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OFERTA AGREGADA E CURVA DE PHILIPS KEYNESIANA

Trabalho da disciplina
Macroeconomia ll, aplicada pela
professora Viviana, sobre Oferta
Agregada e a primeira versão da
curva de Philips (keynesiana).

Alunos: Evora Marques, Larissa Moura, Letícia Monteiro, Rayssa Stofeles e


Vitória Clara Guimarães.

Seropédica, 2019
SUMÁRIO:

1. INTRODUÇÃO;
2. TEORIA E GRÁFICOS;
3. CONCLUSÃO;
4. REFERÊNCIAS.
PONTOS ABORDADOS:
O trabalho a seguir descreve a oferta agregada e a primeira versão da curva
de Philips (keynesiana).
Sendo os principais determinantes da curva de oferta: inflação,
comportamento dos salários, desemprego e produtividade, como aquela curva
irá se comportar a curto prazo e longo prazo? O que significa a curva de Philips
keynesiana? Como funciona?
Essas questões serão respondidas ao longo do trabalho por meio de teorias
e gráficos.

INTRODUÇÃO:
A curva de oferta agregada (OA) mostra, a cada nível de preços, a quantidade
de produção real que as empresas estão dispostas a oferecer. A curva de OA é
positivamente inclinada: as empresas só oferecerão maiores níveis de
produção a preços mais altos, pois os custos aumentam quando se decide
produzir mais. A curva de DA mostra, a quantidade de produção demandada a
cada nível de preços, sendo ela negativamente inclinada porque, a um nível
menor de preços, o estoque real de moeda é maior, as taxas de juros menores
e, logo, a demanda agregada é mais elevada. O ponto de intercessão entre as
curvas OA e DA demonstra o equilíbrio da renda e dos preços.
Destaca-se nesse trabalho a análise sobre a relação entre a inflação e o nível
de desemprego apresentada na versão keynesiana da curva de Philips. E o
que diferencia as versões são as análises de curto prazo, quando acontecem
as flutuações econômicas. Segundo as diferentes abordagens, as flutuações
da produção e do emprego no curto prazo podem decorrer de fatores como
insuficiência de demanda efetiva, choques monetários (associados à demanda
agregada), choques reais (associados à oferta agregada) ou rigidez de preços
e salários.
-CURVA DE OFERTA AGREGADA KEYNESIANA
A curto prazo, o nível de preços varia pouco com o aumento da produção,
isso ocorre por conta da existência de rigidez de preços e salários. A longo
prazo, ao contrário, os salários, os custos e os preços continuarão a subir, se a
produção estiver acima do pleno emprego, e continuarão a declinar, se estiver
abaixo.
No longo prazo, admite que o nível de produção independe do nível de
preços por conta, que no modelo clássico a capacidade máxima de produção
da economia depende de fatores reais, dados pelo estoque dos fatores de
produção (trabalho e capital) e pela tecnologia disponível. Dessa forma, há total
flexibilidade de preços e salários, sendo, a longo prazo, a economia
funcionando a pleno emprego. Essa teoria é representada por uma curva de
oferta agregada vertical em seu valor máximo, não tendo mais possibilidade de
aumento dos níveis de produção.
No curto prazo, há rigidez de preços, e a economia não funciona
necessariamente ao nível de pleno emprego. Podendo ocorrer um aumento
dos níveis de produção, para conseguir acompanhar os volumes crescentes de
produção, junto com aumentos dos seus custos. Já se defende a hipótese de
rigidez de preços, o reajuste dos preços como consequência do aumento dos
custos, ocorre de forma moderada ao longo do tempo. Sendo a curva de oferta
agregada representada por uma curva positivamente inclinada: o aumento dos
níveis de produção se reflete em crescimento dos preços, ainda que de forma
moderada. No longo prazo, a curva de OA é deslocada para a direita pelo
aumento dos estoques dos fatores de produção ou pelo avanço da tecnologia.
Curvas de oferta agregada (OA) de curto e longo prazo
Os chamados “choques de oferta” deslocam a curva de OA de curto prazo.
Sendo denominados assim pois implicam mudanças bruscas e inesperadas
dos preços de itens com grande importância no custo de produção das

empresas. Dessa forma, o aumento de custos decorrente de um choque de


oferta implica que qualquer nível de produção a ser oferecido terá de ser feito a
um nível de preços mais elevado do que o anterior, tendo um deslocamento da
curva de OA para cima e para a esquerda. A inclinação da curva de OA de
curto prazo reflete o nível de sensibilidade dos preços aos aumentos dos
custos da empresa conforme decidam aumentar os seus níveis de produção
(quanto maior a inclinação da curva de OA, maior é a flexibilidade de preços no
que diz respeito à sua capacidade de se ajustar às novas condições de custo
da economia).

-CURVA DE DEMANDA AGREGADA


A curva de demanda agregada (DA) relaciona o nível esperado de demanda
por bens a cada nível de preços. Ao longo da curva de DA são fixos o estoque
nominal de moeda e os gastos autônomos. Apresentando uma combinação de
preços e produto que equilibra simultaneamente os mercados de bens e o
mercado monetário. Sendo ela negativamente inclinada: o aumento de preços
leva a um crescimento da taxa de juros, com impacto contracionista da DA do
nível de emprego e de renda. E o contrário também ocorre sendo uma politica
expansionista.
Quanto menos sensível for a demanda por moeda em relação ao juros e
maior for a sensibilidade da despesa agregada em relação ao mesmo , mais
próxima da posição horizontal estará a curva de DA e maior será o efeito
expansionista do nível de emprego e de renda gerado por uma redução do
nível de preços .Pois uma menor elasticidade da demanda por moeda em
relação com o juros, implica que o aumento do estoque real de moeda se
refletirá em uma queda maior das taxas de juros. E, para uma diminuiçao dos
juros, uma alta elasticidade da demanda agregada relacionado ao juros,fará
com que o aumento da DA seja maior.
A inclinação depende também do multiplicador de gastos autônomos. Sendo
as variáveis constantes, quanto maior for o multiplicador, mais horizontal
tenderá a ser a curva de DA. Nesse caso, uma queda de P leva a uma redução
de i, com impactos expansionistas em I. E, quanto maior for o multiplicador,
maior será o impacto do aumento de I sobre o nível de emprego e de renda
total.
-RELAÇÃO ENTRE OA E DA
O equilíbrio no ponto E’, é onde a renda está no pleno emprego.

O equilíbrio no curto e longo prazo

No curto prazo, pode haver um equilíbrio abaixo do ponto de pleno emprego.


A tendência ao equilíbrio a longo prazo, dá-se pelo ajuste nos preços. No ponto
E, a existência de desemprego faz com que os salários nominais sejam
reduzidos. Essa redução nos salários diminui os custos das empresas, o que
tem um efeito de baixa do nível de preços. Ao longo do tempo, os preços serão
reajustados para baixo, levando ao deslocamento progressivo da curva de
OAcp para a direita e para baixo, até atingir a curva OAcp'. A redução dos
preços faz com que a quantidade de moeda aumente, o que leva ao declínio
das taxas de juros e ao aumento da demanda agregada. Esse processo
continua até que a economia retorne ao ponto de equilíbrio de longo prazo E',
com a renda em seu nível potencial Yp.
Como há rigidez de preços no curto prazo, esse movimento de tendência ao
pleno emprego pode ser devagar. Com isso, políticas macroeconômicas podem
induzir aumento do nível de emprego e renda. Ou seja, a adoção de políticas
monetária ou fiscal expansionistas desloca a curva de DA para cima e para a
direita, levando a um aumento do nível de emprego de forma mais rápida do
que aconteceria pelo ajuste de preços ao longo do tempo. O ponto E
corresponde a uma situação de equilíbrio com desemprego. Para reverter a
situação, as autoridades podem decidir pela adoção de uma política fiscal
expansionista. O

aumento dos gastos do governo desloca a curva de DA para DA'. No ponto E',
a renda atinge o seu nível de pleno emprego.
Com o deslocamento da DA para cima e para a direita, ao preço inicial há
agora um excesso de demanda, o que incentivará o aumento da produção,
que, por sua vez, resultará em um aumento de preços. O aumento nos preços
faz a produção dar uma reduzida, o que faz a taxa de juros aumentar e os
gastos diminuir. A extensão pela qual alterações da demanda são atendidas
por alterações da produção dependerá da reação dos custos à expansão da
produção e do emprego. Se os custos salariais forem um pouco rígidos a curto
prazo, a curva de oferta será quase horizontal e os deslocamentos de demanda
serão atendidos por aumentos de produção a preços praticamente constantes.
Ou seja, quanto mais inclinada (mais próxima da vertical) for a OA, menor será
o impacto final sobre a produção de um aumento da DA.
No caso de uma política monetária expansionista, como a quantidade de
moeda aumentará na economia, a taxa de juros irá se reduzir, ampliando a
demanda agregada com o aumento do investimento. No caso da política fiscal
expansionista, haverá um aumento nas taxas de juros associadas aos
respectivos níveis de renda, ou seja, o crescimento da renda se faz
acompanhado de maior participação do setor público na demanda, uma vez
que o investimento se retrai em decorrência do aumento da taxa de juros.
Ao atingir a renda potencial Yp, políticas expansionistas adicionais não terão
nenhum efeito sobre o produto. Novos deslocamentos da DA para cima e para
a direita terão apenas um efeito ampliador sobre os preços. No caso da política
monetária, a implicação disso é que a moeda é neutra no longo prazo, no
sentido de que não tem como afetar as variáveis reais, como os níveis de
emprego e de renda, tendo impacto apenas nas variáveis nominais, como os
preços. Em relação à política fiscal, aumentos adicionais dos gastos do
governo, via aumento das taxas de juros, terão apenas o efeito de deslocar os
investimentos privados na mesma magnitude do valor gasto inicialmente pelo
setor público. Ou seja, no longo prazo, as políticas monetárias e fiscal são
totalmente impotentes no aumento do nível de emprego e renda.
Efeito de política monetária ou fiscal expansionista
-CURVA DE PHILIPS KEYNESIANA
Solow e Samuelson aplicaram a teoria substituindo taxa de variação dos
salários nominais pela variação dos preços porque consideravam que não
havia grande diferença entre elas. Agregaram ao desenvolvimento anterior da
curva de Philips uma equação de determinação de preços via uma margem fixa
(mark up), aplicada sobre os custos. Como a maior parte dos custos advém do
pagamento dos salários, como aproximação considerava-se a aplicação da
margem fixa sobre os custos salariais.
Derivou-se a curva de Philips tendo como base um mercado de trabalho no
qual a demanda e a oferta de mão de obra são funções do salário nominal. A
curva de Philips passou a representar a relação entre a taxa de inflação (∆P) e
a taxa de desemprego (trade off). Logo, a curva de Philips passou a ser um
instrumento utilizado na formulação de políticas econômicas, com combinações
de taxa de inflação e de desemprego.
A teoria da curva de Philips entende-se um trade-off estável a longo prazo
que fornecia ao governo um menu de possíveis combinações entre inflação e
desemprego como objetivos da política econômica. O conceito era de que
níveis de desemprego mais baixos poderiam ser alcançados com níveis altos
de inflação. Os resultados sugeriram a possível existência de uma relação
negativa estável a longo prazo entre a inflação dos salários e o desemprego.
A rápida incorporação da curva de Philips ao arcabouço keynesiano (síntese
neoclássica) deu-se para explicar o processo inflacionário, ausente do modelo
macroeconômico lançado inicialmente. A síntese neoclássica conseguiu juntar
sua teoria de determinação do nível de renda e de emprego a uma teoria da
inflação de preços e
salários
A primeira versão da
curva de Philips
O período de elevada inflação e alto desemprego, que caracterizou a
economia levou a críticas à abordagem keynesiana (síntese neoclássica) da
curva de Philips porque, ao contrário do que defendiam os autores da síntese
neoclássica, não haveria uma relação inversa estável entre desemprego e
inflação no longo prazo.
Adicionalmente, segundo os monetaristas, os principais críticos da
abordagem keynesiana, faltava uma teoria da formação das expectativas dos
agentes quanto à evolução futura dos preços.

CONCLUSÃO
Neste trabalho, foi apresentado a relação trade-off entre desemprego e
inflação da curva de Philips e a teoria da curva de oferta de agregada.

REFERÊNCIAS
Ana Claúdia Além, MACROECONOMIA-TEORIA E PRÁTICA NO BRASIL
Teoria Macroeconômica II-Profa. Ana Reif

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