Você está na página 1de 2

Comentário ao livro de Bento XVI

Ao concluir o terceiro capítulo, o Papa propõe uma reflexão sobre a


Apresentação de Jesus no Templo e a chamada "purificação de Nossa
Senhora". É o que se medita no segundo mistério gozoso do Rosário. Oito
dias após o nascimento, cada menino era apresentado no Templo, para se
cumprirem as leis do Antigo Testamento. Diz São Lucas que, passados
quarenta dias, Maria subiu ao Templo para a "purificação". Anota o Papa
que no livro do Levítico (Lv 12, 1-4) se menciona que a mulher após o parto
fica impura durante 40, se a criança for do sexo masculino e 60 dias, esforço
sexo feminino. O gesto de purificação implicava oferecer um cordeiro e um
pombinho ou rola, mas os pobres poderiam oferecer apenas um par de
rolas ou pombinhos. A família de José e Maria encontra-se entre os pobres
de Israel. Maria não necessitava desta purificação, porque já estava
imaculada na sua concepção, mas cumpriu o ritual normal do seu tempo.
Não se quis evidenciar, mas realizou os costumes do seu tempo, como
pessoa piedosa. Os pais do primogénito deviam pagar 5 siclos (5
ordenados), mas são Lucas não menciona isto, mas que Jesus foi
"apresentado" a Deus. Torna-se um gesto simbólico público da oferta e
Jesus ao Pai.
Prossegue o texto, dizendo que o velho Simeão "esperava a
consolação de Israel". O Papa estabelece uma relação entre esta passagem
e a vinda do Espírito Santo, o consolador, já que a raiz da palavra é a mesma.
A "espada de dor" faz referência a Maria na sua entrega incondicional ao
Filho, porque sofrerá integralmente com Ele.
No último capitulo, Bento XVI convida os leitores a percorrer a
viagem dos Magos do Oriente, procurando esclarecer quem eram.
Recordemos que a profecia veterotestamentar dizia que o Messias
devia nascer em Belém, segundo o profeta pagão, chamado Balaão (Nm 24,
17).
Em relação aos Magos, o autor elenca vários significados possíveis
para estas figuras: sacerdotes persas, chefes de alguma religião, sábios
inspiradores de Filósofos. O mais provável é que fossem estas pessoas,
dotadas de grande saber religioso e filosófico.
A imaginação popular e a tradição viram nestes magos, a repsentação
dos três continentes, então conhecidos: África, Ásia e Europa, onde um
deles é negro, exprimindo a universalidade da salvação de Jesus. Outros
viram, nestas figuras, as três idades da vida: juventude, idade adulta e
velhice. No fundo, estes sábios representam o encaminhamento da
humanidade para Cristo.
Surge, nesta narração, um elemento muito curioso: uma estrela. De
que estrela se trata?

Você também pode gostar