ELABORAÇÃO DA ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS PARA A ÁREA DE
ABASTECIMENTO DE UM POSTO REVENDEDOR DE COMBUSTÍVEIS
O estudo foi realizado em um posto revendedor de combustíveis de Maringá,
Paraná, localizado região noroeste da cidade. Primeiramente foram levantadas informações gerais acerca do empreendimento, bem como da área de abastecimento, sendo este o local definido para a análise proposta. De modo a elaborar uma APR da área de abastecimento do posto revendedor de combustíveis, realizou-se levantamento da rotina de atividades desempenhadas pelos trabalhadores desse local. Assim, foi possível diagnosticar os riscos existentes no local. Na área de abastecimento foram identificados os riscos relacionados aos postos de trabalho dos frentistas, divididos em físicos, químicos, ergonômicos e acidentes. Não foi verificada exposição dos frentistas a riscos biológicos. Para cada um dos riscos encontrados foram determinados o perigo (evento capaz de gerar consequências indesejáveis), a causa, a consequência e a categoria, que por sua vez abrange a frequência, (frequente, provável, improvável, remota, extremamente remota), a severidade, (catastrófica, crítica, marginal e desprezível) e o grau do risco, determinada pela combinação das categorias de frequência com as de severidade, (catastrófico, sério, moderado, menor, desprezível). Então, foram levantadas as medidas de controle existentes para os riscos. Para os riscos físicos foram encontrados umidade, calor e ruídos. A umidade devido a baixa umidade do ar da região, e também devido ao contato com a umidade da limpeza de partes dos veículos. O calor devido a radiação solar e a movimentação dos veículos. Os ruídos com origem da movimentação dos veículos e do funcionamento das bombas durante o funcionamento. Para os riscos químicos podem ocorrer vapores de combustíveis, vazamento de combustíveis, material particulado e substâncias químicas. Os vapores de combustíveis pode haver exalação no momento do abastecimento ou ainda por eventuais defeitos nas bombas. Há a possibilidade de vazamento de combustíveis devido a eventuais defeitos nas bombas de abastecimento. Material particulado pela emissão da fuligem pelos escapamentos dos veículos. As substâncias químicas pelo contato com óleo lubrificante e combustíveis. Nos riscos ergonômicos foi detectado levantamento de peso, longo período em pé e má postura. O Levantamento de peso devido a manipulação com recipientes de água. Longo período em pé por causa do abastecimento. A má postura pela execução das atividades como a de calibração de pneus. Os ricos de acidentes podem ocorrer por defeitos nas unidades de abastecimentos, escorregamento e assaltos. Os defeitos nas unidades de abastecimento podem acarretar em explosões e incêndios. O Escorregamento devido ao piso molhado. Assalto por falta de segurança. As consequências levantadas para os riscos físico foram, doenças respiratórias e da pele, irritação dos olhos, doenças da pele, insolação, queimaduras de sol, problemas cardíacos, irritação, cansaço, problemas cardíacos, estresse e dores de cabeça. Para os riscos químicos, doenças cancerígenas, respiratórias, circulatórias e da pele, dores de cabeça, tonturas, explosões, incêndios e intoxicação. Para os riscos ergonômicos lesões musculares, cansaço, estresse, dores musculares e problemas circulatórios. Para os riscos de acidente, queimaduras, problemas respiratórios, óbito, lesões, quedas, danos físicos e psicológicos. Foram diagnosticados 14 riscos ocupacionais distintos que os funcionários alocados na área de abastecimento do posto revendedor de combustíveis estão expostos. Destes riscos, foram levantadas 18 consequências potencialmente danosas à segurança e saúde dos trabalhadores, sendo verificada a existência de todos os graus de risco. As medidas de controle existentes encontradas foram disponibilização de bebedouro e EPI (avental emborrachado e sapato de segurança) para umidade, EPI (boné) e EPC (ventilação natural) para o calor, EPC (ventilação natural, extintores, sinalização) e treinamento para os vapores de combustíveis, EPI (avental emborrachado), limpeza do local, manutenção periódica das bombas, EPC (extintores e sinalização) para vazamento de combustíveis, EPI (avental emborrachado) para substâncias químicas, manutenção periódicas das bombas, EPC (extintores, sinalização) e treinamento para defeitos nas unidades de abastecimento, limpeza correta do piso, EPI (sapato de segurança) para escorregamento, segurança privada para assaltos. Foi concluído que muitos riscos têm medidas de controle já aplicadas. Contudo, sugeriu-se a utilização de outros equipamentos de proteção, individual e coletiva, como óculos de proteção para lavagem de vidros dos veículos, protetores auriculares, bloqueadores solares, uso de exaustores eólicos e instalação de válvulas de recuperação de vapor nas unidades de abastecimento. No que concerne às medidas administrativas, indicou-se, dentre outras, a introdução de ginástica laboral na rotina dos colaboradores, procedimento visando o controle dos riscos ergonômicos existentes, bem como a elaboração de um Plano de Prevenção de Riscos Ambientais e um Plano de Contingência, sendo este último um documento contendo orientações e procedimentos para resposta a possíveis cenários de risco, caso um evento adverso venha a se concretizar.