COORDENAÇÃO DE QUÍMICA
BACHARELADO EM QUÍMICA TECNOLÓGICA
LABORATÓRIO DE SÍNTESES ORGÂNICAS
RELATÓRIO FINAL:
SÍNTESE DA
SULFONILAMIDA À
PARTIR DA ANILINA
DATA: 07/07/2008
PROFESSORES: MIRIAM STASSUN / ADRIANA AKEMI
ALUNOS: MARCOS SOUZA CHAIM
VICTOR HUGO PAIS
1. OBJETIVOS
• Síntese da Sulfanilamida a partir da Anilina, realizada em quatro etapas de reação;
• Estudo e execução de vários tipos de reações orgânicas relevantes (acetilação,
clorossulfonação, amidação, proteção e desproteção de grupos funcionais);
• Análise de Espectroscopia no IV dos compostos utilizados.
2. INTRODUÇÃO
Síntese Orgânica
A síntese orgânica moderna representa um autêntico desafio para aqueles que possuem a arte
de sintetizar (construir) moléculas e contribui igualmente para a descoberta e desenvolvimento de novos
métodos tecnológicos. A investigação da atividade biológica de novos produtos naturais permite o
desenvolvimento de novas drogas com enorme impacto na sociedade moderna. Hoje em dia a síntese
orgânica é uma área de interface entre a química e a biologia, dando origem a novas áreas,
nomeadamente a química medicinal. Nesta comunicação será apresentado trabalho de investigação
desenvolvido no nosso laboratório, assim como outros exemplos de aplicação da síntese orgânica que
demonstram a interdisciplinaridade e versatilidade desta ciência.
O conhecimento da síntese orgânica, as estruturas dos diversos compostos e o mecanismo das
reações envolvidas nas diversas etapas de uma síntese, propiciaram ao homem atual a preparação de
inúmeros compostos de seu interesse nas mais diversas áreas, fazendo uso dos diversos tipos de
reações, entre elas: hidrogenação catalítica, halogenação, esterificação, salificação, hidrólise,
transesterificação.
Atividades Biológicas:
Acetanilida:
A acetanilida tem uma grande importância na indústria farmacêutica e é utilizada como
analgésico. Os analgésicos são drogas que atuam sobre a termorregulação, provocando queda da
temperatura febril e são capazes de aliviar a dor inflamatória, além de apresentarem na sua maioria,
atividade antiflamatória.
Quando empregados como analgésicos estas drogas são efetivas contra dores de intensidade
baixa a moderada particularmente aquelas associadas à inflamação. Não leva a dependência, não
produzem hipnose nem alteram outra percepção sensorial que não a dor. A atividade analgésica dos
salicilatos é diferente da apresentada pelos hinoanalgésicos de ação central com morfina, a diferença
parece decorrer do fato de que salicilatos exercem seu efeito principal por prevenir uma estada
sensibilização de receptores nervosos para a dor. Os salicilatos, portanto, são eficazes principalmente
contra certos tipos de dor — aquelas nos quais as prostanglandinas amplificam os mecanismos de dor
básico.
O primeiro representante deste grupo (derivados) a ser utilizado como analgésico foi a
acetanilida.
A acetanilida possui efeito analgésico que não difere da aspirina e possui apenas fraca atividade
antiinflamatória.
Fórmula Molecular (C8H9NO)
Número de Carbono: sp3 = 1, sp2 = 7. Tipo de Ligação: π = 4, σ = 10.
Foram os primeiros agentes quimioterápicos eficazes a serem utilizados por via sistêmica
na prevenção e cura das infecções bacterianas em seres humanos. O advento da penicilina e,
posteriormente, de outros antibióticos diminuiu a utilidade das sulfonamidas, que hoje ocupam
pequeno espaço no arsenal terapêutico do médico.
Espectro antibacteriano.
Mecanismo de ação.
A trimetoprima é um dos agentes mais ativos que exerce efeito sinérgico quando utilizado
com sulfonamida. A administração simultânea de sulfonamida e trimetoprima introduz bloqueios
seqüenciais na via da síntese do tetraidrofolato do microorganismo a partir de moléculas
precursoras.
Distribuição: As sulfonamidas distribuem por todos os tecidos. Elas penetram nos líquidos
pleural, peritoneal, sinovial e ocular, sendo que a forma predominante é a ativa não ligada, devido
ao baixo teor protéico destes líquidos. No líquido cefalorraquidiano, a taxa e o grau de difusão
depende do grau de ligação à albumina plasmática, do grau de acetilação ou da presença de
inflamação das meninges. Quanto mais os componentes acetilados ligam-se à albumina, a relação
entre a droga livre e a forma acetilada torna-se maior no líquor do que no sangue.
A excreção da droga é feita pelos rins, sendo que parte é eliminada na forma inalterada e
parte como produto metabólico. Ela também pode ser eliminada pelas fezes, na bile e no leite. A
meia-vida das sulfonamidas dependem da função renal. A maioria destas drogas sofrem reabsorção
tubular e algumas sofrem secreção. Baseado neste fato, observa-se que as várias taxas de
excreção são responsáveis pelas durações diversas das sulfonamidas. Em geral, a velocidade de
excreção destas drogas aumentam na medida que o pKa diminui.
Seu uso tem reduzido devido ao desenvolvimento de agentes antimicrobianos mais eficazes
e também ao aumento gradual de resistência de diversas espécies de bactérias a esta classe de
fármacos. Todavia, o uso das sulfonamidas ressurgiu como conseqüência da introdução da
combinação de trimetoprima e sulfametoxazol.
Infecção das vias urinárias. O tratamento de primeira escolha com estas drogas foi
abandonado, devido à resistência dos microorganismos. Usa-se a trimetoprima-sulfametoxazol,
uma quinolona ou a ampicilina. Pacientes acometidos de pielonefrite aguda, com febre elevada e
manifestações graves, apresentam risco de desenvolver bacteremia e choque e portanto não
devem ser tratados com sulfonamidas. A maioria dos médicos prefere o uso de um antibiótico com
base nas sensibilidades antimicrobianas previstas.
Uso profilático das sulfonamidas. Estas possuem grau de eficácia igual ao da penicilina oral
na prevenção das infecções estreptocócicas e recidivas da febre reumática em indivíduos
susceptíveis. Contudo, a penicilina constitui droga de primeira escolha na prevenção estreptocócica.
Espectro antibacteriano da trimetoprima.
Carvão ativado normalmente é 100 vezes mais poroso que o carvão normal.
3. MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS REAGENTES E SOLVENTES
Banho-maria Anilina
Filtração a vácuo Acetanilida
Béqueres Ácido Acético
Erlenmeyer Anidrido Acético
Balão de fundo chato Ácido Clorossulfônico
Balão de fundo redondo p-acetamidobenzenossulfonila
Balão de fundo redondo com rolha esmerilhada p-acetamidobenzenossulfonamida
Montagem de Refluxo Solução de NaOH
Fusômetro Fenolftaleína
Capela Solução de NH4OH(conc)
Bastão de vidro Água Destilada
Pipeta de Pasteur Solução diluída 20% de Ácido Sulfúrico (H2SO4)
Proveta HCl (conc)
Termômetro Carvão Ativo
Banho de gelo Bicarbonato de Sódio
Dessecador
Estufa
Chapa Elétrica
4. PROCEDIMENTOS
PARTE I
A) Acetilação e obtenção da Acetanilida
B) Recristalização da Acetanilida
Transferiu-se a Acetanilida impura, para um erlenmeyer de 500 mL e adicionou-se água
destilada de 30 em 30 mL, aquecendo a solução até a ebulição após cada adição, até que toda a
Acetanilida pudesse ser inteiramente dissolvida.
Após o aparecimento de um “óleo” descorado (que se tratava de uma solução saturada de
água em acetanilida, existindo como fase separada em contato com a fase gasosa), continuou-se
adicionando pequenas porções de água, mantendo sempre a temperatura da solução no ponto de
ebulição até que o último resíduo de “óleo” desaparecesse.
Retirou-se a solução do aquecimento e adicionou-se, aos poucos, cerca de 4 g de carvão
ativo, evitando projeções. Finalmente, aqueceu-se a mistura até a fervura por um período entre 5 e
10 minutos.
Filtrou-se a solução, ainda quente, utilizando funil de Büchner, previamente aquecido em
banho-maria e pela filtração de água destilada em ebulição, utilizando 2 papéis de filtro.
Transferiu-se o filtrado para um erlenmeyer de 500 mL e deixou-o esfriar. Esfriou-se
inicialmente com água corrente e, em seguida, o frasco foi colocado em banho de gelo. Com o
resfriamento, a acetanilida separou-se em cristais incolores.
Quando a mistura já estava bem fria, filtrou-se os cristais com vácuo utilizando novamente o
funil de Büchner, e lavou-os com cerca de 10 mL de água gelada.
Transferiu-se os cristais para um vidro de relógio previamente tarado, deixando-os secar.
PARTE II
A) Síntese do cloreto de p-acetamidobenzenossulfonila
Em um balão de fundo redondo bitubulado de 250 mL, adicionou-se, 10 g de
ACETANILIDA. Logo em seguida, com o recipiente colocado em banho de gelo adicionou-se, gota-
a-gota (pequenas porções), 25 mL de ACIDO CLOROSSULFÔNICO
Equipou-se o balão bitubulado com um condensador de refluxo, aquecendo a solução por
aproximadamente 1 hora. Ao condensador de refluxo foi anexada uma vidraria especial (contendo
NaOH) para que o HCl gasoso proveniente do aquecimento da solução pudesse ser coletado e
dissolvido.
Após 1 hora, transferiu-se a mistura, ainda quente, de maneira lenta e contínua, para um
béquer contendo 500 mL de gelo picado (preparado com água destilada), agitando durante toda a
transferência com o auxílio de um bastão de vidro. Após certo tempo, obteve-se uma suspenção
homogênea. Filtrou-se o produto a vácuo e lavou-o com um pouco de água fria, deixando escorrer
bem. Deixou-se o produto secar para utilização na etapa seguinte.
PARTE III
A) Síntese do p-acetamidobenzenossulfonamida
Transferiu-se o cloreto de p-acetamidobenzenossulfonila para um balão de fundo redondo.
Misturou-se, em um béquer, 35 mL de NH4OH(conc) e 35 mL de H2O destilada. Adicionou-se, sob
agitação, a mistura ao cloreto de p-acetamidobenzenossulfonila. Montou-se o sistema de refluxo em
banho-maria e deixou-se o sistema funcionando por 15 minutos. Resfriou-se o sistema em banho de
gelo e adicionou-se H2SO4(aq), gota a gota, até a solução alcançar um pH entre 5 e 7. Filtrou-se a
solução a vácuo, lavando com água fria. Coletou-se o produto e armazenou-o em um vidro de
relógio para secagem.
PARTE IV
A) Síntese da Sulfanilamida
Transferiu-se a p-acetamidobenzenossulfonamida para um balão de fundo redondo de 500
mL com rolha esmerilhada. Em seguida, adicionou-se uma mistura contento 15 mL de água e 5 mL
de ácido clorídrico concentrado. Então, montou-se um sistema de refluxo e a mistura foi aquecida
(refluxo suave) por 45 minutos.
Em seguida, a mistura de reação foi resfriada até a temperatura ambiente. À solução,
ligeiramente resfriada, adicionou-se 1 g de carvão ativo. A mistura foi aquecida até a ebulição
durante 10 minutos. Filtrou-se a mistura a vácuo, utilizando dois papeis de filtro, sendo realizada
apenas uma lavagem com pouca água destilada.
O filtrado foi colocado em um béquer de 500 mL. A ele, adicionou-se, cautelosamente, 8 g
de bicarbonato de sódio, em pequenas porções e sob constante agitação. Após cessar o
desprendimento de gás, a suspensão foi testada com papel indicador, para confirmar a necessidade
de ser adicionado mais bicarbonato de sódio, caso a solução ainda continuasse ácida. A
sulfanilamida foi filtrada sob vácuo, deixando-a secar bem.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
PARTE I – Síntese da Acetanilida
I - Observações feitas durante o procedimento:
Observação:
Tratamento de resíduos - Neutralizou-se o filtrado (mistura contendo ácido acético e anidrido
acético) utilizando NaOH (em escamas).
B) Purificação por Recristalização
1- Aqueceu-se a mistura de acetanilida e água para que ocorresse a dissolução completa da
acetanilida, já que ela tem como propriedade de se dissolver a altas temperaturas.
2- Utilizou-se o carvão ativado com o objetivo de retirar as impurezas presentes na acetanilida
obtida experimentalmente.
3- O resfriamento da solução de acetanilida foi com o objetivo de que a acetanilida se
recristalizasse e dessa forma pudesse ser filtrada e obtida na forma de cristais.
4- Após a recristalização, calculou-se o rendimento do produto obtido, acetanilida, 5,250g.
II - Cálculo de Rendimento:
A reação citada acima gera como produto Ácido Sulfúrico e Ácido Clorídrico.
Observação:
Tratamento de resíduos - – Dissolução de cloreto de hidrogênio em NaOH.
II - Cálculo de Rendimento:
II - Cálculo de Rendimento:
H → PRODUTO OBTIDO***
***Não houve pesagem do produto já que não obteve-se quantidade significativa de
sulfanilamida ao final da síntese. O cálculo do rendimento seria como mostrado acima, porém não
obteve-se o rendimento prático.
Explicação do Mecanismo:
Nesta reação, o ácido acético protonou o anidrido acético, deixando o carbono carboxílico
deficiente em elétrons, possibilitando o ataque a ele pelo grupo amino básico da anilina.
• Ao adicionar o ácido acético e o anidrido acético à anilina ocorre um ataque nucleofílico onde o par de
elétrons do nitrogênio na anilina ataca o anidrido acético protonado e origina-se um intermediário.
• Nesse intermediário ocorre um rearranjo onde o hidrogênio migra para oxigênio vizinho e uma
molécula sai na forma de ácido acético.
• O íon acetato que é produto da protonação do anidrido acético ataca o mesmo intermediário e
“captura” um hidrogênio da molécula.
• Após esses rearranjos, sai como produto dessa reação a ACETANILIDA impura e 2 moléculas de
ácido acético.
Explicação do Mecanismo:
O par de elétrons da ligação dupla presente no anel aromático ataca o enxofre da molécula
de SO3. Logo após o íon Cl- retira o H ligado ao anel aromático. Um íon hidrogênio é atraído
pelo O deficiente de elétrons ligado ao enxofre. Dessa forma a molécula é preparada para o
ataque do HCl.
2º)
Explicação do Mecanismo:
TESTES DE CARACTERIZAÇÃO
1° - Caracterização da Anilina
Após obter a anilina destilada, mediu-se seu índice de refração através do aparelho de
refratrômetro.
3° - Caracterização da Acetanilida
TESTE DA TEMPERATURA DE FUSÃO
Através do fusômetro, mediu-se a T.F da acetanilidade pura obtida experimentalmente após a
recristalização.
TESTES DE SOLUBILIDADE:
Colocou-se nos tubos numerados de 01 a 07, alguns cristais de acetanilida e 1 mL de solvente de
acordo com a relação apresentada na Tabela 4.
- Agitou-se, observou-se e anotou-se os resultados na própria Tabela 4.
TESTES DE REATIVIDADE:
1 - BASICIDADE
Tubo 10: - Colocou-se alguns cristais de acetanilida e adicionou-se 1 mL de solução aquosa a
20% (v/v) de HCl.
- Agitou-se, observou-se os resultados e anotou-os na Tabela 5 abaixo.
Tubo 11: - Repetiu-se o ensaio anterior com uma gota de anilina, ao invés de acetanilida. Anotou-se
os resultados na Tabela 5 abaixo.
5° - Caracterização da p-acetamidobenzenossulfonamida
Separou-se uma bateria de tubos de ensaio (10 tubos numerados de 01 a 10).
TESTES DE SOLUBILIDADE
Colocou-se nos tubos numerados de 01 a 07 alguns cristais da p-acetamidobenzenossulfonamida e
1 mL de solvente (ver relação dos solventes na Tabela 4).
- Agitou-se, observou-se os resultados e anotou-os na Tabela 8.
TESTES DE REATIVIDADE
1 - IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO CARBONILA - "Teste com 2,4-DNFH"
Tubo 09: - Colocou-se alguns cristais da p-acetamidobenzenossulfonamida.
- Adicionou-se 1 mL do reagente (solução de 2,4-DNFH).
- Agitou-se observou-se os resultados.
RESULTADO: Formou-se um sólido colorido indicando a presença de carbonila
2 - IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO AMIDA - "Teste do Hidroxamato férrico"
Tubo 10: - Dissolveu-se alguns cristais de p-acetamidobenzenossulfonamida em 1 mL propileno-
glicol. Se necessário, aqueça a mistura em banho-maria até a solubilização total.
- Adicionou-se 2 mL de solução 1 mol/L de cloreto de hidroxiamônio e 1 mL de solução aquosa 1
mol/L de hidróxido de potássio.
- Aqueceu-se até ebulição por 2 minutos. Resfriou-se até a temperatura ambiente.
- Adicionou-se cerca de 0,5 a 1,0 mL de solução etanólica de cloreto de ferro (III) a 5%.
RESULTADO: Apareceu um precipitado colorido confirmando a presença de função amida.
6° - Caracterização da Sulfanilamida
Separou-se uma bateria de tubos de ensaio (10 tubos numerados de 01 a 10).
TESTES DE SOLUBILIDADE
Colocou-se nos tubos numerados de 01 a 08 alguns cristais da sulfanilamida e 1 mL de solvente.
- Agitou-se, observou-se os resultados e anotou-se na Tabela 10.
TESTES DE REATIVIDADE
90
1743
2634
85
1437 1183 955
1012
80
3477
75
888
3382
3239
70
3314
%T
1624
65 1504
60
55 1595
673
50 823 729
1306
1091
45
1145
40,8
4000 ,0 3600 3200 280 0 240 0 2000 1800 1600 1400 12 00 1 000 8 00 65 0, 0
cm -1
Estiramentos das ligações do N-H do nitrogênio ligado ao enxofre nas sulfanamidas geram picos
médios na faixa 3500-3300 cm-1: na amostra temos os picos a 3477 cm-1, 3314 cm-1 e 3382 cm-1
Estiramentos das ligações S=O nas sulfanamidas geram picos em 1300 cm -1 e entre 1170-1130
cm-1; na amostra temos os picos a 1306 cm-1 e um pico muito forte a 1145 cm-1.
Deformação das ligações N-H de aminas ligadas a um anel aromático gera picos médioss ou
forte entre1590-1550 cm-1: na amostra, médios picos de freqüência não indicada entre 1595 cm -1 e
1504 cm-1.
Deformação da ligação C – N de compostos aromática gera picos fortes entre 1250 cm-1 - 1350
cm-1: na amostra temos o pico a 1306 cm-1.
Deformação das ligações C-H dos carbonos em um anel aromático para-substituido gera picos
fortes entre 800-860 cm-1: na amostra temos o pico de absorção forte 823 cm-1.
Estiramento das ligações C=C dos carbonos de um anel aromático gera picos pronunciados
característicos na faixa de 1450-1600 cm-1; na amostra temos o forte pico a 1595 cm-1 e um forte a
1504 cm-1.
Estiramento da ligação C=O de carbono ligado ao nitrogênio da amida gera picos na faixa entre
1650 cm-1 e1690 cm-1: na amostra temos o pico 1661 cm-1
Deformação das ligações N-H de amidas secundárias ligadas a um anel aromático gera picos
fracos ou médios na faixa de 3.320 cm-1 - 3.070 cm-1 e entre 1.580 cm-1 – 1495 cm-1: na amostra
temos os picos 3291 cm-1, 3259 cm-1, 3194 cm-1, 3136 cm-1 e um médio pico de absorção a 1498
cm-1.
Deformação da ligação C – N em compostos aromática gera picos entre 1250 cm-1-1350 cm-1: na
amostra temos os picos 1261 cm-1 e 1319 cm-1.
Estiramento das ligações C=C dos carbonos de um anel aromático gera picos pronunciados
característicos na faixa de 1450-1600 cm-1; na amostra temos fortes picos a 1487 cm-1, 1538 cm-1 e
1596 cm-1
Deformação das ligações C-H dos carbonos em um anel aromático mono-substituido gera picos
fortes entre 700-750 cm-1 e picos fortes entre 690-710 cm-1: na amostra temos o pico de absorção
muito forte 748 cm-1 e o 692 cm-1.
9. CONCLUSÃO
Após o termino do semestre letivo e a apresentação dos seminários, discutiu-se bastante
sobre a proposta e o desenvolvimento das práticas durante o semestre. Em primeiro lugar, deve-se
levar em consideração o fato de termos realizado apenas uma síntese orgânica durante todo o
semestre, dividida em 4 etapas. Além disso, algumas questões podem ser levantas antes de
avaliarmos cada um dos procedimentos em si:
• Por ser uma síntese em etapas seqüenciais, um possível erro em uma das etapas poderia
comprometer o resultado final da síntese.
• Por ser realizada pela primeira vez (tanto para os professores quanto para os alunos), não se
tem prévio conhecimento acerca dos possíveis problemas e complicações com a logística das
práticas, citando como exemplo a disponibilidade de vidrarias, equipamentos, materiais, etc.
10. REFERÊNCIAS
www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/biomassa/tecnologiadocarvaoativado.ppt
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carv%C3%A3o_ativado
http://www.saudeemmovimento.com.br/revista/artigos/cienciasfarmaceuticas/v1n1a10.pdf
http://iq.ufrj.br/pgqo/arquivos/Seminarios/MarciaNogueira_MSc.pdf
11. ANEXOS
ÁCIDO ACÉTICO GLACIAL
Fórmula Molecular: C2H4O2
Aparência: LÍQUIDO AQUOSO; SEM COLORAÇÃO; ODOR FORTE DE VINAGRE;
MISTURA-SE COM ÁGUA; PRODUZ VAPORES IRRITANTES.
Uso: FABRICAÇÃO DE ANIDRIDO ACÉTICO, ACETATOS E ÉSTERES DE ACETATOS;
PRODUÇÃO DE PLÁSTICOS, PRODUTOS FARMACÊUTICOS E INSETICIDAS. TAMBÉM
USADO COM ADITIVO DE ALIMENTOS OU COMO SOLVENTE.
Estrutura:
2- Manuseio:
EVITAR CONTATO COM O LÍQUIDO E O VAPOR. MANTER AS PESSOAS AFASTADAS.
CHAMAR OS BOMBEIROS. PARAR O VAZAMENTO, SE POSSÍVEL. ISOLAR E REMOVER O
MATERIAL DERRAMADO.
3- Riscos:
Tipo de contato Riscos Tratamento
4- EPI:
USAR LUVAS, BOTAS E ROUPAS DE BORRACHA BUTÍLICA, PVC E VITON E MÁSCARA
FACIAL COM FILTRO CONTRA VAPORES ORGÂNICOS.
5- Simbologia:
6- Bibliografia:
• PATNAIK, Pradyot. GUIA GERAL – Propriedades Nocivas das Substâncias Químicas.
Volume I (Pág 91) – Ergo Editora Ltda. Belo Horizonte, 2002.
ANIDRIDO ACÉTICO
2- Manuseio:
EVITAR CONTATO COM O LÍQUIDO E O VAPOR. MANTER AS PESSOAS AFASTADAS.
CHAMAR OS BOMBEIROS. PARAR O VAZAMENTO, SE POSSÍVEL. ISOLAR E REMOVER O
MATERIAL DERRAMADO.
3- Riscos:
4- EPI:
USAR LUVAS, BOTAS E ROUPAS DE BORRACHA BUTÍLICA, PVC OU VITON E MÁSCARA
DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA.
5- Simbologia:
6- Bibliografia:
• http://www.cetesb.sp.gov.br/Emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?
consulta=ANIDRIDO ACÉTICO
ANILINA
2- Manuseio:
EVITAR CONTATO COM O LÍQUIDO E O VAPOR. MANTER AS PESSOAS AFASTADAS.
CHAMAR OS BOMBEIROS. PARAR O VAZAMENTO, SE POSSÍVEL. ISOLAR E REMOVER O
MATERIAL DERRAMADO. FICAR CONTRA O VENTO E USAR NEBLINA D'ÁGUA PARA
BAIXAR O VAPOR.
3- Riscos:
Tipo de contato Riscos Tratamento
VENENOSO, SE EXPOSTO À PELE.
REMOVER ROUPAS E SAPATOS CONTAMINADOS E
IRRITANTE PARA OS OLHOS. VENENOSO,
ENXAGUAR COM MUITA ÁGUA. MANTER AS
LÍQUIDO SE INGERIDO. OS SINTOMAS DE
PÁLPEBRAS ABERTAS E ENXAGUAR COM MUITA
INTOXICAÇÃO SÃO DORES DE CABEÇA,
ÁGUA.
FRAQUEZA, TORPOR, ATAXIA E CIANOSE.
4- EPI:
PARA ALTAS CONCENTRAÇÕES, USAR ROUPA COMPLETA DE PVC, LUVAS DE PVC CANO
MÉDIO, BOTAS DE PVC E MÁSCARA DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA. EM CASO DE BAIXAS
CONCENTRAÇÕES, SUBSTITUIR PELA MÁSCARA FACIAL, COM FILTRO CONTRA
VAPORES ORGÂNICOS.
5- Simbologia:
6- Bibliografia:
• PATNAIK, Pradyot. GUIA GERAL – Propriedades Nocivas das Substâncias
Químicas. Volume I (Pág 247) – Ergo Editora Ltda. Belo Horizonte, 2002.
• http://www.cetesb.sp.gov.br/Emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?
consulta=ANILINA
ÁCIDO CLOROSSULFÔNICO
2- Manuseio:
EVITAR O CONTATO COM O LÍQUIDO E O VAPOR. MANTER AS PESSOAS AFASTADAS.
Riscos:
Tipo de contato Riscos Tratamento
REMOVER ROUPAS E SAPATOS CONTAMINADOS E
QUEIMARÁ A PELE. QUEIMARÁ OS OLHOS. ENXAGUAR COM MUITA ÁGUA. MANTER AS
LÍQUIDO
PREJUDICIAL, SE INGERIDO. PÁLPEBRAS ABERTAS E ENXAGUAR COM MUITA
ÁGUA. NÃO PROVOCAR O VÔMITO.
REMOVER PARA O AR FRESCO. SE A RESPIRAÇÃO
IRRITANTE PARA OS OLHOS, NARIZ E
VAPOR FOR DIFICULTADA OU PARAR, DAR OXIGÊNIO OU
GARGANTA. PREJUDICIAL, SE INALADO.
FAZER RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL.
EPI:
USAR ROUPA DE ENCAPSULAMENTO DE BORRACHA BUTÍLICA, POLIETILENO CLORADO
OU PVC E MÁSCARA DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA. TRABALHAR DENTRO DA CAPELA DE
EXAUSTÃO.
Simbologia:
Bibliografia:
• http://www.cetesb.sp.gov.br/Emergencia/produtos/ficha_completa1.asp?
consulta=ÁCIDO%20CLOROSSULFÔNICO
ACETANILIDA
1. Composição e informações sobre os ingredientes Substância: ACETANILIDA Fórmula
Molecular: C8 H9 N O DCB: DCI: Nº CAS: [103-84-4] Peso Molecular: 135,17 Classificação:
NOCIVO Concentração: MÍN. 99%
2. Identificação de perigos
Periculosidade : Substância nociva. Nocivo por ingestão. Não respirar o pó. Evitar o contato com a
pele e os olhos.
3. Medidas de primeiros-socorros
Após inalação : exposição ao ar fresco Após contato com a pele : lavar abundantemente com água.
Tirar a roupa contaminada Após contato com os olhos : enxaguar abundantemente com água,
mantendo a pálpebra aberta Após ingestão : beber muita água. Provocar o vômito, chamar o
médico.
6. Manuseio e Armazenamento
O manuseio e a armazenagem da substância devem se dar em condições adequadas. É
aconselhável a utilização de luvas de borracha em PVC ou látex durante o manuseio. Local de
armazenagem: Fechado-seco Temperatura de armazenagem: 15 a 25
8. Propriedades físico-químicas
A substância química acetanilida, é um produto orgânico da família das amidas, ocorrendo na forma
sólida na temperatura ambiente, de cor branca, praticamente inodoro ; solúvel em água e na maioria
dos solventes orgânicos.
Densidade: 1,219 Ponto fulgor: NA Ponto fusão: 113-115 Ponto ebulição: 304-305
Ìndice de refração: ND
9. Estabilidade e reatividade
13. Regulamentações
Dados complementares as informações contidas nas seções anteriores não são conhecidos. Classe
de risco: NT Normas R: 22 Normas S: 22 - 24/25