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Os Pré-Socráticos
A Origem da Filosofia
● A filosofia teve origem nos
séculos VII e VI a.C. nas
antigas colónias gregas na
Ásia Menor, porque o
Homem sentiu
necessidade de conhecer
a si ao que o rodeia e com
o objectivo de
compreender e explicar os
mitos(forma de explicar os
fénomenos naturais fig. 1 – Mapa das cidades gregas na Antiguidade
usando deuses, hérois, …)
através da razão.
A Filosofia Primordial
● Os primeiros filósofos questionavam-se sobre a
origem do todo, a physis. Nesse periódo o que
interessava era conhecer a Natureza que o
rodiava, os astros, …
A esses filósofos deu-se o nome de pré-
socráticos, por serem antecessores a Socrátes
e por terem uma forma de pensar diferente da
dele.
Filósofos Pré-Socráticos
Tales de Mileto
624-546 a.C
Um dos lendários sete sábios da Grécia, viveu entre os séculos VII e VI a. C. na cidade de Mileto,
importante metrópole grega na Ásia Menor. Imortalizado por vários feitos nos domínios da astronomia, da
geometria e da engenharia, teve como preocupação principal a determinação da causa primeira do mundo
e, por isso, foi considerado por Aristóteles como o primeiro filósofo. Não sendo seguro que tenha escrito
alguma obra, pouco se conhece sobre o seu pensamento, tendo-nos apenas chegado as seguintes
afirmações: «A Terra flutua na água, que é de certo modo a origem de todas as coisas», «Mesmo os seres
aparentemente inanimados podem estar vivos» e «O mundo está cheio de deuses». Embora
extremamente breves, estas afirmações permitem, sem margem de dúvida, demarcá-lo das cosmovisões
mitológicas: a primeira, por colocar um elemento natural - a água - como arkê - princípio primeiro ou
substância primordial - das coisas, fundamentando-se, quase seguramente, no papel essencial que ela
desempenha para a subsistência da vida; a segunda, por derivar de uma inferência racional com base na
observação das propriedades do íman e do âmbar; a terceira transporta para o domínio da physis -
mundo físico - o anteriormente inacessível e «estranho» mundo dos deuses - o Olimpo. A escassez de
elementos não permite caracterizar de uma forma muito mais ampla o pensamento de Tales; no entanto,
não será excessivo sublinhar que o tipo de argumentação racional que se supõe tenha empregue na
tentativa de descrição do mundo testemunha já, mesmo se de uma forma ainda imperfeita, o alvorecer do
Logos no ocidente.
Anaximandro de Mileto
610-547 a.C.
Oriundo de Mileto, cidade grega da Ásia Menor, na linha dos seus predecessores Tales e
Anaximandro, foi também um filósofo naturalista preocupado com a explicação da physis - a natureza.
Não se dispondo de dados precisos acerca da sua biografia, sabemos apenas que viveu durante o século
VI a. C. e, tal como acontece com os restantes filósofos desta época remota, apesar de lhe ser atribuída a
autoria de um livro, só indirectamente temos conhecimento do seu pensamento. De acordo com
Aristóteles, teria defendido que o aer - ar ou bruma - seria o elemento primordial - arkê . Através de um
processo de condensação produziria substâncias mais densas e frias - a água, a terra e a pedra - e por
rarefacção transformar-se-ia em substâncias quentes - o vento, a nuvem e o fogo. Desta forma, reduzia a
determinações quantitativas toda a diversidade qualitativa dos fenómenos. No que se refere às
propriedades do aer, atribuía-lhe carácter divino, a infinidade e o movimento perpétuo, considerando-o o
princípio e o fim de todas as coisas. No que respeita à cosmologia, propôs que os corpos celestes, de
configuração plana, estariam suspensos no ar, de forma análoga à da folha que flutua no vento, e teriam
como origem a rarefacção em fogo do vapor exalado pela Terra. Assim como os restantes astros, também
esta, com aspecto idêntico ao do tampo de uma mesa, paira sobre o ar. Os astros efectuam as suas
revoluções movidos pelo vento e não passam por debaixo da Terra, mas giram em torno dela, ocultando-
se devido às altas montanhas do norte. Anaxímenes, o último dos filósofos milésios, embora não tenha
tido um pensamento tão original quanto o de Anaximandro - e não tenha representado um progresso
notável relativamente a este -, marca a consolidação de uma abordagem do real completamente distinta
da tradição mítico-poética e constituiu uma referência importante para os seus sucessores.
Pitágoras de Samos
570-497 a.C.
Local de Samos,
Nascimento: Grécia
Antiga
Data de 497 a.C.
Morte:
Local de Metaponto,
Morte: Itália
Vida
Natural de Samos, na Ásia Menor, onde terá nascido nos finais do século VI a. C., emigrou para
Crotona, colónia grega no Sul da Itália, e aí fundou uma escola místico-filosófica com preocupações
sociopolíticas, cuja influência acabou por dominar a cidade. Atendendo ao carácter hermético da sua
doutrina - no interior da escola vigorava uma regra de sigilo que considerava como crime a divulgação dos
ensinamentos aos não iniciados, pelo que não existiam quaisquer escritos -, assim como à aura de
profeta prodigioso que acabou por o envolver, são pouco fidedignos os relatos que dele nos chegaram,
além de se tornar muito difícil distinguir o que é genuinamente de Pitágoras do que foi introduzido pelos
seus discípulos. Contrariamente aos pensadores milésios, não se dedicou a especulações sobre o arkê -
princípio material das coisas -, procurando sobretudo aceder ao conhecimento das estruturas formais que
regem o mundo, que se podem sumariar em três grandes vertentes: harmonia matemática, doutrina dos
números e dualismo cosmológico essencial. Com base na redução da harmonia da escala musical a
razões matemáticas, inferiu que todo o Universo seria harmonia e número, criando a teoria da harmonia
das esferas (o Cosmos é regido por relações matemáticas). Considerava que as coisas eram números,
que os corpos eram constituídos por pontos e que os números que representavam as quantidades desses
pontos lhes definiam as propriedades. Acreditou ainda que o próprio número, agente de todas as
modificações, estaria na origem do dualismo Limite/Ilimitado, que representava o início do processo
cosmogónico (implantação do princípio masculino do Limite no seio do Ilimitado circundante, feminino,
análoga à fecundação ou deposição de uma semente no solo). Do interesse pela matemática resultaram
alguns avanços científicos, sobretudo nas áreas da geometria e da aritmética (dos quais o Teorema de
Pitágoras será o mais famoso). No que diz respeito a crenças, acreditou na imortalidade e transmigração
das almas, tal como no parentesco de todos os seres vivos, além de se ter dedicado à enunciação de
uma série de regras éticas e religiosas que deveriam presidir à acção dos seus discípulos. Segundo
alguns testemunhos, teria sido o primeiro a usar as palavras «cosmos» e «filosofia» na acepção actual.
Apesar de a intervenção política de Pitágoras em Crotona ter sido de curta duração - os habitantes cedo
se rebelaram contra o governo que instaurara -, a escola que fundou acabou por florescer e já na altura
da sua morte, que deverá ter ocorrido próximo do ano de 480 a. C., se encontravam comunidades
pitagóricas espalhadas por toda a Grécia, difundindo e aprofundando o pensamento do mestre, tendo
contribuído dessa forma para que durante vários séculos ele fosse fonte de inspiração para muitos dos
grandes nomes da filosofia.
Heráclito de Éfeso
540-480 a.C.
Local de Éfeso,
Nascimento: Anatolia
Data de 480 a.C.
Morte:
Local de Éfeso,
Morte: Anatolia
Vida
Filósofo grego, Heraclito, ou Heráclito nasceu em meados do século VI a. C.. Sabe-se que era filho
do rei-sacerdote de Éfeso, prestigioso porto comercial grego na Ásia Menor, e que acabaria por renunciar
à sucessão para se dedicar à investigação do Logos, vindo a falecer, com avançada idade, já próximo do
final do século V a. C. Como se tornou costume com os primeiros filósofos, atribuiu-se-lhe a autoria de
uma obra com o título Acerca da Natureza, da qual sobreviveram alguns fragmentos cuja interpretação
levanta sérias dificuldades. Crítico mordaz da religião e dos pensadores seus contemporâneos - repudiou
os sacrifícios e a veneração de estátuas, além de ter atacado Homero, Hesíodo e Pitágoras, entre outros
-, entrou em polémica com todos os valores estabelecidos, recorrendo a um estilo baseado em aforismos
paradoxais e enigmáticos. Tudo isso contribuiu para que granjeasse uma reputação de excêntrico e
misantropo e o epíteto de «o Obscuro». As suas reflexões desenvolveram-se em torno de quatro vectores:
o eterno devir, enquanto verdadeira essência; a unidade dos contrários, como conexão do real; o fogo,
enquanto substância primordial e origem de toda a mudança; e o Logos, enquanto princípio ordenador
universal. Partindo da constatação de que «nada pode ser pensado sem o seu contrário» e que na
natureza nada há de permanente senão o conflito e a mudança - aquele devir que deixa antever a célebre
máxima «não nos podemos banhar duas vezes no mesmo rio» -, afirmou que a origem de todo o
dinamismo residiria numa luta entre opostos que, no entanto, se mantêm num estado de alternância
cíclica e de equilíbrio global. Daí inferiu que a própria estrutura do universo, além de ter de reflectir a
pluralidade na unidade (uma vez que «de todas as coisas provém uma unidade, e de uma unidade, todas
as coisas»), deveria radicar não numa substância estável, como acontecera com os filósofos milésios,
mas em algo de dinâmico, de «energético», capaz de explicar o carácter ininterrupto dos processos
naturais. Essa substância, encontrou-a no fogo. Porém, indo mais longe que os anteriores «filósofos da
natureza», considerou que o fogo, enquanto princípio material, seria apenas o epifenómeno de uma
realidade mais profunda: o Logos, princípio formal cósmico que, como lei, razão e ordem do mundo, é
suprema inteligência que tudo dirige, assegurando quer a oposição quer a unidade dos contrários - ele é o
Uno de onde tudo provém. Heraclito foi também um dos primeiros a afirmar a falácia do conhecimento que
deriva dos sentidos - incapazes de nos fazer ultrapassar o nível superficial das aparências -, consistindo a
verdadeira sabedoria em compreender o Logos.
Xenófanes de Cólofon
540-460 a.C.
Filósofo e poeta grego (c.540 a.C.- 460a.C.), um dos raros pré-socráticos que se exprimiram em
verso, nascido em Cólofon. Terá vivido no exílio a maior parte da sua vida, principalmente na Sicília.
Tiveram importância o seu pensamento religioso (relativismo da crença, crítica ao antropomorfismo e ao
politeísmo) e a sua actividade como cientista, que permite considerá-lo o geólogo mais antigo e o
fundador da Paleontologia. Dos seus poemas, destacam-se Sobre a natureza e os Silloi .
Parménides de Élea
540-460 a.C
Hugo Correia
Leonardo Gonçalves
Leonardo Rodrigues
10º C
Bibliografia
http://www.slideshare.net/sergiomorais7/origem-da-filosofia-os-prsocrticos-presentation
http://sites.google.com/site/filosofiaelogica/filosofos-pre-socraticos
http://pt.wikipedia.org/
http://www.consciencia.org/pre_socraticos.shtml
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/socrates/presocraticos.htm
http://www.angelfire.com/ak/acropole/page2.html