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Julho, de 2011
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Analise do Quadro Legal e Institucional para o Desenvolvimento do Turismo
Sustentável em Moçambique.
O Jurí
O Presidente
......................................................................
O Supervisor
........................................................................
O Oponente
.....................................................................
2
Declaração de Honra
Declaro por minha honra que esta monografia nunca foi apresentada na sua essência para a
obtenção de qualquer grau académico e que ela constitui resultado da minha investigação
pessoal e independente, estando indicadas no trabalho e na bibliografia que utilizei.
3
Agradecimentos
4
Abreviaturas
5
Resumo
6
Sumario
7
7. Bibliografias .......................................................................... Erro! Marcador não definido.
8. Anexos ................................................................................... Erro! Marcador não definido.
CAPITILO 1— INTRODUÇÃO
A partir dos anos sessenta do século XX, constatou-se que o processo de industrialização
tinha elevado a concentração populacional resultante da urbanização acelerada; explosão
demográfica; consumo excessivo de recursos naturais sendo alguns não renováveis;
contaminação (sad águas, do ar, dos solos, etc.); desflorestamento entre outros efeitos. Com
efeito, foram diagnosticados os primeiros problemas ambientais que punham em risco a
existência humana e neste contexto, em 1962 Rachel Carson publicou o livro ―Primavera
Silenciosa,‖ no qual abordou alguns problemas da relação homem-natureza que mais tarde
tiveram repercussões na opinião pública e despertaram o mundo para a questão os problemas
ambientais.
1967 foi declarado pelas Nações Unidas como o ano Internacional do Turismo, período em
que se desenvolveu uma ideologia triunfalista do Turismo, acreditando-se que viria a
substituir as indústrias poluidoras da Revolução Industrial por uma actividade limpa e não
contaminante, ou seja uma indústria sem chaminés. Contudo, a actividade turística não se
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desenvolveu em harmonia com o meio ambiente devido a supremacia dos níveis de impactos
negativos (as vezes irreversíveis) em relação aos impactos positivos sobre a natureza. Neste
contesto os críticos afirmavam que: [O turismo moderno é filho legítimo da Revolução
Industrial, da qual herdou a racionalidade capitalista de consumir os recursos naturais a
qualquer custo para a obtenção de renda] (Reinaldo Dias: 2003;14)
1.1 Justificativa
Considerando que o país possui uma localização geográfica e estratégica ao longo da costa,
tem recursos naturais abundantes espalhados por todas as regiões, tem boas condições
climáticas entre outras características favoráveis para a prática do turismo em quase todas as
épocas do ano e por outro lado, o país encontra-se numa situação de muita pressão económica
que se reflectem em baixos índices de renda na população; distribuição desigual de riqueza;
altos níveis de desemprego; níveis baixos de industrialização; grande dependência na
agricultura e exportação de produtos primários; desigualdades regionais; grande invasão de
divisas para o exterior e elevada divida externa, o Governo tem apostado no turismo como
tábua de salvação económica no combate a Pobreza Absoluta.
Logo, a possibilidade de perigo em se dar prioridade aos interesses económicos a curto prazo
negligenciando deste modo aspectos ligados com a conservação e preservação ambiental bem
como questões éticas, sociais e culturais das regiões turísticas. Se admite que Moçambique é
rico em recursos naturais e que estes devem ser explorados devido a necessidades económicas
do país. Contudo, é fundamental que esta exploração seja socialmente receptiva e
implementada por métodos favoráveis ao meio ambiente.
1.2 Problema
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de 2004, de pouco mais de 95 milhões de dólares. (Jornal Notícias; 18/08/2009:11) e em 2009
cerca de 195 milhões de dólares (Jornal O País: 12/10/2010).
Por outro lado, de acordo com a Revista Capital; Fevereiro de (2008: 25) o país vem
ocupando posições de destaque na referência dos melhores destinos turísticos na escala
mundial, por exemplo, os websites especializados na temática como: www.concierge.com;
www.homeandawaymagazine.com; www.lonelyplanet.com/bluelist; www.gilt.edge.com;
entre 2007 e 2008, posicionaram Moçambique entre os dez melhores destinos turísticos no
ranking mundial.
Nas ultimas duas décadas, as agendas Internacionais e Nacionais tem sido preenchidas com
temas relacionados com o uso e aproveitamento sustentável dos recursos naturais para o
desenvolvimento de varias actividades económicas inclusive do turismo, sector o qual foi
introduzida uma abordagem teórica de Turismo Sustentável, Justo e/ou Responsável, sendo a
mais usual a abordagem de Turismo Sustentável que segundo Seabra (2001: 29) apud
Reinaldo Dias (2003:73) será possível ser alcançado quando forem considerados em harmonia
e de forma equilibrada os factores económicos, sociais, ambientais e culturais. Contudo esta
garantia só poderá ser dada pelo Estado e Governo através de um quadro legal e institucional
para direccionar de forma coerente o sector actividade turística rumo ao desenvolvimento.
Assim, pretende-se neste trabalho analisar até que ponto o quadro legal e institucional do
desenvolvimento da actividade turística em Moçambique, contem ou não elementos que
podem garantir um desenvolvimento do Turismo Sustentável no país.
Constitui a pergunta de pesquisa a seguinte: até que ponto o quadro legal e institucional da
actividade turística em Moçambique contem ou não elementos que podem garantir um
desenvolvimento do Turismo Sustentável?
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1.3.1 Objectivos
Constituem objectivos do trabalho:
a) Gerais:
Analisar o quadro legal e institucional do desenvolvimento da actividade turística em
Moçambique.
Analisar o Turismo Sustentável em Moçambique a partir do quadro legal e
institucional.
b) Específicos:
Identificar as componentes de um desenvolvimento do turismo sustentável.
Identificar os elementos do quadro legal e institucional Moçambicano que são
favoráveis ao turismo sustentável.
Avaliar se os elementos identificados no do quadro legal e institucional Moçambicano
estão em conformidade com as componentes de um desenvolvimento do turismo
sustentável.
1.5 Metodologia
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Sendo uma pesquisa essencialmente de natureza qualitativa a avaliação do turismo sustentável
em Moçambique a partir da analise do quadro legal e institucional, será feita não só tendo em
conta aos paradigmas de desenvolvimento do turismo sustentável existentes na literatura mas
também consoante ao cotidiano dos aspectos relacionados com o turismo em Moçambique.
De acordo com Doris Ruchanan (2003:13) a palavra turismo surgiu no século XIX, porem a
actividade estende as suas raízes pela história mas foi a partir do século XX após a Segunda
Guerra Mundial que ele evoluiu como consequência dos aspectos relacionados a
produtividade empresarial, ao poder de compra das pessoas e ao bem-estar resultado da
restauração da paz no mundo.
Mário Bene (2001: 35), considera o turismo como sendo o resultado do somatório de bens,
recursos (naturais do meio ambiente, culturais, sociais e económicos) e serviços produzidos
por uma pluralidade de empresas. Segundo Reinaldo Dias (2003:19), no final do século XX, o
turismo converteu-se na actividade económica mais importante do mundo, caracterizado por
crescimento espectacular. De acordo com a OMT apud Reinaldo Dias, entre os anos 1950 a
2000 os deslocamentos internacionais de turistas passaram de 25 à 699 milhões de turistas por
ano, projectando-se para o ano de 2010 mais de 1 bilhão de pessoas viajando entre países
numero que tende a subir no ano de 2020 para 1,5 milhão de viajantes internacionais. Ainda
segundo a mesma fonte, o turismo é o sector da economia que mais cresce na actualidade,
superou a indústria automobilista, a electrónica e a petrolífera. Este sector tende crescer cerca
de 7,5% ao ano nos entre os anos 2003 a 2013, movimenta cerca de 3,4 triliões de dólares
(10,9% do PIB Mundial), emprega cerca de 204 milhões de pessoas (10% da força do trabalho
global) e um número incalculável de actividades correlacionadas.
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Contudo, para Mário Bene (2001: 40), a crescente importância do turismo no contesto
económico-social não foi acompanhada na mesma dimensão e velocidade por estudos
científicos embargados por teses que pudessem contribuir para o aperfeiçoamento de politicas
privadas e governamentais do turismo. De acordo com o autor, o sector ainda carece de
pesquisa, informação e dados estatísticos.
Por outro lado, Michael Hall (2004: 17) defende que o turismo é importante não só pela sua
dimensão e número de pessoas que viajam, número de empregados ou quanto dinheiro leva
até um certo destino, mais sim devido ao impacto que exerce na vida das pessoas e nos locais
em que ele é desenvolvido e devido à forma pela qual ele é significadamente influenciado
pelo mundo que o rodeia.
De acordo com Mário Bene (2001: 75), os impactos do turismo, podem ser observados sobre
os pontos de vista económico, social, cultural e ecológicos, podendo ser avaliados sobre
aspectos positivos e negativos. Na óptica Michael Hall (2004:15) os impactos negativos do
turismo superam aos positivos, de acordo com o autor, apesar do excesso de debates sobre
sustentabilidade no turismo, para cada notícia de sucesso, parece haver outras dez de fracasso
ou pelo menos maior impacto ou reconhecimento do impacto negativo exercido pelo turismo
e mesmo assim, ele continua a crescer.
Neste sentido, Doris Ruchanan (2003) afirma que afim de se conter os impactos negativos da
actividade turística, bem como de estabelecer um equilíbrio entre os impactos económicos,
sociais, culturais e ambientais do turismo, novas formas de turismo tem sido propostas e
recebem a denominação de turismo alternativo, responsável, ecológico e mais recentemente,
turismo sustentável.
Segundo Michael Hall (2004: 17), o termo de sustentabilidade é resultado da era ecológica
embora sua herança intelectual do conceito, remonte do inicio do século XIX. A partir do
inicio do século XX, no mundo globalizado do novo milénio, passou se a perceber a ligação
entre ambiente, economia e sociedade. O desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade
são conceitos importantes cujas interpretação e operacionalização têm sido vigorosamente
definidas nas decisões de planeamento e politicas em todo mundo.
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Reinaldo Dias (2003:69), considera que há uma diversidade de definições do que seja
desenvolvimento do turismo sustentável e estas adoptam a forma de um conjunto de
princípios que respeitam a complexidade do conceito, mais que dificultam a sua sensível e
compreensão correcta, esse facto coloca em risco o papel e o desempenho dos agentes
turísticos na implantação dos princípios de desenvolvimento sustentável, pois a falta de
precisão pode levar o seu uso meramente retrorico. Assim, busca-se adoptar-se a actividade
turística a definição originada pela Comissão Brundtand e da Agenda 21 dotando-os de
conteúdos mais precisos. Sendo assim:
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CAPÍTULO 2 – TURISMO E SUAS DIMENSÕES
Neste capítulo pretende-se fazer uma abordagem geral do turismo na óptica de alguns autores.
Segundo Rita Cruz (2003:4), o turismo é uma prática social que envolve o deslocamento de
pessoa pelo território e que tem no espaço geográfico seu objecto principal de consumo.
Mário Bené (2001:35) identificou três tendências para a definição de turismo: a económica
(estas só reconhecem as implicações económicas, empresariais do turismo) a técnica (tem por
objectivo obter informações para fins estatísticos e legislativos) e as definições holísticas
(procuram abranger a essência total do assunto). Por sua vez, Licínio Cunha (2003:18)
acrescentou a tendência conceptual, esta tem por objectivo encontrar uma definição capaz de
fornecer um instrumento teórico que permita identificar as características essenciais do
turismo e distingui-lo de outros sectores.
Tanto para Mário Bené (2001) como para Licínio Cunha (2003) foram os professores Suíços
Walter Hunziker e Kurt Krapf que estabeleceram uma definição (Holística) mais elaborada
do turismo ao considerarem em 1942 o turismo como a permanência de pessoas fora do seu
local habitual de residência desde que tais deslocações e permanências não sejam utilizadas
para exercício de uma actividade lucrativa principal.
Segundo Reinaldo Dias (2003:75) o fenómeno turístico é relativamente recente, cuja versão
moderna surgiu na metade do século XIX, quando Thomas Cook em 1841 organizou uma
viajem de comboio para levar um grupo de 750 passageiros de Lucerster para participar de um
congresso em Langborough na Inglaterra. Esse acontecimento marcou o início da época
moderna do turismo e o surgimento dos grupos organizados com fins lucrativos. Por outro
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lado, o Serviço Nacional de Aprendizagem comercial ―SENAC‖ (1998:11;12) considera que
historicamente, a organização do turismo e o seu desenvolvimento estão ligados a fenómenos
socioculturais decorrentes da evolução do capitalismo moderno, assim, o turismo conhece um
desenvolvimento expressivo a partir de 1950 em função de um conjunto de factores que
determinaram um novo estilo de vida em todo planeta. O pós guerra trouxe mudanças
culturais responsáveis para um novo estilo de vida que favoreceu o desenvolvimento do
turismo e a década 60 marcou a explosão do turismo como fenómeno de massa.
De acordo com Doris Ruchanan (2003), os anos 1950 à 1970 caracterizaram-se pela
massificação da actividade turística quando os voos charters e os pacotes turísticos
conduziram milhares de pessoas as partes mais remotas do planeta alem de conduzi-las a
localidades nos próprios países emissores. Nos anos 80, a prosperidade económica dos países
desenvolvidos fez com que grande maioria de sua população e diversas categorias
profissionais desfrutasse de ferias pelo menos duas vezes por ano.
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formalidades aduaneiras, eliminação de vistos, a unificação de documentos de viagens; a falta
do verde e os impactos psicológicos da vida urbana.
Licínio Cunha (2003:48), considera que os tipos de turismo resultam de factores psicológicos,
culturais ou profissionais intrínsecos ao individuo e destacou o turismo de recreio; turismo de
repouso; cultural; étnico; de natureza; de negócio e turismo desportivo. Assim o turismo pode
ser classificado segundo a:
Segundo Mario Bene (2001:39) o turismo é eficiente para promover a difusão da informação
sobre determinada região ou localidade, seus valores naturais e culturais; abrir novas
perspectivas sociais como resultado de desenvolvimento económico e cultural da região;
integrar socialmente, incrementar a consciência nacional; desenvolver a criatividade de vários
campos e promover o sentimento de liberdade mediante a abertura ao mundo, estabelecendo
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contactos culturais, estimulando o interesse pelas viagens turísticas. Por outro lado, o autor
considera que o turismo pode provocar os seguintes prejuízos: degradação e destruição
ambiental; perda da autenticidade da cultura local; ausência de perspectivas para os grupos da
população local que não obtêm benefícios directos das visitas dos turistas; aparecimento de
fenómenos de disfunção social na família, patologia no processo de socialização,
desintegração da comunidade e dependência do capital estrangeiro face ao turismo.
De acordo com Doris Ruchanan (2003:30) os impactos do turismo podem ser observados e
analisados sobre o ponto de vista ambiental, económico, social e cultural. Assim:
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c) Impactos sociais de turismo podem ser: efeito demonstração que ocorre quando a presença
de um numero grande de turistas estimula hábitos de consumo desconhecidos ou inacessíveis
para a população receptora (importação de produtos ―comidas, bebidas, vestuários‖; novos
hábitos de entretenimento ―casinos‖ ou o consumo de drogas ou de bebidas alcoólicas.);
alteração da moralidade, este indica o aumento da prostituição; a disseminação de certos tipos
de doenças (tropicais endémicas; viroses, etc.); importação de recursos humanos qualificados
para trabalhar nos empreendimentos turísticos, estes auferem altos cargos e bons salários e os
empregos menos qualificados e remunerados são ocupados pelos moradores das localidades.
d) Impactos culturais: de acordo com Doris Ruchanan (2003:37) podem ser negativos quando:
a produção do artesanato é voltada unicamente para o consumo dos turistas, descaracterizando
a função original e utilitária dos objectos para transforma-los em itens de decoração; a
vulgarização das manifestações tradicionais quando cerimónias tradicionais são apresentados
como shows preparados para atender a curiosidade e ao interesse dos visitantes,
transformando desse modo a cultura local em rituais de entretenimento; a decoração dos
hotéis e restaurantes com objectos de arte e do artesanato local para tornar os ambientes mais
exóticos através de figuras e desenhos de rituais sagrados para os nativos. E os impactos
culturais positivos podem ser a valorização do artesanato e cerâmica, outros tipos de olaria e
artigos de palha; valorização da herança cultural; valorização das artes, do teatro, a musica,
dança e gastronomia local; orgulho étnico; valorização e preservação do património histórico.
Assim para se compreender o turismo, de acordo com Licínio Cunha (2003: 109) é necessário
o conhecimento do conjunto de relações que o originam, porque estamos perante uma teia
complexa de dependências e conexões, sendo cada uma delas de natureza diferente e com
funções também diferentes. Logo, o conhecimento do turismo implica a apreensão do seu
conjunto, caso contrario, ter-se-ão apenas visões parcelares ou especificas, deste modo, torna-
se necessário adoptar uma abordagem integrada da actividade turística ou seja de todas as
suas componentes e relações através de uma visão sistémica.
Deste modo, para organizar essa complexa industria que é o turismo é necessário dispor de
um quadro referencial dinâmico, flexível e adaptável de literatura com simples e fácil
compreensão que integre essa complexidade e represente por inteiro as suas combinações de
modo a conferir a racionalidade e inteiração lógica as acções e actividades no espaço de forma
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coerente com objectivos ajustados a um roteiro lógico de procedimentos, harmonizando de
forma equilibrada os seus impactos económicos, sociais, ambientais e culturais.
Neste capitulo pretende-se focalizar o conceito de turismo sustentável como parte integrante
do desenvolvimento sustentável. Assim, numa primeira fase far-se-a uma abordagem geral
sobre o desenvolvimento sustentável e na segunda fase ira se abordar o termo de turismo
sustentável.
Segundo Reinaldo Dias (2003:30), o desenvolvimento sustentável teve sua origem na segunda
metade do século XX, com a intensificação do crescimento económico mundial. Este facto
agravou os problemas ambientais e estes apareceram com maior visibilidade em vários
sectores da população, em particular nos países desenvolvidos, os mais afectados pelos
impactos da Revolução Industrial, de tal modo que o ano de 1968 o marcou inicio das
discussões sobre o meio ambiente, movimentado grandes massas em todo mundo à
questionarem a racionalidade do sistema capitalista e se encontrar formas alternativas de
convivência.
Neste âmbito, foram realizados três encontros para se delinear uma estratégia com vista a
enfrentar os problemas ambientais na década 70 e nas seguintes, nomeadamente: O Clube de
Roma na Itália; a Assembleia das Nações Unidas em Estocolmo na Suécia e Conferência da
UNESCO sobre a Conservação e o uso Racional dos Recursos da Biosfera em Paris na
França. Estes encontros, tiveram como mérito o lançamento de bases para as abordagens dos
problemas ambientais numa óptica de desenvolvimento que constituiu o primeiro passo do
que viria a ser mais tarde o conceito de Desenvolvimento Sustentável e por outro lado,
contribuíram para que se estabelecesse preocupações normativo-institucionais no âmbito da
ONU e dos Estados bem como nas organizações financeiras multilaterais que constituíram
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assessorias posteriormente transformada em departamentos, encarregados da questão
ambiental. (Kitamura. 1994:48 apud Reinaldo Dias 2003)
Com o aumento das preocupações ambientais, em 1983, a Assembleia Geral da ONU, criou a
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), com objectivo de
examinar as relações entre o meio ambiente e o desenvolvimento e apresentar propostas
viáveis. Esta comissão foi presidida pela Primeira Ministra da Noruega Gro Harlem
Brundtland, esta elaborou um informe denominado Nosso Futuro Comum, divulgado em
1987. Este relatório pode ser considerado um dos documentos mais importantes sobre a
questão ambiental e o desenvolvimento nos últimos anos pois, vincula estreitamente a
economia e a ecologia e estabelece com muita precisão o eixo do qual se deve discutir o
desenvolvimento, formalizando o conceito de sustentável e estabelecendo parâmetros a que os
Estados, independentemente da sua forma do governo deveriam se pautar, assumindo a
responsabilidade não só pelos danos ambientais mais também pelas politicas que causam
esses danos. Por outro lado, Braurwell e Lane (1993:2) apud Michael Hall (2004: 21),
acrescentam que o Relatório de Brundtand (WCDE:1987), proporcionou estimulo
significativo ao conceito e à pratica de desenvolvimento sustentável cinco princípios básicos
de sustentabilidade, nomeadamente: Planeamento holístico e criação de estratégias; a
importância de preservar processos ecológicos essências; necessidade de preservar o
património e a bio diversidade; necessidade de buscar um tipo de desenvolvimento que
permita à produtividade ser sustentada no longo prazo para as gerações futuras (o conceito de
equidade intergeracional) e por ultimo estabeleceu uma meta a ser atingida com vista a se
encontrar um equilíbrio de justiça e oportunidades entre as nações.
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Segundo Reinaldo Dias (2003), não existe uma visão única do que é o desenvolvimento
sustentável, pois: Uns consideram como sendo um meio para obtenção do crescimento
continuo por meio do manejo racional dos recursos naturais e a utilização de tecnologias mais
eficientes e menos poluentes. Enquanto que outros entendem como um projecto social e
politico destinado a erradicar a pobreza, elevar à qualidade de vida e satisfazer as
necessidades básicas da humanidade que oferece os princípios e orientações para o
desenvolvimento harmónico da sociedade considerando a apropriação e a transformação
sustentável dos recursos naturais ou seja é compatibilizar o meio ambiente com o crescimento
económico continuo, mantendo as condições que produzem e reproduzem as relações de
exploração, hierarquização e dominação que permitem à apropriação da capacidade produtiva
social. E para outros, implica novas bases nas quais se sustenta a civilização, pela construção
de uma nova racionalidade ambiental que coloque como sentido e fim da organização social
produtiva o bem estar material do ser humano (nível de vida) e seu desenvolvimento espiritual
(qualidade de vida).
De acordo com World Travel and Tourism Council (1995) apud Solange Matsinhe (2005), o
Turismo Sustentável é aquele que busca as necessidades dos turistas actuais enquanto protege
e incrementa as oportunidades para o futuro, por meio de produtos que são operados em
harmonia com o meio ambiente local, comunidades e culturas, de modo que estes se tornem
os grandes beneficiários e não vitimas da prática do turismo.
Como Turismo Sustentável, considera-se aquele que atende as necessidades dos turistas
actuais sem comprometer a possibilidade a possibilidade do usufruto pelas gerações
futuras.(World Comission of Enviroment and Development:1987 apud Doris Ruchanan;
2003:10)
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estéticas respeitando ao mesmo tempo a integridade cultural, os processos ecológicos
essências, a diversidade biológica e os sistemas que sustentam a vida.
Para Reinaldo Dias (2003: 69) os eixos que representam objectivos fundamentais do
desenvolvimento turístico sustentável nomeadamente o crescimento económico,
sustentabilidade ambiental e equidade social devem ser conciliados de modo a que
permaneçam em equilíbrio estável para que se obtenha o máximo de benefícios possíveis e se
atenda o interesse das gerações actuais e futuras. Assim os princípios de sustentabilidade
devem constituir o objectivo principal de qualquer espaço ou produto turístico em qualquer
dos seus estágios evolutivos.
Por outro lado Seabra (2001:29) apud Reinaldo Dias (2003:75), a Organização Mundial do
Turismo (1994) defende que para o turismo sustentável ser possível devem ser considerados
os seguintes factores: Sustentabilidade económica (maximização da utilização dos recursos
naturais com redução dos custos ambientais); sustentabilidade social (adaptabilidade e a
capacitação social); sustentabilidade ambiental (analisa os níveis de visitação, os tipos de
visitantes e o seu comportamento); sustentabilidade cultural (envolve o estudo sobre a
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singularidade, a força e a capacidade cultural) e sustentabilidade politica (determinada pelo
apoio e envolvimento dos residentes do destino turístico).
Mário Bene (2001) caracteriza os critérios ecológicos; económico; social e cultural do turismo
sustentável nos seguintes termos:
— Critério social: de acordo com Mário Bene (2001: 77) o turismo é um factor socioecómico
importantíssimo que intensifica e aperfeiçoa a mobilidade humana, assim, o turismo e a
mobilidade guardam uma relação directa e se influenciam mutuamente. Para o homem
conteporanêo o descanso é uma necessidade, é a oportunidade vital de se encontrar a si
mesmo, seu semelhante e a natureza. Além da monotonia, o ritmo do trabalho durante a
semana exige também a ruptura libertadora que capacite para o desenvolvimento de outros
aspectos fundamentais da vida como o descanso, o desfrute e contemplação da natureza, a
formação cultural, o trabalho social livre, o entretenimento, à pratica de desporto, cada vez
mais pessoas de todos estratos sociais concorrem a estes aspectos da vida. E essa demanda
crescente está a exigir respostas imediatas em termos de planeamento e investimento para um
tipo de turismo com equipamentos receptivos adequados e compatíveis com os hábitos e
características socio-económicas desse fluxo turístico. É precisamente este ritmo que vai
tornando este fenómeno sociológico.
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Deste modo, para haver um turismo sustentável é fundamental um intercâmbio equitativo
entre os critérios ecológicos, económicos, sociais e culturais de modo a que nenhum tenha
mais e/ou menos privilegio em relação ao outro.
De acordo com Doris Ruchanan (2003), a implantação do turismo sustentável requer altos
custos, contudo têm lucratividade reduzida, porém continua por períodos de tempo muito
mais longos.
CAPITULO 4 — QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL DO TURISMO EM
MOÇAMBIQUE.
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De acordo com a Resolução nº 14/2003 de 4 de Abril (31), ênfase vai para a abordagem
orientada para a relação entre o produto e o mercado com pressupostos de aliviar a pobreza
absoluta bem como na melhoria das condições de vida da população e consequentemente na
produção da riqueza nacional. Logo pretende-se com a politica promover um turismo
sustentável e responsável, priorizando áreas para o desenvolvimento do turismo direccionado
para um leque de mercados e contribuindo para a reabilitação, conservação e protecção dos
ecossistemas e do património natural do nosso país sendo o desafio principal a promoção do
desenvolvimento turístico como motor de crescimento económico, engajamento dos sectores
publico e privado bem como das comunidades.
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similar; e áreas de conservação para fins turísticos. Deste modo, os papéis principais do
(MITUR) são: facilitar e catalisar do desenvolvimento turístico.
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investimentos turísticos nas áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento turístico,
com envolvimento activo das comunidades e da sociedade civil); órgãos consultivos
(assessoram o sector com recomendações especificas em assuntos relacionados com a politica
e sua implementação; órgãos de coordenação de promoção do produto turístico (programam
as actividade promocionais, identificação e mobilização de recursos financeiros para a
execução dos programas em relação a estratégia de marketing turístico no país); e órgãos
locais do turismo (tem por objectivos emitir pareceres em relação aos planos de
aproveitamento turístico na região, promover acções para o embelezamento dos espaços e a
consciencialização dos residentes para as práticas de bem receber, entre outras).
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CAPITULO 5 — AVALIAÇÃO DO TURISMO SUSTENTAVEL EM MOÇAMBIQUE
Moçambique é considerado Pérola do Indico por possuir cerca de 2800 km de costa marítima;
ter praias cristalinas e riqueza subaquática composta por varias espécies animais, canais ricos,
achados arqueológicos; tem localização geográfica estratégica e invejável a nível da Região
Austral com potencial de biodiversidade da flora e fauna bravia; rios, lagos e lagoas e um
leque de recursos naturais abundantes para a pratica de varias modalidades de turismo. De
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acordo com o Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo em Moçambique
(PEDTM:2004-2013:50), até o ano de 2025 Moçambique será o destino turístico mais
vibrante e exótico da África que dará boas vindas a mais de 4 milhões de turistas por ano.
Porem, a que se ter em conta certos aspectos, pois não basta a um país possuir um
deslumbrante meio ambiente para ocupar um lugar privilegiado no ranking dos destinos
turísticos mais importantes do planeta, é necessário muito conhecimento e informação sobre o
turismo; produção de estudos sociais, económicos, políticos e ambientais a respeito do
turismo; uma gestão e administração eficiente do uso e aproveitamento sustentável dos
recursos disponíveis e pesquisas cientificas sobre as regiões potencialmente turísticas afim de
se encontrar melhores formas de se desenvolver a actividade turística de acordo com as
características das regiões. Segundo Mário Bene (2001: 9), pesquisas revelaram que Países
Europeus, dotados de recursos limitados se comparados com a exuberância tropical do Brasil
e de Países Africanos, tem captado fluxos turísticos muito superiores da demanda estrangeira
naqueles países.
Para melhor localização geográfica do potencial turístico, Moçambique foi dividido em três
regiões, nomeadamente: o Norte (constituído pelas províncias de Cabo Delgado, Nampula e
Niassa); o Centro, (constituído pelas províncias de Sofala, Manica, Tete e Zambézia) e o Sul
(constituído pelas províncias de Maputo, Maputo Cidade, Gaza e Inhambane), sendo cada
região com características geofísicas, desenvolvimento sócio-económico e perfis turísticos
diferentes. Contudo, os dados apresentados para caracterizar os perfis regionais contem
elementos que não permitem uma visão correcta das regiões pois estas não são potencialmente
turísticas por completo na medida que os seus atractivos turísticos se encontram situados em
alguns espaços geográficos, logo, devem ser identificados, caracterizados e divulgados
consoante ao tipo e modalidade de turismo adequada. Outro aspecto é o facto das regiões
serem caracterizadas de acordo com a quantidade e qualidade dos estabelecimentos turísticos
(capacidade de alojamento; padrões de serviços, conforto, etc.), vias de acesso; infra-
estruturas e desenvolvimento socio-económico enquanto que o potencial turístico das regiões
se avalia de acordo com os recursos cénicos e paisagísticos; a composição química, a
qualidade das aguas e suas características terapêuticas; o clima; os recursos termais
relacionados com a qualidade de calor; a cobertura vegetal; a profundidade das bacias, etc.
Estes são os recursos do meio ambiente que constituem a matéria prima da oferta turística
local e são associados a infra-estruturas urbanas de acesso, de equipamentos e serviços para
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um processo de produção capaz de transforma-la em produto acabado para o consumo
turístico (Michael Hall; 2004: 112).
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barreira na comunicação pois, os documentos resultantes nestas condições costumam a ser
propostas autoritárias e não um acordo entre varias partes. Por outro lado, os agentes do
turismo não são os mesmos envolvidos no processo de elaboração das politicas, na protecção
e preservação da natureza bem como dos direitos sociais e culturais das comunidades locais.
6.1 Conclusões
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como por exemplo: Instituto Nacional de Estatística; Hotéis; Aeroportos; Serviços Nacionais
de Fronteiras entre outros e por sua vez há muita lentidão e demora no recebimento desses
dados. Assim, apurou-se que os referidos dados possuem finalidades diferentes, portanto, as
informações colhidas para orientar o, planeamento, administração e gestão do sector do
turismo na realidade se baseiam nas necessidades especificas de outros órgãos logo, não
constituem um conjunto de informações capazes de atender completamente a um sistema
voltado exclusivamente para a actividade turística.
Segundo Michael Hall (2004: 110), para se obter um desenvolvimento sustentável do turismo,
as politicas, estratégias, planos e programas referentes a actividade devem ser definidos para
cada caso especifico considerando as características e a realidade local. Em Moçambique, o
quadro legal é genérico e amplo, portanto, não é aplicável para casos excepcionais e
exclusivos da actividade pois, não esta especificamente direccionado para cada modalidade
de turismo que as regiões reúnem condições para desenvolver o turismo uma vez que o país
possui regiões e localidades potencialmente turísticas espalhados por todo o território e com
características diferentes uma das outras.
Apesar do Quadro Legal prever mecanismos de participação das populações locais embora de
maneira não clara e detalhada, a realidade mostra que as povoações locais são pegues
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desprevenidas com o desenrolar da actividade turística já em um estagio evolutivo. De acordo
com Francisco Mapossa (2011), membro comunitário do Posto Administrativo de Zitundo na
Província de Maputo (localidade a que pertence a Praia da Ponta de Ouro) as comunidades
são apenas convocadas a participar em eventos (pré organizados e planificados a porta
fechadas e sem a sua participação) de lançamento da primeira pedra para a construção de infra
estruturas e/ou empreendimentos turísticos ou inauguração dos mesmos, para se manifestarem
culturalmente através de danças e cerimonias tradicionais sem que então tenham informações
abrangentes sobre os benefícios ou custos que tais empreendimentos podem trazer para as
suas vidas.
Em Moçambique, o progresso do sector do turismo nos últimos anos deve-se muito mais a
decorrência de programas e iniciativas isoladas do que na actuação coordenada que reflicta
claramente seus benefícios sociais, culturais, económicos, ambientais e físicos das
localidades, regiões e do país em geral. Logo, estes programas e planos por serem
empreendidos isoladamente, maior parte deles não atingem os objectivos propostos. Um dos
exemplos é o caso Projecto Tchuma Tchato, programa de manejo dos recursos naturais
implantado na província de Tete ao longo do Vale do rio Zambeze, lançado em 1995 em
Bawa no distrito de Magóe. (Centro Terra Viva; www.clubefmozambique.com/pt:
18/05/2010). O Projecto Tchuma Tchato, rapidamente se espalhou para outros distritos da
Província de Tete e pelo país no geral em regiões bastante ricas em fauna bravia. Este
programa conta com a ajuda das comunidades locais na gestão sustentável dos recursos
faunisticos ora explorados com a pratica do turismo cinegético (pesca e caça desportiva) e
estas passaram a beneficiar-se financeiramente. Nos dias de hoje, este projecto se encontra em
vias de extinção devido a falta de sustentabilidade financeira por causa da redução da ajuda
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dos doadores externos, reduzida capacidade técnica aliadas a ausência de planos de uso de
terra e ao não zoneamento da área do Tchuma Tchato.
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Recomenda-se a criação uma Estratégia Municipal e Regional exclusivamente virada para o
desenvolvimento do turismo, afim de estes possam legislar sobre as suas especificidades
regionais e locais, com vista a sistematizar e conferir racionalidade e inteiração lógica as
acções e actividades no espaço de forma coerente, mediante um inventario e levantamento
pormenorizado dos atractivos e atracções baseados na oferta turística afim de se constatar o
que existe e avaliar o potencial turístico do município e da região.
7. Bibliografias
BAHL, Miguel: Perspectivas do Turismo na Sociedade Pós Industrial. Roca Editora: 2003.
BENE, Mário Carlos. Analise Estrutural do turismo. 6º Edição. São Paulo. Editora
SENAC.2001.
CRUZ, Rita de Cássia Ariza da. Introdução a Geografia do Turismo. 2º Ed. 2003. Roca
Editora LTDA.
DIAS, Reinaldo. Turismo Sustentável e Meio Ambiente. São Paulo: Atas Editora. 2003.
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Legislação Sobre a Terra. Lei nº 19/97. Regulamento da Lei de Terras. Decreto nº 66/98: 4º
Edição. Imprensa Nacional de Moçambique. Maputo: 2008.
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8. Anexos
b) Turismo Cultural: é caracterizado pelo interesse em manter contacto com outros povos,
outras culturas, monumentos artísticos e sítios arqueológicos visando ao enriquecimento
cultural.
c) Turismo de saúde: é praticado por pessoas que visam conseguir benefícios para a sua
saúde. Este tipo de turismo procura regiões que disponham de estâncias hidro-minerais, as que
são atribuídas propriedades terapêuticas como fontes sulfurosas ou de águas minerais, lamas
para banhos, areia quente entre outras propriedades. A demanda desse tipo de lugares é
estável, pois a procura por motivos variados acontece o ano inteiro.
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Roma, Aparecida do norte, Crato, Meca entre outros lugares.
e) Turismo Desportivo: é motivado pelo prazer causado por certas actividade como pesca,
caça, pesca submarina, excursões, caminhadas, escalamento de montanhas entre outras.
g) Turismo Nacional: é praticado pelos viajantes de um país dentro das próprias fronteiras.
As modalidades de turismo mencionadas nas alíneas (g; h) podem ser classificadas de acordo
com o seu destino ou direcção, em exportativo para indicar o deslocamento das pessoas para
fora de seu país e receptivo para identificar o movimento de entrada de nacionalidade ou país
de pessoas vindas de fora.
j) Turismo de minorias inclui as viagens realizadas para locais pouco procurados pelas
pessoas.
As denominações de (massa e minoria) nada têm que ver com as características sociais da
demanda, ou seja não se referem as diferenças de classes entre os viajantes (privilegiada,
media e popular). O gosto por destinações pouco visitadas é muito mais uma ordem cultural
de interesse, de interesse pela originalidade, do que uma escolha determinada pela situação
economiza do turista.
k) Turismo Individual: este turismo pode também ser chamado de turismo particular ou auto
financiado e ocorre quando todas as providenciais (a programação, o levantamento de custos,
a forma de pagamento) necessárias ao planeamento e execução de viagem são tomadas pelos
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interessados, sem o concurso de agências de viagens ou de qualquer outra entidade de
natureza turística.
O termo individual, não se refere a quantidade de pessoas que participam da viagem. Sob essa
modalidade de turismo podem se constituir grupos de pessoas ligadas por laços familiares, de
amizade e outros, como forma inclusive de reduzir as despesas com organizações prestadoras
de serviços.
l) Turismo Organizado: corresponde a actividades turísticas programadas, organizadas e
executadas por agência de viagens, associações, entidades de classe, clubes ou qualquer outra
instituição que envolve um grupo de pessoas.
o) Critério faixa etária, segundo este, o turismo pode ser classificado como infanto-juvenil,
adulto, para terceira idade e misto. As programações organizadas segundo esse critério têm
por princípio a programação de actividades que respondam as preferências de cada uma das
faixas de idade correspondentes aos diferentes grupos etários. O turismo para terceira idade
pressupõem programações especiais que levem em conta o respeito a certas limitações físicas.
a) Critério Social: este critério pressupõe que seja alcançado um patamar considerável de
homogeneidade social; distribuição de renda justa; emprego pleno e/o autónomo com
qualidade de vida decente; igualdade no acesso aos recursos e serviços sócias entre outros.
b) Critério Cultural: presume que haja mudanças no interior e continuidade (equilíbrio entre
respeito a tradição e inovação); capacidade de autonomia para elaboração de um projecto
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nacional integrado e endógeno (em oposição às cópias servis dos modelos alienígenas);
autoconfiança combinada com a abertura para o mundo.
e) Critério Territorial: pauta pela melhoria do ambiente urbano; pela superação das
disparidades inter-regionais; por configurações urbanas e rurais balanceadas (eliminação das
inclinação urbanas nas a locações ao investimento público); estratégias de desenvolvimento
ambientalmente seguras para áreas ecologicamente frágeis (conservação da bio diversidade
para o eco desenvolvimento);
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Anexo 3 — GUIÃO DE ENTREVISTAS
Com que Sectores, Órgãos ou Ministérios o Ministério do Turismo tem cooperado? E qual é a
relevância desta cooperação?
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Anexo 4 – FONTES ADICIONAIS.
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