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Manutenção Mecânica
SENAI – PB, 2005 Trabalho elaborado pela Escola Senai “Odilon Ribeiro Coutinho”
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SUMÁRIO
ITem Página
Apresentação........................................................................ 05
Manutenção 06
Histórico............................................................................ 07
Tipos de Manutenção....................................................... 09
Organização...................................................................... 11
Sistematização.................................................................. 16
Custos............................................................................... 19
Ferramentas Manuais....................................................... 21
Técnicas de Desmontagem.............................................. 28
Técnicas de Montagem..................................................... 33
Alinhamento e Nivelamento.............................................. 37
Analise de Falhas............................................................. 43
Recuperação de Elementos Mecânicos........................... 47
Plano de Lubrificação.......................................................... 54
Programa.......................................................................... 56
Acessórios........................................................................ 59
Métodos e Dispositivos..................................................... 60
Lubrificador....................................................................... 76
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APRESENTAÇÃO
Caro aluno
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MANUTENÇÃO
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Histórico
* A segunda geração: esta geração vai desde a Segunda Guerra Mundial até os
anos 60. As pressões do período da guerra aumentaram a demanda por todo tipo de
produtos, ao mesmo tempo em que o contingente de mão-de-obra industrial diminuiu
sensivelmente. Como conseqüência, neste período houve forte aumento da
mecanização, bem como da complexidade das instalações industriais.
Começa a evidenciar-se a necessidade de maior disponibilidade, bem como
maior confiabilidade, tudo isto na busca da maior produtividade, a industria estava
bastante dependente do bom funcionamento das maquinas. Isto levou à idéia de que
falhas dos equipamentos poderiam e deveriam ser evitadas, o que resultou no
conceito de manutenção preventiva.
Na década de 60 esta manutenção consistia em intervenções nos
equipamentos feitas a intervalo fixo.
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Tipos de Manutenção
* Manutenção Corretiva;
* Manutenção Preventiva;
* Manutenção Preditiva;
* Manutenção Sistemática;
* Manutenção Produtiva Total ( TPM );
* Manutenção Detectiva;
* Manutenção Terotecnologia;
* Engenharia de Manutenção.
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a) Temperatura;
b) Pressão;
c) Vibração.
* Manutenção Produtiva Total ( TPM ): é a técnica que busca uma visão global da
empresa e a assistência aos equipamentos será dada de acordo com as exigências
da produção. Alguns autores definem a TPM como um programa que envolve o
conjunto dos empregados da organização, desde a alta administração até os
trabalhadores da linha de produção. Essa técnica esta muito associada com os
programas de qualidade total, tanto na teoria, como na prática.
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Organização
Subordinação
Forma de Atuação
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fabrica (empresa) em setores e colocar as instalações de manutenção para cada um
dos setores.
Administração
− Como?
− O quê?
− Em quanto tempo?
− Quem?
− Quando?
− Quanto?
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As três primeiras perguntas são essenciais para o planejamento e as três
últimas, imprescindíveis para a programação.
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verificação de folga
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* rolamentos com possibilidades de apresentar defeitos de fabricação;
* insatisfação dos clientes;
* perda de mercado.
Sistematização
Sistemas de Controle
* nivelamento de recursos;
* programação de máquinas operatrizes ou de elevação de carga;
* registro para consolidação do histórico e alimentação de sistemas especialistas;
* priorização adequada dos trabalhos.
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Serviços de curta duração não devem ser programados no sistema, exceto se este
serviço for de alta prioridade.
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* que materiais foram aplicados;
* gastos com serviços de terceiros.
Sistemas Informatizados
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Custos
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Custos de Perda de Produção = são os custos oriundos de perdas de produção,
causados:
* Custo de mão-de-obra;
* Custo de material;
* Custo de serviço de terceiros.
Ferramentas Manuais
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O aprendiz percebeu que tinha muito o que aprender a respeito do uso de
ferramentas.
Chave fixa
Chave estrela
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Chave combinada
Chaves fixas, chaves estrela e chaves combinadas não devem ser batidas
com martelos. Se martelarmos essas chaves, o risco de quebrá-las é alto.
Se houver necessidade de martelar uma chave de aperto e desaperto para
retirar um parafuso ou uma porca de um alojamento, deve-se usar as chamadas
chaves de bater, que são apropriadas para receber impactos.
Chaves de bater
Chave soquete
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Dentro da linha de ferramentas mecânicas, este tipo é o mais amplo e versátil,
em virtude da gama de acessórios oferecidos, que tornam a ferramenta prática. Os
soquetes podem apresentar o perfil sextavado ou estriado e adaptam-se facilmente
em catracas, manivelas, juntas universais etc., pertencentes à categoria de
acessórios.
Dentro da categoria de soquetes, há os de impacto que possuem boca
sextavada, oitavada, quadrada e tangencial, com ou sem ímã embutido.
Chave Allen
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Chave de fenda Phillips
A chave para canos é também conhecida pelos seguintes nomes: chave grifo
e chave Stillson. É uma ferramenta específica para instalação e manutenção
hidráulica. Sendo regulável, a chave para canos é uma ferramenta versátil e de fácil
manuseio.
A chave para tubos, também conhecida pelo nome de “Heavy-Duty”, é
semelhante à chave para canos, porém mais pesada. Presta-se a serviços pesados.
A seguir um modelo de chave para canos e um modelo de chave para tubos.
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Tanto a chave para canos quanto a chave para tubos não devem ser usadas
para apertar ou soltar porcas.
Chave de regulagem
Alicate universal
Alicate de pressão
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Quando é necessário medir o aperto de um parafuso ou porca, a ferramenta
indicada é o torquímetro. O uso do torquímetro evita a formação de tensões e a
conseqüente deformação das peças em serviço.
O torquímetro trabalha com as seguintes unidades de medidas: newton .
metro (N . m); libra-força . polegada (Lbf . in); quilograma-força . metro (kgf . m). Ao
se usar o torquímetro, é importante verificar se o torque é dado em parafuso seco ou
lubrificado.
Recomendações finais
As características originais das ferramentas devem ser mantidas, por isso não
devem ser aquecidas, limadas ou esmerilhadas.
Se um mecânico de manutenção necessitar de uma ferramenta que tenha
uma espessura mais fina ou uma inclinação especial, ele deverá projetar um novo
modelo de ferramenta ou então modificar o projeto da máquina para que, em futuras
manutenções, possa usar as ferramentas existentes no mercado.
Para aumentar a segurança quando usa ferramentas de aperto e desaperto, o
mecânico de manutenção experiente aplica a força em sua direção, evitando o
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deslocamento do próprio corpo. Ele mantém o equilíbrio corporal deixando os pés
afastados e a mão livre apoiada sobre a peça.
O bom mecânico de manutenção lubrifica as ferramentas de trabalho e
guarda-as em locais apropriados, conservando-as.
Técnicas de Desmontagem
Desmontagem
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A análise, como já foi visto em aulas anteriores, deve ser baseada no relatório
do operador, no exame da ficha de manutenção da máquina e na realização de
testes envolvendo os instrumentos de controle.
Salientemos, novamente, que a desmontagem completa de uma máquina
deve ser evitada sempre que possível, porque demanda gasto de tempo com a
conseqüente elevação dos custos, uma vez que a máquina encontra-se indisponível
para a produção.
a) É preciso desligar, antes de tudo, os circuitos elétricos para evitar acidentes. Para
tanto, basta desligar a fonte de alimentação elétrica ou, dependendo do sistema,
remover os fusíveis.
b) A remoção das peças externas consiste na retirada das proteções de guias,
barramentos e raspadores de óleo. Essa remoção é necessária para facilitar o
trabalho de desmonte.
c) A limpeza preliminar da máquina evita interferências das sujeiras ou resíduos
que poderiam contaminar componentes importantes e delicados.
d) É necessário drenar reservatórios de óleos lubrificantes e refrigerantes para
evitar possíveis acidentes e o espalhamento desses óleos no chão ou na
bancada de trabalho.
e) Os circuitos elétricos devem ser removidos para facilitar a desmontagem e
limpeza do setor. Após a remoção, devem ser revistos pelo setor de manutenção
elétrica.
f) Os conjuntos mecânicos pesados devem ser calçados para evitar o de-sequilíbrio
e a queda de seus componentes, o que previne acidentes e danos às peças.
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a ação dos desoxidantes não for eficiente, pode-se aquecer os parafusos com a
chama de um aparelho de solda oxiacetilênica.
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4. Remover e colocar as peças na bancada, mantendo-as na posição correta de
funcionamento. Isto facilita a montagem e, se for caso, ajuda na confecção de
croquis.
5. Lavar as peças no lavador, usando querosene. Essa limpeza permite identificar
defeitos ou falhas nas peças como trincas, desgastes etc.
A lavagem de peças deve ser feita com o auxílio de uma máquina de lavar e
pincéis com cerdas duras.
A figura abaixo mostra o esquema de uma máquina de lavar peças que é
encontrada no comércio.
Usa-se ar comprimido para secar as peças com rapidez. Nesse caso, deve-se
proceder da seguinte forma:
a) Evitar jatos de ar comprimido no próprio corpo e nas roupas. Essa ação imprudente
pode provocar a entrada de partículas na pele, boca, olhos, nariz e pulmões,
causando danos à saúde.
b) Evitar jatos de ar comprimido em ambiente com excesso de poeira e na limpeza
de máquinas em geral. Nesse último caso, o ar pode levar partículas abrasivas para
as guias e mancais, acelerando o processo de desgaste por abrasão.
c) Utilizar sempre óculos de segurança.
Manuais e croqui
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orientar quem for operá-las e manuseá-las nas tarefas do dia-a-dia. Entretanto,
certas máquinas antigas ou de procedência estrangeira são acompanhadas de
manuais de difícil interpretação. Nesse caso, é recomendável fazer um croqui
(esboço) dos conjuntos desmontados destas máquinas, o que facilitará as
operações posteriores de montagem.
Atividades pós-desmontagem
• confecção de peças;
• substituição de elementos mecânicos;
• substituição de elementos de fixação;
• rasqueteamento;
• recuperação de roscas;
• correção de erros de projeto;
• recuperação de chavetas.
Técnicas de Montagem
Objetivo da montagem
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2. Examinar os conjuntos a serem montados para se ter uma idéia exata a respeito
das operações a serem executadas.
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Montagem em série
Alinhamento e Nivelamento
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As máquinas e os equipamentos em geral precisam estar alinhados
geometricamente e nivelados para poderem operar de forma adequada e com o
máximo de eficiência.
O alinhamento geométrico pode ser compreendido como sendo a relação
existente entre os planos geométricos de todos os elementos constituintes de uma
máquina.
A importância do alinhamento geométrico reside no fato de que deve haver
harmonia entre os diversos conjuntos mecânicos existentes nas máquinas, e que
executam movimentos relativos entre si, para que o todo funcione de modo eficaz.
Caso contrário, ocorrerá comprometimento dos elementos em termos de exatidão e
durabilidade.
As ilustrações a seguir mostram algumas máquinas alinhadas
geometricamente. Observe a harmonia entre os eixos de trabalho que os conjuntos
mecânicos executam.
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Exemplos
• relógio comparador;
• relógio com apalpador de precisão;
• régua padrão calibrada;
• bases calibradas para suporte de instrumentos;
• acessórios de verificação;
• nível de bolha;
• nível de bolha quadrangular;
• nível eletrônico;
• teodolito;
• autocolimador óptico-visual;
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• autocolimador fotoelétrico;
• autocolimador a laser.
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O ajuste dimensional e o alinhamento prévio dos conjuntos envolvidos são
realizados com dispositivos e instrumentos adequados antes do preenchimento,
moldagem e cura das resinas. As correções posteriores, quando necessário, são
efetuadas por meio de rasqueteamento.
Uma possível adição extra de calor na máquina poderá ter sua origem no
meio ambiente em que ela está instalada.
Todo esse aumento de temperatura se transmite a todos os elementos da
máquina, e isso, inevitavelmente, influirá na geometria dos conjuntos mecânicos.
Máquinas e equipamentos com exatidão dimensional são fabricados e operam
normalmente em condições ambientais controladas. Além do controle da temperatura,
controla-se a umidade do ar. É uma necessidade quando se pensa em qualidade e
eficiência.
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Os elementos de amarração devem estar bem dimensionados para o peso da
máquina, e seus componentes móveis bem travados para não sofrerem movimentos
e choques com outros conjuntos durante seu transporte.
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Como nivelar?
As origens de falhas das máquinas estão nos danos sofridos pelas peças
componentes.
A máquina nunca quebra totalmente de uma só vez, mas pára de trabalhar
quando alguma parte vital de seu conjunto se danifica.
A parte vital pode estar no interior da máquina, no mecanismo de
transmissão, no comando ou nos controles. Pode, também, estar no exterior, em
partes rodantes ou em acessórios. Por exemplo, um pneu é uma parte rodante vital
para que um caminhão funcione, assim como um radiador é um acessório vital para
o bom funcionamento de um motor.
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Instalação imprópria - Trata-se de desalinhamento dos eixos entre o motor e a
máquina acionada. Os desalinhamentos surgem devido aos seguintes fatores:
• sujeira;
• falta momentânea ou constante de lubrificação;
• lubrificação imprópria que resulta em ruptura do filme ou em sua decomposição;
• superaquecimento por causa do excesso ou insuficiência da viscosidade do
lubrificante;
• falta de reapertos;
• falhas de controle de vibrações.
Para que a análise possa ser bem-feita, não basta examinar a peça que
acusa a presença de falhas.
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É preciso, de fato, fazer um levantamento de como a falha ocorreu, quais os
sintomas, se a falha já aconteceu em outra ocasião, quanto tempo a máquina
trabalhou desde sua aquisição, quando foi realizada a última reforma, quais os
reparos já feitos na máquina, em quais condições de serviço ocorreu a falha, quais
foram os serviços executados anteriormente, quem era o operador da máquina e por
quanto tempo ele a operou.
Enfim, o levantamento deverá ser o mais minucioso possível para que a causa
da ocorrência fique perfeitamente determinada.
Evidentemente, uma observação pessoal das condições gerais da máquina e
um exame do seu dossiê (arquivo ou pasta) são duas medidas que não podem ser
negligenciadas.
O passo seguinte é diagnosticar o defeito e determinar sua localização, bem
como decidir sobre a necessidade de desmontagem da máquina.
A desmontagem completa deve ser evitada, porque é cara e demorada, além
de comprometer a produção, porém, às vezes, ela é inevitável. É o caso típico do
dano causado pelo desprendimento de limalhas que se espalham pelo circuito
interno de lubrificação ou pelo circuito hidráulico de uma máquina.
Após a localização do defeito e a determinação da desmontagem, o
responsável pela manutenção deverá colocar na bancada as peças interligadas, na
posição de funcionamento. Na hora da montagem não podem faltar ou sobrar peças!
As peças não devem ser limpas na fase preliminar e sim na fase do exame final.
A limpeza deverá ser feita pelo próprio analisador, para que não se destruam vestígios
que podem ser importantes. Após a limpeza, as peças devem ser etiquetadas para
facilitar na identificação e na seqüência de montagem da máquina.
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Quando ocorre mudança brusca de seção em uma peça, os efeitos são
praticamente iguais aos provocados por cantos vivos.
Por outro lado, se os cantos forem excessivamente suaves, um único caso é
prejudicial. Trata-se do caso do excesso de raio de uma peça em contato com outra.
Por exemplo, na figura abaixo, a tensão provocada pelo canto de um eixo rolante,
com excesso de raio, dará início a uma trinca que se propagará em toda sua volta.
Análise situacional
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Compare a robustez e o dimensionamento de uma máquina antiga com uma
moderna.
• análise do conjunto;
• análise de cada um dos componentes em termos de desgaste;
• qual a gravidade da avaria;
• quais elementos podem ser aproveitados.
Recuperação de eixos
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• análise das condições de trabalho do eixo, como primeiro passo;
• rotações por minuto ou por segundo que ele executa;
• condições ambientais do meio onde ele se encontra;
• presença eficiente de lubrificação;
• pressões específicas por ele exercidas ou suportadas.
Um eixo novo deve ser usinado com sobremetal suficiente para permitir uma
retificação das dimensões desejadas, após o tratamento térmico, caso haja
necessidade.
Preparação de eixos
O material do pino de guia deve ser igual ao material do enxerto ou, então, de
aço SAE 1045. O ajuste entre o pino e o eixo deve estar na faixa H6 e H7. Os
extremos dos pinos devem ter uma folga de 1,5 mm em relação ao fundo do furo.
Procedimento de soldagem
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* efetuar a montagem de forma que as partes unidas possam girar após a soldagem;
* estabelecer a temperatura de preaquecimento de acordo com o material a ser
soldado;
* efetuar a soldagem, mantendo a peça na temperatura de preaquecimento, evitando
o superaquecimento que pode levar a deformações. As deformações poderão ser
evitadas desde que se faça uma soldagem por etapas e numa seqüência adequada;
* deixar a solda resfriar lentamente para evitar choques térmicos;
* realizar tratamentos térmicos: normalização ou beneficiamento.
Recuperação de mancais
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No caso de mancais de deslizamento, vamos encontrar os mais variados
tipos. Alguns apresentam uma película de material antifricção denominada
“casquilho”. A recuperação de mancais de deslizamento, normalmente, exige
pequenos ajustes como o rasqueteamento.
Recuperação de engrenagens
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Recuperação de roscas
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O Kelox é uma bucha roscada nas partes interna e externa, com dois rasgos
conificados e um rebaixo. Ela apresenta, também, um anel provido de duas
chavetas, servindo para fixá-la após o rosqueamento.
Plano de Lubrificação
Uma lubrificação só pode ser considerada completa quando o ponto de
lubrificação recebe o lubrificante correto, na quantidade adequada e no tempo exato.
Garantir a lubrificação adequada significa implantar um programa estruturado,
principalmente através de fichas de lubrificação, contendo todas as anotações
necessárias à execução da lubrificação sem dar lugar a duvidas e erros.
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O complemento fundamental deste programa será o reconhecimento do
lubrificador como profissional e do seu treinamento frequente. Por ultimo, a
viabilidade de centralizar e automatizar a lubrificação deve ser considerada em
alguns casos, para aumentar a eficiência e diminuir custos.
Organização da lubrificação
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dentes de engrenagens projetados para operarem durante determinado período de
tempo terá de ser substituído antecipadamente.
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Programa
Ficha de Lubrificação
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05°) Método de Aplicação;
06°) Quantidade de Lubrificante;
07°) Frequencia de Troca
08°) Tempo de Execução;
09°) Quadro Esquemático.
Simbologia
Automatização e Centralização
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03°) Menor desperdício;
04°) Maior limpeza;
05°) Menor tempo de execução;
06°) Independência da ação do homem;
07°) Garantia de lubrificação.
Acessórios de lubrificação
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Métodos e Dispositivos
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Veja como os dispositivos usados para lubrificação são importantes. Existem
dois métodos de lubrificação, o sistema de lubrificação com perda total do
lubrificante e o sistema de lubrificação centralizada, juntamente com os dispositivos
usados em cada sistema.
Nesse sistema, o lubrificante não pode ser utilizado novamente. Por isso, usa-
se a expressão perda total, ao contrário do que ocorre no sistema selado, em que o
lubrificante pode ser reaproveitado várias vezes.
No sistema de perda total são empregados os seguintes dispositivos:
almotolia, copo graxeiro, pistola graxeira, pistola de óleo, pincel, espátula, copo
conta-gotas, copo com vareta, copo com mecha (tipo sifão), copo com mecha (tipo
tampão), lubrificador mecânico.
Almotolia
Pode ser do tipo comum ou do tipo bomba. Ambas devem ser mantidas
limpas e com os bicos desobstruídos.
Na lubrificação por almotolia, é importante que os pontos de lubrificação
sejam mantidos limpos e protegidos sempre que possível.
Copo graxeiro
O copo graxeiro pode ser manual ou automático. O copo manual faz a graxa
chegar ao ponto de aplicação por meio do rosqueamento da tampa ou do êmbolo. O
copo automático usa a pressão de uma mola para a aplicação, evitando a atenção
freqüente do operador.
Além do reenchimento e da limpeza, pouca atenção é requerida por esses
copos. Porém, podem ocorrer problemas por falta de lubrificação, se o mancal
aquecer a ponto de provocar o escorrimento livre da graxa. Dessa maneira, ela vaza
pelas extremidades do mancal e o copo se esvazia rapidamente.
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Pistola graxeira
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Os pontos de aplicação constituídos pelos bicos graxeiros (engraxadeiras)
devem ser limpos antes de se aplicar o conector da pistola, a fim de evitar impurezas
nos mancais.
As engraxadeiras possuem uma mola que atua numa esfera. Dessa forma,
fica vedado o escape de graxa e a entrada de sujeiras. A graxa entra sob pressão e
força a esfera para trás. Assim, vence a força da mola. Ao cessar a entrada de
graxa, a vedação é restabelecida.
Pistola de óleo
Pincel
Espátula
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Copo conta-gotas
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Esse dispositivo requer verificação de tempo em tempo, a fim de se certificar
de que a haste está se movimentando livremente.
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O tubo e a mecha não estão ligados ao reservatório de óleo. Em serviço,
devido aos movimentos bruscos do mancal, o óleo é arremessado para cima e
alimenta o tubo.
Esse dispositivo é usado em partes de máquinas com movimentos bruscos,
como bielas de grandes bombas e de prensas.
Lubrificador mecânico
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Os lubrificantes mecânicos têm largo emprego em compressores alternativos,
motores de combustão interna, cilindros de máquinas a vapor e mancais em geral.
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Lubrificador hidrostático
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Mancais com cavidade
A graxa de bloco deve ficar livre na cavidade. Para isso, corta-se o bloco de
graxa em tamanho ligeiramente menor que a cavidade. Por ação do próprio peso, a
graxa exerce pressão sobre o eixo. O calor do atrito das superfícies em contato
(graxa e eixo) amolece a graxa e lubrifica o mancal.
Lubrificação Centralizada
* reservatório de lubrificante
* válvula direcional
* rede de distribuição
* dosadores
* manômetros
* sinalizadores de defeito
* linha simples
* linha dupla
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Linha simples
Linha dupla
Esse sistema dispõe de duas linhas principais: uma para acionamento e outra
para retorno dos dosadores. Assim, a válvula direcional ora pressuriza uma linha,
ora pressuriza a outra.
O sistema centralizado por linha dupla não tem molas, gaxetas ou outras
peças facilmente desgastáveis. Por isso, opera por muitos anos, sem problemas de
manutenção.
O sistema pode ser operado manual ou automaticamente.
Nos sistemas automáticos, controladores elétricos e eletrônicos programam a
freqüência dos períodos de lubrificação e monitoram o funcionamento.
As bombas usadas no sistema de linha dupla podem ser elétricas,
pneumáticas ou manuais.
A ligação entre os dosadores e a linha principal é do tipo paralelo.
Sistema selado
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Um mecânico verificou que a caixa de câmbio estava com problemas por falta
de óleo.
A falta de lubrificação provocou atrito exagerado nas engrenagens, causando
o engripamento do mecanismo. Descobriram que a falta de óleo ocorreu devido a
vazamento.
Essa situação ilustra a importância da lubrificação por sistema selado que, ao
contrário do sistema de perda total, possibilita uso prolongado do lubrificante, desde
que não haja vazamento.
Os mais simples sistemas selados de lubrificação dependem das
propriedades do óleo: viscosidade e untuosidade. Assim, o óleo lubrifica as
superfícies das peças por meio de rodas dentadas, de anéis ou correntes. No
primeiro caso, por exemplo, uma ou mais rodas puxam o óleo para a parte inferior
do depósito. O óleo é projetado em volta da peça, e lubrifica também os mancais
devido à força da projeção.
Além da função de lubrificante, o óleo tem ação refrigerante. O nível de óleo
no cárter não deve ser muito baixo, caso contrário ele não atinge o nível das partes a
serem lubrificadas. Se isso acontecer, as partes não se resfriam e ocorre aquecimento
excessivo do óleo, além de desgaste e ruídos. Por outro lado, se o nível do óleo for
muito elevado, haverá aumento inútil de resistência ao movimento. A turbulência
excessiva provocará aumento de temperatura e maior possibilidade de perda de
lubrificante nos mancais.
Para a carga e descarga do óleo usam-se tampas apropriadas. O controle do
nível de óleo é feito por meio de indicadores que podem ser fabricados em náilon
preto, com cristal incorporado, ou em resina sintética transparente. Os indicadores
de náilon são encontrados no comércio para montagem forçada com anel de
vedação tipo OR ou para montagem parafusada. Os indicadores de resina são
montados por meio de parafusos.
Nesse sistema de lubrificação, uma determinada quantidade de fluido circula
constantemente entre as partes móveis e o tanque.
Por não haver perdas, após certo tempo é necessário trocar o óleo, uma vez
que os aditivos perdem sua eficiência. Vamos ver, a seguir, os principais sistemas
de aplicação com reaproveitamento do lubrificante.
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Banho com colar
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Lubrificação por salpico
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O óleo é retirado do reservatório pela ação capilar da franja de mechas que
sai da almofada. A quantidade de óleo varia de acordo com o número de mechas.
Esse sistema tem os mesmos usos do banho com estopa.
Sistema circulatório
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Detalhe de um
caráter de redutor
de engrenagens.
Os mancais e as
rodas dentadas
são lubrificados
por um sistema
selado de
circulação de óleo.
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Lubrificador
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