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Estruturas de Madeira

Curso de Engenharia Civil


FHO

Paulo Lucio Ribeiro Junior


Oitava Aula

Esforços de compressão em madeiras.

2
ESTRUTURAS DE MADEIRA II

Marcio Varela
Parâmetros Geométricos
 Momento de Inércia (I)
 Relação geométrica entre a área da seção e a distância da extremidade
da seção ao seu centro. Deve ser verificada em relação aos dois lados da
seção.

 Seção retangular:
y
b ⋅ h3
Ix =
12
h x
b3 ⋅ h
Iy =
12
b
Parâmetros y

 Seção circular
π ⋅d4 x
Ix = Iy =
64
Parâmetros
 Raio de Giração (i)

 Raiz quadrada da razão momento de inércia/área da seção.

I
i=
A
Parâmetros
 Comprimento de Flambagem (Lfl)

 Relação entre o comprimento da peça e sua condição de contorno.

 Bi-rotulado
 Lf = L
Parâmetros
 Engastado

 Lf = 2⋅ L

 Engastado-Rotulado

 2
Lf = ⋅L
3
Parâmetros
 Índice de Esbeltez (λ)
 Dado pela relação entre o comprimento de flambagem/raio de giração.

Lf
 λ=
i
Propriedades Mecânicas
 Tensão de Ruptura na Compressão

Nu
 fc =
A

 fc = tensão de ruptura;

 Nu = Carga de ruptura;

 A = área da seção da peça.


Tensões Admissíveis
 Tensão admissível à compressão simples paralelas às fibras:
fc0,k
fc0,d = k mod ×
 1,4
fc0,d = Tensão admissível;

fc0,k = Tensão de Ruptura


Tensões Admissíveis
 Estabilidade para peças comprimidas
 Peças comprimidas podem atingir seu estado limite por perda
de estabilidade em função da sua esbeltez. Assim, além da
verificação da resistência deve-se verificar a estabilidade da
peça de acordo com as indicações a seguir, considerando-se os
seguinte casos:
Tensões Admissíveis
 λ < 40 ; Não há efeito de flambagem, a peça tende a romper por
esmagamento, ou seja, prevalece a tensão admissível a compressão
simples.

 Ou seja:

 fl = f C 0,d
Tensões Admissíveis
 40 < λ < λc; Ocorre flambagem inelástica, ou seja, tensões superiores
ao limite de proporcionalidade.

 1 (λ − 40 )  ;

σ fl = f C 0,d ⋅ 1− 3 ⋅ (λ − 40 )
 C 

 3⋅ E
λC = π ⋅ ;
8⋅ f C 0d
Tensões Admissíveis
 λ > λc; A tensão admissível é dada pela fórmula de Euler, aplicada
com coeficiente de segurança global igual a 4.

π2 ⋅E
 σ fl = 0,25⋅ ;
λ2

3⋅ E
 λC = π ⋅ ;
8⋅ f C 0,d

A Norma Brasileira estabelece que


neste caso:
σ ≤ f C 0,d
2 fl
⋅ 3
 Exemplo
Exercício
 Determinar a tensão admissível a compressão na direção das fibras
em uma peça de seção retangular 7,5 x 15 cm, com comprimento
de flambagem igual a:

 0,75 m;

 1,23 m;

 1,80 m.
Solução:
 Calcular l:
λ < 40 λ > λC
l fl
λ= ; fl = f C 0,d σ fl = 0,25⋅
π2 ⋅E
;
i
λ2
I 40 < λ < λC :
i= ;
A  1 (λ − 40 ) ; 3⋅ E
σ fl = f C 0,d ⋅ 1− 3 ⋅ (λ − 40 ) λC = π ⋅ ;
 C  8⋅ f C 0,d
Exercício
 Dimensionar um pilar de seção quadrada com a madeira Quarubarana para
suportar uma carga de 15 tf, sendo 10 tf de carga permanente e 5 tf de
carga acidental. Sabendo-se que funcionará como bi-rotulada e que seu
comprimento são 3 metros. A madeira utilizada será serrada, classe de
umidade 3 e de 2ª categoria. Para a seção transversal usar um valor inteiro
em centímetros para o lado do quadrado.
Tensões Admissíveis

 Compressão normal as Fibras

 σ cn = 0,25 ⋅ α n ⋅ f C90,k

 O valor de αn pode ser calculado pela equação abaixo:



αn =
(e +1);
e

 Obs.: a tensão σcn só poderá ser acrescida do coeficiente αn quando a carga


estiver afastada, pelo menos, 7,5 cm da borda.

∆e/2 ∆e/2
b
e < 7,5 cm
Tensões Admissíveis

 Tabela de αn Fornecida Pela Norma


Exercício
 Determinar a tensão admissível a compressão em uma peça vertical de pinho-do-
paraná com lfl = 75 cm, apoiada sobre uma peça de peroba rosa, conforme indicado na
figura. Na peça de apoio deve ser analisado apenas a pressão de contato com a peça
vertical.
Pinho do paraná 2
f c0,d = 51kgf / cm
E = 105000kgf / cm 2

Peroba rosa
f c90,k = 425kgf / cm 2
E = 95250kgf / cm 2
F

22,5
7,5 10

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