Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
2. Introdução
Falar de músicas compostas da segunda metade do século XX pra frente nos
obriga a conhecer o ambiente histórico em relação a escuta nesse período. O
compositor Joel Chadabe destaca em seu livro, a partir de uma citação de
Stockhausen que realça a importância de aprender com os antepassados, que os
compositores americanos da nova geração da década de 60 tinham o “objetivo de sair
da história. O mundo estava aberto para as novas maneira de fazer as coisas”1.
As novas maneira a que o autor se refere tem relação direta com a
transformação que a escuta musical reconhecia nesse período. A música sempre teve a
tecnologia disposta ao seu lado. Isso está bem claro quando apresentamos a tal
história da música convencional ensinada em conservatórios, que as novidades nos
instrumentos possibilitaram inovações que caracterizaram um novo estilo, como o
piano no período clássico, seguido por uma utilização de dinâmicas e sua exploração
nos períodos seguintes, já que o instrumento possibilitava isso. Assim também o
conhecimento sobre formas de gravações e consequentemente a escuta de uma
performance fora da sala de concerto transformaram o ouvir e o fazer da música a
partir do século XX.
1
Chadabe, Joel. Electric Sounds: The Past and the Promise of Electronic Music. New Jersey: Prentice-
Hall, 1997. P. 85.
2 CHADABE, Joel. Electric Sound: The Past and Promiseof Electronic Music. New Jersey: Prentice-
Nossos objetos de pesquisa, tanto as peças It’s Gonna Rain e 2x5 quanto o
compositor Steve Reich, são frutos de um reconhecimento desse novo ambiente.
Nesse ponto é então necessário o entendimento do que estava resultando da presença
da tecnologia para essa nova geração americana da década de 60 a que Chadabe se
refere, e também a diversos outros compositores do século. Como consequência se
tem a exploração do uso do Tape nos Estados Unidos, representado pelo The San
Francisco Tape Music Center e a utilização de instrumentos elétricos, que estão
presentes nas composições referidas aqui.
2.1 Escuta
A possibilidade de gravar e reproduzir um som, uma música, ou uma
performance contribuiu para a criação musical do século XX de maneira direta. Isso
aconteceu não só pela tecnologia associada a gravação e manipulação do som, mas
também pelo modo de ouvir.
Uma performance gravada, então, não existe apenas como um registro musical
de uma interpretação ao vivo, mas como algo que permeia a perfeição desse
interprete. Isso deve ser dito uma vez que com essa possibilidade da manipulação do
som temos um desenvolvimento e uma exploração dessa área. O que antes era uma
novidade distante do que era a performance ao vivo em relação a qualidade sonora,
cheios de ruídos indesejáveis e dificuldades na gravação, está cada vez mais próximo
do real, mas ainda não sendo ele. Por outro lado, uma atração existente pelo
sonoridade “retrô”, como o som do vinil, provoca a produção de plug-ins de
manipulação de áudio para simular esse som tomando características como tal. Ao
mesmo tempo se tem, por agora, ruídos desejáveis, que estão presentes na criação
musical. O interessante disso é ver as especializações que surgiram a partir desse
desenvolvimento, como já apresentamos. Aqui se tem o próprio ouvinte não sendo
mais associado ao da sala de concerto, mas sim aquele a sua própria sala e como
montou ou montará os seus alto-falantes naquele espaço, até o mais envolvido com
questões de mixagem e masterização que já estava presente entre os apreciadores do
rock britânico da década de 60 e 70, por exemplo.
2 CHADABE, Joel. Electric Sound: The Past and Promiseof Electronic Music. New Jersey: Prentice-
Hall, 1997. P. 34.
“frequência”, o timbre enquanto “resultante espectral”, Varèse introduz na
teoria composicional do século XX o uso de uma terminologia científica
que advêm de suas leituras do livro A fisiologia do som, do físico
Helmholtz, associando-se ainda à frase do Höene Wronsky que, já na
metade do séc. XIX, definia a música como “corporificação da inteligência
contida nos sons”. (FERRAZ, Silvio. 1998. P.22)
Está clara então a busca pelo novo tanto na composição quanto na escuta. Isso
independia de sua fonte sonora, já que é também um tempo de desligamento a ela.
Uma atenção a forma sensível do som e não a um aspecto local do som, como a
compositor Silvio Ferraz apresenta em “Música e Repetição” ao tratar do artigo
“Transformações das Formas Musicais” de Ligeti. A procura por essa exteriorização
da forma sonora, a construção de uma gestalt que a traduz e demonstra a taticidade do
som3 não está apenas e Ligeti, mas em Xenákis e em Reich também. É então uma
crítica direta ao serialismo e a sua preocupação com notas, que a torna uma música
estática.
Nesse ponto vemos que a experiência para a composição musical não vem
apenas na questão da utilização da gravação e sim elementos somados a ela (sem
considerar, no momento, manipulações eletrônicas). Podemos citar exemplos variados
como “I’m sitting in the room”, de Alvin Lucier, uma performance que conta com a
reverberação da sala e gravações de uma mesmo texto, uma em cima da outra. Os
trabalhos de Eliane Radigue, também utilizando performances para criação de tapes,
enquanto assistente de Pierre Henry – um dos idealizadores do GRM – e,
posteriormente, a combinação de tapes 4 , como em “Usral”, que três tapes de
diferentes durações são tocados ao mesmo tempo resultando em uma mudança de
timbre durante sua evolução. E Steve Reich como “It’s Gonna Rain”, peça que deu o
tema dessa pesquisa. É a utilização do tape sem colagens e com um mínimo de edição
apresentando uma linha para a composição musical na década de 60.
5 MENEZES, Flo. Apoteose de Schoenberg. Cotia: Ateliê Editorial, 2002. 2º Edição. P. 137
escritas para a mesma interprete: Cathy Berberian. Nome responsável em auxiliar o
último compositor em suas pesquisas sobre técnicas composicionais para voz. A peça
foi escrita após estudos sobre onomatopeia em poesia, com Umberto Eco, e exame do
décimo primeiro capítulo de “Ulysses” de James Joyce. O texto é a base dos sons da
música, recitado e gravado em tape pela interprete, que depois foi trabalhado por
Berio 6 . Em primeiro instante reparamos na sibilancia apresentada pela cantora,
durante os primeiros momentos da peça, e posteriormente a manipulação do autor
com a gravação. Aqui está pela a novidade tanto da voz quando do uso da gravação.
Assim como “Thema” de Berio, algumas peças de Steve Reich são um ótimo
objeto para se entender a presença desses elementos para a criação musical no
período. Em muitas entrevistas é possível ver a importância que o compositor dá a
fala, comparando-a com linhas melódicas prontas. Isso está claro na sua peça
“Tehillim”, que a partir de um texto em hebraico a música é construída já que a
própria língua, para o compositor, apresenta a melodia.
“It’s Gonna Rain” a fala é o objeto central. A voz está plenamente presente no
tape que é pouco manipulado pelo compositor, que opta por trabalhar com um loop
sem processamento, como já falamos, e mais pra frente iremos detalhar melhor sua
composição.
6 CHADABE, Joel. Electric Sounds: The Past and the Promise of Electronic Music. New Jersey:
Prentice-Hall, 1997. P. 49.
Viveu em Nova York com o pai até os dez anos, quando se muda para o
subúrbio, no norte da cidade, Larchmont. Tornou-se um garoto recluso, com
dificuldade de fazer amizades, momento qual começou suas primeiras composições e
seus estudos de bateria. Aos catorze, teve seu primeiro contato com a música
contemporânea, a música barroca e o jazz – elementos que mais influenciam o seu
trabalho -, a partir da Sagração da Primavera de Stravinsky, o quinto concerto de
Bradenburgo de Bach e o jazz bebop da década de 50. Começou a ler filosofia
(República de Platão) e estudar percussão com Roland Kohloff – quem mais tarde se
torna o principal timpanísta da Filarmônica de Nova York.
Em 1953, iniciou seus estudos de filosofia na Cornell University e continuou
tendo aulas de música com William Austin, quem o encorajou a ser compositor.
Voltou para Nova York e teve aulas particulares com Hall Overton (compositor e
musico de jazz) durante dois anos (1957-1959). Nesse período focou seus estudos nos
livros Mikrokosmos de Bartok, em contraponto modal e a exploração de cânones.
Em 1959 entrou na Julliard. Estudou com Vicent Persichetti e analisou
trabalhos de Bartok, Schoenberg e Webern. O que mais o agradou nesse período era a
possibilidade de ter quem tocasse suas peças. Em 1961 compões uma peça serial com
tendências tonais, sem inversões, retrogradas ou transposições, simplesmente
repetindo a posição original, chamada Music for String and Orchestra, e a apresentou
como seu trabalho final em Julliard. No mesmo ano mudou-se de Nova York para a
Califórnia, indo estudar na Mills College com Luciano Berio. Estudava, então,
serialismo pela manhã e a noite ia a concertos de John Coltrane, jazz modal, muitas
notas e poucas mudanças harmônicas. Ao ver Coltrane pensava que quando uma
música era tocada, era então a parte mais interessante dela. Compôs um jazz com as
doze notas, que considerou terrível, mas coloca como ponto positivo, pois a partir
disso teve a iniciativa de montar o seu próprio ensemble – o que menos o agradou em
Mills era a dificuldade de ter suas peças tocadas. Isso também serviu para que ele
mesmo as tocasse. Ao mostrar Music for String and Orchestra para Berio, o mesmo o
responde “Se você quer escrever música tonal, por que não o faz?”7.
Em uma aula sobre a origem do jazz, Reich teve seu primeiro contato com
transcrições da música africana, por uma citação ao livro Studies in African Music, de
A. M. Jones. Aqui começa a pensar na música com repetição de padrões, com tempos
7 REICH, Steve. Writings on Music. 1º Edição. New York: The Oxford University Press. 2002. P.10
fortes que não coincidem. Ainda em Mills começa a trabalhar com tape e a pensar
esses elementos presentes nessas novas descobertas rítmicas em suas composições.
Na música praticada por culturas tradicionais, como os Burudis e os Pigmeus, cabe
aos músicos proporcionarem a diferença sobre os padrões reiterados8. Assim também
faz Reich como compositor.
Isso pode ser visto em It’s Gonna Rain. Antes de entender essa peça, vale
entender em que contexto histórico ela foi produzida.
A partir desse período tem-se claro que a experimentação está proeminente nas
artes em geral. Na música existe um afastamento da estrutura e uma aproximação a
sensorialidade (som) e a referencialidade (como na música programática). Com o
experimentalismo entra em evidencia o rompimento com alguma tradição. É um
período em que se tem um aumento de materiais e meios técnicos para produzir
música, e consequentemente pesquisas e experiências sobre o uso delas. Com a
entrada dos Aliados na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, descobriu-se
melhorias feitas na gravação de som por meio magnético, de modo que a fita se torna
adequada para a gravação de música com uma alta fidelidade. A fita magnética
começou a ser usada não apenas para a gravação de performance musicais, mas
também para a produção de uma nova música. São então processos diversos, como a
gravação de um único som, a utilização de filtros e circuitos para a alteração de um
determinado som gravado, uma mistura eletrônica, permitindo a apresentação de
quaisquer números de sons em combinação, a justaposição de sons que com cortes
8 FERRAZ, Silvio. Música e repetição. Edição digital. P. 32
não convencionais soam como regravações, trazendo alterações de qualquer, ou todas
as características originais9. Tem-se assim um novo espaço sonoro.
Temos então uma nova música, com um novo jeito de trabalha-la. Além disso,
nesse momento não se tem mais uma visão estritamente ocidental e eurocêntrica da
produção musical. Os nomes de referencia não estão mais presos a Europa, assim
como se tem elementos de influencia dispersos pelo mundo todo. John Cage,
compositor norte-americano citado anteriormente, permeava em pesquisas sobre a
cultura oriental, como o zen-budismo, assim como Steve Reich, nosso objeto de
estudo, teve foco em sua formação como compositor nos estudos sobre os ritmos
africanos, como já foi dito. E até mesmo John Coltrane, tão admirado por Reich. Em
diversas entrevista o compositor americano coloca em evidência dois discos de
Coltrane, são eles Africa / Brass e Impressions, esse último com uma faixa intitulada
India. São dois álbuns bem representativos do chamado jazz modal.
9 CAGE, John. Silence. 2º Edição. Middletown, Connecticut: Wesleyan Paperback. 1973. P. 9
escritores como Jack Kerouac e Allen Ginsberg, conhecidos por textos que protestam
contra uma opressão e homogeneidade da sociedade americana desse período. São
textos associados a juventude da época (e podem funcionar como livros de cabeceira
para muitos jovens até hoje) e a ideia de libertação, de conhecer o mundo – fator
também relembrado por Reich em entrevistas, quando ele se diz como um beatnik10.
A década de 1960 continuou e enfatizou essa mentalidade com festivais, como o
famoso Woodstock no fim da década, e o Trips Festival com participação de projetos
do Tape Music Center. Regiões como Nova York aparecem como um grande
epicentro cultural, abrindo para outros lugares.
A Mills College em Oakland, da Universidade da California tem protagonismo na
história da “Tape Music”. Como já foi comentado nesse texto nomes de referência na
história da música, como Luciano Berio e Darius Milhaud, lecionaram no espaço, e
alunos como Steve Reich começaram a sua carreira composicional ali.
The San Francisco Tape Music Center aconteceu nos anos 60. Uma época da
libertação, da crítica a tradição, da experimentação, da contracultura, como já
dissemos. Vê-se um sentido histórico da sua presença nesse momento de
transformação da história da música. Foi uma linha de frente no avanço da estética
musical desse tempo, sendo um elemento crucial da história da carreira de Pauline
Oliveros e de Morton Subotnick, que se dedicaram a pesquisas musicais nesse espaço.
Era um ambiente da cena da arte de vanguarda, com atores, dançarinos, experiências
com improvisações com luz, e outras construções artísticas. Estava ali então uma das
cenas da nova música do Século XX.
“Durante cinco anos de existência, The San Francisco Tape Music Center
providenciou um envolvimento ideal para uma significante interação entre
a contracultura e a vanguarda da Costa Oeste. Fundado em 1961 para
providenciar um grupo de compositores locais com um estúdio e um meio
de apresentação de seus trabalhos, o Tape Music Center começou em um
tempo em que os compositores cada vez mais reconheciam o enorme
potencial da música eletrônica. Na década de 1950, essa nova e excitante
descoberta musical capturou a imaginação de compositores ativos em
Milão, Paris e Colonia. Nos anos 60, os estúdios de música eletrônica
estavam estabelecidos não só na Europa e nos Estados Unidos, mas
também no Japão e na América do Sul. Com o refinamento da fita
magnética na década de 1940, a tecnologia de gravação deu também um
importante passo. Tornando mais fácil para os compositores explorar as
possibilidades expressivas praticamente infinitas da música eletrônica.”
(BERNSTEIN, David W. 2008. P. 9 – Tradução livre)
10 https://www.youtube.com/watch?v=6cv4WtKQMt8 - visualizado em 29 de janeiro de 2018
Muitos nomes passaram por lá e diversos festivais foram montados. John
Cage, Alvin Lucier, Terry Riley e o de Steve Reich estavam presentes e em atuação
nesse ambiente. Com esses dois últimos, vale destacar que a música minimalista teve
boa parte de sua formação nesse espaço, conjuntamente com La Monte Young – que
também fez parte do Fluxos como John Cage – um dos primeiros nomes considerados
como compositor de música minimalista, e é considerado por Riley um dos maiores
especialistas em John Coltrane. A performance de In C, de Terry Riley, foi recebida
de maneira entusiástica em São Francisco, meses depois um concerto destinado as
composições de Steve Reich foi recebido da mesma forma.
Reich, como já foi dito, estudou na Mills College com Darius Milhaud e
Luciano Berio. Seu interesse pela composição com tapes começou em 1962 pela
influencia de compositores que trabalhavam no Tape Music Center. Em 1964, ele
ganhou um gravador portátil do baixista do Grateful Dead, Phil Lesh, também
estudante em Mills, e o usou para gravar conversas em seu taxi, que dirigiu depois de
se graduar. Resultou então na peça intitulada “Livelihood” (1964), sendo uma
colagem de frases, algumas que se repetem sucessivas vezes11. Posteriormente ele
decidiu por se desfazer dessa peça12. É interessante pensar nas ligações aparentes
nessa época entre as músicas chamadas de erudita e popular, ou melhor: das pessoas
que atuavam nela. Destaca-se dai a relação de Phil Lesh e Steve Reich, como colegas
de classe. Ou então na parceria que o compositor fez com o guitarrista Pat Metheny,
que falaremos posteriormente. Até a admiração ao jazz e um interesse conjunto a
música não ocidental. Se vê assim um período em que as barreiras começavam a ser
quebradas.
15REICH, Steve. Writings on Music. 1º Edição. New York: The Oxford University Press. 2002. P. 147.
de Simha Aron.
2.9 2x5
Como já foi dito nesse texto, 2x5 é uma peça para uma banda e um tape, ou
duas bandas no palco. Com a instrumentação de duas guitarras e um baixo, ambos
elétricos, piano e bateria. Tudo isso somado a um tape pré-gravado ou a duplicação
desse set instrumental.
Assim como Electric Counterpoint, 2x5 é uma peça construída em três
movimentos, rápido – lento – rápido, sem pausas entre eles. Steve Reich havia
acabado de compor Double Sextet, peça que considerou com uma construção muito
próxima ao estilo de um rock and roll17, principalmente pela dinâmica apresentada
pelo piano logo no inicio da peça. Tomando consciência dessa condição, pensou então
porque não escrevia uma peça com instrumentos considerados de rock. É o caso de
2x5.
A peça tem início com dois instrumentos com ataque em uníssono: o piano 2 e
o baixo 2. Aqui, já partimos a uma informação interessante na partitura, sendo ela
uma orientação que o baixo deve ser tocado com palheta. Essa técnica é aplicada para
um trabalho timbrístico do instrumento somado aos acentos apresentados pelo piano.
Aos poucos vão se apresentando os outros instrumentos, sem orientações técnicas
(apenas a bateria tem uma notação sobre seu set instrumental), mas com anotações de
dinâmicas e interpretações. Eles aparecem com acentos desencontrados, construindo
16As imagens estão presentes em: REICH, Steve. Writings on Music. 1º Edição. New York: The Oxford University Press. 2002.
P. 150.
17 https://www.youtube.com/watch?v=0jsJ23ajRXk - visualizada em 28 de janeiro de 2018
toda a harmonia – fortemente enfatizada pelos arpejos das guitarras no início da peça
– e frases da peça.
2x5 é uma peça que relembra características dos primeiros trabalhos de Steve
Reich. Pode ser dado como exemplo já a apresentação dos pianos na obra, que tem
seus acentos desencontrados, fora de fase, mas apresentam a mesma condição
harmônica e semelhanças rítmicas, mas em tempos diferentes, como um contraponto.
BANKS, Zane. The electric guitar in contemporary art music. Sydney: Tese de
doutorado, Sydney University, 2013.
BARRETT, Sam. Classical Music, Modal Jazz and the Making of Kind of Blue.
Dutch Journal of Music Theory, volume 16, n. 1. Leuven: Leuven University Press,
2011.
BERNSTEIN, David (org). The San Francisco Tape Music Center. 1º Edição. Los
Angeles, California: University of California Press. 2008.
BRAUN, Hans-Joachim. Music and technology in the 20th century. Baltimore: John
Hopkins University Press, 2002.
CLEMENTS, Carl. John Coltrane and the integration of Indian concepts in jazz
improvisation. New York: PhD candidate, City University of New York Graduate
Center, Ethnomusicology. 2009.
GIBSON, Bill. The audio pro home recording course. Vols. 1 e 2. Califórnia:
MixBooks Ed., 1997.
MERTENS, Win. American Minimal Music – La Monte Young, Terry Riley, Steve
Reich and Philip Glass. Londres: Kahn & Averill, 1988.
MILLER, Ron. Modal Jazz Composition and Harmony. Vol. 1. Tübigen: Advence
Music, 1996.
REICH, Steve. Writings on Music. 1º Edição. New York: The Oxford University
Press. 2002.
SCHWARTZ, Elliot. Music since 1945: issues, materials and literature. Belmont,
California: Wadsworth Ed., 1993.
Lucia Esteves
médio e grave.
não retornadas no seu ponto de início (ao longo dos períodos das repetições
- As repetições marcadas com (…) devem ser feitas quatro vezes ou mais.