
Em março de 2015, uma coligação formada por oito países e liderada pelos
sauditas lançou ataques aéreos contra os Huthis para restaurar o poder do
Presidente Hadi. Os ataques aéreos, sob a liderança de Riade e o apoio dos
Estados Unidos, Reino Unido e França, atingiram escolas, hospitais e
casamentos e mataram milhares de civis iemenitas.
Desde março de 2015, mais de 8,6 mil pessoas foram mortas e 49 mil
ficaram feridas, muitas em ataques aéreos liderados pela coalizão árabe.
Com isto o país sofreu com bloqueios comerciais impostos pelos sunitas,
que impedem que ajuda humanitária e itens básicos, como comida, gás de
cozinha e medicamentos, cheguem a 70% da população iemenita.

Síria:
- Ditadura
- Governo Corrupto
- Desemprego
- Inspiração em protestos da Primavera Árabe
- Conflito sectário (intolerante/fanático) religioso
- Falta de liberdade politica e de expressão
- Queda na produção agrícola causada por secas

Conflitos dos Nacionalismos:


Cáucaso e Crimeia
Apos a implosão da URSS em 1991, e a consequente constituição de três novos
países na área caucasiana- Geórgia, Azerbeijão e Arménia assistiu-se a um
incremento das migrações e uma mistura étnica e religiosa, traduzindo-se numa
convivência tradicionalmente difícil.

A importância económica dos conflitos nesta região também é explicada pela


situação geográfica, dado que a região é um ponto estratégico de ligação entre as
reservas de petróleo e gás de Azerbeijão da Arménia a Moscovo e aos portos
europeus.

Mais recentemente, em fevereiro de 2014, a crise da Crimeia veio trazer para a


ribalta a instabilidade no leste Europeu.

Pais do Basco

O nacionalismo do Basco teve como percursor Sabino de Arana Y Goiri que fundou o
partido Nacionalista Basco (PBV), onde se defendia a superioridade racial dos
Bascos e a noção de ruralismo, de uma sociedade antiga, conservadora, voltada
para a vida no campo e para Deus, tendo na igreja o ponto fulcral da sociedade.

Com o desenrolar dos tempos, o PNV veio a dar origem a movimentos de afirmação
nacionalista moderados e outos de reivindicação separatista radicais, sendo a ETA e
o Herri Batasuna os expoentes máximos do nacionalismo radical.

Irlanda do Norte

O conflito iniciou no século XII, quando o monarca inglês Henrique II tentou anexar
a ilha no seu reinado. A partir do seculo XVII, a estratégia consistiu em atrair
colonas da Inglaterra, Escócia e Pais de Gales para a Irlanda, especialmente a
província do Ulster, a concentrar os imigrantes britânicos. Os recém-chegados
eram, em sua maioria, protestantes – enquanto os irlandeses seguiam a religião
católica. A partir do seculo XIX, a região industrializou-se e urbanizou-se mais
rapidamente, aumentando as diferenças económicas em relação ao sul do pais,
ainda dependentes da agricultura. Como as tensões continuavam, em 1920 o
parlamento inglês criou duas regiões com autogoverno limitado na ilha: a de Ulster,
ou a Irlanda do Norte, com predomínio de protestantes, e a dos condados restantes,
a Irlanda, com maioria católica.

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