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1. Introdução
O crente está eleito desde a eternidade passada (Ef 1.4). No entanto, dada
a condição de pecado de cada um, foi necessário que as condições estipuladas
por Deus em Sua lei fossem atendidas a fim de que a eleição se efetivasse. Está-
se falando da mobilização da própria Trindade a favor dos escolhidos. Assim,
cada uma das Pessoas operou para que o plano se consolidasse: o Pai escolheu
quem quis, o Filho obedeceu e derramou Seu sangue, e o Espírito atua nos
crentes para fazê-los ver o que fora feito e para transformá-los (I Pe 1.2).
A ação de Deus no passado gera o futuro (I Pe 1.3-5), futuro seguro,
guardado de toda contaminação (I Pe 1.4), sendo ambos, passado e futuro, a
razão da alegria cristã no presente (I Pe 1.6), presente que também está
guardado (I Pe 1.5) – uma alegria escatológica.
É importante ressaltar que a alegria se deve ao fato de que as tribulações,
no presente, seguidas do cumprimento da posse da glória, no futuro, cumprem
o mesmo trajeto de Jesus (I Pe 1.11; Hb 12.2). A identificação com o Salvador é o
verdadeiro motivo da alegria (At 5.40-42).
3. A chegada do Reino
O Senhor Jesus não lutará contra Satanás no futuro; Ele lutou no passado,
como se verá, e o derrotou, de maneira que o futuro será apenas para consumar
o que já está feito. Havendo Jesus derrotado o inimigo dEle e dos eleitos, logo se
vê que a relação dos crentes com o mal é mudada pela percepção de que se luta
com um inimigo já vencido. Sendo assim, a Escatologia é algo que toma a obra
executada no passado, com consumação certa no futuro, para transformar o
presente.
Falar sobre a chegada do Reino de Deus exige uma explicação: na
realidade, o Reino de Deus sempre existiu. Ele é o Criador de todas as coisas, e
reina sobre tudo desde sempre. O sentido que se quer dar à expressão “chegada
do Reino de Deus” é jurídico, pois, com o pecado de Adão, Satanás passou a
requerer que Deus condenasse os homens, conforme foi Sua determinação no
princípio (Gn 2.16,17). Satanás assumiu o papel de acusador (Ap 12.10).
Jesus reconheceu esse fato ao não questionar o diabo durante Sua
tentação no deserto (Mt 4.8,9; Lc 4.5-7). Num certo sentido, Satanás ganhou
autoridade sobre a criação. Foi preciso, então, que o plano de Deus fosse
executado para que a autoridade voltasse ao Senhor. Para este fim Jesus veio,
para tomar da mão do inimigo o que ele usurpou.
O próximo item falará da guerra jurídica que foi travada na cruz. Por
enquanto, diga-se que o Reino de Deus tem uma conotação presente (Mt 3.2,
João Batista; 4.17, Jesus; 10.7, os discípulos; Rm 14.17; I Co 4.20; Ap 12.10), que é
uma antecipação do que se verá na consumação (Mt 10.8; 12.28; Lc 10.9) e outra,
futura, quando tudo for consumado (Mt 19.24; Mc 1.15; 9.47; 14.25; Lc 7.28;
13.28,29; Jo 3.3,5; At 14.22; I Co 15.24; Tg 2.5).
4. A guerra jurídica
5. A cruz
6. A expulsão de Satanás
Satanás foi destruído na cruz (Hb 2.14,15). Suas obras também foram
desfeitas (I Jo 3.8). Agora, ele precisava ser expulso do céu, onde acusava os
crentes de dia e de noite (Ap 12.10).
Para a expulsão de Satanás era importante que Jesus ascendesse ao céu.
Quando Ele lá chegou (Ap 5.1-14), assumindo o lugar de Reis dos reis e Senhor
dos senhores ao tomar o livro em que a História é desvendada, e apenas Ele
poderia fazê-lo (Ap 5.2-5), toda a criação irrompeu em um novo cântico (Ap
12.9,12,13).
Era a hora de colocar Satanás fora do céu. Ele relutou, pois foi necessária
força bruta para fazê-lo, mas o exército angélico, comandado pelo arcanjo
Miguel (Jd 9), venceu para expulsar o inimigo (Is 14.12; Ez 28.17; Lc 10.18).
7. O milênio
Segundo esse ponto de vista, a presente era da Igreja continuará até que,
com a proximidade do fim, venha sobre a terra um período de grande
tribulação e sofrimento. Depois desse período de tribulação no final da era da
Igreja, Cristo voltará à terra para estabelecer um reino milenar. Quando Ele
voltar, os crentes que tiverem morrido serão ressuscitados, terão o corpo
reunido ao espírito, e esses crentes reinarão com Cristo sobre a terra por mil
anos. (alguns pré-milenistas o consideram mil anos literais, enquanto outros o
entendem como expressão simbólica para um período longo).
Durante esse tempo, Cristo estará fisicamente presente sobre a Terra em
seu corpo ressurreto e dominará como Rei sobre toda a terra. Os crentes
ressuscitados e os que estiverem sobre a Terra quando Cristo voltar receberão o
corpo glorificado da ressurreição, que nunca morrerá, e nesse corpo da
ressurreição viverão sobre a Terra e reinarão com Cristo. Quanto aos incrédulos
que restarem sobre a Terra, muitos, mas não todos, se converterão a Cristo e
serão salvos. Jesus reinará em perfeita justiça e haverá paz por toda a Terra.
Muitos pré-milenistas sustentam que a Terra será renovada e veremos de
fato o novo céu e a nova terra durante esse período (mas a fidelidade a esse
ponto não é essencial ao pré-milenismo, pois é possível ser pré-milenista e
sustentar que o novo céu e a nova terra virão só depois do juízo final). No início
desse tempo, Satanás será preso e lançado no abismo, de modo que não terá
influência sobre a Terra durante o milênio (Ap 20.1-3).
7.3 pós-milenismo
7.4. amilenismo
8. A tribulação
8.1. pré-tribulacionismo
8.2. meso-tribulacionismo
8.3. pós-tribulacionismo