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DESCRIÇÃO TÉCNICA

Ponte Rolante Apoiada tipo ELKE Emissão: 20/08/02 – JS


Revisão: 02 – 26/09/02

Figura apenas para ilustração

1. NORMAS

As pontes rolantes DEMAG tipo ELKE de uma viga são projetadas e fabricadas obedecendo às
recomendações das normas DIN/FEM:
- DIN 15018 para a parte estrutural (vigas principais, cabeceiras, estruturas gerais);
- FEM 9511/9811 para os mecanismos.

2. DESCRIÇÃO BÁSICA

A ponte rolante ELKE é composta pelos seguintes componentes básicos:


- 1 (uma) viga principal, com vigas cabeceiras soldadas nos extremos;
- 4 (quatro) blocos de rodas, sendo 2 acionados por moto-redutores;
- 1 (um) trole suspenso com talha elétrica;
- 1 (um) sistema tipo “festoon” montado ao longo da viga principal destinado ao
abastecimento de força e comando para o trole;
- 1 (um) painel fixo na ponte;
- 1 (um) painel fixo no trole;
- 2 (dois) moto-redutores para translação da ponte rolante
- 1 (um) sistema de comando para os movimentos de elevação e translação do trole e da
ponte

3. ESTRUTURAS

3.1. VIGAS PRINCIPAIS

As vigas principais da ponte ELKE são fabricadas em aço estrutural


ASTM A-36 em perfil I.

A aba inferior da viga principal é verificada e dimensionada para


receber o trole com a talha, que translada em toda a extensão do
vão da ponte rolante.Nos extremos da viga são colocados batentes
de borracha para limitação dos movimentos do trole e evitar colisão
da talha com o edifício ou outras estruturas da ponte rolante.

A união da viga principal com as vigas cabeceiras é feita por solda


contínua, efetuada em nossa fábrica, para total garantia da
obtenção da medida de vão nominal da ponte rolante dentro de
tolerâncias de fabricação necessárias para o correto funcionamento
do equipamento.

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3.2. CABECEIRAS

As cabeceiras da ponte são do tipo DFW-L-L, construídas em perfil I soldado, de alta rigidez.
Cada viga cabeceira atua na ponte rolante ELKE como um chassis básico de montagem, onde
podem ser fixados por conexão roscada o suporte do painel da ponte, o suporte dos coletores
do abastecimento de força e outros acessórios. Nas extremidades das vigas cabeceiras são
montados os blocos de roda por conexão aparafusada. As cabeceiras são equipadas com
pára-choques (batedores) de poliuretano expandido tipo DPZ, fixados em suas extremidades.

4. MECANISMOS

4.1 MECANISMO DE ELEVAÇÃO (Talha de corrente DK)

As talhas elétricas de corrente tipo DK constituem o mecanismo de elevação padronizado na


ponte rolante ELKE. Abaixo, uma ilustração em corte destacando os componentes principais:

Motor de rotor cônico Freio cônico

Redutor
Painel da talha

Fricção

Engrenagem
de corrente

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REDUTOR
Na talha DK, o redutor é de dois estágios, com carcaça de alumínio injetada, totalmente
vedada. O conjunto do redutor é adaptado na parte central/frontal da talha e as engrenagens
são imersas em banho de óleo. A configuração construtiva do redutor permite uma elevada
redução de ruído do conjunto. A relação de transmissão do redutor é fixa e definida para a
aplicação. As engrenagens são projetadas e construídas conforme normas DIN 3960/3990,
com dentes helicoidais, e são fresadas a partir de aço laminado tratado termicamente. Os eixos
são fabricados em aço, giram em mancais de rolamento e são fixados às engrenagens por
interferência.
Na saída do redutor é montada a engrenagem da corrente. A engrenagem é construída com 6
dentes, para obtenção de maior suavidade no movimento de subida/descida da carga. Todo o
percurso da corrente pela engrenagem é guiado, para garantir o perfeito ajuste dos elos/dentes
da engrenagem.

MOTOR-FREIO
O acionamento do gancho é feito através de um conjunto de motor elétrico de rotor cônico e
freio que segundo seu princípio de funcionamento permite uma segura frenagem da carga em
movimento. O motor é normalmente freado; quando energizado uma componente axial do
campo magnético (existente devido a conicidade do rotor) alivia pressão de uma mola aliviando
o freio. Na falta de energia, o efeito do campo magnético desaparece e o freio é atuado
automaticamente. O momento de frenagem mínimo corresponde a 150% do momento nominal
do motor.
SISTEMA DE FRICÇÃO PARA PROTEÇÃO DE
SOBRECARGA
A talha DK apresenta como configuração padrão um
sistema de proteção por fricção para sobrecargas no
gancho, cujo limite de carga pode ser ajustado
manualmente. O sistema de fricção apresenta ainda a
vantagem de proteger o redutor contra choques
eventuais durante a operação.

GANCHO/RODA DE CORRENTE
O gancho é do tipo simples, forjado, com trava de
segurança, material ASt-41 ou similar, sendo montado
sob rolamento axial totalmente vedado e com
lubrificação permanente.
O bloco do gancho é fundido e bipartido. Blocos de
gancho destinados à montagem de 1 tramo de corrente
apresentam perfeito ajuste da carcaça à corrente, que é
Conjunto fixa internamente por um elemento de trava. Para talhas
da Fricção com 2 tramos de corrente, o bloco apresenta uma roda
dentada de corrente com 5 dentes. A corrente entra e
sai do bloco por peças de guia.

CORRENTE / ARMAZENADOR DE CORRENTE


A talha DK apresenta corrente especial calibrada de alta resistência conforme DIN 685 T5. A
corrente é recolhida no movimento de subida e desviada para um armazenador de corrente fixo
na lateral da talha, que além de proteger a corrente permite a prevenção de acidentes devido à
movimentação da corrente durante operação.

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4.2. MECANISMO DE TRANSLAÇÃO DO TROLE


Os troles da talha DK são construídos em chapa, onde são
montados as rodas, o sistema de acionamento, os eixos de
acionamento e os distanciadores. O acionamento de
translação dos troles é feito através de um moto-redutor
DEMAG, tipo PF.
O trole possui rodas abauladas em ferro nodular GGG-60. O
material apresenta características favoráveis à aplicação, pois
além da propriedade autolubrificante que minimiza o desgaste
por atrito da roda e da aba inferior da viga, possibilita a
redução da potência de acionamento e a redução do ruído em
funcionamento.
A superfície abaulada das rodas foi dimensionada para
trabalho tanto em abas de perfis soldados como abas de perfis
laminados. As rodas são montadas em eixos de aço SAE 1045
com rolamentos de esferas blindados (lubrificação
permanente).

4.3. MECANISMO DE TRANSLAÇÃO DA PONTE


As rodas da ponte são montadas em blocos
independentes da estrutura (blocos de roda DRS) de fácil
remoção. Cada viga cabeceira da ponte é composta por
um bloco de roda acionado e um bloco não acionado.
O acionamento é feito a partir de moto-redutores de eixos
paralelos tipo AME10, fixos diretamente à estrutura da
cabeceira por suporte anti-momento de encaixe. Todo o
conjunto é facilmente desmontável, de fácil acesso,
facilitando ao máximo a manutenção do equipamento. Os
moto-redutores aplicados na ponte ELKE apresentam dois
estágios, com e relações de transmissão de 32,9:1 (para
velocidade 8,0/31,5 m/min) ou 52,5:1 (para velocidade
5,0/20,0 m/min).
Os moto-redutores de translação apresentam carcaças de
alumínio fundido, totalmente vedada. As engrenagens funcionam em banho de óleo.
Os motores de translação são do tipo ZBF63A8/2 B004. Apresentam freio a disco integrado
(momento de frenagem máximo 1,3 Nm) e massa inercial adicional, sendo especialmente
desenvolvidos para aplicação em translação de pontes rolantes.

Massa adicional

Freio a Disco de Corrente


Contínua

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Todos os motores empregados na translação da ponte ELKE apresentam duplo enrolamento


com padrão, com relação entre velocidades (RPM) de 1:4. Os motores ZBF possibilitam
aceleração e frenagem suaves, sem a utilização de dispositivos adicionais com inversores de
freqüência ou chaves de partida.

5. EQUIPAMENTO ELÉTRICO

Os circuitos de potência serão alimentados em corrente alternada trifásica, a partir do painel de


alimentação da ponte. O circuito de comando é alimentado em corrente alternada monofásica,
a partir do transformador incluído no painel.

5.1 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DOS PAINÉIS

As caixas dos painéis são construídas em chapa metálica MSG-16, de dimensões reduzidas,
Grau de proteção IP 54.
O acesso é unicamente pela parte frontal, abertura da porta 180o, vedação gaxetada.
A placa de montagem é fixada na parte interna traseira do painel em trilho DIN, apresentando
fácil e rápida instalação/remoção dos componentes.
As caixas de painel são instaladas suspensas por parafusos na parte traseira da caixa. As
dimensões e pesos reduzidos suprimem a necessidade de olhais de sustentação.
Toda a instalação é executada em cabo armado (multi-artéria), dispensando a utilização de
tubulação. A fiação interna dos painéis é constituída por cabos flexíveis, isolação 600V, com
bitola mínima de 1,5mm2 para os circuitos de comando e 2,5mm2 para circuitos de potência,
distribuída através de chicotes na base da placa de montagem. Todas as conexões de cabos
são feitas através de terminais de aperto direto.
A conexão do painel com o equipamento (motores, chaves limites, etc) é executada através de
prensa cabo de fibra de vidro com peça de aperto de borracha nitrílica.

5.2 SISTEMA DE CONTROLE E PROTEÇÃO DOS MOTORES

Todos os motores são acionados através de contatores. O comando é feito a partir do piso de
operação através de botoeira (pendente do trole/ponte ou pendente móvel ao longo do
comprimento da viga principal) ou rádio-controle RC-10.
A botoeira é do tipo DEMAG DSE ou DST, construída em poliéster reforçado com fibra de
vidro, altamente resistente a impactos, material auto-extinguível e resistente ao óleo, graxa,
gasolina, benzol e ácidos diluídos. Possui botões de pressão para os movimentos de elevação
e translação e um botão com trava para interrupção do comando (parada).

Opcional para comando por rádio controle (vide na especificação da ponte a existência deste
acessório):
A opção de rádio-controle nas pontes EKKE é preenchida pelo rádio
DEMAG RC-10, que pode operar em freqüências entre 433,1 e 434,75
Mhz, com 25kHz entre canais (67 canais disponíveis). O rádio RC-10 é
composto de transmissor portátil, tipo botoeira com 10 botões, e
unidade receptora fixa na ponte. O transmissor é leve e compacto
(peso 500g), fácil de usar e de formato ergonômico, com bateria de
NiMH (níquel-metal hidreto) incorporada, com autonomia mínima de 4
horas (serviço contínuo) ou 8 horas com ED=50%; o grau de proteção
do transmissor é IP 65. O receptor do sistema RC-10 constitui-se de
uma caixa de material sintético proteção IP65. O receptor apresenta
saídas de comando por relés.

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3.3. COMPONENTES ELÉTRICOS

Relação básica de componentes utilizados nas pontes ELKE padronizadas:

CONTATORES PRINCIPAIS:
Fabricante: Siemens
Tipo: 3TF
Características: Os contatores tripolares a seco tipo 3TF são projetados especialmente
para o comando de motores trifásicos. Estes contatores atendem às
determinações VDE 0660 e IEC 158.
Tensão Nominal: 660V
Vida Mecânica: 10 milhões de manobras

CONTATORES AUXILIARES:
Fabricante: Siemens
Tipo: 3TH
Características: Os contatores auxiliares 3TH são utilizados nos circuitos de comando.
Estes contatores satisfazem as determinações VDE 0660 e IEC 337-1.
Tensão Nominal: 660V
Vida Mecânica: 30 milhões de manobras

TRANSFORMADORES DE COMANDO:
Fabricante: TRA ou REG-MAR
Características: Os transformadores de comando são utilizados para a alimentação dos
circuitos auxiliares de comando e sinalização.
Isolação: a seco
Classe de tensão de isolamento nominal: 0,6 kV
Execução: Tipo núcleo envolvente

CHAVE GERAL (DISJUNTOR MAGNÉTICO):


Fabricante: Moeller
Características: A chave geral (disjuntor) permite o desligamento/proteção geral do
equipamento.

BORNES/CONECTORES:
Fabricante: GEC-ALSTOM – Wieland
Características: Os conectores de linha WK obedecem às normas IEC, UAE entre outras.
As partes isolantes são injetadas em nylon 6.6 de alta qualidade com as
seguintes características:
- auto-extinguível
- não inflamável;
- isolação elevada;
- alta temperatura de fusão (250oC)

CAIXA DE PAINÉIS:
Características: Caixas de painéis feitas de chapa de aço, bitola 16, proteção IP-54 com
tampas de fechamento frontais, com perfil especial de borracha para uma
vedação perfeita.

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CONDUTORES ELÉTRICOS:
Características: a) Na fiação rígida são utilizados cabos do tipo “Flexiplast”, com isolação
de 600V, têmpera de cobre mole, isolamento e capa externa de
composto termoplástico de cloreto de polivinila (PVC).
b) Na fiação móvel (abastecimento de força para a talha e trole) são
utilizados cabos chatos tipo “Ponteflex”, isolação e capa externa de
composto termoplástico de cloreto de polivinila (PVC).

6. SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO

No sistema de lubrificação da ponte rolante ELKE cada mecanismo é lubrificado isoladamente.


Todo equipamento DEMAG é fornecido devidamente lubrificado; manuais de operação e
manutenção são fornecidos para cada equipamento, detalhando procedimentos e
quantidades/tipos de lubrificantes empregados em cada caso.

Mecanismo de elevação:
Na talha DK o redutor é totalmente vedado. A lubrificação das engrenagens e mancais de
rolamento é feita por banho de óleo. Em condição normal de trabalho e ambiente, a primeira
troca de óleo deverá ser efetuada após doze meses de funcionamento, com trocas sucessivas
a cada quatro anos.
Os rolamentos do motor, etc possuem lubrificação permanente. Recomenda-se, contudo, a
verificação do estado da lubrificação rolamento após 2 a 3 anos de funcionamento.
Os rolamentos do bloco inferior (conjunto gancho) são lubrificados com graxa. Esta lubrificação
deverá ser revisada periodicamente. Recomenda-se a primeira revisão após 3 meses de
funcionamento, com revisões periódicas a cada 12 meses.
A corrente deverá ser lubrificada na colocação em funcionamento e periodicamente a cada 6
meses.

Acionamento de translação da ponte e do trole:


As unidades de translação da ponte e do trole são formadas por conjuntos moto-redutores
acoplados diretamente à unidade movida. Os moto-redutores DEMAG aplicados são totalmente
vedados, sendo a lubrificação das engrenagens feita por banho de óleo. No caso específico do
redutor de translação dos troles da talha DK, as engrenagens trabalham com lubrificação por
graxa.
Todos os rolamentos dos eixos das rodas têm lubrificação permanente.

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