CARTILHA DE UMBANDA
Hino da Umbanda
Refletiu a luz divina
Em todo seu esplendor
Vem do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Avante filhos de fé
Como a nossa lei não há
Levando ao mundo inteiro
a bandeira de Oxalá
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CARTILHA DE UMBANDA
AO MÉDIUM INICIANTE
Sejam todos bem vindos, ao “Curso de Desenvolvimento
Mediúnico de Incorporação e Cultura Umbandista”
no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca.
Este é um texto de boas vindas, apresentação, proposta e orientação aos médiuns que chegam para se desenvolver
neste grupo, independente de já trabalharem ou não em outro templo.
Todos estão sendo convidados a participar de um grupo espiritualista umbandista voltado à prática mediúnica, no
qual, como qualquer outro grupo, temos “regras” de convívio, as quais costumo definir como “Regras do Jogo”, pois são
e devem ser apresentadas antes de ter início “O Jogo”. Jogo este que é, primeiramente, “Um Jogo da Vida”, pois o que
está em “jogo” são nossas vidas e de outras pessoas que nos procuram ou procuram a religião (Umbanda) por meio de
nós (de forma individual) ou do templo (no coletivo ritualizado), em nossas sessões de atendimento.
O texto, bem como as preleções iniciais, estão voltados a situar o “iniciante” no contexto do grupo ao qual pretende
fazer parte, a fim de que se tenha uma ideia de onde está entrando para poder desta forma “avaliar” esta “proposta” e
fazer a escolha de fazer parte ou não deste grupo.
Caso se decida por fazer parte do grupo, então irei considerar que a “Proposta”, também chamada de “Regras do
Jogo”, foi aceita e que todos aqueles que decidirem fazer parte deste grupo aceitaram, respeitam e acatam as normas da
casa e todo o direcionamento que aqui receberem. Lembrando que, a qualquer momento, pode-se optar por não fazer
mais parte do grupo, para isso, peço apenas que nos comunique, pois fazer parte do mesmo é um “compromisso”, e de-
vemos saber muito claramente quem assumiu este compromisso, ou quem não assumiu por inteiro a proposta.
Caso um médium tenha comportamento contrário à proposta, ou falte sem dar satisfação, poderá ser desligado do
grupo por determinação dos dirigentes espirituais ou materiais que comandam a casa. Lembrando que é obrigatório pas-
sar na recepção e marcar presença em TODAS AS AULAS.
ESTE GRUPO/CURSO DESTINA-SE A MÉDIUNS que pretendem se desenvolver e também a Médiuns já desenvolvidos,
que façam ou não parte de outro terreiro. Tanto uns, quanto os outros, devem começar e recomeçar do Zero. Aqueles
que já frequentaram ou frequentam outras casas, doutrinas e filosofias, devem esvaziar-se e, em hipótese alguma, fazer
comparações de um “centro” ou “terreiro” e o trabalho desta casa.
Todos devem avaliar nossa proposta, para então aceitá-la e acatar os direcionamentos e disciplina da casa. Se o
médium permanece no grupo e sente-se em casa, sente afinidade com a proposta da casa, aceita e vê a importância de
“regras” para o convívio e disciplina, então cremos que sua espiritualidade, seus guias espirituais também aceitaram a
proposta. Pois caso seus guias espirituais não concordem com alguma coisa em nossa proposta, pedimos a eles que lhe
encaminhem a outro local para desenvolver-se ou trabalhar com a espiritualidade.
AQUI EU PARTO DE UMA PREMISSA QUE APRENDI NA UMBANDA DE QUE NADA É “OBVIO”, TUDO PODE E DEVE
SER DITO, EXPLICADO, EXCLARECIDO, ACLARADO E EXEMPLIFICADO PARA QUE TODOS SAIBAM O QUE DEVEM FAZER E
COMO SE MOVIMENTAR NO TEMPLO. DA MESMA FORMA NÃO PODEMOS COBRAR UMA POSTURA, COMPORTAMEN-
TO OU DISCIPLINA SE ANTES NÃO FOI DEVIDAMENTE ORIENTADO.
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Em nossa proposta, que deverá ser avaliada, ressaltamos o tema Convívio, cujos itens devem ser cuidadosamente
observados. Desta forma, podemos organizar a Proposta para facilitar o entendimento da mesma e, já de forma implícita,
estabelecer uma ordem de prioridades por meio das quais vamos aprendendo do zero, como “ser”, “estar”, “falar” e se
“movimentar” dentro deste grupo. Em alguns casos será necessária, a “morte” de velhos hábitos para o renascer de uma
nova espiritualidade. Começar algo no campo espiritual é sempre uma “Iniciação”, na qual estamos adentrando um am-
biente Sagrado, e para tal, exige-se a “Morte do Profano” para o “Nascer do Sagrado”.
A proposta não requer que nos tornemos “Santos” ou “Iluminados” mas que dentro da nossa condição de pessoas
“normais” que possuem uma prática religiosa e espiritual, busquemos nos tornar seres humanos melhores. Teremos uma
vida profana (fora do templo) e uma vida consagrada (dentro do templo), mas, tentaremos levar, na medida do possível,
valores do sagrado para o profano, sem nos permitir, no entanto, trazer comportamentos, atitudes, palavras e gestos do
profano para o sagrado.
1º CONVÍVIO:
O Convívio diz respeito à “Arte de Relacionar-se” com os outros irmãos no templo, com as regras do templo, bem
como a manutenção do mesmo.
A primeira coisa a saber é que todos devem dar uma colaboração (doação) mensal até o dia 10 de cada mês,
para a manutenção deste trabalho e de outras atividades relacionadas. Aqueles que atrasarem pagam multa. Se to-
dos cumprirem este requisito, nunca iremos nos desgastar ou precisar chamar a atenção de alguém por não cumprir
esta parte de seu compromisso, proposta e regra da casa. Esta doação para manutenção dos trabalhos e atividades
desta casa deve ser vista como algo tão sagrado quanto a prática espiritual, já que, se ter uma casa para exercer suas
atividades espirituais é prioridade em sua vida, manter este trabalho também deve ser uma prioridade. Caso não seja
prioridade, seja uma distração ou entretenimento, peço que procure outro grupo/casa/terreiro/centro para se dis-
trair ou entreter. Aqui pretendemos “trabalhar” apenas com pessoas compromissadas e que têm este trabalho como
prioridade em suas vidas, claro depois de suas famílias e o sustento das mesmas.
Segunda, ao entrar no templo/terreiro deixe todos os seus problemas e preocupações do lado de fora, evite
conversas sobre trânsito, patrão, empregados, colegas de trabalho, desentendimentos e frustrações do cotidiano.
Procure silêncio e recolhimento, pois está dentro do ambiente sagrado e que deve ser observado como tal, na prática
e não na teoria, por meio de nosso pensamento, palavra e ação.
Terceira, do objetivo espiritual e não social que temos aqui. Todo convívio é também um encontro social, o que
chamo a atenção aqui é que, embora estejamos nos “encontrando”, o objetivo destes encontros não é social e, sim,
espiritual. Portanto, não devemos nos distrair com o “social” e não trocar os objetivos, pois não estamos vindo aqui
para encontrar pessoas, fazer novos amigos ou suprir carências emocionais e afetivas. Se você sofre de solidão, isto
é algo que deve compreender melhor perante si mesmo e a vida, mas não, em hipótese alguma, buscar no templo
companhia para passeios e encontros.
Não Paquere, Não Flerte, Não Exiba-se, Não Chame Atenção... Guarde sua vaidade e carências para si e para
outros ambientes. Procure ser um “igual” e não um “diferente” entre seus irmãos. Não se entregue a Frissons, Troca
de Olhares ou Galanteios. Para ser educado e cordial não há necessidade de “Manifestações Hormonais”.
Observe de forma muito sincera este ponto e lembre-se que há milhares de pessoas e locais para você dedicar
seu tempo livre ao entretenimento. Não participe de um grupo espiritualista compromissado consigo mesmo e com
o outro, apenas por não ter o que fazer em “casa”. Assuma este compromisso de peito aberto, ou procure outra pro-
posta em outro lugar.
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Quarta, não tenha olhos para o comportamento de seu irmão. Não olhe, Não Julgue, Não Pese, nem Avalie o
comportamento e postura de seu irmão. Este “papel” pertence aos dirigentes materiais e espirituais do grupo e a
quem eles venham a delegar tal tarefa. A responsabilidade e o peso de uma palavra certa ou errada dentro do am-
biente de um templo são enormes e maior ainda quando empregada para “chamar a atenção de alguém”. Não queira
ou chame para si a responsabilidade que pertence apenas aos sacerdotes e seus mentores.
Quinta, não ocupe seu Sacerdote com frivolidades. Não estamos aqui, neste grupo de desenvolvimento, para
dar atendimento pessoal ou dar para alguém a atenção que este gostaria de ter nos trabalhos de atendimento, ou
em outros cursos, e não tem. Participar de um grupo de desenvolvimento é dedicar-se a aprender algo para si e para
o próximo e não um ambiente para ficar constantemente se consultando com seu dirigente espiritual de forma mais
exclusiva. Não confunda: desenvolver mediunidade é, antes de tudo, desenvolver e aprender uma ferramenta que lhe
servirá para a vida toda. Não ocupe este espaço tão limitado com seus problemas pessoais e passageiros, os quais,
em sua maioria, você mesmo deve aprender a resolver e não ficar esperando que outro os resolvam. Evite de ocupar
seu sacerdote contando sonhos, histórias e causos que em nada podem ajudar a você e a seus irmãos. Se quer mais
atenção, procure outra casa. Aqui a atenção é para todos por igual, ninguém é mais e, se precisar de alguém dedicado
em resolver seus problemas, volte a ser apenas consulente nos dias de trabalho espiritual.
Sexta, tudo pode e deve ser perguntado. Concentre-se e preste atenção à tudo o que for dito durante os encon-
tros. Não interrompa o Sacerdote durante as explicações. Anote sua dúvida e aguarde que o Sacerdote abra espaço
para perguntas, levante o braço e aguarde ser chamado. Tenha bom senso, seja claro e objetivo ao expor suas dúvi-
das. Se houver necessidade de falar em particular com o Sacerdote, consulte os funcionários do Colégio para saber o
melhor horário para fazê-lo.
Sétima, Como ser, estar, pensar, falar e se movimentar... O ambiente do terreiro é ambiente sagrado e, como tal,
exige uma postura condizente. Desligue seu celular e outros aparelhos antes de entrar no templo. Fale baixo (outros
podem estar rezando), movimente-se sempre com calma e cuidado. Não corra, não grite ou fale alto. Pensamento,
Palavras e Ação devem estar dentro do contexto sagrado, colaborando para criar e manter a energia presente nos dias
de encontro mediúnico ou trabalhos espirituais.
Oitava, Participação, Respeito e Disciplina. Procure chegar mais cedo e interessar-se na manutenção (varrer,
passar pano, limpar, etc.) e organização da casa. Chegando mais cedo, procure ir entrando em harmonia com os
irmãos e com a espiritualidade. Caso o ambiente já esteja pronto, sente e medite, buscando recolhimento, concen-
tração e paz. Tenha respeito, cortesia, educação, tolerância, paciência, calma e resignação para com todos os irmãos
da casa e, principalmente, com seus dirigentes e sacerdotes.
Se algo o desagradar com relação à casa, a outro médium, a algum procedimento, proposta ou “regra”, não co-
mente com ninguém, procure seu dirigente e exponha a situação de forma clara e direta, sem rodeios.
Se, apesar de todas as recomendações, você relacionar-se com outro médium, trocar telefone, vir a encontrá-
lo(a) fora do ambiente de terreiro e/ou ter algum tipo de relação, então deve informar seus dirigentes/sacerdotes.
Pois vocês se conheceram no ambiente do templo e, como filhos desta casa, tal encontro diz respeito, envolve e in-
fluência as atividades espirituais da casa.
Se não concordar com esta proposta, seja sincero consigo mesmo. Se tem dúvida sobre alguma questão, con-
verse com o dirigente.
LEMBRE-SE:
Umbanda não é religião para gente mole e, sim, para determinados que não têm receio de preconceito, discri-
minação e trabalho; simplesmente porque todo e qualquer esforço é muito pequeno comparado com a força, o poder
e axé que recebemos de nossos Guias e Orixás. Não há palavras e muito menos comparação para descrever o contato
com a espiritualidade e o que recebemos nestes momentos.
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PARA O MÉDIUM INICIANTE
• INTRODUÇÃO:
O objetivo desta cartilha é passar as primeiras instruções ao umbandista que começa agora a frequentar o terreiro
de Umbanda.
Tudo o que está aqui receitado ou recomendado pode e deve ser seguido pelo umbandista sem restrições, pré requi-
sitos ou contra indicações.
Aqui o umbandista encontra as primeiras noções de como entrar no templo com respeito e humildade, o que deve
ser demonstrado perante a comunidade do templo, guias e divindades. Não basta ter ou sentir respeito isso deve ser
demonstrado por meio de atos, gestos e posturas.
• BATER CABEÇA:
Este nome é dado ao ato de prostrar-se no chão e tocá-lo (o chão) com a cabeça em reverência e saudação ao que
está diante de você. Geralmente na Umbanda para este gesto o umbandista se deita no chão, coloca as mãos para a frente
espalmadas para cima e então toca o chão três vezes com a cabeça. Deve-se bater cabeça diante do altar para demonstrar
a todos (entidades, encarnados, Deus e divindades) e a si mesmo seu respeito, reverência, humildade e saudação.
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Neste momento deve-se pedir a Deus que o faça instrumento de sua vontade, de sua Lei Maior e de sua Justiça Divi-
na. Em muitos templos também se bate cabeça diante do sacerdote para demonstrar respeito, humildade e reverência
diante dele é que está ali para somar, ajudar e servi-lo junto das divindades. Pode existir um momento certo para bater
cabeça ao altar e para o sacerdote dentro do ritual de abertura dos trabalhos espirituais ou pode-se bater cabeça logo que
chega ao templo. Cada casa tem sua forma de lidar com isso.
• DEFUMAÇÃO:
A defumação é um ato de limpeza e purificação do templo e das pessoas, é feita com carvão em brasa e ervas ou
resinas aromáticas queimadas dentro de um turíbulos (incensório). Geralmente é feito durante o ritual de abertura dos
trabalhos passando o turíbulo esfumaçado diante de cada um dos umbandistas que devem tomar a fumaça com as mãos
e trazer até sua cabeça e então dar um giro sobre si mesmo no sentido anti horário, simbolizando o descarrego e a ideia
de que ali o tempo profano não conta mais. Este turíbulo passa diante de todos que estão no templo.
• BANHO DE ERVAS:
O objetivo do banho de ervas é limpar, purificar e trazer uma e energia da natureza e vibração positiva ao umbandista.
Os médiuns devem fazer seu banho de ervas no mínimo uma vez no dia em que vai ao templo. Há diversos tipos de banhos
e para conhecê-los deve-se estudar as ervas.
• PRECEITO:
Se dá o nome de preceito as restrições que se deve ter e fazer antes e participar de um ritual. Todos os médiuns
devem adotar um preceito mínimo de 24 horas sem beber, comer carne e sexo. O objetivo do preceito é garantir que o
medium esteja em condições físicas e espirituais o mais adequada possível para realizar um bom trabalho espiritual.
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Sua fé e seu templo devem ser prioridade em sua vida e se suas atitudes não demonstram isso não adianta bater ca-
beça, pedir a bênção ou “puxar o saco” de médiuns e sacerdotes que se dedicam para um bom andamento dos trabalhos
espirituais.
O chão num templo é “solo sagrado” e sua limpeza deve ser um ato devocional, de amor e dedicação, que tem um
valor, diante dos Orixás, muito maior que uma reza. Por isso cuide do solo sagrado, limpando ele, é tudo o mais do templo
rezando ou cantando mentalmente a Deus e aos Orixás. O templo é uma casa de força e poder, tudo que se vibra, sente,
pensa, fala e faz neste ambiente sagrado assume forma e poder em nossas vidas, refletindo em nosso dia a dia e destino.
Em um templo deve-se aprender o valor é o poder de sentimentos, pensamentos, palavra e ação, entendendo que
alguém só está em sua verdade quanto tudo isso está alinhado em uma mesma direção. O poder de uma reza, feitiço,
encantamento, oferenda e trabalhos espirituais está diretamente ligado à estes quatro elementos.
• PROTEÇÃO:
Todo medium umbandista deve ter suas proteções espirituais firmadas em sua casa e o mínimo que se deve ter é
uma vela branca de sete dias para seu anjo da guarda e uma vela vermelha/preta (bicolor) para sua esquerda. Além disso
o medium pode eventualmente firmar velas aos seus Orixás ou aos Orixás que queira um maior amparo.
• TRIÂNGULO DE PROTEÇÃO:
Para reforçar a proteção do anjo da guarda, para momentos de dificuldade com demandas negativas ou antes de
sair com objetivo de fazer trabalhos espirituais para ajudar terceiros se firma um triângulo de proteção para os Orixás
com a vela do anjo da guarda no centro. Ofereça a vela do alto do triângulo a seu Orixá Ancestral, a da direita a seu
Orixá de Frente e a da esquerda a seu Orixá de Juntó firmando a vela de seu anjo da guarda no centro que ao mesmo
tempo, também, representa você no centro de proteção do triângulo. Caso não saiba quais são seus Orixás Ancestre,
frente e junto pode escolher três Orixás de sua preferência ou que tenha a ver com o contexto.
• TRIÂNGULO DA ESQUERDA:
Além da vela bicolor vermelha/preta pode-se firmar um triângulo com três velas de sete dias, colocando a branca
no vértice de cima do triângulo, a vermelha no vértice da direita e a preta no vértice da esquerda. Oferecendo para
Deus, Orixá Exu, Orixá Pomba Gira e a todos Exus e Pomba Giras. Oferecendo bebida e fumo a todos eles. Bata Paô e
faça as saudações de forma adequada. Este triângulo forma um espaço mágico poderoso capaz de descarregar com
facilidade as cargas negativas que podem estar com o Umbandista. Ofereça a seus guias e peça a eles força, proteção
e o que mais de bom e para o bem que precisar. As firmezas de esquerda são feitas fora de casa, na varanda ou em
uma lavanderia.
• BATER PAÔ:
A palavra Paô vem do Yorubá e quer dizer união. Assim bater Paô é um pedido de união ou de encontro com a
divindade ou as entidades. Este gesto é feito por meio do bater palmas.
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• SE CHEGAR CARREGADO:
Se você chegar ao terreiro se sentindo mal, carregado de energias negativas, com dor de cabeça, pense antes se
fez seu banho de ervas e se deixou suas velas do anjo da guarda e da esquerda acesas. Caso contrário fica o alerta da
importância destas proteções. Pense se durante o dia encontrou alguém que estava com esta energia ruim e possa
tê-la passado a você ou alguém que você sente estar lhe desejando ou enviando esta carga negativa, isto é apenas
para você se tornar consciente de onde vem estas energias para poder evitar.
No templo vá até a tronqueira toque o chão três vezes como de costume faça a saudação e pata Paô 3 x 3 para
Exu e Pomba Gira repetindo mentalmente a saudação de chamada deles: “Laroyê Exu, Exu Mojubá”, “Laroyê Pomba
Gira, Pomba Gira Mojubá”. E vai pedindo mentalmente para eles lhe limpar e descarregar de toda energia negativa.
Fique ali ajoelhado por uns minutos sentindo esta limpeza. Após isso vá bater cabeça e faça novamente seus pedidos
no altar. Geralmente, para cargas negativas isto costuma resolver. Caso não dê resultado procure seu sacerdote e
explique que não está bem.
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O
Anjo da Guarda é um Anjo pessoal e tutelar, que têm por função velar, proteger, amparar, inspirar e
acompanhar seu tutelado (este acompanhar não é algo necessariamente presencial). Cada tradição
explica o Anjo da Guarda de uma forma diferente, embora nos seja mais familiar os conceitos do Judais-
mo e Catolicismo é fato que já existia este conceito nas culturas sumeriana, babilônica, persa (zoroastrismo) e
outras da mesopotâmia, no oriente médio antigo.
No Espiritismo (Doutrina de Allan Kardec), além de Deus todas as formas de vida seguem uma mesma e
única via de origem e evolução, tudo que vive é, foi ou será espírito, logo anjos são espíritos e anjo da guarda é
“espírito tutelar”, muitos o confundem com seu “espírito protetor”, “guia espiritual” ou “mentor”.
O esoterismo se apropriou dos 72 nomes de Deus na Cabala Hebraica, que são potencias de Adonai, atribuiu
vogais para estes “nomes potencias” e os identificou como “anjos”, fazendo surgir uma tabela com nomes de
anjos, 72 anjos, relacionada com os 365 dias do ano, em que se faz identificar pela data de nascimento o nome
de seu anjo e qual suas qualidades. Embora em todas as tradições antigas anjo da guarda não tenha nome
conhecido, passou-se a identificar estes nome de anjos como sendo a identidade dos “anjos da guarda”. Este
conceito surge na obra de Lenain (A Ciência Cabalística ) e se repete na obra de Papus (A Cabala) que é também
um seguimento do que se conhece como Alta Magia.
Na “Magia Sagrada de Abramelin”, um tratado de Magia Cabalistica, aparece um conceito de “Anjo Guar-
dião” que se fará presente nos seguimentos “Mágikos” de Aleister Crowlei, OTO, Golden Daw e da Magia de Te-
lema, em que o “Anjo Guardião” é uma forma personalizada do Mistério Maior, a forma de Deus manifesta para
cada um... Archibald Joseph Macintyre em seu livro “Os Anjos, Uma Realidade Admirável” apresenta de forma
resumida as condições da questão CXIII da Suma Teológica, que é de São Tomás de Aquino, o maior teólogo da
Igreja Católica e considerado “Doutor Angélico”, desencarnado em 1274, como podemos ver abaixo:
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1– Os homens são custodiados pelos Anjos. Isto porque, como o conhecimento e as aflições dos ho-
mens podem variar muito, vindo a desencaminhá-los do bem, foi necessário que Deus destinasse anjos para
a guarda dos homens, de modo que, por eles, fossem homens orientados, aconselhados e movidos para o
bem. Pelo afeto ao pecado, os homens se afastam do instinto do bem natural e do cumprimento dos precei-
tos da lei positiva e podem também desobedecer às inspirações que os Anjos bons lhes dão invisivelmente,
iluminando-os para que pratiquem o bem. Por isso, se um homem vem a perder-se, isso se deve atribuir à
malícia do homem e não à negligência ou incapacidade do Anjo da Guarda.
2 - A cada homem custodiado, corresponde um Anjo Custódio distinto. Cada Anjo tem sob sua respon-
sabilidade uma alma que lhe compete procurar salvar.
3 - O Anjo da Guarda livra constantemente seu protegido de inumeráveis males e perigos tanto da alma
quanto do corpo, dos quais o homem não se dá conta. Vimos como Jacob se dirigiu a José (Gen 48,10): “Que
o Anjo que me livrou de todos os males abençoe a essas crianças.”
4 - O Anjo da Guarda impede que o demônio nos faça o mal que desejaria fazer-nos. Lembremo-nos da
história de Tobias mencionada neste e no capítulo 3.
5 - O Anjo da Guarda suscita continuamente em nossas almas pensamentos santos e conselhos saudá-
veis (conforme se lê em Gen. 16,18; At. 5,8,10).
6 - O Anjo da Guarda leva a Deus nossas orações e pedidos, não porque Deus onisciente, necessite dis-
so para conhecê- los, mas para que ouça benignamente. Implora por iniciativa própria os auxílios divinos
de que iremos necessitar, sem que disso nos demos conta e sem que, muitas vezes venhamos a saber que
recebemos esses auxílios (ver Tobias c.3 e 12; Atos c.10).
8 - O Anjo da Guarda nos assistirá particularmente na hora da morte quando mais dele iremos necessi-
tar.
9 - Os Anjos da Guarda, segundo opinião piedosa de grandes teólogos, acompanham as almas de seus
protegidos ao purgatório e ao céu depois da morte, como acompanhavam as almas dos antigos patriarcas
ao “Seio de Abraão”, expressão que simboliza a união com o pai. De fato, a igreja apoiando e confirmando
essa crença, na cerimônia da encomendação da alma a Deus, ao descer o corpo à sepultura, como última
oração, reza: “Ide a seu encontro Anjos do Senhor; recebei sua alma e conduzi-a presença do Altíssimo...;
que os Anjos te conduzam ao seio de Abraão.”
10 - O Anjo da Guarda, ainda, segundo a opinião de muitos teólogos, atendem às orações dirigidas pe-
los fiéis à alma de seu custodiado quando esta se encontra no purgatório, “em estado não de socorrer, mas
de ser socorrida” (2-2 Q.83 a. 11. ad 3). Por isso, as súplicas dirigidas às almas do purgatório são das mais
eficazes, pois são impetradas pelo Anjo da Guarda da alma a quem se recorre.
11 - O Anjo da Guarda acompanhará eternamente no Céu a seu custodiado que alcançou a salvação,
“não mais para protege-lo, mas para reinar com ele” (1.Q.113 a.4) e “para exercer sobre ele algum mistério
de iluminação” (1 Q, 108 a. 7 ad 3).
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12 - O Anjo da Guarda não pode livrar-nos das penas e cruzes desta vida, enquanto Deus em sua infinita
bondade no-las tiver mandado ou permitido, para nossa provação, santificação e purificação. Mas nos aju-
dará a suportar pacientemente , resignadamente e até mesmo alegremente as provações, encaradas como
nossa modesta participação de solidariedade no Mistério da Redenção da Humanidade, o qual se realizou
plenamente no Sacrifício do Calvário, com a morte de Jesus.
13 - O Anjo da Guarda nos protege contra a malícia humana, a injustiça, a hipocrisia, a falsidade, a men-
tira, a injustiça e os ciúmes daqueles que nos querem prejudicar. Sua veneração e invocação sempre nos
hão de valer.
Na religião de Umbanda há o costume de se acender uma vela branca de sete dias ao Anjo da Guar-
da, oferecendo água e mel. O que pode ser feito de forma simples e como prática espiritual de proteção
na presença do Anjo da Guarda, fortalecendo o vínculo entre ele e nós.
Basta para isso uma vela branca, um pires, um copo de água e mel.
Acenda a vela branca e segure-a com a mão direita à frente e acima da cabeça, faça esta evocação:
“Eu Evoco à Deus, sua Lei Maior e sua Justiça Divina!
Evoco meu Anjo da Guarda ofereço a vós esta vela e peço que a imante, cruze e consagre em vosso
poder se fazendo presente por meio dela em minha vida, em meu coração, palavras e mente! “
Encoste a vela em cima de sua cabeça e imagine a luz dela alcançando o infinito, no alto onde se
encontra seu anjo da guarda com o Altíssimo, a luz sobe como um facho e quando alcança o anjo a luz
Dele desce por este facho o iluminando ainda mais até alcançar o alto de sua cabeça, entrando por seu
corpo, de dentro para fora e de fora para dentro o envolvendo todo em sua luz, neste momento dê sete
voltas em sentido horário com a vela acima de sua cabeça”.
Após feito isso se certifique que a vela está em local seguro, tomando o cuidado para não queimar
cortinas nem tapetes e evitando estar ao lado de gás ou acessível a crianças e/ou animais domésticos.
Esta vela pode estar num altar, acima de uma mesa ou no chão pois o que importa é que no ato de
acender e evocar, neste momento, a vela estava acima de sua cabeça, agora basta firmá-la em um local
seguro. Coloque um pouco de mel em torno da vela e o copo de água ao lado dizendo.
“Meu anjo da guarda vos ofereço esta água e este mel, para que me proteja e envolva meu corpo
material, astral e espiritual em vossos eflúvios e irradiações doces, benéficas e revitalizantes. Me inspire
bons pensamentos e ações, afastando o mal de minha vida. AMÉM”.
Caso ache necessário faça outros pedidos.
Se Você é médium de Umbanda, tenha em seu Anjo da Guarda, uma das mais simples e poderosas
proteções que um médium pode ter, a mantenha acesa com vela de sete dias ininterruptamente e reze
diariamente a seu Anjo da Guarda, no mínimo, antes de dormir e ao acordar.
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CARTILHA DE UMBANDA
S
em dinheiro não conseguimos nem pegar um ônibus, comer, vestir ou fazer parte de alguma atividade social que se
auto mantenha a não ser que... outros estão custeando nossa presença; o que é feito de fato quando um templo
recebe a todos para um culto, louvação ou atividade mediúnica caritativa. Sempre há gastos e, se estamos sendo
recebidos graciosamente e gratuitamente, alguém está custeando os gastos para realizar tal empreitada.
O bem mais precioso, que é a vida, nos foi concedido gratuitamente assim como a presença de Deus, são bens que
não se compram, vende ou troca. Daí a máxima: “dar de graça o que de graça recebemos”. Por esta máxima se dá a ética,
não cobrar um único centavo pelo trabalho espiritual realizado nos Templos, que são a Casa de Deus, em que se reconhece
o poder de realização muito além de nosso querer, ego ou vaidade. Gratuitamente está ali a graça divina e o poder de ação
de nossos guias e Orixás.
No entanto quem paga o aluguel, luz, água, produtos de limpeza, vela, defumação, bebidas fumo e outros elementos
ritualísticos além de encargos e cobranças relativas à legalização e contabilidade de um templo? O dirigente deve pagar
tudo a fim de fazer valer sua condição de “beneficiário maior” ou este é seu “Carma”, o de manter e sustentar, sozinho, o
trabalho que é realizado por um grupo de médiuns, uma comunidade?
Então os outros médiuns, todos templos vivos de Deus e sacerdotes deste templo individual, que se reúnem no co-
letivo (terreiro), não tem a mesma responsabilidade que seu dirigente/sacerdote, guardando as proporções a que cada
um foi chamado em sua missão?
Para um médium assumir, realmente, este compromisso mediúnico/sacerdotal deve ter na Umbanda, em sua me-
diunidade e missão espiritual, uma prioridade perante a vida, na qual não deve haver compromisso que seja que o libere
de estar presente de forma consciente de suas responsabilidades, que não se limitam a “vir e vestir o branco”, além de se
mostrar presente e disposto a ajudar deve se informar, também, de como colaborar financeiramente com o templo que o
acolheu, tomando conhecimento do valor de uma mensalidade ou do quanto a casa necessita para suas despesas e reali-
zações outras voltadas a comunidade.
Direitos e Deveres, obrigações e responsabilidades, também fazem parte de um trabalho espiritual. Se, de um lado,
tudo recebemos do “espírito”, de Deus e suas Divindades e Entidades, por outro vivemos e nos movimentamos em um
mundo real, no qual estamos em sociedade com suas regras e leis que devem ser observadas, respeitadas e cumpridas.
Quem pretende realizar um trabalho espiritual com os olhos vendados para esta realidade está fadado ao fracasso, pois
deve haver um equilíbrio, como um “caminho do meio”, entre espírito e matéria, nem tanto à terra e nem tanto ao céu.
Pregar e viver o sagrado, fora da realidade material, em que vivemos, é tão perigoso e ariscado quanto pregar e viver
um mundo sem a presença do sagrado, de Deus e seus mistérios. Pois ambas as opções podem alienar, iludir, fanatizar e
tornar a pessoa cega e fundamentalista.
Não é difícil identificar médiuns acomodados, encostados e muito mal acostumados que em nada contribuem para as
condições físicas, básicas e mínimas necessárias para se realizar um trabalho espiritual, com o mínimo de higiene, limpeza
e dignidade. Muitos esquecem de que, se o espírito é sagrado o corpo que o recebe o espírito também é sagrado, se o
espírito tem origem divina o corpo também tem, pois a natureza é divina. Se o mundo espiritual é sagrado na realidade de
terreiro o próprio terreiro em si, como a casa que recebe e acolhe o “Espirito”, a Deidade, também é sagrado.
O chão do templo é solo sagrado no qual “pisam” os Orixás e guias espirituais, as paredes são sagradas, tanto quanto
o altar e a tronqueira, pois tudo compõem o todo que é a casa da fé, espaço mágico-místico-religioso, no qual se manifesta
o Mistério Maior por meio de seus adeptos; força, poder e mistério que está presente, também, em cada pedaço de pedra
que compõe o Terreiro de Umbanda.
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Nosso Corpo Material assim como a estrutura física do terreiro é uma dádiva concedida como oportunidade de evo-
lução para nosso espírito, logo, que se cuide e tenha o mesmo sentimento/respeito tanto pelo espírito/divindade quanto
pelo corpo/templo, zelando por sua manutenção.
Aquele que não tem como prioridade participar efetivamente da sustentação material para sua realização espiritual,
não é merecedor da mesma. Salvo raras exceções de médiuns em dificuldades, reais, de desemprego, diferente daqueles
que, por não priorizar a “Sua Casa”, vivem dando desculpas de que “não tem recurso” ou estão “apertados este mês”;
simplesmente por que têm outros gastos que vem antes de seu compromisso, com a casa que o acolheu. Se sobra um
“dinheirinho” já está destinado a qualquer outra atividade, menos ao compromisso assumido. Alguns fazem todos os cur-
sos de espiritualidade que vem pela frente, se gabam de ser estudantes da espiritualidade, iniciados e preparados pelo
astral em sua caminhada certa ao dia em que vão abrir sua própria casa, no entanto em nada colaboram com o principal,
o templo ao qual dizem “fazer parte”.
Se quer descobrir ou conferir basta observá-los na “cantina”, nos bares, restaurantes ou convidá-los para comer uma
pizza e frustrar-se quando o mesmo se oferecer para rachar a conta, mesmo “sem um tostão para a contribuição do terrei-
ro”. Assim sendo, antes que tudo acabe em Pizza, explique à sua corrente mediúnica: Dar uma contribuição mensal para
a manutenção de seus trabalhos espirituais e outras atividades realizadas pela casa (templo/terreiro) que o acolheu é o
mínimo que se espera de quem assumiu este compromisso e o tem como prioridade na sua vida. Geralmente as colabo-
rações individuais para a manutenção de um terreiro não passam do valor de uma ou duas Pizzas...
Mas... e sempre tem um “mas”... Para aqueles que sempre estão descontentes, reclamando de tudo, há uma opção
deveras interessante e a qual muitos “umbandistas descontentes” já fizeram. Trocar esta colaboração, esta mensalidade,
por 10% do seu salário, apresentando seu holerite para o calculo do bom e justo “dizimo”, devidamente explicado no livro
sagrado, na Bíblia (Gênesis 14, 18): Melquisedec, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, mandou trazer pão e vinho,
e abençoou Abraão, dizendo: “Bendito seja Abraão pelo Deus Altíssimo, que criou o céu e a terra! Bendito seja o Deus Al-
tíssimo, que entregou os teus inimigos em tuas mãos!” E Abraão deu-lhe o díizimo de tudo...
Melquisedec tornou-se símbolo do sacerdócio, não cruento (sem o sacrifício animal), como se lê no Salmo 109,4 : “Tu
és Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.” Na 4, (Salmo 109). Na Epistola aos Hebreus, Paulo, funda-
menta Jesus Cristo enquanto Sumo Sacerdote, por descender de Abraão e ter por direito, os sacerdotes descendentes da
Ordem de Melquisedec, o dizimo ao qual Abraão pagou a este estrangeiro tornado toda a sua descendência merecedora
do mesmo, por seguir esta “regra”, do dizimo. Como se lê abaixo (Epistola aos Hebreus 7,1):
Este Melquisedec, rei de Salém, sacerdote de Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando esse regressa-
va da derrota dos reis e o abençoou. Foi a ele que Abraão ofereceu o dízimo de todos os seus despojos, é, conforme seu
nome indica, primeiramente “Rei de Justiça”, e, depois, “Rei de Salém”, o que quer dizer, “Rei da Paz”.
Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem início de dias, nem fim de vida! É assim que ele se assemelha, comprável sob
todos os pontos, ao Filho de Deus e permanece sacerdote para sempre.
Considerai, pois, quão grande é aquele a quem até o patriarca Abraão deu o dizimo de seus mais ricos espólios. Os
filhos de Levi, revestidos do sacerdócio, na qualidade de filhos de Abraão, têm por missão receber o dizimo legal do povo,
isto é, de seus irmãos...
Se a perfeição tivesse sido realizada pelo sacerdócio levitico (porque é sobre este que se funda a legislação dada ao
povo), que necessidade havia ainda que surgisse outro sacerdote segundo a Ordem de Melquisedeque, e não segundo a
ordem de Aarão? Pois, transferindo o sacerdócio, forçoso é que se faça também a mudança da lei. De fato, aquele ao qual
se aplicam estas palavras é de outra tribo, da qual ninguém foi encarregado do serviço do altar. E é notório que o Nosso
Senhor nasceu da Tribo de Judá, tribo à qual Moisés nada encarregou ao falar do sacerdócio. Isto se torna ainda mais
evidente se se tem em conta que este outro sacerdote, que surge à semelhança de Melquisedec, foi constituído não por
prescrição de uma lei humana, mas por sua imortalidade. Por que está escrito: Tu és sacerdote eternamente, segundo
a Ordem de Melquisedeque. Com isso, está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e inutilidade... E esta
aliança da qual Jesus é o penhor, é-lhe muito superior...
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• DEFUMAÇÃO
A defumação consiste no ato de queimar ervas e resinas aromáticas no carvão em brasa, o que é feito dentro de um
turíbulo (defumador), aonde as ervas e resinas exalam seu aroma e essência no ar. È uma prática milenar usada em to-
das as culturas, alguns utilizavam a queima direta em piras e fogueiras. O uso ritualístico, ancestral, da defumação tem a
finalidade de promover a limpeza astral de ambientes e pessoas. Aqui ressaltamos a importância de seus elementos para
a queima de larvas e miasmas astrais, bem como a purificação das energias negativas. Podemos utilizar muitas ervas e
resinas diferentes, dependendo dos objetivos propostos, pois é ato magístico-religioso, onde associamos as qualidades,
“propriedades”, que a erva ou resina possui com as que desejamos adquirir.
Para fazer sua defumação em casa, muna-se de um turíbulo (defumador) colocando carvão para queimar dentro do
mesmo (tomar cuidado com o álcool e evitar o manuseio perto de crianças), quando já estiver em brasa despeje aos pou-
cos as ervas e resinas aromáticas.
Ofereça às divindades guardiãs dos reinos vegetais e peça para que através desta defumação as pessoas possam ser
limpas e descarregadas, assim purificando todas as energias negativas que se encontram em seus corpos astrais.
Manuseie seu defumador de forma que a “fumaça aromática” envolva as pessoas a serem limpas e purificadas na
defumação. Lembre-se que na defumação utilizamos ervas secas.
• AS RESINAS
A Mirra, o incenso e o beijoim são resinas aromáticas (seiva natural), milenarmente conhecidas e utilizadas ritualisti-
camente dentro de quase todas as tradições religiosas. Dentre as suas diversas utilidades a mais tradicional e conhecida
é defumação. Todas estas três resinas têm a capacidade de agir em nosso campo astral e mediúnico sutilizando-o e desa-
gregando energias negativas, por esta razão as mais antigas tradições religiosas se utilizavam e ainda utilizam delas, são
usadas também para facilitar o contato espiritual Pela sua alta capacidade de volatilização e por sua qualidade potenciali-
zadora são muito utilizadas em conjunto com ervas secas já direcionadas para os campos aos quais estas atuam.
• BANHOS NA NATUREZA
Os banhos feitos na natureza, de cachoeira ou mar, também são excelentes para desagregar energias enfermiças lo-
calizadas nos órgãos do corpo etérico. Tem na natureza energia e magnetismo que limpa e sutiliza nosso corpo energético
(nos sentimos mais “leves”) expandindo nosso aura, a energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais.
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• ERVAS
A seguir daremos uma sequência de ervas com suas características e qualidades a serem trabalhadas
ritualisticamente nos banhos e ou defumações.
ARRUDA (RUTA GRAVEOLEOS)– Ótimo protetor astral, desagrega as larvas astrais e energias enfer-
miças. Quebra as formações energéticas negativas, resultantes das egrégoras de pensamentos nega-
tivos e atuações do baixo astral.
ALECRIM (ROSMARINUS OFFICINALIS) – Desagrega energias enfermiças, limpa e purifica ambiente
criando uma “esfera” de proteção, boa contra obsessão e afasta a tristeza.
ALFAZEMA (LAVANDULA AUGUSTIFOLIA OU VERA) – Ajuda a equilibrar nossas energias, limpa e
purifica o ambiente trazendo a paz e harmonia.
ANIS ESTRELADO (ILLICIUM VERUM)– Atua melhorando nosso humor, desperta a intuição, torna o
ambiente agradável e desagrega energias negativas
ABSINTO – LOSNA (ARTEMISIA ABSINTHIUM) – Em banhos, desagrega fluidos negativos. Na defuma-
ção afasta influencia negativa.
ALHO (CASCA) (ALLIUM SATIVUM)– desagrega as energias negativas de ordem sexual , protege con-
tra influencias negativas e purifica o ambiente
ARTEMÍSIA (ARTEMÍSIA VULGARIS) – Quebra as egrégoras de pensamentos negativos e traz prote-
ção
BAMBU (OXYTENANTHERA ABYSSINICA) – contra influencias negativas
BOTÕES DE FLOR DE LARANJEIRA – Para o amor
CAMOMILA (MATRICARIA CHAMOMILLA) – Calmante, contra depressão e ansiedade
CANA DE AÇÚCAR (PALHA E BAGAÇO) – Dá força e vigor para enfrentar as situações do dia a dia
CANELA (CINNAMOMUN ZEYLANICUN NESS) – Condensador de fluidos benéficos, destrói miasmas
astrais, afrodisíaco e atrai a prosperidade.
CEBOLA (CASCA) – desagrega energias negativas de ordem sexual, afasta fluidos indesejados.
CAPIM LIMÃO / CAPIM SANTO (CYMBOPOGON CITRATUS) – Bom para acalmar e trazer bons fluidos
CRAVO (SYZYGIUM AROMATICUM)– Afrodisíaco, estimulante, aumenta o magnetismo pessoal e
atrai a prosperidade.
EUCALIPTO (EUCALYPTUS GLOBULUS LABILL) – Desagrega as energias negativas e enfermiças, reno-
va nossas energias, equilibra o emocional.
ERVA DOCE (PIMPINELLA ANISUM) – Acalma e harmoniza o ambiente, desagregando energias en-
fermiças e nocivas
GIRASSOL (FOLHAS) – Excelente condensador de fluidos positivos e ajuda a aguçar a intuição
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GUINÉ (PETIVERIA ALLIACEA) – Quebra formas pensamento baixas e ajuda na comunicação com os
bons espíritos. Bom contra obsessões de natureza sexual.
HORTELÃ (MENTHA PIPERITA) – Bom para proteção e contra o desanimo.
IPÊ AMARELO – para harmonizar ambientes.
LARANJA (FLOR, FOLHAS E CASCA) – Estimula o amor nos tornando mais atraentes, também torna o
ambiente mais agradável e “leve”.
LEVANTE – Bom para proteção e abertura de caminhos.
LIMÃO (CASCA) – Queima os fluidos negativos e enfermiços arrancando.
LÍRIO – bom para nos tornar mais puros simples e humildes, estimula nosso lado compreensivo e
amoroso.
LOURO (LAURUS NOBILIS) (A FOLHA DO SACERDOTE) – Excelente para aguçar a intuição e para a
prosperidade.
MAÇÃ (FOLHAS, FLORES E CASCA) – Desperta nossa sensibilidade ao amor e aumenta nosso poder
magnético de atrair o que nos agrada.
MALVA (MALVA PARVIFLORA) – Acalma e desperta a sensibilidade.
MANJERICÃO (OCIMUN BASILICUM)– Ótimo para tirar as energias negativas, trazer vida ao ambien-
te e as pessoas, aumenta o magnetismo pessoal, atua contra a depressão e ansiedade.
MARACUJÁ (PASSIFLORA ALATA DRYAND) (FLOR) – Para fortalecer nossos laços de amizade.
MELISSA (MELISSA OFICINALLIS) – Acalma os ânimos nos tornando mais alegres, limpa e sutiliza o
corpo astral.
MORANGO (FOLHAS E FRUTO) – Desperta o prazer em todos os sentidos.
NOZ-MOSCADA – Aguça a intuição, ajuda na comunicação astral e é boa para a prosperidade.
POEJO – Ótima para proteção e para acalmar os ânimos.
PITANGA (EUGENIA UNIFLORA) (FOLHAS) – Prosperidade e proteção.
PATCHULI (POGOSTEMON PATCHOULY) – Bom para amor, prosperidade e intuição fortalecendo o
magnetismo pessoal Salsa – Usada para a proteção afasta a negatividade.
SALVIA (SALVIA OFFICINALIS) – considerada a erva da saúde serve para limpeza, proteção e intuição.
ROSA BRANCA – Desperta o amor e espiritualidade.
ROSA VERMELHA - Desperta a paixão Rosa cor de rosa – Desperta o amor maternal, filial e fraternal.
ROMÃ (CASCA E FLORES) – Utilizada para a prosperidade e protege contra as emanações provindas
de inveja e ódio.
ORQUÍDEA – Desperta a libido.
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OBS: Ao trabalhar com as essências das ervas, banhos ou defumação, estamos entrando em um
universo vegetal que vai além da matéria. Assim como não somos apenas carne e as divindades
não são apenas arquétipos, as plantas também possuem um “espírito vegetal” que as anima e tem
seus respectivos gênios e divindades guardiãs responsáveis pela força vegetal. Portanto ao traba-
lhar com ervas entre em contato com estes espíritos, gênios e guardiões vegetais pedindo sua licen-
ça e sua força para realizarmos nossa tarefa. Dentro do conceito de divindades podemos recorrer
a Oxossi como Guardião do reino vegetal e Ossain como gênio deste reino e da cura pelas ervas.
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