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UNIVERSIDADE SANTO AMARO

UNISA

1° DIREITO - A

Bullying Escolar: Âmbito Jurídico

SÃO PAULO

2019
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André Fernandes Ra: 4130928

Dárcio Luiz Américo Silva Ra: 4042344

Fabio de Souza Rodrigues Ra:4128311

Graziela Dias Pinheiro Ra:4064577

Kenya Thamany de Souza Amatusi Ra: 4121023

Leandro Bispo Ra: 3637130

Tatiane Gonçalves Luz Ra:4035887

Bullying Escolar: Âmbito Jurídico

Trabalho Acadêmico de Direito.

Prof Ms Luis Claudio Bido

São Paulo

2019
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A escola não cria violência sozinha,


apenas reproduz a violência dentro dela.
Mas também pode ser um meio de
diminui-la se atuar com conteúdo que
ofereçam sentidos à vida dos alunos.
“Mario Sergio Cortella”
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RESUMO

O presente trabalho acadêmico tange em apresentar o fenômeno Bullying


Escolar assim como cyberbullying em seu âmbito jurídico, apresentando desta
maneira suas consequências e suas diretrizes de tratativas, abrangemos também a
importância e a participação do ECA e da instituição de ensino.

Diante disso apresentando os meios de amparo legal para reter os infratores


deste fenômeno, cada vez mais crescente na sociedade atual.

PALAVRAS-CHAVES: Intimidação Sistemática, Bullying, Cyberbullying


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SUMMARY

The present academic work focuses on presenting the School Bullying


phenomenon as well as cyberbullying in its legal scope, presenting its consequences
and its treatment guidelines. We also cover the importance and participation of the
ECA and the educational institution.

Faced with this, presenting the means of legal protection to retain the
perpetrators of this phenomenon, increasingly growing in today's society.

KEYWORDS: Systematic Intimidation, Bullying, Cyberbullying


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Sumário

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................. 7

2. O FENÔMENO CHAMADO BULLYING.......................................................................................................... 8

2.1 FORMAS DE BULLYING........................................................................................................................... 10

2.2 O QUE NÃO E BULLING........................................................................................................................... 11

2.3 CYBERBULLYING..................................................................................................................................... 11

3. INSTITUIÇÃO DE ENSINO.......................................................................................................................... 12

4. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.....................................................13

5. AS LEIS REFERENTES AO BULLYING E SUAS PENALIDADES.........................................................................14

7. CONCLUSÃO............................................................................................................................................ 18

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................................................... 19
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1 INTRODUÇÃO

Este seminário tem o objetivo de refletir sobre o fenômeno Bullying,


considerando suas características e consequências no âmbito jurídico. Trata-se de
sensibilizar a sociedade em geral.

Visando a importância de um trabalho educativo (preventivo), capaz de inibir e


evitar ações de violência, seja na escola, na rua ou por meio virtual. Despertando em
todos o reconhecimento do direito da criança e do adolescente a viver em um
ambiente de respeito às diferenças individuais, com cidadãos conscientes e
participantes de uma cultura de paz.

O fenômeno chamado Bullying (Intimidação Sistemática), começou a ser


discutido no Brasil como crime, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), em 2010. Após um aumento significativo de violências ocorridos no ambiente
escolar.

Com o avanço da tecnologia os alunos levaram esse modo de agressões


(físicas e psicológicas) para o mundo virtual, chamado de Cyberbullying.

O objetivo deste trabalho acadêmico aplicara o assunto de forma jurídica,


assim apresentando as leis, penalizações, aplicabilidade e como ocorre a
responsabilização dos agressores no Brasil.

O Bullying passou de uma “brincadeira” de escola que passou a ser tratado


com crime.
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2. O FENÔMENO CHAMADO BULLYING.

De acordo com Fante (2005), o Bullying é um fenômeno tão antigo


quanto à própria escola. Porém o assunto só passou a ser objeto de estudo por
volta da década de 1970, na Suécia. Desde então, diversos países atentaram-
se para esse fenômeno, que torna cada vez mais os aspectos preocupantes
quanto ao seu crescimento.

Para Fante (2005) o Bullying ocorre em todas as escolas do mundo, com


maior ou menor incidência e independentemente das características culturais,
econômicas e sociais do aluno.

No Brasil, segundo SPOSITO (2001), somente em meados de 1980, o


compromisso e a preocupação contra a violência escolar aconteceram, iniciou-
se com uma análise das depredações e danos aos prédios escolares e nos
anos 2000, é que passou a promover estudos sobre as relações interpessoais
agressivas, envolvendo alunos e a comunidade escolar. Dentre as inúmeras
violências praticadas no ambiente escolar existe uma que geralmente ocorre
entre os próprios alunos que recebeu a definição de Bullying.

O Bullying, pela lei trata-se de Intimidação Sistêmica, é uma palavra


inglesa, utilizada em muitos países para descrever atos de violência física e
psicológica, intencionais e repetidos, sem motivação evidente, praticados por
uma ou mais pessoas contra outra(s), causando dor e angústia dentro de uma
relação desigual de poder, intimidando à vítima, caracterizando-se como uma
prática de exclusão que se manifesta por atitudes agressivas e antissociais,
cuja falta de entendimento e atendimento adequado resultará em sérios
traumas à vítima.

O Bullying não pode ser considerado uma brincadeira, porque só existe


brincadeira quando todos se divertem. Quando uns se divertem e outros sofrem
(porque são os objetos da diversão), não pode haver brincadeira e sim
violência.
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As vítimas de Bullying apresentam alguns sinais, como:

 Não quer ir à escola


 Sente-se mal perto da hora de sair de casa
 Pede pra trocar de escola constantemente
 Volta da escola com as roupas ou livros rasgados
 Apresenta baixo rendimento escolar
 Abandona os estudos
 Se isola

As vítimas de Bullying ainda apresentam sintomas como:

 Depressão
 Agressividade
 Autodestruição, sentimento de vingança
 Baixa autoestima
 Ansiedade/Medo
 Sentimentos negativos
 Problemas interpessoais

Na maioria dos casos as vítimas são consideradas diferentes, pela cor


da pele, de cabelo, por ter alguma deficiência, pela forma de se vestir,
sotaques. Os indefesos, são os tímidos, que mostram medo e até choram, são
os preferidos dos Bullies (Vilões).

Os que se isolam do grupo são os poucos sociáveis e que tem


dificuldades de relacionamentos e de se defender.

As vítimas sofrem humilhações e recebem apelidos, perdendo sua


própria referência e identidade, sendo chamadas apenas por apelidos
pejorativos que reduzem sua autoestima. Por apresentarem diferenças sociais,
econômicas, físicas e intelectuais, são perseguidas, humilhadas e excluídas.
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As consequências para quem sofre Bullying são muitas, podendo ser


desde isolamento até agressões, homicídios e tentativas de suicídio.

Os agressores geralmente são os mais populares da turma, não


respeitam as diferenças alheias e se aproveitam, da fragilidade do colega para
executar as gozações e humilhações, o excluindo do grupo, costumas praticar
suas agressões quando não há supervisão de adulto.

É comum abordarem colegas com obesidade, baixa estatura, deficiência


física ou outros fatores culturais, étnicos ou religiosos, podendo trazer
consequências jurídicas, muitas vezes desconhecidas pelos autores, seus
familiares e a própria vítima.

Dentro da problemática do Bullying, existe também um terceiro


personagem que é a testemunha, ele é responsável pela continuidade do
conflito, como alertam os especialistas. Conhecido como espectador típico, ele
atua apenas como testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima e
nem se junta aos autores. Há também os que atuam como plateia ativa ou
como torcida, reforçando a agressão.

2.1 FORMAS DE BULLYING.

 Verbal – insultar, ofender, falar mal, colocar apelido pejorativos, “zoar”.


 Física e material – Bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir
pertences da vítima.
 Psicológica e moral- Humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar
e difamar.
 Sexual- abusar, violentar, assediar e insinuar.
 Virtual ou Cyberbullying- bullying realizado por meio de ferramentas
tecnológicas (celulares, computadores, filmadoras, internet e etc).

Existe um predomínio dos meninos sobre as meninas, por serem mais


agressivos e utilizarem a força física, suas atitudes são mais visíveis. Já as
meninas costumam praticar o bullying mais na base de intrigas, fofocas e
isolamento de colegas, por isso pode passar desapercebidos.
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2.2 O QUE NÃO E BULLYING.

Discussões ou brigas pontuais não são bullying. Conflitos entre


professor e aluno, ou aluno e gestor também não são considerados bullying.
Para que seja bullying, é necessário que a agressão ocorra entre pares
(colegas de classe ou de trabalho, por exemplo). Todo bullying é uma
agressão, mas nem toda a agressão é classificada como bullying. Para ser
dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro
características:

 Intenção do autor em ferir o alvo,


 Repetição da agressão,
 Presença de um público espectador,
 Concordância do alvo com relação à ofensa.

“Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora,


desmotivando a ação do autor”

2.3 CYBERBULLYING

É a versão virtual de Bullying, a principal diferença está nos métodos e


utilizadas pelo praticante. Enquanto o Bullying ocorre no mundo real, o
Cyberbullying ocorre no mundo virtual. A Internet e outras tecnologias de
informação e comunicação são utilizadas para disseminar essa prática com o
intuito de maltratar, humilhar ou constranger. O autor insulta, espalha boatos
sobre seus colegas e seus familiares, além da propagação das difamações ser
praticamente instantânea, o efeito multiplicador do sofrimento das vítimas é
imensurável, pois extrapola os muros das escolas e expõe a vítima ao escárnio
público. Os praticantes deste modo de perversidade também se valem do
anonimato, para atingir suas vítimas.
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3. INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Nas escolas, são muitos os exemplos de atitudes agressivas capazes de


causar sofrimento e angústia. É comum vivenciar casos de estudantes
introvertidos, intimidados pelos alunos mais fortes e desinibidos. Para a
diminuição no número de casos as instituições de ensino passaram a
desenvolver trabalhos de conscientização sobre a violência bullying e projetos
para a inclusão de alunos com deficiências.

Instituições de ensino públicas e particulares passaram a utilizar também


a ajuda de psicólogos para avaliar a criança e o adolescentes que demonstram
uma grave alteração de comportamento.

A intimidação sistemática causada dentro da instituição de ensino pode


ser considerada de coautoria da escola, pois a mesma deve se manifestar ao
menor sinal de violência ou abuso psicológico ocorridos entre os alunos.

Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. "Se


algo ocorre e o professor se omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa
de uma piada ou de um comentário, vai pelo caminho errado. Ele deve ser o
primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo", diz Aramis Lopes Neto,
presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do
Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

“O professor pode identificar os atores do bullying: autores,


espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre
colegas no ambiente escolar. Mas é necessário distinguir o
limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. "Isso não é
tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no
lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me
sentiria se fosse chamado assim?".

Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por


meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos
didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis
em um conflito;- Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à
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comunicação entre alunos; Quando um estudante reclamar de algo ou


denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola. É papel da
escola construir uma comunidade na qual todas as relações são respeitosas.
Deve-se conscientizar os pais e os alunos sobre os efeitos das agressões fora
do ambiente escolar, como na internet, por exemplo.

Com o avanço da tecnologia as instituições de ensino se depararam com


o cyberbullying e com divulgações das irregularidades que ocorriam dentro das
salas de aulas, agressores que se aproveitavam dos momentos de distração
dos educadores para importunar suas vítimas.

Em casos como estes ou denúncias a escola deve chamar o agressor e


seus responsáveis para tomar as devidas providencias que estão previstas em
leis ou em regulamentação da instituição de ensino dependendo de sua
gravidade.

4. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA E DO


ADOLESCENTE

O Princípio da Proteção Integral da Criança e do adolescente tem marco


de origem na Constituição Federal de 1988. No artigo 227 o constituinte
estabeleceu ser dever da família, da sociedade e do Estado garantir à criança,
ao adolescente e ao jovem, com máxima prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a
convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de
negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Nesse contexto foi criado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),


o que tem por direito assegurar os direitos fundamentais dos mesmos.

Com o surgimento deste princípio busca-se garantir direitos


fundamentais aqueles que estão em formação, indo além de apenas remediar
determinadas situações, mas sim de procurar prevenir e garantir o melhor
desenvolvimento possível para crianças e adolescentes de forma abrangente.
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Falar desse princípio é extremamente importante e fundamental para


tratar do assunto principal. Pois se trata da elevação ao máximo desta
proteção, tendo em vista que a criança e o adolescente têm a necessidade de
cuidados como, proteção e afins, pois estão em fase de desenvolvimento e tem
dificuldades para se proteger sozinhos.

A prática do bullying está atualmente cada vez mais comum. Sempre


houve, porém somente agora é possível detectá-la com mais facilidade , este
fato altera a postura das instituições de ensino, e o bullying, começou a ser
tratado com mais seriedade e uma afronta ao Princípio da Proteção Integral da
Criança e do Adolescente, não só por elas, mas também pelo Estado e por
toda a sociedade. Os sujeitos que praticam ou que sofrem com a intimidação
sistemática (Bullying) necessitam ser identificados para que estratégias e
ações possam ser elaboradas. Eles são as vítimas, os agressores e os
espectadores”. A lei 13.185/15, que abrange as consideração aos princípios da
Proteção Integral da Criança e do Adolescente e o da Responsabilidade
Conjunta, foi elaborada para, criar meios de conscientizar e prevenir a prática
do bullying. Porem para garantir o desenvolvimento da criança e do
adolescente, não depende somente de iniciativas do Estado, mas também da
família e sociedade.

5. AS LEIS REFERENTES AO BULLYING E SUAS PENALIDADES

As discussões sobre o bullying ganharam mais espaço no Brasil e


motivou a regulamentação de novas leis para coibir esse tipo de ação,
principalmente no ambiente escolar, onde a maior índice de ocorrência.

LEI Nº 13.185/15 define o bullying como todo ato de violência física ou


psicológica, intencional e repetitivo. É praticado sem motivação evidente por
indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas.

O artigo 2º da lei considera bullying quando há intimidação;


humilhação; discriminação; ataques físicos; insultos pessoais;
comentários sistemáticos e apelidos pejorativos; ameaças por
quaisquer meios; grafites depreciativos; expressões
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preconceituosas; isolamento social consciente e premeditado;


pilhérias

A lei constitui a obrigação das instituições de ensino implementar o


programa de combate ao bullying nos termos do artigo 4ª da lei 13.185/15 (lei
do bullying) e incisos IX e X do artigo 12 da LDB, com todos os requisitos
normativos exigidos. Se não o fizerem, o serviço educacional (público ou
privado) fornecido será defeituoso; ou seja, a escola estará violando o artigo 14
do Código de Defesa do Consumidor e artigos 186 e 932, inciso IV do Código
Civil, sem prejuízo da apuração da responsabilidade criminal dos diretores e
mantenedores do colégio nos termos do artigo 13 do Código Penal. É
importante esclarecer que responsabilidade civil é independente da penal, não
se podendo questionar mais sobre a existência do bullying ou da sua autoria
quando estas questões são decididas definitivamente no juízo criminal.

Nas dependências escolares, caso os educadores ocultarem atitudes de


bullying, pelo dever legal de denunciar, sofrerão sanções legais impostas pela
ECA, que se encontra no Art°245 que diz: os profissionais de educação tem o
dever legal de comunicar à autoridade competente (conselho tutelar, juiz da
infância ou promotor de justiça), em caso de suspeita ou ocorrência
confirmadas de violência contra a criança e/ou adolescente.

O crime de Intimidação sistemática está dividido das seguintes formas :

● Bullying moral

  O bullying moral e o verbal configuram crime de injúria, que é o mais


básico, como o xingar a pessoa, envolvendo questões de raça, etnia, religião
etc. Porém, é o xingamento em si que pode caracterizar difamação, que é o ato
de fazer fofoca, falar mal da vítima para outros colegas.

  Essa prática pode inclusive caracterizar a injúria real, prevista pelo artigo
140, parágrafo 2º do Código Penal, que é a ofensa direta, feita por meios
físicos como puxar o cabelo, jogar um copo d'água na cara da vítima ou
empurrá-la para que ela caia no chão.  

● Bullying físico
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São as condutas físicas, que é empurrar, bater e outras agressões


físicas. “Se a situação fica um pouco mais agressiva, essa prática pode cair
para o crime de lesão corporal”, na maioria os casos de bullying desse tipo
acabam se caracterizando lesão corporal leve, prevista pelo artigo 129 do
Código Penal.

● Bullying patrimonial

São os atos em que a vítima tem um bem subtraído, seja por meio de
furto ou brincadeiras que geram danos materiais.  

Um outro caso é o de roubo ou ameaça, que levam a pessoa a entregar


dinheiro ou algum bem para o praticante de bullying. Ele pode ainda fazer
ameaças de agressões posteriores ou até mesmo praticar a extorsão, que é
diferente do roubo, todos esses crimes são patrimoniais e que podem ser
praticados na esfera do bullying, como o furto previsto no artigo 155, o roubo
no artigo 157 e extorsão no artigo 158 do Código Penal.

  

● Bullying de constrangimento legal

Alguns tipos de bullying são interpretados como condutas de


constrangimento legal, crime previsto no artigo 146 do Código Penal. O
constrangimento legal ocorre quando a vítima é obrigada a fazer algo que não
queira, mediante ameaça grave.

● Bullying sexual

A prática do bullying sexual pode resultar em estupro, que, é “hoje um


crime que não exige penetração nem sexo em si”, qualquer ato sexual forçado,
desde um beijo até apalpar a parte íntima, masturbação ou sexo, configura o
estupro, crime do artigo 213 do Código Penal. Se a vítima tiver menos de 14
anos, a intimidação sexual caracteriza estupro de vulnerável, conforme
expressa o Código Penal em seu artigo 217A.
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Nesse caso, a punição aplicada para autores de bullying com menos de


18 anos são medidas socioeducativas previstas pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), que estabelece sanções específicas para menores de 18
anos. 

“Mas isso não deixa de ser um crime definido pelo Código Penal.
Embora o menor não responda criminalmente nem seja preso, ele pode ser
internado em instituições adequadas, conforme determina o ECA".

 Cyberbullying

Cyberbullying é crime, se o autor for maior de idade poderá ser preso e


terá que pagar indenização, se for menor, sofrerá sanções disciplinares
estabelecidas por lei e os responsáveis pelo menor poderão ser condenados a
pagar indenização por danos morais.

A Principal lei brasileira que abrange a categoria do Cyberbullying e A


Lei 8069/90, prevê aplicação de medidas disciplinares para a criança ou
adolescente que comete crime ou contravenção. 
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7. CONCLUSÃO

Concluímos que o bullying é um grave problema social que passou a ter


uma necessidade maior de respaldo jurídico, pois hoje ele prejudica
psicologicamente e socialmente nossas crianças e adolescentes.

Neste trabalho apresentamos os malefícios que o bullying pode causar.


E como recorrer à justiça seus direitos como indivíduo.

E assim precaver que no futuro que bullying não seja tratado de forma
omissa, mas sim, tratado como CRIME previsto na Lei de intimidação
sistemática discutidas no trabalho.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

Bullying escolar no brasil. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm . Acessado em
30.abr.2019
Quais as leis sobre bullying e as penalidades. Disponivel em:
https://www.lfg.com.br/conteudos/artigos/geral/quais-as-leis-sobre-bullying-e-
as-penalidades.Acesso em: 30 abr. 2019.
As Consequências Jurídicas da Previsão do Bullying pela Lei 13.185/15 e o
Princípio da Proteção Integral da Criança e do Adolescente. Disponível em:
https://lucas3344.jusbrasil.com.br/artigos/519779062/as-consequencias-
juridicas-da-previsao-do-bullying-pela-lei-13185-15-e-o-principio-da-protecao-
integral-da-crianca-e-do-adolescente?ref=topic_feed. Acesso em: 30 abr 2019.
MEC apoia enfrentamento ao bullying e violência nas escolas. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34487. Acesso em: 30 abr 2019.
Cyberbullying - Leis e Penas.. Disponível em:
https://julianamarangoni.wixsite.com/educacaotecnologica/single-
post/2015/07/04/Cyberbullying-Leis-e-Penas. Acessado em: 30 abr 2019.
Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8069/90 | Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990.Disponível em:
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crianca-e-
do-adolescente-lei-8069-90. Acessado em: 30 abr 2019.
O bullying escolar: Uma análise sobre as abordagens a este fenômeno nas
instituições locais de ensino, políticas e sociais. Disponível em:
http://www.ambito-Juridico.com.br/site/?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12044&revista_caderno=12. Acessado
em 30 abr 2019. Acessado em: 30 abr 2019.
O papel dos educadores no combate ao bullying.Disponível em:
http://www.institutoabrace.com.br/o-papel-dos-educadores-combate-ao-
bullying/ Acessado em: 30 abr 2019.
O fenômeno chamado Bullying.Disponível em: w.w.w.boletimjuridico.com.br
Acessado em: 28 Abril 2019.

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