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Manutenção Preventiva e Higienização de Instrumentos de Sopro Fritz Baró

APRESENTAÇÃO
O destino tem a mania de nos pregar peças.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA Eu, um técnico em informática por profissão, físico por
formação, prático em mecânica fina, atirador por hobby e
E HIGIENIZAÇÃO DE amante de um bom rock da década de setenta, tenho
como um bom e velho amigo, Agostinho Fonseca - o
Maestro Tinho -, que por varias vezes trouxe sua
INSTRUMENTOS DE SOPRO "maquina" para "brincarmos" um pouco. Em uma dessas
vezes, observou-me trabalhando na restauração de um
MANUAL rifle. Não sei até hoje o que se passou na sua cabeça...
Mas, dias depois, ele me aparece com uma maleta e,
brincando, disse que havia trazido um desafio para mim:
era um fagote que estava precisando ser restaurado.
Depois de obter algumas informações, aceitei o desafio.
Após algum tempo, sob sua orientação, conseguimos
concluir o "serviço".

Com o seu senso de humor sempre afinado, o


Maestro Tinho colocou-me frente a um novo desafio: ir à
Belém fazer um Curso de Manutenção de Instrumentos
de Sopro realizado pela Fundação Carlos Gomes em
parceria com o PEP. Alegando que eu não sabia tocar
nenhum instrumento musical, tentei esquivar-me, ...Mas
não houve jeito... Fui fazer o curso com o Mestre José
Vieira.

Desde então venho "brincando" de técnico de


instrumentos de sopro. Digo "brincando" porque é uma
Por: Frederico G.S. Baró - "Fritz" atividade que desenvolvo com muito gosto, prazer e auto
realizaçâo. Atualmente sou o responsável pela
manutenção dos instrumentos de diversas instituições na
cidade de Santarém bem como de outras localidades da
região e, de forma especial, da Banda Sinfônica "Wilson

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Fonseca", da Escola de Música "Maestro Wilson


Fonseca", com a qual sou intimamente ligado tanto INTRODUÇÃO
através da minha amizade com o Maestro Tinho, como
Partindo do pressuposto que instrumentos
pelo fato de minha filha Germana Patrícia ser uma das
musicais geralmente são caros, de natureza delicada e,
clarinetistas que compõe a Banda, e Pâmela aluna de
portanto, de aquisição difícil para a maioria dos músicos,
música da Escola.
nada mais importante do que promover a sua
Fica então meu reconhecimento ao Mestre conservação para manter o bom funcionamento e a
José Vieira que me ensinou os rudimentos da aparência de novo por muitos anos. E isso pode ser
manutenção de instrumentos de sopro, à Fundação conseguido através do manejo correto do instrumento,
Carlos Gomes e ao PEP que possibilitaram a realização bem como de uma manutenção preventiva a qual irá ter
desses ensinamentos, e o meu eterno agradecimento ao um custo bem menor do que o de uma manutenção
Maestro Tinho que, com sua larga visão, me possibilitou corretiva.
o aprendizado e o desabrochar de uma nova paixão.
As Bandas de Música são constituídas de
instrumentos de sopro e percussão. As Bandas
Sinfônicas podem ser acrescidas de instrumentos de
cordas e teclas. Neste curso estaremos dando ênfase
especial à manutenção preventiva dos Instrumentos de
Sopro.

Os instrumentos de sopro são divididos nas


seguintes categorias: madeiras e metais.

Os de madeira são assim classificados:

 Embocadura livre: Flautim e Flauta;

 Palheta simples: Clarinete;

 Palheta dupla: Oboé e Fagote.

 Bocal: Trompa. Embora seja feita de


metal, ela é classificada como integrante
da família dos instrumentos de madeira
devido às características sonoras do
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timbre. pessoa a pessoa, este é também um dos fatores


determinantes da periodicidade da limpeza dos
Os de metal são classificados da seguinte instrumentos de sopro numa regra simples: mais saliva,
forma: maior freqüência da limpeza.

 Palheta simples: Saxofone. Apesar Outro elemento que compõe o ar que


de utilizar palheta, faz parte da família respiramos é a água sob forma de vapor. Nos
dos instrumentos de metal devido às instrumentos normalmente ocorre o fenômeno da
características sonoras do timbre; condensação. Assim, além da saliva, temos presente no
interior do instrumento a formação e a deposição de
 Bocal: Trompete, Cornet, Flugelhorn, significativa quantidade de água.
Saxhorn;
Considerando que junto com o ar não vão
 Trompa, Trombone, Bombardino, agregadas somente gotículas de saliva e água em forma
Eufônio, Sousafone e Tuba; de vapor, mas também restos de comida e de líquidos
que o músico porventura tenha ingerido antes de usar o
Há de se dizer que, sob o aspecto de higiene instrumento, concluímos que este procedimento é
e zelo pelo instrumento, é o correto e/ou o ideal que cada incorreto por ser prejudicial tanto, à saúde do músico
músico (ou aluno) seja o proprietário e/ou o único usuário quanto à do instrumento. Primeiro, por uma questão de
do instrumento que utiliza. Mas todos sabemos que, higiene; dado o acúmulo de bactérias desenvolvidas pela
infelizmente, isso não é uma realidade entre nós. Por falta de limpeza, e em segundo, pelo acúmulo de
força da situação quase sempre difícil que as Bandas resíduos no interior do instrumento que fica exposto às
têm que enfrentar; os músicos e os alunos são mais variadas agressões das reações químicas, sem
obrigados, na maioria das vezes, a compartilhar o contar que com o tempo a sonoridade do instrumento
mesmo instrumento com duas ou até mais pessoas. também fica afetada. Para evitar tudo isso, se faz
Neste caso torna-se de suma importância não somente a necessária uma boa higiene bucal antes de utilizar
limpeza, mas também a higiene do instrumento por qualquer instrumento de sopro, sem esquecer também, é
razões óbvias. claro, de uma boa limpeza do instrumento após o seu
uso.
Cada instrumento tem suas características
próprias. Mas existem alguns detalhes que se estendem Embora possa parecer estranha a
a toda uma linha de instrumentos de sopro. Uma deles é preocupação com a limpeza e higiene, primeiramente
a presença de saliva no seu interior, após o uso. Afinal trata-se da saúde pessoal do músico e/ou do aluno e da
ao soprar o ar para dentro do instrumento, junto vão garantia de maior tempo de vida útil do instrumento.
partículas de saliva. Porém como a quantidade varia de Constatamos, ao longo do tempo, que muitos
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instrumentos vêm apresentando problemas que poderiam


ser evitados se recebessem a devida manutenção LIMPEZA, HIGIENIZAÇÃO
preventiva a partir da correta limpeza após o uso. O
importante fator limpeza é negligenciado talvez pelo FLAUTIM e FLAUTA
desconhecimento dessa necessidade, ou pela pressa em
guardar o instrumento e assumir outros compromissos,
ou por esquecimento de fazê-lo, ou até mesmo por
relegar esta prática a um segundo plano.

É importante repetir que a falta de higiene


provoca acúmulo de sujeira que com o passar do tempo
pode ocasionar sérios danos à saúde do músico e ao
correto funcionamento do instrumento. E tudo isso pode
ser evitado se todos trabalharmos na conscientização da
importante prática da limpeza, higienização Material:

o pedaço de pano (de preferência algodão);

o pedaços de papel absorvente;

o pano de algodão;

o pincel chato ½ ";

o chave de fenda (tipo relojoeiro) 2 mm;

o chave de fenda 2 mm haste longa (>15


cm);

o alicate bico chato 4";

o alicate bico redondo 4";

o óleo lubrificante para chaves;

o agulha de crochê n ° 12 ou similar;


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o algodão; 2. Sempre se enfiar a vareta por uma


extremidade do tubo da Flauta e retirá-la
o palitos de dente; pelo outro, nunca puxando de volta, pois
nesse caso o pano pode engatar em
o óleo fino (fluido de freios ou óleo de alguma peça e danificar o instrumento.
maquina);
Feita esta parte da limpeza interna proceder à
o detergente neutro; secagem das sapatilhas, isso mesmo, pois com toda
saliva e água que "enfia-se" flauta adentro, estas se
o polidor de metais; encontram às vezes literalmente encharcadas, e caso
elas sejam guardadas assim podem aparecer fungos,
o pincel chato ½ " com pêlos cortados curtos.
como também diminuir a vida útil das mesmas, isso sem
falar naquele odor característico causado pela falta de
higiene.
LIMPEZA REGULAR
Para proceder-se tal "enxugamento" serão
Toda flauta vem de fabrica acompanhada de necessários simplesmente de pedaços de papel
uma vareta com dupla função: afinação e limpeza. absorvente. Ir-se-á introduzir um pedaço de papel entre a
sapatilha e o corpo do instrumento e pressionar a chave
Sempre imediatamente ao termino do uso do repetindo o processo até que no papel não fique marca
instrumento, iniciar o processo de limpeza começando de umidade, Tal procedimento deverá ser feito em todas
pela parte interna, procedendo da seguinte forma: em as sapatilhas.
uma das extremidades da vareta existe uma fenda na
qual deve ser introduzido um pedaço de pano de Agora irá se fazer à limpeza do corpo do
algodão, com a finalidade de secar a parte interna do instrumento, como nosso suor é acido, deve-se remover
instrumento. Alguns cuidados devem ser tomados: o quanto possível qualquer marca de nossos dedos bem
como qualquer poeira acumulada entre as chaves,
1. Após introduzir o pano na fenda da vareta, primeiramente usando do pincel com pêlos longos
enrolar o pano na haste para evitar que o remover qualquer vestígio de poeira acumulada entre as
contado entre metais venha a danificar ou chaves, logo após, passar por todo o instrumento um
riscar o instrumento. Alguns instrumentos pano macio de algodão para remover as marcas de suor,
vêm acompanhados de varetas feitas de tomando um cuidado maior com as chaves.
material plástico. Neste caso torna-se
desnecessário envolver a haste com o Embora algumas pessoas recomendem que
pano; se deva periodicamente se pingar óleo lubrificante nos
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eixos, lembramos que tal procedimento devido a não LIMPEZA GERAL


completa penetração do óleo e conseqüente
"lambuzamento" das partes próximas ao eixo, irá Embora alguns autores defendam que tal
provocar um acumulo de poeira a qual quando não procedimento deva ser feito a cada seis meses, cheguei
completamente limpa, irá provocar na próxima à conclusão que deverá ser feito sempre que necessário,
"lubrificação" a penetração desta poeira no eixo podendo e a periodicidade será determinada pêlos meios onde o
com o tempo torná-lo "pesado" ou danificá-lo por instrumento está sendo utilizado, bem como da higiene
esmerilhamento. pessoal do musico, cabendo ao musico e/ou ao
responsável pêlos instrumentos a sensibilidade de
Notamos que a grande maioria dos flautistas, determinar o momento para execução deste tipo de
para não dizermos sua totalidade, quando da limpeza do procedimento.
seu instrumento esquece de limpar uma parte importante
dele: o conjunto de afinação. Primeiro passo, desmontagem do instrumento:
separar a cabeça, o corpo e o pé do instrumento. Na
Primeiro deve-se remover o conjunto de cabeça encontra-se o bocal e o conjunto de afinação o
afinação, para tal afrouxar o parafuso externo até o seu procedimento a seguir é o mesmo da limpeza padrão
limite, depois pressionar para dentro, feito isso remover o com a diferença que após seguir os procedimentos
parafuso externo e com a ponta do dedo empurrar o anteriormente descritos, ira passar uma fina camada de
conjunto de afinação até ele ficar livre e ser removido polidor de metais sempre seguindo as instruções do
pela parte oposta ao parafuso externo, feito isso fabricante.
proceder ao "enxugamento" da mesma forma como foi
feito no corpo do instrumento. Segundo passo: desmontar o corpo e do pé do
instrumento, para tal procedimento primeiro devera se
Limpar a cortiça de afinação com um pedaço de pano de aliviar a pressão das molas utilizar para tal da agulha de
algodão e remontar o conjunto na cabeça da flauta, aqui crochê, após todas as molas estarem devidamente sem
se deve ter o cuidado de usar um lubrificante para pressão, remover as chaves, para tal deve-se retirar os
cortiças (geralmente sebo de Holanda), na montagem parafusos de cada chave e logo após a remoção da
para facilitar deve-se usar a vareta de afinação para chave retornar os parafusos aos orifícios de origem, com
posicionar o conjunto em seu lugar e depois colocar isso tanto se evita perder os parafusos bem como trocá-
novamente o parafuso externo, e usar da marcação los de lugar o que pode ocasionar o mau funcionamento
existente na vareta de afinação posicionar, corretamente das mesmas.
o conjunto.
Removidas as chaves, verificar o estado das
sapatilhas, caso estas não se encontrem em perfeito
estado deve-se procurar um técnico para providenciar a
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troca das mesmas logo após o procedimento de limpeza, as chaves com o pincel de pêlos curtos para remoção
mas caso se encontre em perfeito estado dar dos restos do polidor.
prosseguimento ao processo de limpeza.
Agora vem a parte que alguns consideram
A quase totalidade das sapatilhas da flauta "chata", a limpeza dos orifícios e dos parafusos,
têm como característica serem presas ás chaves através lembramos que caso esta etapa não seja feita, de pouco
de parafusos, o que não é comum, já que via regra geral adianta termos um instrumento limpo e brilhando se o
as sapatilhas são coladas às chaves. Essa característica funcionamento dele não corresponde. Terminada a
nos permite a fácil remoção das mesmas, mas devendo limpeza deve-se verificar a tensão das molas.
observar alguns cuidados neste procedimento. Antes da
retirada deve-se marcar qual a sua posição e após a Terminado o processo de limpeza, passar à
retirada marcar a que chave ela pertence. montagem do instrumento, observando-se sempre que
todos os eixos e parafusos devem ser corretamente
Tal retirada somente deve ser feita se a chave lubrificados antes da montagem. Tudo feito é hora de
em questão estiver tão suja que tenha que testar para ver se o instrumento se encontra em perfeitas
obrigatoriamente ser lavada. Caso contrario é condições e se todos os parafusos de ajuste estão
aconselhável seguir o procedimento abaixo. corretamente ajustados.

Após a verificação das sapatilhas, deve-se


passar uma pequena ,mas suficiente quantidade de
polidor de metais no corpo do instrumento sempre
seguindo as orientações do fabricante. Findo o
polimento, lavar o corpo da flauta com um sabão ou
detergente neutro com a finalidade de remover os
resíduos do polidor de metais, não esquecendo de lavar
o interior da mesma.

Após o enxágüe, secar imediatamente o corpo


do instrumento para evitar a formação de manchas.
Estando devidamente seco, proceder à limpeza das
chaves. Como as sapatilhas não devem ser molhadas, o
procedimento será um pouco diferente, primeiro com um
chumaço de algodão embebido em um pouco de polidor
para metais passar na chave seguindo as
recomendações do fabricante, após o polimento escovar
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o chave de fenda (tipo relojoeiro) 2 mm;


OBOÉ e CLARINETE
o chave de fenda 2 mm haste longa (>15
cm);

o alicate bico chato 4";

o alicate bico redondo 4";

o óleo lubrificante para chaves;

o lubrificante para juntas;

o agulha de crochê n° 12 ou similar;


Material: o algodão;
o um cordel resistente com o palitos de dente;
aproximadamente 20 cm maior do que o
comprimento do corpo do instrumento; o óleo fino (fluido de freios ou óleo de
maquina);
o pedaço de pano (de preferência de
algodão) que deve ser firmemente fixado o detergente neutro;
em uma das pontas do cordel, para
limpeza interna do instrumento; o polidor de metais; '
o um pequeno peso que deve ser preso o pincel chato ½ " com pêlos cortados
em outra extremidade do cordel, de curtos.
modo que passe livremente pelo interior
do instrumento; Os corpos dos Oboés e dos Clarinetes são
fabricados de madeira ou resina plástica. Existem
o pedaços de papel absorvente; também clarinetes fabricados de metal, porém são raros
de serem encontrados. Os que normalmente
o pano de algodão para limpeza externa encontramos nas escolas e bandas são de resina
do instrumento; plástica. Portanto o corpo deste tipo de oboé e clarinete
pode ser lavado normalmente se utilizando água e
o pincel chato ½ ";
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detergente neutro. Já o mesmo não se pode fazer com LIMPEZA GERAL


as chaves em razão de na maioria delas se encontrarem
as sapatilhas. O primeiro passo é o mesmo utilizado para a
Limpeza Regular.
Mas vamos pelo começo.
O segundo passo começa pela separação das
LIMPEZA REGULAR partes que compõe o Oboé ou Clarinete. Em seguida a
desmontagem que deve iniciar pela parte superior do
Partindo do pressuposto de que o Oboé ou instrumento, tendo-se como ordem de seqüência de
Clarinete se encontra montado, e terminou-se de ser retirada às chaves que ficam por cima das demais.
manuseado: Começar aliviando a pressão da mola da chave
correspondente, utilizando-se para isso a agulha de
O primeiro passo é retirar a palheta (da crochê. Com a mola destensionada, utilizar as chaves de
boquilha no caso dos Clarinetes) e, se possível, lavá-la fenda de acordo com a posição dos parafusos. Retirar os
em água corrente. Em seguida enxugá-la delicadamente parafusos de uma chave por vez. Para os parafusos
e guardá-la no estojo apropriado.O segundo passo é longos que apresentem dificuldade de remoção, usar
separar as partes do instrumento, cuidadosamente. Com cuidadosamente o alicate de bico chato: Logo após a
elas separadas, passar o pano preso ao cordel com retirada de cada chave retornar os parafusos aos locais
peso, pela parte interna do instrumento com o fim de originais para evitar perda ou erro na remontagem.
secá-lo (inclusive pela boquilha, no caso dos Clarinetes). Manter a chave retirada em local seguro. Repetir o
procedimento para todas as chaves.
O terceiro passo é utilizar o papel absorvente,
introduzindo-o entre a sapatilha e o corpo do instrumento, O terceiro passo é a limpeza do corpo do
pressionando levemente a respectiva chave para secar a Oboé ou Clarinete. Caso ele seja feito de resina plástica
sapatilha. ou de metal, proceder à limpeza utilizando água e sabão
ou detergente neutro. Para isso, molhar o corpo do
O último passo é a limpeza externa do instrumento e aplicar o sabão ou detergente neutro com
instrumento. Para isso utilizar o pincel e o pano de um pincel de cerdas duras (que pode ser também uma
algodão. Primeiro com o pincel, limpar delicadamente os escova de dente), terminando com enxágüe com
sujos e a poeira depositados entre as chaves. Depois, bastante água para a remoção dos resíduos do sabão ou
com o pano, limpar completamente as chaves e o corpo detergente. Imediatamente ao terminar o enxágüe,
do Oboé ou Clarinete. enxugar totalmente o corpo de instrumento utilizando
para tal um pano, de preferência de tecido de algodão
Este procedimento deverá ser executado
que não solte fiapos.
invariavelmente TODAS as vezes que o instrumento for
manuseado para estudo, ensaio ou apresentação.
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Terminado esse passo, promover a limpeza Terminado o exame acima e corrigidos todos
dos parafusos e dos castelos. Utilize pequenos pedaços os problemas apresentados, iniciar a montagem o
de algodão, palitos de dente e um pouco de óleo fino instrumento. Um detalhe de suma importância deve ser
(fluido de freio, óleo de maquina), introduzindo o palito de observado SEMPRE: colocar uma gota de óleo
dente com um pequeno pedaço de algodão embebido lubrificante para chaves em cada parafuso a ser
com um POUCO de óleo nos orifícios dos castelos para montado. Depois de colocar os parafusos, retirar o
remover as sujeiras ali acumuladas. Nos parafusos excesso de óleo e não esquecer de recolocar as molas
colocar uma gota de óleo fino, e em seguida escovar os usando novamente a agulha de crochê.
mesmos com um pincel de cerdas duras e curtas, e os
"enxugar" (tirar o excesso) do óleo com um chumaço de Finalmente lubrificar a cortiça das juntas,
algodão. montar o Oboé ou Clarinete e o testá-lo. Caso apresente
algum vazamento, fazer a seguinte verificação:
Limpar as chaves utilizando produtos
específicos para limpeza de metais (Kaol, Brasso, Silvo, • se houve esquecimento de retornar alguma
etc.) seguindo sempre as recomendações do fabricante mola ao seu lugar original;
para cada produto. Só após a limpeza da chave é que se
deve limpar completamente os seus orifícios e lubrificá- • se alguma chave foi montada de forma
los sem excessos. incorreta;

Após a limpeza de todos os elementos (corpo, • se alguma chave deixou de ser montada;
chaves e parafusos), proceder as seguintes tarefas:
• se existe algum calço faltando ou
 lubrificar os parafusos e chaves; desgastado:neste caso proceder à
substituição.
 verificar a tensão das molas:
retensioná-las se preciso for O procedimento de LIMPEZA GERAL deverá
utilizando o alicate de bico redondo; SEMPRE ser feito bi-mensalmente, para lugares com
pouca poeira ambiente. Para lugares com alto índice de
 verificar o estado das sapatilhas: se poeira, deverá ser feito mensalmente. Em ambos os
danificadas, substituí-las; casos proceder com mais freqüência quando se fizer
necessário, ou então antes de se guardar o instrumento
 examinar os calços surdos; por períodos prolongados.

 efetuar os ajustes necessários. Caso Cuidado especial deve ser dispensado aos
seja encontrado algum defeito, Clarinetes Alto e Baixo, por possuírem a campana, feita
corrigi-lo imediatamente. de metal. Remova a chave localizada nessa peça, antes
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de lavá-la. Utilizando um polidor apropriado de metais,


polir cuidadosamente. Após o polimento lavar com sabão SAXOFONES
ou detergente neutro e imediatamente enxugá-la para
evitar a formação de manchas. Remontar a chave
retirada dessa peça.

Material:

o um cordel resistente com aproximadamente


30 cm maior do que o comprimento do
corpo do instrumento;

o pedaço de pano (de preferência de


algodão) que deve ser firmemente fixado
em uma das pontas do cordel, para limpeza
interna do instrumento;

o um pequeno peso que deve ser preso em


outra extremidade do cordel, de modo que
passe livremente pelo interior do
instrumento;

o pedaços de papel absorvente;

o pano de algodão para limpeza externa do


instrumento;

o pincel chato ½ ";

o chave de fenda (tipo relojoeiro) 3 mm;


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o chave de fenda 3 mm haste longa (>20 cm); seguintes serão uma repetição dos procedimentos já
vistos para a limpeza do Oboé e do Clarinete.
o alicate bico chato 4";
LIMPEZA REGULAR
o alicate bico redondo 4";
Para a limpeza regular utilizar os mesmos
o óleo lubrificante para chaves; procedimentos citados anteriormente para o Oboé e
Clarinete.
o agulha de crochê n° 12 ou similar;
Partindo do pressuposto de que instrumento
o algodão; se encontra montado, e terminou-se de ser manuseado:
o palitos de dente; O primeiro passo é retirar a palheta e, se
possível, lavá-la em água corrente. Em seguida enxugá-
o óleo fino (fluido de freios ou óleo de la delicadamente e guardá-la no estojo apropriado.
maquina);
O segundo passo é separar as partes do
o detergente neutro; instrumento, cuidadosamente. Com elas separadas,
passar o pano preso ao cordel com peso, pela parte
o polidor de metais;
interna do instrumento com o fim de secá-lo.
o pincel chato ½ " com pêlos cortados curtos;
O terceiro passo é utilizar o papel absorvente,
o arame recozido (± 20 cm); introduzindo-o entre a sapatilha e o corpo do instrumento,
pressionando levemente a respectiva chave para secar a
Os processos de limpeza de instrumentos sapatilha.
muito se assemelham, principalmente quando existe uma
semelhança na lógica construtiva. Embora os Saxofones O último passo é a limpeza externa do
não se assemelhem nem em timbre sonoro nem em instrumento. Para isso utilizar o pincel e o pano de
aparência aos Oboés e aos Clarinetes, existem algodão. Primeiro com o pincel, limpar delicadamente os
semelhanças construtivas. São instrumentos de palheta, sujos e a poeira depositados entre as chaves. Depois,
possuem chaves e molas, castelos que suportam as com o pano, limpar completamente as chaves e o corpo
chaves e as molas, sapatilhas, e, no caso dos Clarinetes do saxofone.
e Saxofones, possuem boquilhas.
Não esquecer que este procedimento deverá
Partindo desse principio, os procedimentos ser executado invariavelmente TODAS as vezes que o
instrumento for manuseado para estudo, ensaio ou
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apresentação. desses, um pequeno truque é não agitar a lata do polidor


para evitar a mistura da parte abrasiva que fica
LIMPEZA GERAL depositada no fundo da lata, quando esta está em
repouso. Utilizar somente o solvente de oxido que se
O primeiro passo é retirar a palheta da encontra na parte superior da solução.
boquilha e, se possível, lavá-la em água corrente. Em
seguida enxugá-la delicadamente e guardá-la no estojo Logo após o termino do polimento das partes
apropriado. oxidadas, proceder à lavagem do instrumento como
descrito no terceiro passo acima. Isso deverá ser feito
O segundo passo consiste em retirar o tudel sempre, não somente para retirar os resíduos formados,
do corpo do instrumento, e em seguida, a desmontagem como também para preservar a saúde do músico, pois no
do instrumento. Começar sempre pelo destensionamento caso da permanecia do material usado para o polimento,
das molas. Após, proceder à retirada das chaves, sempre este poderá causar danos à sua saúde.
começando pelas chaves posicionadas mais
externamente. Manter o permanente cuidado de logo Concluída a tarefa de limpeza do corpo do
após a retirada de cada chave, recolocar o(s) parafuso(s) instrumento, iniciar o quarto passo que é proceder a
novamente em seu local de origem. limpeza das chaves. Para tal, utilizar um polidor
apropriado para o acabamento correspondente das
O terceiro passo vai depender das condições chaves, tendo o cuidado primordial de evitar o contato do
do instrumento. Caso ele esteja com seu banho (de produto polidor com o couro das sapatilhas. Visto que os
níquel, cromo ou laca) em perfeito estado de polidores de metal são basicamente feitos de derivados
conservação, recomenda-se somente lavá-lo com a de petróleo, concluímos, portanto, que eles têm o efeito
utilização de um pincel, de uma espoja macia e de de ressecar o couro das sapatilhas e, assim danificá-las
detergente ou sabão neutro. Atenção: nunca utilizar de forma irremediável. Por isso, todo cuidado se faz
elementos abrasivos tipo palha de aço, nem o lado necessário.
áspero das esponjas com dupla-face. Imediatamente
após a lavagem, enxaguar com bastante água corrente, Uma lembrança se faz necessária: após o
enxugá-lo o mais perfeitamente possível. polimento de qualquer peça, usando um polidor de
metais, sempre ter o cuidado redobrado na remoção de
Caso o instrumento apresente desgaste qualquer resíduo do produto aplicado, utilizando um pano
acentuado em seu acabamento de cobertura, as partes limpo de algodão e, caso se faça necessário, o uso de
que estão sem proteção, e que apresentem oxidação um pincel.
acentuada, deverão ser limpas primeiro com um polidor
de metais apropriado para o acabamento do instrumento, Quinto passo, embora seja tediosa para
dando-se preferência pêlos me- nos abrasivos. Na falta muitos, considero parte essencial para preservar o
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perfeito funcionamento das chaves de qualquer instrumento. Caso apresente algum problema, verificar
instrumento: a perfeita limpeza e lubrificação de todos os se todas as molas estão corretamente colocadas, se não
parafusos, seus receptáculos, roscas, bem como os tem nenhuma chave mal montada. Caso o problema seja
encaixes e passadores das chaves. causado por uma sapatilha com defeito, efetuar a troca
da mesma caso esteja capacitado ou levar o instrumento
Para a execução deste trabalho ira se após a remontagem para um técnico. Porém se for uma
necessitar de palitos de dente, algodão, óleo fino (fluido chave empenada, não tentar simplesmente desempenar
de freio, óleo de maquina) e arame recozido. Como nos a chave e sim efetuar o reparo levando sempre em
Oboés e Clarinetes usar os palitos de dente com consideração a estrutura original do instrumento e seu
pequeno pedaço de algodão embebido em um POUCO perfeito funcionamento, mas como no capitulo anterior a
de óleo nos orifícios dos castelos para remover as melhor solução ainda é encaminhar o instrumento a um
sujeiras ali acumuladas. Como os saxofones possuem técnico habilitado. Mesmo não sendo técnico em
algumas chaves com passadores longos, usar o arame manutenção de instrumento, é prática comum, o próprio
recozido da mesma forma que a dos palitos de dente. músico dar um jeitinho e tentar, ele mesmo, desempenar
Para os parafusos seguir o mesmo processo utilizado a chave, forçando-a para a posição que julga ser a
anteriormente. correia. Esse procedimento é muito perigoso porque
pode causar a quebra ou o amolecimento do metal da
Terminado o processo de limpeza, remontar o chave que normalmente é feita de bronze, tomando mais
instrumento sempre seguindo o processo abaixo: oneroso o conserto.
• lubrificar os parafusos e chaves; Quinto passo, embora seja tediosa para
muitos, considero parte essencial para preservar o
• verificar a tensão das molas: retensioná-las perfeito funcionamento das chaves de qualquer
se preciso for utilizando o alicate de bico instrumento: a perfeita limpeza e lubrificação de todos os
redondo; parafusos, seus receptáculos, roscas, bem como os
encaixes e passadores das chaves.
• verificar o estado das sapatilhas: se
danificadas, substituí-las; Para a execução deste trabalho ira se
necessitar de palitos de dente, algodão, óleo fino (fluido
• examinar os calços surdos;
de freio, óleo de maquina) e arame recozido. Como nos
• efetuar os ajustes necessários. Caso seja Oboés e Clarinetes usar os palitos de dente com
encontrado algum defeito, corrigi-lo pequeno pedaço de algodão embebido em um POUCO
imediatamente. de óleo nos orifícios dos castelos para remover as
sujeiras ali acumuladas. Como os saxofones possuem
Tudo estando montado é hora de testar o algumas chaves com passadores longos, usar o arame
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recozido da mesma forma que a dos palitos de dente. músico dar um jeitinho e tentar, ele mesmo, desempenar
Para os parafusos seguir o mesmo processo utilizado a chave, forçando-a para a posição que julga ser a
anteriormente. correia. Esse procedimento é muito perigoso porque
pode causar a quebra ou o amolecimento do metal da
Terminado o processo de limpeza, remontar o chave que normalmente é feita de bronze, tornando mais
instrumento sempre seguindo o processo abaixo: oneroso o conserto.

• lubrificar os parafusos e chaves;

• verificar a tensão das molas: retensioná-las


se preciso for utilizando o alicate de bico
redondo;

• verificar o estado das sapatilhas: se


danificadas, substituí-las;

• examinar os calços surdos;

• efetuar os ajustes necessários. Caso seja


encontrado algum defeito, corrigi-lo
imediatamente.

Tudo estando montado é hora de testar o


instrumento. Caso apresente algum problema, verificar
se todas as molas estão corretamente colocadas, se não
tem nenhuma chave mal montada. Caso o problema seja
causado por uma sapatilha com defeito, efetuar a troca
da mesma caso esteja capacitado ou levar o instrumento
após a remontagem para um técnico. Porém se for uma
chave empenada, não tentar simplesmente desempenar
a chave e sim efetuar o reparo levando sempre em
consideração a estrutura original do instrumento e seu
perfeito funcionamento, mas como no capitulo anterior a
melhor solução ainda é encaminhar o instrumento a um
técnico habilitado. Mesmo não sendo técnico em
manutenção de instrumento, é prática comum, o próprio
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o alicate bico redondo 4


FAGOTE, OBOÉ E
CLARINETE DE MADEIRA o óleo lubrificante para chaves;

o lubrificante para juntas;

o agulhado crochê n ° 12;

o algodão;

o palitos de dente;

o óleo fino (fluido de freios ou óleo de


maquina);

o polidor de metais;

o pincel chato ½ com pêlos cortados


Material: curtos.
o pedaço de pano (de preferência Os instrumentos feitos de madeira têm uma
algodão) preso a um cordel com um natural "aversão" pela água, mesmo eles sendo
pequeno peso na ponta; envernizados (fagotes) ou polidos (clarinetes e oboés),
deve-se sempre ter em mente de evitar molhá-los a
o pedaços de papel absorvente; qualquer custo, e caso isso venha a ocorrer, enxugá-los
o mais rapidamente possível.
o pano de algodão;
LIMPEZA REGULAR
o pincel chato ½ " ;
É a mesma feita para os clarinetes e oboés. O
o chave de fenda (tipo relojoeiro) 2 mm
primeiro passo é retirar a palheta (da boquilha no caso
o chave de fenda 2 mm haste longa (>15 dos Clarinetes) e, se possível, lavá-la em água corrente.
cm); Em seguida enxugá-la delicadamente e guardá-la no
estojo apropriado.
o alicate bico chato 4
O segundo passo é separar as partes do
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instrumento, cuidadosamente. Com elas separadas, corpo do instrumento se encontrar muito ressecado é que
passar o pano preso ao cordel com peso, pela parte se poderá utilizar algum produto especifico para a
interna do instrumento com o fim de secá-lo (inclusive limpeza de madeiras (óleo de cedro, óleo de peroba, óleo
pela boquilha, no caso dos Clarinetes). de mogno), tendo o cuidado de seguir atentamente as
instruções do fabricante e de selecionar o produto de
O terceiro passo é utilizar o papel absorvente, acordo com o tipo de madeira utilizada na confecção do
introduzindo-o entre a sapatilha e o corpo do instrumento, instrumento.
pressionando levemente a respectiva chave para secar a
sapatilha. Os passos seguintes são os mesmos
utilizados para clarinetes e oboés. Promover a limpeza
O último passo é a limpeza externa do dos parafusos e dos castelos. Utilizar pequenos pedaços
instrumento. Para isso utilizar o pincel e o pano de de algodão, palitos de dente e um pouco de óleo fino
algodão. Primeiro com o pincel, limpar delicadamente os (fluido de freio, óleo de maquina), introduzindo o palito de
sujos e a poeira depositados entre as chaves. Depois, dente com um pequeno pedaço de algodão embebido
com o pano, limpar completamente as chaves e o corpo com um POUCO de óleo nos orifícios dos castelos para
do instrumento. remover as sujeiras ali acumuladas. Nos parafusos
colocar uma gota de óleo fino, e em seguida escovar os
Este procedimento deverá ser executado mesmos com um pincel de cerdas duras e curtas, e os
invariavelmente TODAS as vezes que o instrumento for "enxugar" (tirar o excesso) do óleo com um chumaço de
manuseado para estudo, ensaio ou apresentação. algodão.
LIMPEZA GERAL Limpar as chaves utilizando produtos
específicos para limpeza de metais (Kaol, Brasso, Silvo,
Os procedimentos iniciais para o primeiro e etc.) seguindo sempre as recomendações do fabricante
segundo passo são iguais aos executados para os para cada produto.Só após a limpeza da chave é que se
clarinetes e oboés. deve limpar completamente os seus orifícios e lubrificá-
los sem excessos.
Terceiro passo: aqui existe uma diferença
fundamental, como foi dito anteriormente : instrumentos Após a limpeza de todos os elementos (corpo,
de madeira têm "alergia" a água, neste caso não se chaves e parafusos), proceder as seguintes tarefas:
poderá lavá-los como é o procedimento para
instrumentos feitos em resina plástica. Deve-se então  lubrificar os parafusos e chaves;
limpar o corpo do instrumento somente com um pincel e
um pedaço de pano de algodão.  verificar a tensão das molas:
retensiona-las se preciso for
Em casos muito raros, quando a madeira do
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utilizando o alicate de bico redondo; O procedimento de LIMPEZA GERAL deverá


SEMPRE ser feito bi-mensalmente, para lugares com
 verificar o estado das sapatilhas: se pouca poeira ambiente. Para lugares com alto índice de
danificadas, substituí-las; poeira, deverá ser feito mensalmente. Em ambos os
casos proceder com mais freqüência quando se fizer
 examinar os calços surdos; necessário, ou então antes de se guardar o instrumento
por períodos prolongados.
 efetuar os ajustes necessários. Caso
seja encontrado algum defeito, Cuidado especial deve ser dispensado aos
corrigi-lo imediatamente. Clarinetes Alto e Baixo, por possuírem a campana feita
de metal. Utilizando um polidor apropriado de metais,
Terminado o exame acima e corrigidos todos polir cuidadosamente Após o polimento lavar com sabão
os problemas apresentados, iniciar a montagem o ou detergente neutro e imediatamente enxugá-la para
instrumento. Um detalhe de suma importância deve ser evitar a formação de manchas. Remova a chave
observado SEMPRE: colocar uma gota de óleo localizada nessa peça, antes de lavá-la. Remontar a
lubrificante para chaves em cada parafuso a ser chave retirada dessa peça.
montado. Depois de colocar os parafusos, retirar o
excesso de óleo e não esquecer de recolocar as molas Outro cuidado que se deve ter é quando da
usando novamente a agulha de crochê. lubrificação, afinal a madeira absorve com facilidade o
óleo utilizado na lubrificação das chaves, deve-se,
Finalmente lubrificar a cortiça das juntas, portanto evitar ao extremo deixar pingar óleo na
montar o Oboé ou Clarinete e o testá-lo. Caso apresente superfície do instrumento.
algum vazamento, fazer a seguinte verificação:
Lembrando que os instrumentos
o se houve esquecimento de retornar alguma confeccionados em madeira, embora aparentem uma
mola ao seu lugar original; maior robustez, são instrumentos frágeis não suportando
a umidade e o calor excessivo, bem como choques,
o se alguma chave foi montada de forma
nestes casos podendo trincar a madeira inutilizando o
incorreta;
instrumento.
o se alguma chave deixou de ser montada;

o se existe algum calço faltando ou


desgastado: neste caso proceder à
substituição.

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o óleo lubrificante para pistons;


TROMPETES. FLUGELHORN.
BOMBARDINO (EUPHONIO). o algodão;
TUBA.
SOUSAFONE. CORNET. o polidor de metais;
TROMBONE DE PISTOM o pasta de dentes.

Deve já ter surgido uma pergunta, qual o


critério para a ordem de agrupamento dos instrumentos
utilizados

neste manual, a resposta é simples : A igualdade nos


procedimentos de limpeza e manutenção.

Creio que já devem ter percebido que os


clarinetes e oboés tem uma manutenção igual, isso se
deve à forma construtiva dos mesmos, no caso atual
todos os instrumento em deste capitulo tem pontos em
comum: são de bocal, utilizam pistons, possuem voltas
de afinação e são feitos de metal. Por estas
características é que estão agrupados

LIMPEZA REGULAR

Material: Como não cansamos de repetir este


procedimento de limpeza, SEMPRE deverá ser
o pedaços de papel absorvente; executado logo após o uso do instrumento.

o pedaço de pano (de preferência No caso destes instrumentos é um processo


algodão) preso a um cordel com um bastante simples, primeiro retira-se o bocal e o limpa com
pequeno peso na ponta; um pano de algodão.

o pano de algodão; Segundo passo retira-se as voltas de afinação


enxugá-las internamente utilizando para isso o pano com
o pincel chato ½ "; o peso na ponta, às vezes dependendo da quantidade de
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saliva / água é interessante possuir mais de uma pano Caso a cobertura do instrumento se encontre
com peso na ponta, remontando-as logo a seguir porem danificada, utilizar nestas partes danificadas um polidor
sem esquecer de lubrificá-las com o óleo especial para de metais para remoção dos óxidos ali formados e logo
voltas de afinação. após prosseguir a limpeza como no capitulo anterior
lavando o instrumento.
Terceiro passo retirar os pistons e proceder da
mesma forma que no capitulo anterior. Ao remontar os As voltas de afinação merecem um cuidado
pistons não esquecer de colocar algumas gotas de óleo especial em sua limpeza, já encontrei alguns músicos
para pistons nos mesmos. que usam de palha de aço para limpá-las e alguns mais
"exagerados" chegam a passar lixa de grana baixa para
Como passo final passar um pano macio de remover o sujo, quanto ao uso de uma lixa de grana
algodão por todo o instrumento para remover marcas de superior a 1500 e "surrada" não vejo tanto empecilho
dedos. desde que seja utilizada somente uma vez e isso para a
remoção do "grosso" do sujo, mas o correio é usar
Tais cuidados se devem pelo fato de que tanto somente um polidor de metais, sempre lavando bem
nosso suor quanto nossa saliva são ácidos e reagem após o seu uso.
negativamente tanto com a cobertura de proteção dos
instrumentos bem como com o metal do mesmo, Enxaguar o instrumento com bastante água e
chegando até a causar furos. imediatamente enxugá-lo.

LIMPEZA GERAL Agora proceder com os cuidados dos pistons e


das camisas aonde os pistons trabalham. Dependendo
Começar pela desmontagem do instrumento, do grau de sujeira utilizar ou do polidor de metais ou da
retirando o bocal, as voltas de afinação e os pistons. Os pasta de dentes, aqui abro um parêntese para explicar o
pistons também deverão ser desmontados, sempre com uso da pasta de dentes, é que a mesma é composta
os maiores cuidados possíveis para não danificá-los. basicamente de um detergente e de um abrasivo
geralmente a base de sílica (areia) e/ou de um oxido de
O passo seguinte dependerá do estado de alumínio.
conservação do instrumento, caso ele se encontre com
sua cobertura em perfeito estado, bastará lavar a parte Caso os pistons e as camisas se encontrem
externa com uma esponja macia e um sabão ou pouco sujos deve-se utilizar o polidor de metais sempre
detergente neutro e na parte interna utilizar ou de de acordo com as instruções do fabricante, não
escovas apropriadas à venda nas lojas do ramo ou esquecendo sempre de lavar bem as peças polidas para
improvisar utilizando varetas nas quais se prenderá evitar a presença de resíduos do polidor.
pedaços de pano ou esponja.

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Porem se os pistons e as camisas se


encontram muito sujos deve-se utilizar a pasta de dentes, TROMBONES DE VARA
para este caso deve-se usar do seguinte procedimento,
com os pistons parcialmente montados (sem as molas,
as guias e os feltros), passar uma pequena camada de
pasta de dentes tanto nos pistons quanto no interior das
camisas, sendo este procedimento feito um pistom por
vez e sempre mantendo a ordem (pistom um na camisa
um e assim por diante), introduzir o pistom `
delicadamente na sua camisa correspondente e
movimentá-lo para cima e para baixo com leves
movimentos rotativos, a duração do processo dependera
única e exclusivamente do quanto sujo existir, devendo- Material:
se periodicamente molhar o conjunto para evitar o
ressecamento do dentifrício. Findo o processo lavar bem o pedaço de pano (de preferência
e enxaguar em água corrente enxugando bem logo a algodão) preso a um cordel com um
seguir. pequeno peso na ponta;

Montar o instrumento, sempre tomando o o pano de algodão;


cuidado de lubrificar tanto as voltas de afinação como os
o óleo lubrificante para varas de
pistons usando para isso o lubrificante indicado para
trombones;
cada caso.
o algodão;
Sempre é recomendado que durante o
manuseio do instrumento se tome bastante cuidado para o polidor de metais.
não danificá-lo, procurando manejar com a delicadeza e
a firmeza necessária para evitar uma queda, que mesmo O mais delicado dos instrumentos de metal, e
pequena pode danificar o instrumento. E lembrando que por conseqüência o instrumento em que a manutenção
os pistons são peças delicadas que qualquer amassado, preventiva assume uma importância vital no que diz a
empeno ou riscado pode comprometer definitivamente o perfeita limpeza e uma eficiente lubrificação.
instrumento. Portanto ao manusear os pistons todo
cuidado ainda é pouco, não se devendo em nenhuma Explico, o trombone de vara é o único
hipótese manusearmos sobre superfícies ásperas (ex.: instrumento de sopro que trabalha com o seu mecanismo
cimento) ou metálicas. (a vara) totalmente exposto às intempéries.

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Em contrapartida à sua delicadeza, é um toda a superfície do instrumento para remover marcar de


instrumento de fácil conservação, porem de cuidados suor.
indispensáveis.
Uma observação , caso se tenha utilizado o
LIMPEZA REGULAR instrumento em um lugar empoeirado ou ar livre, ou
notado a vara "arranhando", não se deve proceder à
Neste caso especifico destes instrumentos as limpeza padrão, isso porque a presença de poeira, areia
duas formas de manutenção se confundem, primeiro pela ou qualquer outro elemento abrasivo ira danificar a
aparente simplicidade construtiva dos trombones de vara, superfície da vara, devendo-se, portanto nestes casos
segundo pela exigüidade de peças ou partes, a saber: proceder-se a limpeza geral.
campana, volta de afinação, vara interna, vara externa e
bocal. LIMPEZA GERAL

Começar pela regra básica, ou seja, logo após Os procedimentos a serem seguidos são
o uso do instrumento iniciar o procedimento de limpeza semelhantes aos do procedimento anterior, com uma
pelo bocal da mesma forma como foi feita com os bocais diferença fundamental, é que após a desmontagem deve-
dos trompetes , tubas etc... se lavar o instrumento com um sabão ou detergente
neutro, sempre se tendo um cuidado especial com o
Terminada esta fase, com extremo cuidado conjunto vara interna e vara externa, dando preferência
proceder à limpeza da vara do trombone. Com um pano de quando da limpeza deste conjunto se proceder da
enxugar a vara externamente, em seguida utilizando a seguinte forma: utilizando-se de uma superfície plana e
vareta que acompanha o instrumento passando um limpa com tampo de madeira ou fórmica, separar o
pedaço de pano pelo orifício, com delicadeza passar pelo conjunto de varas, pinga-se algumas gotas de detergente
interior da vara externa e da vara interna, aplicar umas neutro dentro da vara externa, enche-a até a sua metade
gotas de óleo lubrificante para varas de trombone e com água, agita-se durante um breve espaço de tempo,
montar as varas do instrumento. após o que verter fora esta "água", enxaguar com
bastante água corrente, tal procedimento visa retirar de
Próximo passo, retirar a volta de afinação e dentro da vara externa, grãos de poeira ou areia, em
utilizando o pano com o peso, introduzir o peso na volta seguida se utilizando a vareta de limpeza, que
de afinação de forma que ela saia pelo outro lado, puxar geralmente acompanha o instrumento, passando-se um
pelo fio forçando o pano passar por dentro da volta de pedaço de pano macio pelo fiador (aquele buraco na
afinação afim de secá-la. Repetir o processo através da ponta da vareta) embebe-se o mesmo em um pouco de
campana. detergente neutro, e delicada, mas firmemente introduzi-
la na vara externa em toda a sua extensão fazendo
Após o que, passar um pano limpo e macio em movimentos simultâneos rotativos e de "vai-e-vem",
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proceder ao enxágüe.
TROMPAS E
Se existir e persistir uma crosta na face interna TROMBONES
da vara externa, pode-se tentar eliminar usando DE ROTOR
novamente da vareta de limpeza com um pedaço de
pano macio preso na ponta embebido em um polidor de
metais, repetindo os mesmos movimentos rotativos e de
"vai-e-vem", após o termino do polimento repetir o
processo do capitulo anterior, tomando o cuidado de
lavar e enxaguar bem para retirar a presença de todo o
polidor de metais que é danoso ao musico.
Material:
Repetir o processo para também a face
o pedaço de pano (de preferência
interna da outra vara, já a face externa da vara interna
algodão) preso a um cordel com um
somente deverá ser limpa com um pano macio e um
pequeno peso na ponta;
detergente ou sabão neutro, não se deve passar palha
de aço e muito menos lixa, e caso ela apresente crostas o pano de algodão;
ou arranhões deverá ser levada á um técnico para ele
executar um polimento. o pincel chato ½ " ;
Findo estes procedimentos enxugar bem o o óleo lubrificante para rotores;
instrumento, lubrificar a vara com um lubrificante
especifico para varas de trombone, montar o instrumento o algodão;
e testá-lo.
o chave Philips 1/8 ";

o alicate universal 4" ou alicate de bico


fino 4"

o martelo pena 50 gr. ;

o pedaço de madeira (cabo de vassoura)


10 cm.

o polidor de metais.

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Os instrumentos com rotor são uma variante LIMPEZA GERAL


dos instrumentos com pistons, pois em verdade os
rotores nada mais são do que pistons que giram.e com Sempre ouvi falar os rotores são "sagrados" e,
isso desviam a coluna de ar (som). portanto não dever ser mexidos, fico tentando imaginar o
porque de tal assertiva, será que quem fez tal afirmação
LIMPEZA REGULAR considera os músicos como pessoas absolutamente
ineptas ; sinceramente não acredito que uma pessoa que
Em principio aplica-se o mesmo processo de consegue tocar um instrumento, ler e interpretar uma
limpeza utilizado para os instrumentos de pistons, ou partitura possa ser uma pessoa inepta. Portanto vamos
seja, começar pelo procedimento de limpeza dos bocais, "profanar" os rotores e desmontá-los e proceder a sua
depois as voltas de afinação, para isso utilizando-se do limpeza.
pano com o cordel, não esquecer de quando da
remontagem de lubrificar as voltas de afinação, após o A limpeza começa da mesma forma do
que, deve-se passar um pano de algodão macio em toda procedimento anterior, com a desmontagem do
a extensão do instrumento afim de enxugá-lo e retirar instrumento retirando-se o bocal e as voltas de afinação,
marcas de suor. após o que lavá-las com um sabão ou detergente neutro
seguindo o mesmo procedimento já utilizado para voltas
Existe um costume enraizado no seio dos de afinação, quanto à vara do trombone segue-se o
músicos de que se deve ficar "pingando" óleo lubrificante mesmo processo utilizado anteriormente para trombones
na junção das chaves e ou rotores, isso se deve, creio de vara.
eu, ao fato de que o óleo lubrificante irá penetrar na
chave e irá mantê-la lubrificada, não deixa de ser Bem, vamos agora a "profanação", rotores
verdade, acontece que juntamente com o óleo como já foi dito anteriormente, nada mais são do que
lubrificante também irá penetrar a sujeira que se pistons que giram, e devem ser tratados com o mesmo
acumulou no "melado" da junção das chaves e ou cuidado, em hipótese alguma deve deixá-los cair no chão
rotores, e isto é fácil de se notar quando da ou sobre qualquer superfície dura, portanto deve-se
desmontagem das chaves e ou rotores, a presença de escolher um local com uma superfície de madeira,
uma "lama", que infelizmente é abrasiva, ou seja, vai evitando-se superfícies de cimento ou metálicas.
lentamente "esmerilhando" o eixo das chaves e ou
rotores. Lembrando também que o óleo lubrificante não O primeiro passo será a retirada dos
irá penetrar totalmente e irá formar um "lambuzamento" comandos dos rotores, ou seja, a ligação entre eles e as
que somente servirá para agregar mais poeira. Portanto chaves de acionamento, tornando-se o maior cuidado
somente deve-se aplicar os óleos lubrificantes em possível na observação de como são montadas para não
superfícies que estejam limpas e isentas de poeira ou incorrer em erros na remontagem. Para tal utilizar a
outros detritos. ferramenta adequada que dependendo do caso poderá
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ser a chave Philips ou o alicate, explico, é que alguns muito delicadamente esfregar a crosta de forma suave
rotores tem seus comandos presos através de parafusos até a sua remoção.
neste caso usar a chave Philips e outros através de
pequenas porcas, quando se utilizará o alicate. Terminado o processo de polimento lavar os
rotores com um detergente ou sabão neutro a fim de
Retiradas às ligações, retirar a tampa traseira remover os resíduos do polidor de metais.
externa dos rotores e em seguida a "cabeça do rotor",
que é uma peça que fica presa no eixo externo do rotor Findo este procedimento remontar o
geralmente através de um parafuso Philips. instrumento, começando por lubrificar os rotores antes da
montagem, recolocar os rotores em sua posição e seu
De posse do martelo e do pedaço de madeira, devido lugar. Geralmente a tampa traseira interna dos
proceder à retirada do rotor, para tal apoiar uma das rotores entra em seu lugar sob pressão, neste caso fazer
extremidades do pedaço de madeira sobre o eixo do o processo inverso, ou seja, posicionar a tampa, fazer
rotor, e com o martelo percutir sobre a madeira na uma certa pressão com os dedos até o limite de
direção da tampa do rotor, deve-se começar percutindo o resistência, em seguida se utilizando o pedaço de
martelo de forma firme e suave até ocorrer o madeira apoiado sobre o centro da tampa interna, com o
desprendimento do rotor, tornando-se o cuidado colocar martelo percutir suavemente a madeira até a tampa se
um pedaço de pano dobrado abaixo do instrumento para fixar e o rotor girar livremente.
lá cair o rotor ao se desprender.
Para a remontagem do sistema de comando
Lembrando que se deve observar que cada seguir o caminho inverso ao processo de desmontagem,
rotor tem sua posição e sua numeração que não deverá que voltamos a salientar deverão ser cuidadosamente
ser alterada, geralmente os rotores tal como os pistons observadas todas as etapas para evitar erros nesta faze.
são numerados e quanto a sua posição observar que na
tampa traseira existe uma ranhura que tem como função Findo essa etapa é remontar e testar o
marcar sua posição. funcionamento do instrumento.

Proceder agora à limpeza dos rotores,


normalmente basta passar delicadamente um pouco de
polidor de metais embebido em um pedaço de algodão
ou pano para remover a crosta que normalmente se
forma. Em casos extremos a crosta resiste ao polidor de
metais, neste casos deve-se adotar o seguinte
procedimento: usando de um pequeno pedaço de palha
de aço ( seca e nova) embebendo-a no polidor de metais
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instrumento, e usados nas dificuldades que possa


CONSIDERAÇÕES FINAIS encontrar para a sua manutenção.
Como vimos não é um "bicho-de-sete-
cabeças" a limpeza de um instrumento, alguns dão mais
trabalho do que outro é certo, mas não é uma tarefa
impossível que qualquer musico não possa fazê-la.
Despende-se algum tempo em sua execução, o que para
alguns é perda de tempo, mas vamos considerar o
seguinte, se computarmos o tempo gasto na manutenção
do instrumento, o que irá preservá-lo por um período
maior sem uma manutenção corretiva, se levarmos em
consideração que a executabilidade do instrumento se
manterá inalterada por mais tempo, e o tempo que se irá
perder com uma manutenção corretiva e o seu custo,
será que tais fatores não irão pesar na balança a favor de
uma manutenção preventiva ?

Aqui neste pretenso manual, procuramos usar


termos simples e materiais que creio no lugar mais ermo
serão facilmente encontrados, talvez com alguma
exceção dos óleos lubrificantes específicos, os quais com
alguma criatividade e alguma pesquisa poderão ser
substituídos. Existem também produtos e materiais
específicos em casas especializadas que podem ser
utilizados e que em alguns aspectos poderão facilitar o
trabalho de limpeza principalmente, materiais tais como
escovas especificas para determinados instrumentos,
mas nada que a criatividade não possa substituir.

Sempre tive presente que o musico tem que


amar a musica e por conseqüência tem que amar seu
instrumento e por ele ter todo o zelo possível, e como
musico tem que ter disciplina, persistência e criatividade,
e estes princípios devem ser aplicados ao seu

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ÍNDICE GERAL
ANOTAÇÕES
Apresentação...................................................... 3

Introdução........................................................... 5

Flautim e Flauta .................................................. 9

Oboé e Clarinete ................................................. 16

Saxofones........................................................... 23

Fagote, Oboé e Clarinete de Madeira ................. 32

Trompetes, Flugelhom, Bombardino (Euphonio), Tuba,


Sousafone, Cornet, Trombone de Pistom ........... 38

Trombone de Vara .............................................. 43

Trompas e Trombones de Rotor......................... 47

Considerações Finais.......................................... 52

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