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RONALDO ISHIHARA
CAMPINAS
2017
RONALDO ISHIHARA
Volume: 01/01
CAMPINAS
2017
FICHA CATALOGRÁFICA
FOLHA DE APROVAÇÃO
Ronaldo Ishihara
Presidente e Orientador
Dedico meus sinceros agradecimentos à minha família e aos meus amigos que
acompanharam de perto a evolução deste trabalho. Ao meu orientador Leandro, cujo apoio
e paciência foram primordiais para esta realização. À Pat, minha esposa e parceira: muito
obrigado.
"Often the hands will solve a mystery that the intellect has struggled with in vain."
Carl G. Jung
RESUMO
normas e modelos de cálculo atualmente têm como base conceitos baseados na analogia
modelos pode apresentar resultados que divergem significativamente. Dentro deste cenário,
o objetivo deste estudo é avaliar os métodos de cálculo vigentes e realizar uma análise
do concreto, altura útil e relação altura útil/distância entre o apoio e a carga pontual aplicada,
literatura, compilados num banco de dados composto por 797 vigas ensaiadas,
cuja ruptura ocorreu por cisalhamento. A análise dos critérios de cálculo é realizada
calculados para cada método. O estudo paramétrico é realizado com base nos resultados
realizado conclui-se que, embora haja variação tanto no desempenho das equações de
Prediction models for shear strength of elements in reinforced concrete have been studied by
researchers for more than a century, resulting in different lines of research. In this context,
the design criteria presented in codes and models are based currently on concepts based on
the generalized Mörsch’struss analogy or on the modified compression field theory. The
design of a section of a reinforced concrete beam from these different models might produce
results that diverge significantly. In this scenario, the objective of this study is to evaluate
present calculation methods and to perform a parametric analysis of the influence of the
variables: longitudinal reinforcement ratio, concrete strength, effective depth and the ratio
effective depth / distance from support and the punctual load applied, on the concrete’s
shear strength. The calculation models to be analyzed and compared are presented in NBR
6118/2014, ACI 318/2014, CEB-FIP ModelCode / 2010, CSA A.23.3 / 2004 and EN 1992-1-1
/ 2004. The evaluation of the methods is realized by comparing it’s results with experimental
results of beams found in the literature, compiled in a database composed of 797 beams,
selected in order to meet the prerequisites: section without transverse reinforcement and with
shear failure. The analysis of the calculation criteria is performed by comparing the failure
loads presented in these tests and the result values for each code. The parametric study is
performed based on the experimental results, isolating the influence of each studied variable.
At the end of the work, it is concluded that, although there is a variation both in the
performance of the presented shear equations’ codes and in the deviation of the results
presented by them according to the parameters, it is possible to affirm that the results from
Figura 2-1 – Analogia da treliça clássica como apresentada por Ritter (adaptado de Ritter,
1899) ....................................................................................................................................26
Figura 2-2 – Considerações de Mörsch para a treliça clássica (adaptado de Mörsch, 1902) 26
Figura 2-3 – Modelo da treliça clássica ................................................................................27
Figura 2-4 – Treliça generalizada proposta por J. Schlaich (adaptado de Schlaich, 1987) ...28
Figura 2-5 – Modelo da treliça generalizada .........................................................................28
Figura 2-6 – Forças atuantes em viga fissurada ...................................................................29
Figura 2-7 – Representatividade dos paineis ensaiados (adaptado de Bentz, 2006) ............33
Figura 2-8 – Equações da Teoria do Campo de Compressão Modificado (adaptado de
Bentz, 2006) .........................................................................................................................34
Figura 2-9 – Influência da taxa de armadura longitudinal na resistência ao cisalhamento
(adaptado de Hedman, O.; Losberg, A., 1978) .....................................................................55
Figura 2-10 – Influência da taxa de armadura longitudinal na resistência ao cisalhamento
(adaptado de Leonhardt, F., 1979) .......................................................................................55
Figura 2-11 – Influência da taxa de armadura longitudinal na resistência ao cisalhamento
(Fusco, 2008) .......................................................................................................................57
Figura 2-12 – Influência da altura útil na resistência ao cisalhamento (adaptado de
Leonhardt, F., 1979) .............................................................................................................59
Figura 2-13 – Influência da altura útil na resistência ao cisalhamento (Fusco, 2008) ...........60
Figura 2-14 – Influência da relação 𝑎/𝑑 na resistência ao cisalhamento (adaptado de
Leonhardt, F., 1979) .............................................................................................................62
Figura 2-15 – Influência da relação 𝑎/𝑑 na resistência ao cisalhamento (adaptado de
MacGregor, J. G.; Wight, J. K., 2012) ...................................................................................64
Figura 2-16 –Resistência ao cisalhamento em função dos parâmetros (adaptado de fib
bulletin 2, 1999) ....................................................................................................................66
Figura 3-1 –Distribuição da resistência do concreto (Cerqueira, 2000).................................76
Figura 3-2 –Distribuição do número de ensaios considerando o parâmetro 𝑎/𝑑 ..................90
Figura 3-3 –Distribuição do número de ensaios considerando o parâmetro 𝑑 ......................91
Figura 3-4 –Distribuição do número de ensaios considerando o parâmetro 𝑓𝑐𝑘 ...................92
Figura 3-5 –Distribuição do número de ensaios considerando o parâmetro 𝜌 ......................93
Figura 3-6 – Nomenclatura adotada para as combinações ...................................................95
Figura 3-7 –Representação do conjunto de ensaios da combinação 𝑋𝑏𝑏𝑐 ...........................97
LISTA DE GRÁFICOS
Tabela 2-1 – Resumo das equações para cisalhamento das normas ...................................53
Tabela 2-2 – Valores adotados para cada intervalo de parâmetro ........................................67
Tabela 3-1 – Limites dos parâmetros atribuídos pelas normas .............................................81
Tabela 3-2 – Classificação por pontos de demérito segundo Collins (2011) .........................86
Tabela 3-3 – Resumo dos intervalos dos critérios ................................................................94
Tabela 3-4 – Distribuição de ensaios considerando o critério crit01 (𝑎/𝑑) livre ....................96
Tabela 3-5 – Distribuição de ensaios considerando o critério crit02 (𝑑) livre ........................98
Tabela 3-6 – Distribuição de ensaios considerando o critério crit03 (𝑓𝑐𝑘) livre ....................99
Tabela 3-7 – Distribuição de ensaios considerando o critério crit04 (𝜌) livre ...................... 100
Tabela 3-8 – Resumo de combinações válidas .................................................................. 101
Tabela 4-1 – NBR,I - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbc .......................................... 103
Tabela 4-2 – NBR,I - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbd .......................................... 105
Tabela 4-3 – NBR,I - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbe .......................................... 106
Tabela 4-4 – NBR,I - DP Collins para 𝑑 e combinação bXbb .............................................. 108
Tabela 4-5 – NBR,I - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bbXc .......................................... 110
Tabela 4-6 – NBR,I - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bcXc...........................................111
Tabela 4-7 – NBR,I - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação cbXc........................................... 113
Tabela 4-8 – NBR,I - DP Collins para 𝜌 e combinação bbbX ..............................................115
Tabela 4-9 – NBR,I - DP Collins para 𝜌 e combinação bbcX .............................................. 116
Tabela 4-10 – NBR,I - DP Collins para 𝜌 e combinação cbbX ............................................118
Tabela 5-1 – NBR,II - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbc ......................................... 120
Tabela 5-2 – NBR,II - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbd ......................................... 122
Tabela 5-3 – NBR,II - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbe ......................................... 123
Tabela 5-4 – NBR,II - DP Collins para 𝑑 e combinação bXbb ............................................. 125
Tabela 5-5 – NBR,II - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bbXc ......................................... 127
Tabela 5-6 – NBR,II - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bcXc.......................................... 128
Tabela 5-7 – NBR,II - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação cbXc.......................................... 130
Tabela 5-8 – NBR,II - DP Collins para 𝜌 e combinação bbbX ............................................. 132
Tabela 5-9 – NBR,II - DP Collins para 𝜌 e combinação bbcX .............................................133
Tabela 5-10 – NBR,II - DP Collins para 𝜌 e combinação cbbX ........................................... 135
Tabela 6-1 – ACI - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbc .............................................. 137
Tabela 6-2 – ACI - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbd ............................................. 139
Tabela 6-3 – ACI - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbe ............................................. 140
Tabela 6-4 – ACI - DP Collins para 𝑑 e combinação bXbb ................................................. 142
Tabela 6-5 – ACI - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bbXc .............................................. 144
Tabela 6-6 – ACI - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bcXc ..............................................145
Tabela 6-7 – ACI - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação cbXc .............................................. 147
Tabela 6-8 – ACI - DP Collins para 𝜌 e combinação bbbX .................................................149
Tabela 6-9 – ACI - DP Collins para 𝜌 e combinação bbcX.................................................. 150
Tabela 6-10 – ACI - DP Collins para 𝜌 e combinação cbbX................................................152
Tabela 7-1 – CSA - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbc ............................................ 154
Tabela 7-2 – CSA - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbd ............................................ 156
Tabela 7-3 – CSA - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbe ............................................ 157
Tabela 7-4 – CSA - DP Collins para 𝑑 e combinação bXbb ................................................ 159
Tabela 7-5 – CSA - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bbXc............................................. 161
Tabela 7-6 – CSA - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bcXc ............................................. 162
Tabela 7-7 – CSA - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação cbXc ............................................. 164
Tabela 7-8 – CSA - DP Collins para 𝜌 e combinação bbbX ................................................166
Tabela 7-9 – CSA - DP Collins para 𝜌 e combinação bbcX ................................................ 167
Tabela 7-10 – CSA - DP Collins para 𝜌 e combinação cbbX .............................................. 169
Tabela 8-1 – CEBFIP - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbc .......................................171
Tabela 8-2 – CEBFIP - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbd.......................................173
Tabela 8-3 – CEBFIP - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbe.......................................174
Tabela 8-4 – CEBFIP - DP Collins para 𝑑 e combinação bXbb ..........................................176
Tabela 8-5 – CEBFIP - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bbXc .......................................178
Tabela 8-6 – CEBFIP - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bcXc ....................................... 179
Tabela 8-7 – CEBFIP - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação cbXc .......................................181
Tabela 8-8 – CEBFIP - DP Collins para 𝜌 e combinação bbbX .......................................... 183
Tabela 8-9 – CEBFIP - DP Collins para 𝜌 e combinação bbcX ........................................... 184
Tabela 8-10 – CEBFIP - DP Collins para 𝜌 e combinação cbbX .........................................186
Tabela 9-1 – EC2 - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbc ............................................. 188
Tabela 9-2 – EC2 - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbd ............................................ 190
Tabela 9-3 – EC2 - DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbe ............................................ 191
Tabela 9-4 – EC2 - DP Collins para 𝑑 e combinação bXbb ................................................ 193
Tabela 9-5 – EC2 - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bbXc .............................................195
Tabela 9-6 – EC2 - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bcXc ............................................. 196
Tabela 9-7 – EC2 - DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação cbXc ............................................. 198
Tabela 9-8 – EC2 - DP Collins para 𝜌 e combinação bbbX ................................................ 200
Tabela 9-9 – EC2 - DP Collins para 𝜌 e combinação bbcX................................................. 201
Tabela 9-10 – EC2 - DP Collins para 𝜌 e combinação cbbX............................................... 203
Tabela 10-1 – Comparativo DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbc ................................ 206
Tabela 10-2 – Comparativo DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbd................................ 207
Tabela 10-3 – Comparativo DP Collins para 𝑎/𝑑 e combinação Xbbe................................ 209
Tabela 10-4 – Comparativo DP Collins para 𝑑 e combinação bXbb ...................................211
Tabela 10-5 – Comparativo DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bbXc ................................213
Tabela 10-6 – Comparativo DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação bcXc ................................ 215
Tabela 10-7 – Comparativo DP Collins para 𝑓𝑐𝑘 e combinação cbXc ................................ 216
Tabela 10-8 – Comparativo DP Collins para 𝜌 e combinação bbbX ................................... 218
Tabela 10-9 – Comparativo DP Collins para 𝜌 e combinação bbcX.................................... 220
Tabela 10-10 – Comparativo DP Collins para 𝜌 e combinação cbbX .................................. 222
EC2 – Eurocode 2
α → ângulo; coeficiente
𝜏 → tensão de cisalhamento
cortante
concreto
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................22
1.1. Justificativa ............................................................................................................22
1.2. Objetivos ................................................................................................................23
Objetivo geral ..................................................................................................23
Objetivos específicos ......................................................................................24
1.3. Organização da dissertação ...................................................................................24
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .........................................................................................25
2.1. Esforços e tensões no modelo da treliça clássica ..................................................25
2.2. Esforços e tensões no modelo da treliça generalizada ...........................................27
2.3. Mecanismos básicos de resistência ao cisalhamento na diagonal tracionada ........29
2.4. Esforços e tensões no modelo do campo de compressão modificado ....................32
2.5. Recomendações de normas...................................................................................36
NBR 6118/2014...............................................................................................36
2.5.1.1. NBR - Procedimento I (NBR,I) – cálculo como lajes .................................37
2.5.1.2. NBR - Procedimento II (NBR,II) – cálculo como vigas ..............................38
ACI 318/2014 (ACI) .........................................................................................42
CSA A23.03-04/2004 (CSA) ............................................................................44
CEB-FIP ModelCode/2010 (CEBFIP) ..............................................................48
EN 1992-1-1/2004 (EC2) .................................................................................51
Resumo das equações das normas ................................................................53
2.6. Influência dos parâmetros na resistência ao cisalhamento .....................................54
Taxa de armadura longitudinal ........................................................................54
Altura últil ........................................................................................................58
Relação entre a distância da carga pontual e a altura útil ...............................62
Resistência à compressão do concreto ...........................................................65
Gráficos da influência dos parâmetros nas equações de normas ....................67
2.6.5.1. Taxa de armadura longitudinal .................................................................68
2.6.5.2. Altura útil ..................................................................................................69
2.6.5.3. Relação entre a distância da carga pontual e a altura útil ........................71
2.6.5.4. Resistência à compressão do concreto ....................................................72
3. METODOLOGIA ...........................................................................................................74
3.1. Critérios e considerações para a aplicação equações de normas ..........................74
Fatores de majoração e minoração .................................................................74
Ancoragem da armadura longitudinal ..............................................................74
Diâmetro dos agregados .................................................................................75
Momento fletor na seção em análise ...............................................................75
Resistência à compressão do concreto ...........................................................75
3.2. Critérios adotados para a composição do banco de dados das vigas ....................81
Limites dos parâmetros atribuídos pelas normas ............................................81
Características para consideração do ensaio ..................................................82
3.3. Cálculo da tensão de cisalhamento solicitante .......................................................84
3.4. Razão entre tensão solicitante e resistente dos modelos .......................................84
3.5. Critério de avaliação das Normas: pontos de demérito segundo Collins ................85
3.6. Parâmetros para classificação das vigas do banco de dados.................................86
3.7. Definição do intervalo de cada critério para o estudo parametrizado......................87
3.8. Resultados experimentais e de normas..................................................................88
3.9. CARACTERÍSTICAS DO BANCO DE DADOS ......................................................89
Distribuição do número de ensaios dentro dos parâmetros .............................89
3.10. Distribuição dos ensaios considerando os subgrupos dos critérios .....................95
4. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS: NORMA NBR 618:2014 – lajes (NBR,I) ............... 102
4.1. Relação entre o ponto de aplicação da carga e a altura útil – 𝒂/𝒅 ....................... 102
Distribuição de ensaios 01 ............................................................................ 102
Distribuição de ensaios 02 ............................................................................ 104
Distribuição de ensaios 03 ............................................................................ 105
4.2. Altura útil – 𝒅 ........................................................................................................ 107
Distribuição de ensaios 04 ............................................................................ 107
4.3. Resistência à compressão do concreto – 𝒇𝒄𝒌 ...................................................... 109
Distribuição de ensaios 05 ............................................................................ 109
Distribuição de ensaios 06 ............................................................................ 110
Distribuição de ensaios 07 ............................................................................ 112
4.4. Taxa de armadura longitudinal – 𝝆 ....................................................................... 114
Distribuição de ensaios 08 ............................................................................ 114
Distribuição de ensaios 09 ............................................................................ 115
Distribuição de ensaios 10 ............................................................................ 117
5. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS: NORMA NBR6118:2014 – vigas (NBR,II) ............ 119
5.1. Relação entre o ponto de aplicação da carga e a altura útil – 𝒂/𝒅 ....................... 119
Distribuição de ensaios 01 ............................................................................ 119
Distribuição de ensaios 02 ............................................................................ 121
Distribuição de ensaios 03 ............................................................................ 122
5.2. Altura útil – 𝒅 ........................................................................................................ 124
Distribuição de ensaios 04 ............................................................................ 124
5.3. Resistência à compressão do concreto – 𝒇𝒄𝒌 ...................................................... 126
Distribuição de ensaios 05 ............................................................................ 126
Distribuição de ensaios 06 ............................................................................ 127
Distribuição de ensaios 07 ............................................................................ 129
5.4. Taxa de armadura longitudinal – 𝝆 ....................................................................... 131
Distribuição de ensaios 08 ............................................................................ 131
Distribuição de ensaios 09 ............................................................................ 132
Distribuição de ensaios 10 ............................................................................ 134
6. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS: NORMA ACI 318/2014 (ACI) ................................ 136
6.1. Relação entre o ponto de aplicação da carga e a altura útil – 𝒂/𝒅 ....................... 136
Distribuição de ensaios 01 ............................................................................ 136
Distribuição de ensaios 02 ............................................................................ 138
Distribuição de ensaios 03 ............................................................................ 139
6.2. Altura útil – 𝒅 ........................................................................................................ 141
Distribuição de ensaios 04 ............................................................................ 141
6.3. Resistência à compressão do concreto – 𝒇𝒄𝒌 ...................................................... 143
Distribuição de ensaios 05 ............................................................................ 143
Distribuição de ensaios 06 ............................................................................ 144
Distribuição de ensaios 07 ............................................................................ 146
6.4. Taxa de armadura longitudinal – 𝝆 ....................................................................... 148
Distribuição de ensaios 08 ............................................................................ 148
Distribuição de ensaios 09 ............................................................................ 149
Distribuição de ensaios 10 ............................................................................ 151
7. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS: NORMA CSA A23.03-04/2004 (CSA) ................... 153
7.1. Relação entre o ponto de aplicação da carga e a altura útil – 𝒂/𝒅 ....................... 153
Distribuição de ensaios 01 ............................................................................ 153
Distribuição de ensaios 02 ............................................................................ 155
Distribuição de ensaios 03 ............................................................................ 156
7.2. Altura útil – 𝒅 ........................................................................................................ 158
Distribuição de ensaios 04 ............................................................................ 158
7.3. Resistência à compressão do concreto – 𝒇𝒄𝒌 ...................................................... 160
Distribuição de ensaios 05 ............................................................................ 160
Distribuição de ensaios 06 ............................................................................ 161
Distribuição de ensaios 07 ............................................................................ 163
7.4. Taxa de armadura longitudinal – 𝝆 ....................................................................... 165
Distribuição de ensaios 08 ............................................................................ 165
Distribuição de ensaios 09 ............................................................................ 166
Distribuição de ensaios 10 ............................................................................ 168
8. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS: NORMA CEB-FIP ModelCode/2010 (CEBFIP) .... 170
8.1. Relação entre o ponto de aplicação da carga e a altura útil – 𝒂/𝒅 ....................... 170
Distribuição de ensaios 01 ............................................................................ 170
Distribuição de ensaios 02 ............................................................................ 172
Distribuição de ensaios 03 ............................................................................ 173
8.2. Altura útil – 𝒅 ........................................................................................................ 175
Distribuição de ensaios 04 ............................................................................ 175
8.3. Resistência à compressão do concreto – 𝒇𝒄𝒌 ...................................................... 177
Distribuição de ensaios 05 ............................................................................ 177
Distribuição de ensaios 06 ............................................................................ 178
Distribuição de ensaios 07 ............................................................................ 180
8.4. Taxa de armadura longitudinal – 𝝆 ....................................................................... 182
Distribuição de ensaios 08 ............................................................................ 182
Distribuição de ensaios 09 ............................................................................ 183
Distribuição de ensaios 10 ............................................................................ 185
9. AVALIAÇÃO DE RESULTADOS: NORMA EN 1992-1-1/2004 (EC2) ........................ 187
9.1. Relação entre o ponto de aplicação da carga e a altura útil – 𝒂/𝒅 ....................... 187
Distribuição de ensaios 01 ............................................................................ 187
Distribuição de ensaios 02 ............................................................................ 189
Distribuição de ensaios 03 ............................................................................ 190
9.2. Altura útil – 𝒅 ........................................................................................................ 192
Distribuição de ensaios 04 ............................................................................ 192
9.3. Resistência à compressão do concreto – 𝒇𝒄𝒌 ...................................................... 194
Distribuição de ensaios 05 ............................................................................ 194
Distribuição de ensaios 06 ............................................................................ 195
Distribuição de ensaios 07 ............................................................................ 197
9.4. Taxa de armadura longitudinal – 𝝆 ....................................................................... 199
Distribuição de ensaios 08 ............................................................................ 199
Distribuição de ensaios 09 ............................................................................ 200
Distribuição de ensaios 10 ............................................................................ 202
10. COMPARATIVO ENTRE NORMAS ........................................................................ 204
10.1. Parâmetro 𝒂/𝒅 (crit01)......................................................................................204
Distribuição de ensaios 01 ......................................................................... 204
Distribuição de ensaios 02 ......................................................................... 206
Distribuição de ensaios 03 ......................................................................... 208
10.2. Parâmetro 𝒅 (crit02).......................................................................................... 210
Distribuição de ensaios 04 ......................................................................... 210
10.3. Parâmetro 𝒇𝒄𝒌 (crit03) ...................................................................................... 212
Distribuição de ensaios 05 ......................................................................... 212
Distribuição de ensaios 06 ......................................................................... 214
Distribuição de ensaios 07 ......................................................................... 215
10.4. Parâmetro 𝝆 (crit04).......................................................................................... 217
Distribuição de ensaios 08 ......................................................................... 217
Distribuição de ensaios 09 ......................................................................... 219
Distribuição de ensaios 10 ......................................................................... 221
10.5. Gráficos comparativos de DP Collins ................................................................ 223
Parâmetro 𝒂𝒅 ............................................................................................ 223
Parâmetro 𝒅 .............................................................................................. 224
Parâmetro 𝒇𝒄𝒌 ........................................................................................... 225
Parâmetro 𝝆 ..............................................................................................227
11. CONCLUSÃO E SUGESTÕES DE TRABALHOS .................................................. 229
11.1. Considerações finais ........................................................................................ 229
11.2. Sugestões para trabalhos futuros ..................................................................... 231
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................232
APÊNDICE I – BANCO DE DADOS .................................................................................. 238
22
1. INTRODUÇÃO
mais de um século. Apesar da questão de peças sem armadura transversal ter sido
abordada ao longo das últimas décadas, ainda não há um consenso sobre um modelo
concreto armado evidencia que o estudo deste tema ainda apresenta uma ampla
possibilidade de avanço.
concreto armado a partir destes diferentes modelos pode apresentar resultados que
divergem significativamente.
1.1. Justificativa
A forma como uma seção de concreto armado responde quando solicitada por um
esforço cortante é abordada por teorias distintas quando comparam-se normas vigentes em
países diversos. Esta forma de abordagem divergente gera diferenças dos critérios
valores obtidos em ensaios encontrados em literaturas diversas, são encontrados para cada
norma índices de segurança diferentes. Além disso, este índice de segurança não se
mantém quando parâmetros tais como geometria da seção da viga, taxa de armadura
Entre as questões que justificam estas diferenças, podem ser ressaltadas a forma
sobre os materiais empregados, além dos custos inerentes para a manutenção do grau de
segurança almejado, fatores estes que são intrínsecos a cada sociedade, sendo refletidos
obtidos na literatura.
1.2. Objetivos
Objetivo geral
Este trabalho tem como objetivo geral analisar os procedimentos de cálculo para a
Objetivos específicos
seção de concreto;
armadura longitudinal, altura útil da seção, resistência do concreto e relação entre a altura
uma das normas. A recomendações normatizadas têm então seus valores teóricos
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
cisalhamento, atualmente adotadas pelas normas em estudo. Os modelos teóricos que dão
capítulo são ainda citados os trabalhos que discorrem sobre as variáveis que influênciam na
originalmente criado por W. Ritter em 1899 (RITTER, 1899) e modificado por E. Mörsch em
1902 (MÖRSCH, 1902). Este modelo considera o elemento estrutural fissurado, sendo
superior;
estrutural.
26
Figura 2-2 apresenta as considerações feitas por E. Mörsch para a treliça clássica.
Figura 2-1 – Analogia da treliça clássica como apresentada por Ritter (adaptado de
Ritter, 1899)
1902)
27
clássica.
𝛼
𝜃 = 45°
𝑣
diagonal tracionada banzo inferior tracionado
(SCHLAICH, 1987). Este novo modelo ficou conhecido como modelo da treliça generalizada.
variável e banzos não mais paralelos: o banzo comprimido inclina-se em direção ao apoio
1987)
banzo superior
comprimido
diagonal comprimida 𝑃
𝛼
𝜃
tracionada
𝐶
𝑣
𝑣
𝑇
𝑣 𝑣
𝑣
armadura longitudinal
efeito de pino da armadura longitudinal, a parcela 𝑣 resistida pelo concreto não fissurado
agregados entre as faces da fissura (FUSCO, 2008). A Eq. 2-1 apresenta as componentes
𝑣 =𝑣 +𝑣 +𝑣 +𝑣 Eq. 2-1
30
inclinada na biela resulta no efeito de arco, o qual eleva substancialmente a carga última de
convencional (sem o uso de fibras ou outros materiais que podem vir a alterar a forma como
longitudinais;
contribuição indireta citada em cada um dos três itens anteriores, a qual afeta
modificado
de valores médios das tensões e das deformações. Este modelo apresenta considerações
inferior quando comparado com os resultados de ensaios realizados com o corpo de prova
compressão modificado.
de Bentz, 2006)
cisalhamento de forma isolada. As equações Eq. 2-2, Eq. 2-3 e Eq. 2-4 correspondem às
𝑆 Eq. 2-4
𝜃 = (29° + 7000𝜀 ) × 0,88 + ≤ 75°
2500
Onde:
Onde:
modificado.
NBR 6118/2014
engrenamento entre os agregados são representados nesta norma pela parcela 𝑣 . Neste
respeitado o valor limite da altura altura últil da peça igual ou inferior a 1/5 de sua largura.
procedimento e esteja quase que integralmente fora do limite apresentado pelo segundo,
(cálculo de 𝑣 para lajes) e Procedimento II (cálculo de 𝑣 para vigas), uma vez que a NBR
tratada na norma NBR 6118/2014, assim como para vigas, com formulações em termos de
limites máximos para o esforço cortante solicitante 𝑉 . Para elementos sem armadura
Eq. 2-6.
𝑉 ≤𝑉 Eq. 2-6
2-7.
Onde:
𝜏 = 0,25𝑓
𝑓 =𝑓 , ⁄𝛾
Para elementos onde 50% da armadura longitudinal inferior não chega até o apoio,
requisitos de ancoragem definidos pela norma NBR 6118/2014 que não são objeto de
𝐴 Eq. 2-8
𝜌 = ≤ 0,02
𝑏 𝑑
𝑁 Eq. 2-9
𝜎 =
𝐴
Onde:
NBR 6118/2014 com formulações em termos de limites máximos para o esforço cortante
solicitante 𝑉 . Este esforço está sujeito a valores limites conforme apresentado nas
𝑉 ≤𝑉 Eq. 2-10
𝑉 ≤𝑉 Eq. 2-11
atuante nas diagonais compridas pode ser expressa conforme apresentado na equação Eq.
𝑉 Eq. 2-12
𝜎 =
𝑏 𝑧(𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃 + 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼)𝑠𝑒𝑛 𝜃
𝑓 , valor atribuído para quando a biela é atravessada por mais de um tirante, resultando
Onde:
𝑓 = 𝑓 ⁄𝛾
ainda como distância entre os banzos do modelo da treliça 𝑧 = 0,9𝑑, a equação Eq. 2-12
𝑉 =𝑓 𝑏 × 0,9𝑑(𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃 + 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼)𝑠𝑒𝑛 𝜃
diagonal de compressão 𝜃 pode ser admitido com valores entre entre 30° e 45°.
cálculo I na NBR 6118/2014. A equação simplificada deste modelo está representada pela
Eq. 2-15.
𝑉 = 𝑉 +𝑉 Eq. 2-16
não há armadura trasnversal ao elemento estrutural, este termo torna-se nulo. O termo 𝑉
Onde:
concreto 𝑓 , , a norma NBR 6118/2014 possibilita a utilização de seu valor médio calculado
𝑓 , = 0,3𝑓
/ Eq. 2-19
tração, é notório que a ruína das diagonais tracionadas ocorre antes das bielas atingirem
de concreto armado conforme critérios da norma ACI 318/2014 é realizado com base na
𝑣 =𝑣 +𝑣 Eq. 2-21
estruturais sem sua presença. Para estes elementos, o ACI 318/2014 define valores limites
para 𝑣 de acordo com sua altura. Caso a altura ℎ seja igual ou inferior a 25,4𝑐𝑚 adota-se a
𝑣 =𝑣 Eq. 2-22
O termo 𝑣 é definido pela norma ACI 318/2014 conforme apresentado pela Eq.
2-24:
𝑉𝑑 Eq. 2-24
𝑣 = 0,16𝜆 𝑓 ′ + 17𝜌 ×𝑏 𝑑
𝑀
Onde:
43
𝜙𝑣 ≥ 𝑣 Eq. 2-27
Onde:
na Eq. 2-28:
𝑣 ≥𝑣 Eq. 2-28
Onde:
𝑣 = 𝑣 +𝑣 +𝑣 Eq. 2-29
Onde:
𝑣 = ∅ 𝜆𝛽 𝑓 ′𝑏 𝑑 Eq. 2-30
Onde:
espaçamento de fissuras
𝑑 → altura efetiva ao cisalhamento, tomada como o maior valor entre 0,9𝑑 e 0,72ℎ
descrito como modelo simplificado e outro descrito como modelo geral. As equações
Onde:
Na falta de cálculos mais precisos, o termo 𝜀 pode ser tomado como disposto na
Eq. 2-32, já simplificada para casos onde não há protensão ou carregamentos longitudinais
ao elemento estrutural.
46
𝑀 ⁄𝑑 + 𝑣 Eq. 2-32
𝜀 =
2(𝐸 𝐴 )
Onde:
𝑑 → altura efetiva ao cisalhamento, tomada como o maior valor entre 0,9𝑑 e 0,72ℎ
mínimo 𝑣 𝑧. O valor da deformação 𝜀 não deve ser inferior a zero, caso contrário deve ser
tomado como zero ou o denominador na Eq. 2-41 deve considerar ainda a parcela de
contribuição do concreto 𝐸 𝐴 . Neste caso, o valor mínimo passa para 𝜀 é −0,0002. Para
O termo 𝑆 presente na Eq. 2-31 é obtido pelo cálculo apresentado na Eq. 2-33.
Onde:
𝑑 → altura efetiva ao cisalhamento, tomada como o maior valor entre 0,9𝑑 e 0,72ℎ
𝑣 ≤𝑣 +𝑣 Eq. 2-35
Há também uma limitação quando ao momento torçor máximo, como critério para
adoção de armadura mínima. O estudo de torção não é objeto de estudo deste trabalho.
48
𝑣 =𝑣 , +𝑣 , Eq. 2-37
Onde:
𝑓 Eq. 2-38
𝑣 , =𝐾 𝑏 𝑧
𝛾
Onde:
espaçamento de fissuras
complexos ou onde é necessária uma avaliação mais rigorosa da estrutura. Este nível
apresenta o maior grau de complexidade e melhor aproximação dos resultados obtidos entre
III. As equações deste procedimento no nível III são semelhantes aos apresentados pela
Quando não há armadura transversal, o valor do fator 𝐾 é calculado pela Eq. 2-39.
Onde:
O parâmetro 𝜀 é calculado pela Eq. 2-41, já simplificada para casos onde não há
𝑀 ⁄z + 𝑣 Eq. 2-40
𝜀 =
2(𝐸 𝐴 )
não deve ser inferior a zero, caso contrário deve ser tomado como zero ou o denominador
na Eq. 2-41 deve considerar ainda a parcela de contribuição do concreto 𝐸 𝐴 . Neste caso,
o valor mínimo passa para 𝜀 é −0,0002. Para ambos os casos, o valor máximo para 𝜀 é
0,003.
A resistência final deve ser limitada pela Eq. 2-42, já readequada para casos sem
𝑓 Eq. 2-42
𝑣 ≤𝐾 𝑏 𝑧
𝛾
30 Eq. 2-43
𝐾 ≤ 0,55 𝑓
0,55
EN 1992-1-1/2004 (EC2)
Eurocode EN 1992-1-1 (2004) para elementos estruturais que não apresentam armadura
Onde:
𝑘 = 0,15
área das armaduras de tração 𝐴 , que se estende até não menos que 𝑑 + 𝑙 além da
𝐴 Eq. 2-45
𝜌 = ≤ 0,02
𝑏 𝑑
52
Eq. 2-46
200
𝑘 =1+ ≤2
𝑑
𝑁 Eq. 2-47
𝜎 =
𝐴
Onde:
As equações das normas apresentadas nos itens 2.5.1 a 2.5.5 seguem resumidas
na Tabela 2-1.
𝑣 = 0,6𝑓 , 𝑏 𝑑 𝑓 , = 0,7 × 𝑓 ,
NBR,II
(treliça /
𝑓 , = 0,3𝑓 (𝑓 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎)
generalizada)
𝑓 = 2,12 × 𝑙𝑛(1 + 0,11𝑓 ) (55 𝑀𝑃𝑎 ≤ 𝑓 ≤ 90 𝑀𝑃𝑎)
ACI
𝑉𝑑 0,29𝜆 𝑓 ′𝑏 𝑑
(treliça
𝑣 = 0,16𝜆 𝑓 ′ + 17𝜌 ×𝑏 𝑑 𝑣 ≤
𝑀 0,16𝜆 𝑓 ′ + 17𝜌 × 𝑏 𝑑
generalizada)
𝑣 = ∅ 𝜆𝛽 𝑓 ′𝑏 𝑑
CSA
35𝑑
0,40 1300 𝑆 = ≥ 0,85𝑑
(campo de 𝛽= × 15 + 𝑎
1 + 1500𝜀 1000 + 𝑆
compressão
𝑣 ≤ 0,25∅ 𝑓 ′𝑏 𝑑 + 𝑣
𝑀 ⁄𝑑 + 𝑣
modificado) 𝜀 =
2(𝐸 𝐴 )
0,48
𝑓 𝑘 = ≥ 1,15
𝑣 , =𝐾 𝑏 𝑧 16 + 𝑎
CEBFIP 𝛾
𝑓
(campo de 0,40 1300 𝑣 ≤𝐾 𝑏 𝑧
𝑘 = × 𝛾
1 + 1500𝜀 1000 + 0,7𝑘 𝑧
compressão
30
modificado) 𝑀 ⁄z + 𝑣
𝜀 = 𝐾 ≤ 0,55 𝑓
2(𝐸 𝐴 )
0,55
EC2
𝑣 , = 𝐶 , 𝑘(100𝜌 𝑓 ) +𝑘 𝜎 𝑏 𝑑
(treliça 𝑣 ≥ 0,035k 𝑓
200 ,
𝑘 =1+ ≤2
generalizada) 𝑑
54
concreto é influênciada por diversos parâmetros. Neste item serão apresentados estudos e
nesta influência.
sua resistência ao cisalhamento de duas formas distintas. É responsável pelo efeito de pino
ocorrência da falha por cisalhamento. A Figura 2-11 apresenta esta mesma influência em
termos da tensão de ruptura por força cortante relacionada com o valor correspondente a
cisalhamento 𝜏 , FUSCO (2008) apresentou um gráfico ajustando o eixo das tensões por
𝜏 Eq. 2-49
𝑦 ≥
(1,6 − 𝑑) 𝑓
elemento.
cisalhamento 𝜏 em dois trechos, cuja relação é apresentada como linear e crescente até
que a norma NBR 6118/2014 permite ser considerando como contribuição da armadura
Eq. 2-52.
Altura últil
relação entre a tensão de cisalhamento resistente e a altura útil dos elementos estruturais
não é linear.
em termos da tensão de ruptura por força cortante relacionada com o valor correspondente
influência dos demais parâmetros. A variável de ajuste das tensões definida por 𝑦 é
𝜏 Eq. 2-53
𝑦 ≥
(1 + 50𝜌) 𝑓
resistência ao cisalhamento.
em dois trechos, cuja relação é apresentada como linear e decrescente até 𝑑 = 0,6𝑚 e
constante a partir deste valor. O valor de 0,6𝑚 corresponde ao valor máximo apresentado na
60
ao cisalhamento.
62
carga é aplicada próxima aos apoios, a transferência de força cortante por compressão
a altura útil 𝑎/𝑑 na resistência ao cisalhamento, em termos da tensão de ruptura por força
cortante.
A Figura 2-15 (c) adaptada de MACGREGOR & WIGHT (2012) apresenta de forma
carga pontual aplicada 𝑎 e a altura útil 𝑑 de uma viga sem armadura de cisalhamento. Neste
variação da distância 𝑎.
De acordo com MACGREGOR & WIGHT (2012) vãos de cisalhamento muito curtos
ponto de aplicação do carga até o apoio. Estas fissuras impedem o fluxo de cisalhamento
de ação de viga para ação de arco. Desta forma, a armadura longitudinal serve como uma
tirante com tensão uniforme, exigindo atenção maior quanto à ancoragem em suas
extremidades. Vão curtos de cisalhamento com relação entre distância da carga e altura útil
tensão são capazes de suportar carregamento adicional atribuída ao efeito de arco. Como a
fissura inclinada se prolonga a uma altura maior, dentro da viga, do que a fissura de flexão,
Em elementos com vãos no intervalo 2,5 ≤ 𝑎/𝑑 < 6,5 as fissuras inclinadas
quebram o equilíbrio em tal magnitude que a viga falha no carregamento que provoca a
fissuração inclinada. Elementos muito esbeltos com 𝑎/𝑑 ≥ 6,5 falham por flexão antes da
formação de fissuras inclinadas. A Figura 2-15 (b) traduz esta relação entre a capacidade
resistência à compressão e à tração, sendo cada tipo de resistência avaliada de acordo com
sua resistência à compressão, sendo tanto pela sua raiz quadrada quanto pela sua raiz
cúbica. Não há consenso nas normas para o valor adotado; enquanto o Eurocode EN 1992-
1-1 (2004) considera a raiz cúbica, a relação adotada pelo ACI 318/2014 é dada pela raiz
quadrada.
FUSCO (2008) considerou a raiz quadrada tanto ao avaliar a taxa de armadura longitudinal
(Figura 2-11) quanto para a altura útil do elemento estrutural (Figura 2-13).
determinado para os parâmetros. Os intervalos dos valores fictícios dos parâmetros foram
partir destes valores foram elaborados os traçados das resistências em função dos
Relação entre a distância da carga pontual e a altura útil: 1,50 ≤ 𝑎/𝑑 ≤ 4,00;
É importante ressaltar que para manter a validade das equações de cada norma,
𝜌 𝑑 𝑎 ⁄𝑑 𝑓
[%] [𝑚𝑚] [−] [𝑀𝑃𝑎]
0,23 450 1,50 20
0,67 600 2,13 30
1,12 900 2,75 40
1,56 1800 3,38 60
2,00 2250 4,00 80
68
𝜈 Eq. 2-57
𝜏 =
𝑏 𝑑
Onde:
ao cisalhamento, para as equações das normas em estudo. Para elaboração deste gráfico,
o parâmetro taxa de armadura longitudinal é variável no intervalo definido pela Tabela 2-2,
sendo os demais parâmetros estabelecidos com valores fixos, de forma a isolar o efeito da
para as equações das normas em estudo. Para elaboração deste gráfico, o parâmetro altura
útil é variável no intervalo definido pela Tabela 2-2, sendo os demais parâmetros
estabelecidos com valores fixos, de forma a isolar o efeito da influência da altura útil. Os
valores atribuídos aos demais parâmetros foram: 𝜌 ≤ 2,00%; 𝑎⁄𝑑 = 1,50 e 𝑓 = 30𝑀𝑃𝑎.
70
útil, sendo esta relação descrescente até 𝑑 = 600𝑚𝑚 e constante a partir deste valor. Esta
apresentadas pelas normas EC2, CSA e CEBFIP apresentam uma curva decrescente da
resistência ao cisalhamento com o aumento da altura útil, sendo mais acentuada para as
duas últimas.
71
a altura útil na resistência ao cisalhamento, para as equações das normas em estudo. Para
elaboração deste gráfico, o parâmetro 𝑎⁄𝑑 é variável no intervalo definido pela Tabela 2-2,
sendo os demais parâmetros estabelecidos com valores fixos, de forma a isolar o efeito da
influência da altura útil. Os valores atribuídos aos demais parâmetros foram: 𝜌 ≤ 2,00%; 𝑑 =
450𝑚𝑚 e 𝑓 = 30𝑀𝑃𝑎.
deste gráfico, o parâmetro 𝑓 é variável no intervalo definido pela Tabela 2-2, sendo os
demais parâmetros estabelecidos com valores fixos, de forma a isolar o efeito da influência
da altura útil. Os valores atribuídos aos demais parâmetros foram: 𝜌 ≤ 2,00%; 𝑑 = 450𝑚𝑚 e
𝑎⁄𝑑 = 1,50.
demais. As curvaturas encontradas para a formulação da norma ACI e EC2 são similares.
73