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• Introdução à eletricidade
Eletricidade é uma forma de energia. Assim, podemos afirmar que o estudo da eletricidade
consiste em aprender maneiras de controlar a energia elétrica.
• Definindo elementos, compostos e resistência, bem como reconhecendo suas funções nas
instalações elétricas.
• Descrevendo a corrente elétrica, carga elétrica, tensão elétrica (contínua e alternada) e
resistência elétrica, reconhecendo a importância e utilidade de cada uma delas na
compreensão da eletricidade.
• Verificando o funcionamento dos circuitos série, paralelo, monofásico, bifásico e trifásico
• Utilizando os conceitos das leis da eletricidade
• Materiais elétricos
Todos os corpos são formados por matéria e podem ser classificados em elementos ou compostos.
A diferença entre elementos e compostos é que os elementos têm todos os átomos iguais. Esse é o caso do alumínio,
do cobre, do hidrogênio e do oxigênio. Já os compostos são formados por combinações de elementos, como ocorre
com a água, que é formada por hidrogênio e oxigênio.
Aqui estamos interessados nos materiais elétricos, classificados em função de suas características, que os habilitam a:
conduzir as correntes elétricas (materiais condutores);
isolar as correntes elétricas (materiais isolantes);
transformar energia elétrica em energia mecânica (materiais magnéticos);
controlar energia elétrica (materiais semicondutores).
Vamos pensar agora nas instalações elétricas: classificaremos os materiais condutores e isolantes somente quanto às
suas propriedades elétricas, embora também seja possível classificá-los segundo suas propriedades físicas, químicas e
mecânicas.
A resistividade é a propriedade elétrica que caracteriza um material elétrico, determinando a
sua resistência,. A resistividade de um material é dada por:
onde:
R é a resistência do material
L é o comprimento do material em metros
A é a área da secção reta em metros quadrados
e ρ (rô) é a resistividade do ρ material. Sua unidade no SI (Sistema Internacional de Unidades) é
ohm х metro, ou Ω х m.
Podemos dizer, então, que os materiais com resistividade próxima de 10−8 Ω х m são bons
condutores; com valores na ordem de 1010 Ω х m são isolantes; e, em uma faixa
intermediária, na ordem de 10−4 e 107 Ω х m, temos os semicondutores.
As resistividades são dada considerando 20o C, uma vez que há uma variação da resistividade
com a temperatura, o que alterará a resistência do material. Essa variação é praticamente
linear, ou seja, quanto maior a temperatura, maior será a resistividade e, portanto, a
resistência do material
Condutores
Em que:
I = corrente em ampères
Q = carga em coulombs
t = tempo em segundos
• Tensão elétrica
Ao pensarmos em um condutor elétrico, sabemos que em seu interior os elétrons livres
não estão em repouso, pois se movimentam em razão da agitação térmica. Entretanto,
esse movimento não se traduz em uma corrente elétrica porque é totalmente aleatório.
Ao aplicarmos esse campo aos dois lados do condutor, uma diferença de potencial aparece
e conduz à movimentação dos elétrons. O valor da diferença de potencial é chamado de
tensão e sua unidade é o volt, homenagem ao pesquisador Alessandro Volta. O volt é
definido pela equação a seguir:
A diferença de potencial de um ponto não pode ser medida isoladamente, mas sempre em
relação a uma referência, que muitas vezes é o potencial zero, chamado massa ou terra.
• Tensão e corrente contínuas
A tensão contínua é definida como a tensão que mantém o mesmo sinal (+ ou –) e o mesmo
valor ao longo do tempo. Já a corrente contínua é aquela que circula sempre no mesmo
sentido com uma intensidade constante ao longo do tempo
em que:
R = valor da resistência em Ω
V = valor da tensão em volts
I = valor da corrente em ampère
• Circuitos
Circuitos série e paralelo
Ao montarmos um circuito elétrico, podemos associar as resistências ou resistores de duas
formas, em série ou em paralelo.
No circuito série, os resistores são ligados de forma que a extremidade de um é ligada a
extremidade de outro e assim por diante.
A resistência total da configuração é a soma das resistências que dela participam, ou seja, R T
= R x 4.
Quanto mais resistores colocarmos em série maior será a resistência total. É importante lembrar
que a ordem dos resistores não altera o valor final total.
A combinação em paralelo pode ser identificada da seguinte forma: os resistores estão ligados
em um ponto comum.
A resistência total de uma combinação em paralelo é representada matematicamente por:
Os valores de tensão utilizados dependerão de como o transformador será construído. Por exemplo,
se ele for um transformador 380/220 V, significa que entre fases teremos 380 V e entre fase e neutro
220 V. O mesmo acontece no caso de um transformador 220/127 V.
• Leis da eletricidade: leis de Ohm e de
Kirchhoff
Georg Simon Ohm verificou que existia uma relação constante entre a tensão aplicada e a
corrente desenvolvida em um circuito elétrico, pois quanto maior o valor da resistência colocada
no circuito, maior deveria ser a tensão aplicada para se estabelecer uma mesma corrente
elétrica. Dessa forma, Ohm obteve então a primeira Lei, conhecida como Lei de Ohm.
Em um circuito série ligamos os resistores extremidade com extremidade, de forma que exista
um único caminho para a corrente, e a resistência total é a soma das resistências que participam
da série. Aplicando a Lei de Ohm, podemos agora concluir que, ligando esse conjunto de
resistores a uma fonte de tensão, teremos uma circulação de corrente. Como só existe um
caminho para essa corrente, a corrente total deve passar por cada um dos resistores. Assim, a
corrente em um circuito série será a mesma para qualquer componente do circuito. Seguindo a
mesma linha de raciocínio e aplicando a Lei de Ohm, a tensão em cada componente de um
circuito série será a soma das tensões individuais, ou matematicamente:
As formulações remetem à Segunda Lei de Kirchhoff ou Lei das Tensões de Kirchhoff , que
diz: “A soma das quedas de tensão em um circuito fechado é igual à tensão total aplicada ao
circuito ”. Quanto à soma algébrica, ele diz: “ A soma algébrica de todas as tensões existentes em
um caminho fechado em um circuito é igual a zero ”. Devemos somar separadamente as quedas
(cargas) das elevações (fontes).
Já em um circuito paralelo, as resistências estão ligadas todas entre dois pontos ou lado a lado,
de forma que existirá mais de um caminho para a corrente. Para termos a corrente total deste
circuito, portanto, devemos somar as correntes em cada um dos elementos que participam dele.
A tensão aplicada, por sua vez, será igual para todos os elementos deste circuito,
matematicamente:
Portanto, podemos agora enunciar a Primeira Lei de Kirchhoff ou Lei das Correntes de
Kirchhoff. A soma de todas as correntes que entram em um nó é sempre igual à soma de todas as
correntes que dele saem. Ou, podemos dizer que a soma algébrica de todas as correntes em um
nó é igual a zero. Novamente, na soma algébrica deve se considerar se a corrente está entrando
ou saindo do nó em questão.
Em um circuito elétrico residencial, a potência tem papel preponderante, pois todo trabalho a
ser realizado e toda a fiação a ser dimensionada deve considerar o cálculo da potência a ser
instalada no local.
• Sistema elétrico de potência
Muitas vezes não percebemos como as coisas que fazemos em nosso dia a dia realmente
acontecem. Quando chegamos em casa, por exemplo, ligamos a televisão e, se estiver escuro,
acendemos a luz. Para isso, basta ligar o interruptor ou conectar os equipamentos a uma
tomada, pois sabemos que ali existe eletricidade. Mas como exatamente isso acontece? Como é
gerada a energia elétrica? E, uma vez que a energia é gerada, como ela chega a nossas casas,
escritórios, indústrias?
A Figura a seguir nos mostra, de forma esquemática, o que chamamos de sistema elétrico de
potência, que engloba a geração, a transmissão e a distribuição de energia elétrica.
O principal objetivo do sistema elétrico de potência é transferir toda a energia elétrica
convertida pela transformação de qualquer fonte de energia primária (p. ex. água, carvão,
vento) aos consumidores. Consequentemente, o ciclo iniciado pela escolha da forma de energia
elétrica tem como objetivo final o consumidor.
• Sistema de
geração
O sistema de geração é constituído pelo
conjunto de unidades geradoras e seus
equipamentos correlatos.
• Tipos mais comuns de usinas
geradoras de energia elétrica
A energia hidrelétrica é gerada em uma usina hidrelétrica e tem como fonte de produção a
Hidrelétricas força da água em movimento. Devido ao enorme potencial hidrelétrico do Brasil, a maioria da
energia gerada e consumida no país é hidrelétrica.
A energia nuclear é produzida a partir de uma reação chamada de fissão, um termo da física
nuclear que significa a divisão de um núcleo de átomo pesado em dois ou vários fragmentos.
Nucleares A fissão do núcleo de um átomo bombardeia uns contra os outros, levando ao rompimento dos
núcleos e gerando grandes quantidades de energia. As usinas nucleares podem provocar
acidentes graves no ecossistema, como ocorreu na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.