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FORTALEZA - CE
2016
REBECA ALMEIDA SOUSA
FORTALEZA - CE
2016
A Deus
Cabotage is one of the modes of transport that performs the movement of goods
from one port to another. In Brazil, over the years, cabotage has advanced in its
use in the transportation, contributing to a better economic and environmentalbal-
ance. The present work has importance justified by the performance of the trans-
port sector in Brazil, which provides additional capacity for distribution of loads be-
tween the cities, reducing the price of products and made them more accessible to
the market. A literature review on the topic, the performance indicators were pre-
sented and evaluated, bottlenecks were identified and mapped to propose improve-
ments. It was as a case study with descriptive nature, qualitative approach and data
collection by participant observation. Interpreted the results, were observed certain
limitations based on the indicators that have been defined to assign value to the busi-
ness. Through the study, we compared some aspects related to the level of service
between the modes of transport and cabotage. Among the main analyzed variables,
such as: volume, cost and time, were shown the advantages and disadvantages that
qualify mode in favour of its application in cargo handling operations. The benefits ob-
tained with the cabotage operations include increased productivity, reduction in the cost
of freight, the optimization in the allotted time, the reduction of damage during the han-
dling of cargo and the better use of resources as a sustainable transport.The study for
evaluation of parameters modal of cabotage, by providing subsidies to transport vi-
able choice during the movement of cargo, in addition to contributing to the development
of new research in the field of maritime transport.
Key words: Brazilian transport matrix, economic balance and environmental, perfor-
mance indicators, service level, sustainable transport.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Tabela 1 –Custo por tonelada pela distância percorrida por modal no Brasil . . 25
Tabela 2 –Quantidade de emissão por TKU por modal no Brasil . . . . . . . . 25
Tabela 3 –Vantagens e Desvantagens de cada modal . . . . . . . . . . . . . . 26
Tabela 4 –Empresas de navegação de cabotagem . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Tabela 5 –Problemas evidenciados pela falta de investimentos e de infraestru-
tura na malha de transportes brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Tabela 6 – Modificação indicada pelo PNLT para a matriz dos transportes no Brasil 37
Tabela 7 – Dinâmica do volume de cargas movimentadas (Mil toneladas) no
sistema marítimo brasileira (2000-2015) . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Tabela 8 – Preços de fretes via cabotagem no ano de 2014 . . . . . . . . . . . 54
Tabela 9 – Preços de frete via cabotagem no ano de 2015. . . . . . . . . . . . 54
Tabela 10 – Programação de navios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Tabela 11 – Comparativo de capacidade entre os transportes rodoviário e de
cabotagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Tabela 12 – Composição de custo de frete com cabotagem . . . . . . . . . . . . 58
Tabela 13 – Resumo dos custos de fretes com a cabotagem . . . . . . . . . . . 59
Tabela 14 – Condições para despesas com detention e demurrage . . . . . . . . 60
Tabela 15 – Composição do custos de frete rodoviário . . . . . . . . . . . . . . . 60
Tabela 16 – Comparativo nos custos de frete entre o transporte rodoviário e o
transporte via Cabotagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Tabela 17 – Composição do custo de frete rodoviário . . . . . . . . . . . . . . . 62
Tabela 18 – Comparativo de preços de frete - Rodoviário versus Cabotagem . . 62
Tabela 19 – Comparativo de tempo de viagem entre o transporte rodoviário e a
cabotagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Tabela 20 – Vantagens e desvantagens do transporte de cabotagem para a em-
presa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
DT Documento de transporte
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1 Problema da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2 Objetivos da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2.1 Objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2.2 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.3 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.4 Metodologia utilizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.5 Organização do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.1 A logística e o transporte marítimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2 A matriz de transportes brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.2.1 Transporte rodoviário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2.2 Transporte ferroviário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2.3 Transporte dutoviário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2.4 Transporte aquaviário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2.5 Transporte aéreo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.3 O sistema marítimo de cabotagem no Brasil . . . . . . . . . . . . 27
2.3.1 A evolução da cabotagem no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.3.2 Plano nacional de logística e transportes . . . . . . . . . . . . . . 33
2.3.3 Características do transporte de cabotagem . . . . . . . . . . . . 37
2.3.4 Principais entraves enfrentados pela cabotagem no Brasil . . . . 41
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.1 Características da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.2 Coleta e tratamento dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
12
1 INTRODUÇÃO
Segundo dados do CNT (2015), o transporte rodoviário tem sua participação com
61% das cargas, seguido do ferroviário com 21% e aquaviário com 14%, totalizando
96% de toda a carga transportada no contexto brasileiro. Os demais modais, dutoviário
com 4% e o aéreo com pouco mais de 0,4%, conforme a Figura 1.
1.3 Justificativa
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sendo assim, Ballou (2010) afirma que algumas variáveis devem ser estudadas
antes de escolher por um modelo de transporte, tais como: preço, tempo em trânsito e
variabilidade, danos e perdas.
Quanto as modalidades, os transportes podem ser qualificados em terrestre
(rodoviário, ferroviário e dutoviário), aquaviário (marítimo e hidroviário) e aéreo, os mes-
mos ainda podem ser unimodal, sucessivo, segmentado e multimodal (RODRIGUES,
2015).
Quanto à forma, Rodrigues (2015), classifica os modais de transporte como:
• Sucessivo: para obter o destino final, a mercadoria deve ser conduzida por um ou
mais veículos da mesma modalidade de transporte, compreendidos por mais de
um contrato de transporte;
20
De acordo com Ballou (2006), nos últimos anos, cresceu a utilização de mais de
um modal para o transporte de mercadorias. Uma das suas principais características é
o livre intercâmbio de equipamentos entre os diversos modais.
Na próxima seção, explica-se cada modal com suas principais características,
finalidades e objetivos que norteiam o funcionamento da matriz de transportes no Brasil.
O transporte ferroviário que é marcado por ser um tipo de modal de longo curso e
de baixa agilidade para matérias-primas e para produtos manufaturados de desprezível
custo, como madeira, carvão, produtos químicos, alimentos e papel (BALLOU, 2006).
Apesar da sua capacidade em transportar grandes volumes de cargas em longas
distâncias, as operações ferroviárias possuem altos custos fixos como a conservação
de vias permanentes, operações de terminais de cargas e descarga, operações de
estações, direito preferencial de via e trilhos, pátios de manobra e terminais. Contudo,
as ferrovias oferecem custos variáveis relativamente baixos (NOVAES, 2007).
De acordo com Bowersox (2007), a redução nos custos variáveis foi devido ao
desenvolvimento dos motores a diesel, além da eletrificação e das modificações nos
acordos trabalhistas que reduziram as necessidades de recursos humanos, resultando
ainda mais as reduções nos custos variáveis.
Outro fator é o tempo dedicado ao transporte de uma carga. O percurso de
um trem de carga típico ao longo da via é relativamente lento e, por essa razão, as
vantagens comparativas da ferrovia em relação à rodovia tornam-se um fator limitante,
no qual os custos fixos não conseguem ser diluídos, onerando os fretes e, por sua vez,
tornando essa modalidade pouco competitiva (NOVAES, 2007).
Outra barreira do transporte ferroviário é a existência de vagões com desígnios
particulares, que não podem ser empregados no transporte de outros produtos. Nor-
malmente, vagões vazios retornam ao ponto de origem para realizar o carregamento.
Esse fluxo de vagões vazios proporcionam um aumento dos custos e, por conseguinte,
os fretes ferroviários (NOVAES, 2007).
Para diminuir esses gargalos foram implantados dois modelos de operações que
diminuem os custos das operações ferroviárias, um modelo chamado de operações
de trens unitários, onde a empresa ferroviária apresenta serviços diretos, ligando dois
pontos, sem paradas intermediarias e com maior velocidade na carga, descarga e sua
distribuição. O segundo modelo chamado de piggy-back, utilizado na América do Norte,
faz a combinação de dois tipos de transportes, o modal rodoviário e o modal ferroviário,
admitindo a diminuição dos tempos de carga e descarga e um menor custo unitário
para o modal ferroviário (NOVAES, 2007).
Conforme Pereira (2010), o transporte ferroviário é apropriado para longas
distâncias e um baixo custo de transporte. Porém, tem uma baixa flexibilidade durante
o percurso, onde há necessidade de transbordo e apresenta uma diferença na largura
de suas bitolas.
22
onados ao baixo custo total, devido as amplas extensões percorridas que diluem os
custos no trajeto, incluído a isso está a grande capacidade de carga das embarcações.
O transporte aquaviário tem como vantagens em sua utilização por tratar de
um modal que possui baixos custos operacionais, além de diminuição de perdas e
danos durante o percurso da carga. Todavia, apresenta como desvantagem o elevado
tempo de viagem e a falta de confiabilidade e disponibilidade de recursos destinados
ao transporte de cargas em vias marítimas (PEREIRA, 2010).
De acordo com Ferreira e Riberio (2002), o transporte aeroviário tem tido uma de-
manda crescente de usuários, embora o seu frete seja significativamente mais elevado
que o correspondente rodoviário. Em compensação, seu deslocamento porta a porta
pode ser bastante reduzido, abrindo um caminho para esta modalidade, principalmente
no transporte de grandes distâncias. Este tipo de transporte é utilizado principalmente
nos transportes de cargas de alto valor unitário (artigos eletrônicos, relógios, alta moda,
etc.) e perecíveis (flores, frutas nobres, medicamentos, etc.). Como exemplos deste
meio de transporte estão os aviões dedicados e aviões de linha.
O modal aéreo é considerado o transporte de cargas mais rápido e os pontos de
distribuição são normalmente próximos aos centros de produção. No entanto, apresenta
algumas desvantagens, sendo elas: a baixa capacidade para transporte de cargas e o
valor do frete mais elevado entre os demais modais de transporte (PEREIRA, 2010).
Considerando-se as principais informações apresentadas para cada modal,
foi realizado um comparativo levando em conta características relacionadas aos níveis
de serviços, custos e emissões por unidade de carga transportada.A importância
relativa de cada modal pode ser comparada em níveis de serviços, quando mensuradas
em termos de velocidade, consistência, capacidade de movimentação, disponibilidade
e frequência, conforme a Figura 3 (FLEURY, 2000).
24
Tabela 1 – Custo por tonelada pela distância percorrida por modal no Brasil
R$ por ton.km
km Rodoviário Ferroviário Aquaviário
100 49,96 13,00 5,04
250 73,42 25,50 9,50
500 113,46 43,00 16,94
1000 119,23 72,00 31,81
2000 353,31 120,00 61,56
Para mensurar a quantidade de emissão de gás carbônico por TKU por modal
no Brasil, de acordo com Tabela 2 (FLEURY, 2011).
De acordo com Fleury (2011), o modal aéreo por apresentar maior intensidade
energética, possui a maior quantidade de emissões por TKU transportado, enquanto
que o modal rodoviário, predominantemente, o que tem maior representatividade na
matriz de transporte é também o maior responsável pelas emissões de CO2 , e os
demais modais segue como sendo os menos agressores ao meio ambiente.
26
• Os custos de toda a cadeia logística que passa pelo processo que se dispõe entre
as origens e os destinos dos fluxos de transporte, conduzindo à otimização e à
racionalização dos custos incorporados a essa cadeia;
Tipos Descrição
• Restrições de calado
Problemas de hidrovias: • Deficiências de sinalização e balizamento
• Restrições à navegação pela inexistência de eclusas
Desbalanceamento da matriz
de modais de transportes
Tabela 6 – Modificação indicada pelo PNLT para a matriz dos transportes no Brasil
O projeto de incentivo a cabotagem (PIC), que tem por objetivo contribuir para o
desenvolvimento da cabotagem entre os portos do Brasil, elevando a participação do
modal aquaviário na matriz de transportes (SEP, 2010).
A Secretaria de Portos (Diário do Nordeste, 2016), criou esse projeto com o
intuito de atender os 21 portos do país que estão com capacidade ociosa, assim como
reduzir os custos social, ambiental e financeiro provenientes do transporte rodoviário,
que tem maior participação na matriz de transporte brasileira (SEP, 2010).
Ainda de acordo com SEP (2010), o projeto prever a cabotagem oferecendo
serviço do tipo: modalidade porta a porta, um único interlocutor e o frete marítimo
menor que o frete rodoviário, conforme a Figura 8.
O Brasil é um dos países com maior extensão territorial, tendo uma geografia
bastante favorável, ocupando a quinta posição em expansão mundial. Apresenta uma
economia forte e sólida, ocupando o 7° lugar no ranking das maiores economias do
mundo. Estes, são pontos positivos para o país. Apesar disso, o Brasil utiliza apenas
metade das vias navegáveis que possui e poucos incentivos são realizados por parte
do governo para o seu desenvolvimento no país.
De acordo com Santos, Oliveira e Oliveira (2013), o Brasil é um país enaltecido
42
por sua riqueza em mares e rios. No entanto, eles não são aproveitados em sua total
capacidade para a navegação e o transporte de cargas e bens. Uma das maiores
dificuldades que impossibilita ao o seu crescimento é a falta de infraestrutura dos portos
e do acesso a eles, que é outro problema que gera um grande impacto na economia e
faz com que o custo com exportação cresça em 7%.
Segundo Quaino (2013), outro gargalo é o processo de liberação da carga que
é muito lento. O navio, ao atracar, tem sua carga retirada imediatamente, porém há
uma demora muito grande na liberação da carga.
No Brasil, a demora em média 5,5 dias, enquanto a média mundial é 3 dias, em
razão das deficiências de infraestrutura dos portos, pouco eficientes nas transferências
de mercadorias sujeitas a inspeção. Devido a esta demora há um acumulo de carga
nos portos, as filas de caminhões vão se formando, chegam mais caminhões para
entregar mais mercadoria para embarcar, porém não há espaço suficiente (MARIN,
2013).
Para Marino (2012), a demora na liberação das cargas é causada pelo fato que
a alfandega e demais órgãos envolvidos não operarem 24 horas, e isso traz um grande
impacto na produtividade.
Corrobora Costa et al. (2011), os principais entraves que o transporte de cargas
via cabotagem no Brasil são:
• A ineficiência portuária;
• Tributação;
3 METODOLOGIA
ou hipóteses que tem por finalidade: detectar, estabelecer e demostrar fatos relevan-
tes (POLAK; DINIZ; SANTANA, 2011). Ou como afirma Vergara (2004), quando há
pouco conhecimento acumulado e sistematizado.
O universo da pesquisa é representado pelas organizações privadas que
utilizam-se do transporte de cargas por cabotagem e a amostra selecionada é uma
empresa do setor metalúrgico no estado do Ceará. Foi utilizado como critério para
a escolha da empresa a facilidade com o acesso aos dados, que se encontram em
sistemas informatizados de gestão, ao qual, agregou valor ao presente estudo.
Com capacidade instalada de 880 mil toneladas por ano, a organização possui
o maior parque fabril de tubos da América do Sul. O mercado consumidorestão repre-
sentados pela construção civil, automotivo, bens de capital, máquinas, equipamentos,
utilidades domésticas e comerciais, atendendo o pequeno, médio e grande consumidor.
Possui uma estrutura de vendas que posiciona a companhia como o maior
distribuidor de aço e derivados do Brasil, com destaque para a região Nordeste, em
especial, o estado do Ceará. É reconhecida como a maior movimentadora privada
de cargas no Complexo o Pecém. A distribuição de produtos por região pode ser
representa na Figura 12.
50
Com a atual crise econômica no ano de 2016, a empresa tem procurado novos
negócios com a utilização de outros modais de transporte para obter maior receita
líquida e diminuir os custos operacionais. O transporte de cabotagem apresenta-se
como uma possível solução para amenizar o impacto nos custos em logística de
transporte de carga.
Atualmente, a empresa tem como foco de atuação as regiões Norte, Nordeste e
Sudeste e conta com uma estrutura de distribuição composta por operadores logísticos
do tipo transporte rodoviário e transporte de cabotagem.
Por conseguinte, o pedido segue para geração da nota fiscal da mercadoria pelo
setor de faturamento e, por fim, realiza-se o monitoramento da entrega do produto até
o cliente pelo setor de gestão das entregas, conforme Figura 13.
2014
1º Percurso 2º Percurso 3º Percurso Frete Total
Estado
(Terrestre) (Aquaviário) (Terrestre) (R$/Ton.)
Amazo-
25,74 149,24 20,96 195,94
nas
Roraima 34,05 152,11 33,61 219,74
2015
1º Percurso 2º Percurso 3º Percurso Preço Total
Estado
(Terrestre) (Aquaviário) (Terrestre) (R$/Ton.)
Amazonas 29,25 169,59 23,82 222,66
Roraima 38,69 172,85 38,19 249,73
Esse estudo foi avaliado com base nos indicadores já mencionados, de volume
faturado em toneladas, custo de frete pelo peso transportado e o tempo em trânsito. De-
pois, a simulação foi comparada entre o transporte rodoviário e o transporte aquaviário,
nas modalidades unimodal e intermodal.
Transporte
Volume rodoviário Transporte Cabotagem
(carreta simples)
Peso
Peso por Redução em
médio Veículos Contêi- Capaci- Navio
Demanda contêi- quantidade
UF por por ano ner dade do por ano
por ano (t) ner de veículos por
veículo (Qtd.) (Qtd.) Navio (t) (Qtd.)
(t) ano
(t)
SP 76.134 24 3.172 28 2.719 70.000 1 -453
PR 53.720 24 2.238 28 1.919 70.000 1 -320
PA 44.102 24 1.838 28 1.575 70.000 1 -263
RJ 26.768 24 1.115 28 956 70.000 0 -159
SC 5.969 24 249 28 213 70.000 0 -36
Total
206.693 24 8.612 28 7.382 70.000 3 -1.230
geral
Pecém-
708 17% 853 3.400 0% 70.000 12% 3.864 1.320
Santos
Pecém-
708 17% 853 3.500 0% 70.000 12% 3.977 1.320
Itapoá
Pecém-
708 17% 853 3.250 0% 70.000 12% 3.693 1.320
Sepetiba
Pecém-
708 17% 853 2.750 0% 70.000 12% 3.125 1.320
Paraná
Pecém
-Vila do 708 17% 853 2.700 0% 70.000 12% 3.068 1.320
Conde
1º
2º Percurso
Percurso 3º Percurso Total Peso
Trajeto (Cabota-
(Terres- (Terrestre) (Pta/Pta)a (t) R$/Ton.
gem)
tre)
Pecém-
853 3.864 1.320 6.037 28 215,59
Santos
Pecém-
853 3.977 1.320 6.150 28 219,65
Itapoá
Pecém-
853 3.693 1.320 5.866 28 209,51
Sepetiba
Pecém-
853 3.125 1.320 5.298 28 189,21
Paraná
Pecém-Vila
853 3.068 1.320 5.241 28 187,19
do Conde
a
20 Dry container - utilizado para carga geral não perecível de alta relação peso/volume.
b
40Dry container - utilizado para carga geral não perecível de alta relação peso/volume.
c
40Flat Rack - utilizado para cargas irregulares que só podem ser carregadas por cima.
d
40High Cube - utilizado para carga geral não perecível de baixa relação peso/volume.
e
40Reefer container - utilizado para carga geral que precisa manter sua temperatura controlada.
Variáveis para
Preço
Unimodal composição do Tributos Total
Tabela
frete
Distân- Valor Valor Valor do Valor do
Trajeto cia do Di- do frete ICMS frete Peso Frete
CIOT
(km) esel s/ICMS c/Tributos (t) (R$/Ton.)
Fortaleza-Santa
3.627 2,41 8.732 12% 1,29 9.924 28 354,42
Catarina
Fortaleza-
3.571 2,20 7.840 12% 1,29 8.910 28 318,23
Paraná
Fortaleza-São
2.958 2,29 6.776 12% 1,29 7.701 28 275,05
Paulo
Fortaleza-Rio de
2.624 2,77 7.266 12% 1,29 8.258 28 294,94
Janeiro
Fortaleza- Pará 1.570 3,74 5.870 12% 1,29 6.671 28 238,26
distância de 2.624 Km e São Paulo com 2.958 km, o valor pago no Rio de Janeiro está
acima da maior distância percorrida que é São Paulo. Essa diferença está relacionada a
atratividade do mercado local, sendo a região de São Paulo com maior demanda de
produtos e, por tanto, apresenta-se um frete mais baixo que o Rio de Janeiro.
A Tabela 16, indica um comparativo nos preços totais de frete entre o transporte
rodoviário e o de cabotagem, que demostra uma redução no valor em 31% com o
transporte via cabotagem.
Tabela 16 – Comparativo nos custos de frete entre o transporte rodoviário e o transporte via
Cabotagem
Variáveis para
Unimodal Preço Tributos Total
composição do frete
Valor do Valor do Preçodo
Distân- Preço do
Trajeto frete CIOTc frete Peso frete
ciaa (km) dieselb (R$) ICMS
s/tributos (R$) c/tributos (t) (R$/Ton.)
Fortaleza-
Santa 3.627 3,14 11.389 12% 1,29 12.943 28 462,25
Catarina
Fortaleza-
3.571 3,14 11.213 12% 1,29 12.743 28 455,12
Paraná
Fortaleza-
São 2.958 3,14 9.288 12% 1,29 10.556 28 377,00
Paulo
Fortaleza-
Rio de 2.624 3,14 8.239 12% 1,29 9.364 28 334,44
Janeiro
Fortaleza-
1.570 3,14 4.930 12% 1,29 5.603 28 200,12
Pará
A Tabela 18, indica um comparativo nos preços totais de frete entre o transporte
rodoviário e o de cabotagem com o ajuste estabelecido pela ANP no preço do diesel, que
demostra uma redução no valor em 44% com o transporte via cabotagem.
Transit. Time
Transporte Rodoviário Transporte Cabotagem Diferença
UF (Unimodal) (Intermodal) (dias)
PA 5 6 1
PR 8 18 10
RJ 6 11 5
SC 8 20 12
SP 7 12 5
5 CONCLUSÃO
dados de apenas uma unica empresa que utiliza a cabotagem em suas operações de
transporte de cargas. Outro fator foi o período reduzido para análise dos dados, além
de pouco domínio pela empresa da prática na utilização do transporte por cabotagem.
O presente trabalho ainda demostrou a necessidade de serem realizados novos
estudos quanto ao tema de análise. Observa-se que poucas empresas têm explorado
o transporte marítimo como meio de reduzir os seus custos e promover um maior
fortalecimento dos seus recursos.
Sugere-se a realização de pesquisas em torno das áreas de infraestrutura e
de legislação portuária, buscando investigar melhor todo o processo de transporte de
mercadorias via cabotagem.
E, por fim, apresentar soluções que possam automatizar as operações marítimas,
tornando-as eficientes e competitivas entre os demais modais da matriz de transportes
de cargas no Brasil.
67
REFERÊNCIAS
CNT. Pesquisa CNT do Transporte marítimo. [S.l.: s.n.], 2013. Citado 4 vezes nas
páginas 13, 27, 28 e 39.
CNT. Plano CNT de Logística e Transportes. 2014. Acesso em 16 Jun. 2016. Disponível
em: <http://www.cnt.org.br/Paginas/plano-cnt-transporte-logistica>. Citado 2 vezes
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